Dórico, frígio e cia.

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Strondell
Veterano
# out/08


Eu tenho aula de música na escola, e antes de ensinar escalas o professor começou a ensinar os modos. Dórico, frígio, mixolídeo, naum nessa ordem pq e ainda n decorei xD
Mas pra q q serve essa coisa d modos? Em que isso vai me ajudar?
Eu aprendi escalas e tonalidades com familiares e internet, portanto naum sei 100%, mas tenho noção. Todos flam q para solar e tocar bem uma guitarra vc precisa saber d cor o shape das escalas. Mas eu n entendo pq isso eh tãããão importante assim, alguem poderia me explicar melhor o porque disso ser tão importante se dá para tocar uma música ou solo sem saber qual a escala?
Eh normal que, para q eu aprenda um solo, eu primeiro veja sua tonalidade?
Obrigado!

GuitarHome
Veterano
# out/08
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porque disso ser tão importante se dá para tocar uma música ou solo sem saber qual a escala?

Vai tentar improvisar em uma harmonia "complexa" pra você ver...

Soulface
Veterano
# out/08
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Strondell
Aprender um solo é fácil.
Vc não precisa saber nem q nota vc tá tocando.
Agora, qndo vc for FAZER um solo, essas teorias são essenciais.

Dá uma olhada na busca aí q tem muuuuita cosia útil sobre os modos gregos.

antes de ensinar escalas o professor começou a ensinar os modos.
Porra!
O cara qr te ensinar a correr sem vc saber nem andar ainda...

Strondell
Veterano
# out/08
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Aee obrigado, ja deu pra entender um pko +
Vo pesquisar

Strondell
Veterano
# out/08
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Cara eu pesquisei no fórum e ateh em outros sites e naum achei exatamente o q eu qria. Lá explica o que são os modos gregos e talz.
Mas n entendi exatamente em q isso vai ajudar, pq se eu fizer a escala de C no modo mixolidio vai continuar a mesma escala certo?
E caso eu fosse fazer um solo nessa escala, por exemplo, e estivesse nesse modo mixolidio, iria começar por G. Mas pq tem q cabar necessariamente em G tb? N pod coeçar em G e terminar em C?

maniac123
Veterano
# out/08
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Strondell

Vixi....
Essa é uma longa história...

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
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Os modos gregos não são só escalinhas, eles constituem os pilares da harmonia modal, que é diferente da tonal que a maioria de nós conhece. Ao compor uma música modal deve-se evitar o trítono e/ou principalmente resolvê-lo, porque assim volta naturalmente a ser tonal, não modal. Por isso o modo Eólio é diferente do modo menor, mesmo tendo os mesmo intervalos. As funções dos acordes são diferentes, e dá pra perceber isso ouvindo, não é algo tãooo "papel e caneta" assim. Enfim, os modos servem pra se fazer música, não só pra improvisar como pra compor racionalmente, pra tudo. Essa pergunta "pra que servem os modos" é como perguntar "pra que serve o modo maior e o modo menor?". Meio difícil de explicar porque subentende-se que a utilidade disso nós que construímos.

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Strondell
Cara, o domínio dos modos da escala maior é fundamental para qualquer guitarrista.

É importante entender que os modos nada mais são que a própria escala maior, aplicada em diferentes contextos dependendo da intenção desejada.

Por exemplo, considerando o Campo Harmônico de C maior, teremos a seguinte progressão:

C7M
Dm7
Em7
F7M
G7
Am7
Bm7b5

A escala de C maior, aplicada sobre o acorde de C7M gera o efeito característico do modo Jônio.
A mesmíssima escala aplicada sobre o acorde de GM7 por exemplo vai gerar um "sabor" lídio.
A mesmíssima escala, nota por nota, aplicada sobre o acorde de Dm7 dará uma intenção dórica, e assim por diante.

Ou seja, os modos dependem da relação escala x acorde.

Tem que estudar a parada bem estudada, inclusive as substituições modais mais utilizadas.

É fundamental.

Strondell
Veterano
# out/08
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Então música tonal não tem essa coisa de modos gregos, soh a modal?
Vlww pela ajuda, pq mesmo naum entendendo eu to tendo uma breve noção!

Slave of hell
Veterano
# out/08
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Dórico, frígio e cia.

parece nome de um programa de educação musical

Dogs2
Veterano
# out/08
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guilhermerizzo
É importante entender que os modos nada mais são que a própria escala maior, aplicada em diferentes contextos dependendo da intenção desejada.

peraí, peraí, peraí
O que vc falou tem sentido, mas isso é em termos práticos dos práticos dos práticos. Se vc improvisar a escala de Dó maior numa tonalidade de Dó maior mas em cima do acorde Ré menor, não é dórico porque o contexto não é dórico, é o contexto tonal do Dó, e não modal. Esse pensamento "de ré a ré = Dórico, de sol a sol = míxolídio" não é bom na minha opinião, o ideal é ouvir cada modo independente e internalizar a sonoridade deles. Pra compor músicas na harmonia modal vc tem que estudar a fundo porque senão corre o risco de transformar o modalismo em tonalismo. Não é só tocar a escala de dó maior e quando o acorde passar pro Ré vira dórico.

MatheusFarage
Veterano
# out/08
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num sei nada disso
uahuahuhau

guilhermerizzo
Veterano
# out/08 · Editado por: guilhermerizzo
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Dogs2

Cara, não foi este o conceito que eu expliquei! Cuidado, leia direito, ok?

Qualquer lick ou frase tocada em dó maior por exemplo, sobre uma vamp (base de um acorde só, constante) em Dm7, mesmo que não contenha a nota ré em momento algum, vai soar dórico.

É este o conceito prático que eu quis ilustrar.

Não se trata de pegar a escala de dó e tocá-la a partir da nota ré.
Trata-se de desenvolver um fraseado na escala de dó maior, independente da nota de início e fim sobre um acorde de Dm7. Isso vai originar uma sonoridade dórica. É claro que vai exigir bom gosto nas notas de repouso e passagem, mas isso não se ensina, infelizmente.

Esse papo de ré a ré, ou sol a sol não tem nada a ver, até porque é só a repetição da mesma escala, sem nenhuma alteração dos intervalos entre as notas.

O importante é a combinação da escala com o acorde que está sendo tocado na base. Pensando numa vamp simples e não numa progressão para simplificar as coisas e facilitar o entendimento, ok?

Faça um teste:

Grave uma base usando Dm7 apenas e outra usando G7.

Improvise sobre as duas bases usando a escala de dó maior e você vai notar que os mesmos licks vão soar "dentro", mas com intenções, ou sabores diferentes, num contexo o lick soará dórico e, no outro, lídio.
Eu estou dando estes exemplos para se perceber os sabores dos modos, com bases simples de um acorde apenas.

Outro ponto é que determinados modos só podem ser usados sobre determinados tipos de acorde, devido à sua naturea menor, maior ou dominante.

Por exemplo, não adianta querer soar dórico, que é um modo menor, sobre um acorde de C7M, que é maior.
Neste caso, se você tocar a escala de sí bemol maior sobre este acorde ela vai soar totalmente fora. Soaria dórico se o acorde fosse Cm7.
Sobre C7M você pode optar pelo jônio (usando a escala de dó maior) ou pelo lídio (usando a escala de fá maior).

Mais tarde eu posto aqui uma tabela bem prática para se achar a escala maior que soa como o modo que se quer tocar sobre determinado acorde.

Já deu para sacar aí em cima pelo menos algumas regras:

Sobre um acorde tipo m7, se quisermos soar dórico, basta tocar a escala maior um tom abaixo (exemplo: Dm7 escala de dó maior)

Sobre um acorde tipo 7M, se quisermos soar jônico, basta tocar a escala maior natural (exemplo: C7M escala de dó maior)

Sobre um acorde tipo 7M, se quisermos soar lídio, basta tocar a escala maior uma quarta acima (exemplo: C7M escala de fá maior)

Depois eu completo a tabela como disse anteriormente...

Renan Vuorinen
Veterano
# out/08
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guilhermerizzo

Mais tarde eu posto aqui uma tabela bem prática para se achar a escala maior que soa como o modo que se quer tocar sobre determinado acorde.

Não deixe de fazer isso man, estaremos esperando.

Abraço

Tataum
Veterano
# out/08 · Editado por: Tataum
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?guilhermerizzo


ué, o que vc tá tentando explicar é a intensão modal num é?

tá bom vou falar.... se for besteira me avisem e eu edito... tipo assim... uma melodia no tom de CM, mas que o acorde dominante seja um EM por exeplo, pra construir o Solo vc usaria o Shape Frigio, pq é o terceiro grau de CM, que corresponde a EM... ou seja, sua melodia tá em tom de Dó maior, mas com intenção Frigio, pq sai de Mí maior...

acho que é isso... ow então esqueci de tomar meu Gardenal Plus.

Abraço

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Tataum

Cara, modos e intenção modal é tudo a mesma coisa. É uma das maneiras mais interessantes de se pensar em improvisação.

Não entendi o seu conceito de acorde dominante. O que você quis dizer com isso? Você tá falando de tocar a escala de dó maior sobre um acorde de mi maior ou menor?

Tataum
Veterano
# out/08
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guilhermerizzo

Falo sobre tocar uma harmonia em CM, mas partindo e EM, então ela vai estar usando intensão Frigia... o solo encaixa bem melhor feito em Frigio de CM que é terceiro Grau do que nos outros shapes... alías... é melhor partir do Frigio, mas depois quem põe limites é a imaginação... na pratica isso é meio obvio, mas só falei pro cara ter ideia de pra que servem os modos.

bom acho que é isso... isso é chato de tentar explicar né? com a guita na mão fica mais facil...

Strondell
Veterano
# out/08
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Cara, eu vi uma tabela num site aleatório sobre os modos, ms continuo naum entendendo nada: dando que saem aqueles bemóis da tabela, e pq alguns modos são menors e outros maiores??
Aaaaaaaaaaaaah to ficando perdido

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Strondell

Existem modos maiores e menores porque eles derivam da análise do campo harmônico e da escala maior.
No campo harmônico existe acoredes maiores, menores, dominantes e diminutos.

Acordes do campo harmônico de Dó maior com a natureza dos acordes e os modos obtidos tocando-se a escala de dó maior contra cada um deles:

C7M - Maior - Jônio
Dm7 - Menor - Dórico
Em7 - Menor - Frígio
FM7 - Maior - Lídio
G7 - Dominante - Mixolídio
Am7 - Menor - Eólio
B7b5 - diminuto - Lócrio

Esta progressão é a escala de dó maior harmonizada, e tem que estar na ponta dos dedos, e para todos os tons, e, se possível, em várias regiões do braço...


Tataum

Cara, desculpe a chatisse, mas o M maiúsculo é sinal de maior.
O seu EM é um mi maior mesmo?

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Strondell

Cara, esqueça estas tabelas com bemóis e sustenidos, ok?
Tudo que você precisa saber são os 5 tipos ou desenhos básicos da escala maior. Existem 5 porque há um desenho para cada região do braço.

Uma vez fixados estes desenhos nas 5 regiões e em todas as tonalidades, e assimilado o mínimo de fraseologia dentro destes desenhos, basta saber aplicar a tabela de modos.

Por exemplo. Imagine uma base em Bbm7 super bacana sendo tocada por uma banda. Você é convidado para subir no palco e improvisar. Em que escala vai solar?

As suas opções seriam:

1 - Fazer um solo bem fusion com intenção dórica, improvisando na escala de... de... não estou ouvindo... de... alguém, alguém... de Ab maior!!!

2 - Fazer um solo mais tradicional, com intenção eólia, improvisando na escala de... de... não estou ouvindo... de... alguém, alguém... de Db maior!!!

Ou seja, basta dominar a escala maior e suas aplicações, que você vai inclusive soar menor, dependendo da harmonia...

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
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guilhermerizzo
Qualquer lick ou frase tocada em dó maior por exemplo, sobre uma vamp (base de um acorde só, constante) em Dm7, mesmo que não contenha a nota ré em momento algum, vai soar dórico.

Sim, vai soar dórico, mas harmonicamente a construção é diferente. As funções (dominante, subdominante, tônica, etc) são outras, e isso influencia MUITO. Eu entendi o que vc disse, tem um sentido prático de facilitação mas não aconselho a pensar como a mesma escala em contexto diferente e sim pensar no modo como uma escala própria, com suas funções e etc. Por exemplo, se vc quiser compor uma música em D dórico, não é só usar qualquer acorde do campo harmônico de D dórico que vai soar dórico. Porque as funções são outras, e se vc tocar o trítono simplesmente a música vai parecer um Dó maior ou um Lá menor que não resolveu. Ter ciência disso ajuda e muito o improvisador a não ficar decorando desenho de braço e sim entender o que se passa na música pra ter domínio do que tá fazendo, não só da coordenação motora mas do som também. Senão é a harmonia que improvisa em cima do solo, não o solo na harmonia (por mais absurdo que isso possa soar). Segundo o seu raciocínio, a harmonia que vai decidir o que seu solo é (frígio, lídio...) não você.

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Dogs2

Desculpe discordar cara, especificamente desta parte:

Sim, vai soar dórico, mas NÃO é a escala de Dó maior, é a de Ré dórico, que mesmo tendo as mesmas notas, harmonicamente a construção é diferente

Claro que é. Se é a mesma sequencia de notas é a mesmíssima escala. Se você parar de tocar a base e ficar apenas passeando na escala não terá como apontar a diferença entre elas.

D dórico, E frígio, F Lídio, G Mixolídio, A Eólio e B Lócrio são exatamente a mesma escala, a escala de C maior ou C jõnico.

slash bsb
Veterano
# out/08
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cara o dogs ta certo!!
modos não são só desenhos tem toda esse lance da harmonia a mudança das funções e a resolução do trítono não é qlqr hora q aparecer um Dm7 vc vai usar o dórico tem q saber qdo usar a harmonia diz se é dórico ou não!!!

Dogs2
Veterano
# out/08 · Editado por: Dogs2
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guilhermerizzo
Claro que é. Se é a mesma sequencia de notas é a mesmíssima escala.

Rapaz, Ré dórico resolve em Ré, não em Dó.
A escala de Dó maior começa em Dó. É a nota de repouso dela. Nunca ouviu falar disso?

slash bsb
Veterano
# out/08
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Dogs2

boooa!!

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Dogs2

Senão é a harmonia que improvisa em cima do solo, não o solo na harmonia (por mais absurdo que isso possa soar). Segundo o seu raciocínio, a harmonia que vai decidir o que seu solo é (frígio, lídio...) não você.

Não é isso cara. Você dá a intenção que você quiser com base num contexto harmônico. Paara facilitar o raciocínio basta pensar no contexto da escala maior apenas. É só isso. Se eu quiser mudar a intenção de dórico para eólio por exemplo, sobre um mesmo acorde eu mudo ora, mudando a o tom da escala maior que eu estiver tocando.

Não estou dizendo pra você ficar solando em dó maior o tempo todo e deixar a harmonia decidir as coisas.

Só estou dando um macete para pensar os modos através de suas relativas escalas maiores, para facilitar a vida. Sem ter que raciocinar muito na hora de improvisar.

slash bsb
Veterano
# out/08
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guilhermerizzo
são esses "macetes" e facilitações q deixam o improviso pobre e a musicalidade fraca!

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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Dogs2

Rapaz, Ré dórico resolve em Ré, não em Dó.
A escala de Dó maior começa em Dó. É a nota de repouso dela. Nunca ouviu falar disso?


Claro que já, mas isso tem a ver com a maneira que você vai executar a escala maior original sobre cada um dos graus ou acordes do campo harmônico. É questâo de bom gosto, musicalidade e oportunismo melódico.

Se você quiser aplicar tensões ou alívios no solo é claro que deve se valer destes recursos que vão variar dentro da escala dependendo da harmonia.

Mas eu só estou passando um macete prático para facilitar o entendimento e a prática dos modos, sem precisar decorar muita coisa, ok. Só para ficar claro.

Dogs2
Veterano
# out/08
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guilhermerizzo
Claro que já, mas isso tem a ver com a maneira que você vai executar a escala maior original sobre cada um dos graus ou acordes do campo harmônico. É questâo de bom gosto, musicalidade e oportunismo melódico.

Não, é mais simples:
Ré dórico: primeiro grau RÉ
Dó maior: primeiro grau DÓ

Mas eu só estou passando um macete prático para facilitar o entendimento e a prática dos modos, sem precisar decorar muita coisa, ok. Só para ficar claro.

Pra a prática esse método é ótimo, parabéns, mas pro entendimento vc acaba não entendendo, só decorando uns shapes e no final das contas os modos mesmo ninguém sabe o que é.

guilhermerizzo
Veterano
# out/08
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slash bsb

Com este macete você estuda uma semana e vai praticar depois com arsenal bastante útil debaixo da manga. E pode então gastar seu tempo de estudo em temas como fraseologia ou partir para os modos da escala menor, escala harmõnica, melódica e etc.

O pessoal perde tempo demais estudando os modos gregos sem praticar para sentir como aplicá-los na improvisação.

Isso não deixa a musicalidade fraca. Isso te dá mais tempo para estudar outros assuntos e aumentar o seu leque.

Se você quiser pode passar um ano estudando os modos e suas formações. No final não vai saber porque os grandes improvisadores da atualidade, tipo Robben Ford ou John Scofield preferem usar dórico no lugar de eólio. Ou porque o lídio fica 10 vezes mais interessante sobre um acorde M7 do que o jônio. Mas a prática vai te dar estas noções. E para praticar entendendo o que se está fazendo basta pensar nas relativas maiores. Nada mais.

Estudar muito é diferente de estudar o suficiente um determinado assunto.

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