Se os Beatles puderam por quê nós não podemos? rsrsrs

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has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4


Se os Beatles puderam por quê nós não podemos????? kkkkkkk

Muitos artistas gravavam com equipamentos bem inferiores aos que hoje muito temos nos chamados HOME STUDIOS, bem aí, na sua CASA.

E olha que ouvindo gravações dos BEATLES, RAUL SEIXAS, ELVIS, etc, etc... os caras conseguiram uma qualidade sonora inquestionável, a exemplo, o álbum "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" (The Beatles).

Claro, eram os melhores engenheiros de som e tal, mas... pô, não me conformo e não gosto das minhas gravações, embora eu não entenda de mixagens e tal, sou verdadeiramente um principante nesta ARTE... mas sempre acho que dá pra melhorar muito com o que temos, mas, não chega nunca, pô... tô putz rsrsrs

Tenho um grande respeito pelos TÉCNICOS DE SONS, pois eles são pra mim partes diretamente integrantes de um BANDA, queiram ou não... seja em estúdio, seja num show ao vivo.

Bom, quero discutir aqui sobre... sobre.... sei lá... só sei que não me conformo memso hehehehehhehehe

Só sei que...
....Se os ELES puderam por quê nós não podemos hoje????? kkkkkkk

Bog
Veterano
# jun/07
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has4

... mas os Beatles tinham o George Martin, né?

Um fenômeno que eu acho muito mais curioso é que (há muito tempo) produtores, músicos de estúdio, compositores invisíveis e toda essa estrutura é usada para transformar qualquer um em "artista". Alguns artistas são apenas uma "cara" mesmo, porque o trabalho pesado é feito por baixo dos panos. Um compositor invisível prepara uma melodia grudenta, um arranjo neutro e uma letra genérica. Músicos invisíveis gravam takes redondíssimos. Produtores invisíveis e engenheiros invisíveis, gravam, mixam e masterizam tudo, escondendo imperfeições (e hoje em dia tem até o autotune!) e deixando tudo pasteurizado. Uma equipe de marketing e um empresário invisíveis colocam a figura no programa do Faustão, no Gugu, no Fantástico, nas rádios populares, nas revistas de fofocas e por aí vai. Voilá, um sucesso! Normalmente, essa equipe invisível toda é muito, mas *MUITO* mais competente e talentosa que o "artista" em questão. O artista passa a ser apenas uma carinha com apelo entre certos grupos.

Obviamente, isso não quer dizer que TODOS os artistas sejam assim. Nem isso é uma coisa nova, recente: vem de muito tempo atrás. No geral, existe toda uma cooperação entre um artista - pode ser bom, medíocre, ruim, genial, whatever - e essas figuras invisíveis. Às vezes eu tenho a impressão de que muitos artistas são apenas estrelinhas, enquanto os verdadeiros músicos ou profissionais qualificados ficam escondidos.

Curiosamente, é como no cinema... Parece que tudo se resume a um diretor e um punhado de atores, ganhando seus milhões. Enquanto isso, um monte de gente foda mexe os pauzinhos para que o circo não pare.

has4
Veterano
# jun/07
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Bog
ENTENDI... pô... mas eu só queria uma GRAVAÇÃOZINHA mais decente, sabe?!? rsrsrss É disso que eu não me conformo... muitos HOMES STUDIOS dão de 10 x 0 nos dos caras lá daquela época... rsrsrs

vlw... foi só um desabafo mesmo... é que minhas gravações são tristes! rsrs

Bog
Veterano
# jun/07
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has4

Hhahahahha, eu sei bem qual é a sensação. É mais ou menos como ter uma escavadeira e ver um peão fazendo um buraco bem mais rápido que você usando apenas uma pá. Hheheheheh =)

Eu também fico intrigado com o conhecimento e os ouvidos dessa gente. É como se eu tivesse uma cozinha completa e ingredientes de 1a, mas nenhuma capacidade de transformar isso em refeição. Heheheh, haja analogias.

Christhian
Moderador
Prêmio FCC 2007
# jun/07
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has4
Velho, acho que boa parte se resume ao tempo que vc gasta procurando extrair o máximo do que vc tem - e evidentemente os resultados disso...

Eu tenho um equipo razoável. No meu home posso fazer gravações quase profissionais, com amostragens razoáveis, em 24 bits... E se vc ver o que tenho de equipo, não vai acreditar que só com isso dá pra fazer algo decente.

Nem mesa eu tenho. Mas tudo por uma questão de opção: Já testei de tudo aqui e deixei só o que realmente funciona. Nem os monitores ativos estão mais: Comprei um bom aparelho de som e faço a mixagem direto neles, passando por uma conferencia em 2 fones diferente. Se soar bem em todos, está bom no geral.

Acho que o grande segredo é aprender, as custas de muito teste e pesquisa, aproveitar o máximo do que vc tem.

Ouve ai! Gravei as guitarras aqui, além da voz, evidentemente. A amostragem de gravação foi de 96khz/24bits, convertidos em mp3 depois. Ainda dá pra melhorar muito, mexendo com equalização. E sei tb que um pré amp melhor me ajudaria mais com a voz. Mas como eu disse, com o que tenho, sei que isso ai tá bem aceitável.

http://forum.cifraclub.com.br/forum/1/163635/

Abraços!

bulldog
Veterano
# jun/07
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muitos HOMES STUDIOS dão de 10 x 0 nos dos caras lá daquela época
Pois é mas tecnologia não quer dizer muita coisa quando se tem talento.
O Led Zeppelin também gravava com equipamento simplérrimo. E fez os álbuns que fez.

BaNdAiD
Veterano
# jun/07
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Otimo tópico!

Acho q um fator muito importante é Claro, eram os melhores engenheiros de som e tal!! isso conta muito....

hoje em dia temos muitos recursos ao nosso alcance, com a internet, pirataria, paraguai (heuheuhe) e a Behringer(!), porém o conhecimento na area de gravação (em geral) se aprende na pratica, e o contato com os equipamentos e as pessoas que tambem conhecem facilita muito!!

musica é muito subjetivo,(infelizmente) não é igual animação em flash q qq um q lê um tutorial na net sai fazendo!! é possivel aprender em casa e com muito esforço (afinal, tem muita gente fazendo bonito por ai), mas o caminho mais seguro pra se tornar bom ( ou ao menos saber o suficiente) é mergulhar no assunto! ler livros, procurar cursos, ir nos estudios ver como os caras fazem e praticar o maximo possivel!!

...eu acho! huehuehue

Rafatyu
Veterano
# jun/07
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has4

cara... é tudo marketing.. não adianta contestar...
mas é verdade q hoje com um pc.. e uma pedal vc grava em casa... =)

El_Cabong
Veterano
# jun/07
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A verdade é que os caras do passado eram gênios, ou no mínimo estudavam a fundo, e se esforçavam para tirar "leite de pedra".
Hoje muitos de nós saímos fazendo as coisas como leigos, e aí mesmo tenho um equipamento a mil anos luz a frente daqueles do passado, muitas vezes não conseguimos um resultado bom.

Pensem no seguinte:

O que o "Leonardo Da Vinci" faria e inventaria, se ele tivesse nas mãos um Computador que nem os nossos !!! Ele só tinha papel e lápis.

has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4
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El_Cabong


os caras do passado eram gênios, ou no mínimo estudavam a fundo, e se esforçavam para tirar "leite de pedra".

E aí, queremos usar os VINTAGES... vái entender!!?!!?!! rsrsrs nois semo é paia mermo! rsrs

El_Cabong
Veterano
# jun/07 · Editado por: El_Cabong
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has4

Com relação a "tirar leita de pedra" eu me referia aos recursos de mixagem da época com fitas magnéticas, que a cada mixagem aumentava o ruído e as distorções, sintetizadores que eram do tamanho de um guarda roupa, e que faziam meia dúzia de coisas, equipamentos de tratamento de som (equalizadores analógicos, etc.) que cada um contribua com uma parcela de distorção harmônica, e coisas do tipo ...

Com relação a equipamentos vintage, valvulados, etc. eu acho bom. Tanto que não foram aposentados.

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07 · Editado por: Thiago Vianna
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has4
Muitos artistas gravavam com equipamentos bem inferiores aos que hoje muito temos nos chamados HOME STUDIOS, bem aí, na sua CASA.

A questão não é só tecnologia. Fazer uma boa gravação vai muito além disso. É preciso talento, bom gosto e muito trabalho duro para se chegar até uma gravação decente. A tecnologia é só uma ponte pra isso.

E falar que os equipamentos de antigamente são inferiores é bobagem. Porque os melhores engenheiros de gravação ainda gostam de usar um velho console Neve da década de 70? Fale em gravar um disco em sistema digital pra um engenheiro bom, como Jay Newland ou Charlie Watts: "se puder eu gravo em fita". Quem não gosta de captar a voz de uma cantora em um mic Neumann valvulado? Me diga algum home-studio em você consiga o calor de uma gravação de fita? E todos eles são unânimes em dizer que o áudio digital acabou com a "organicidade" das gravações, preferem escutar discos de vinil.

Você já ouviu o CD "Come Away With Me" da Norah Jones? Se não ouviu, compre agora mesmo. É um discaço com lindas músicas e uma bela gravação, muito boa mesmo, limpa e sem firulas.

E digo mais: o disco foi gravado em apenas dois dias, com todos os intrumentos tocando juntos (em booths separados, mas ela cantava e tocava piano ao mesmo tempo) utilizando gravação em fita e mixagem analógica. Todos os mics desse estúdio são antigos. O console e os periféricos então...

Estúdio
Console

E a qualidade de gravação é excepcional. Se houver possibilidade, escute em um sistema hi-fi.

Enfim, o importante é técnica, musicalidade e bom senso. Se vc está achando suas gravações ruins, acho que você deveria deixar de pensar: "tenho todo o equipo e não consigo" e devia pensar um pouco mais: "será que isso precisa mesmo de reverb? será que se eu mudar o ângulo do mic não fica melhor?".

Como o bulldog disse os álbuns do Led Zepellin são excelentes. O engenheiro de gravação deles era o Eddie Kramer, e ele segue essa mesma linha de pensamento aí de cima. Leia essa reportagem, que cobre a gravação de um single, que serviu de aula para alunos de uma escola de engenharia de gravação em Nova York. Gravação em fita, mixagem analógica e reverb natural: um monitor foi colocada em uma sala fachada e um mic captava o reverb da sala.
Uma das palavras dele: "O CD foi a maior porcaria que já inventaram. Porquê? Porque é 16 bits, e isso não é nada. Você toca suas gravações em fita de 30 anos e elas vão acabar com a maioria das gravações digitais atuais".

Mixando com um mestre

Esse site aí de cima tem muitos tutorias bons, a maioria envolvendo técnicas de gravação. Vale a pena passar bastante tempo lendo as matérias.

Espero não ter sido muito chato, pois tenho a mania de fazer posts grandes. Abç.

has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4
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Espero não ter sido muito chato, pois tenho a mania de fazer posts grandes. Abç.
Thiago Vianna

Tá louco, cara, é exatamente isso que busco aqui... dicas tais quais as suas. Obrigado por CONTRIBUIR, você não apenas participou. Valeu mesmo! Com certeza todo o carinho e atenção serão dados aos seus posts, por muitos interssados aqui!

Vou gravar minhas músicas lá rsrsrs... lá onde está aquele PIANINHO DE CALDA... hummmmm sonhar é tão bom! Bacana, de primeira o Estúdio aí!

If my poor English help me and if I understand that text about to mixing with a console... lol I'll be more happy now and forever! Tks, man! Great!

"Kramer was there to demonstrate his mixing techniques to a group of student engineers (and one journalist) who were eagerly anticipating his appearance."

Were you there, guy? I'd like have been there! lol

As palavras do mestre: ""The CD," he said, "is the biggest piece of crap ever invented. And why? It's 16-bit, and 16 bits are nothing. I can play you tapes that are 30 years old that will kick the ass of most digital tapes made today.""

OBRIGADO pelo exelente texto, viu!
retiro o que disse anteriormente... salvem os ANALÓGICOS e VINTAGES, então! Ele usa ambos (digital e analógico) cada qual se complementando.

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07
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has4
As tecnologias analógica e digital devem se complementar. Cada uma tem seu campo de aplicação.

Com certeza, é muito mais fácil mixar, editar e masterizar em um computador. Mas o conhecimento de mixagem analógica é fundamental para mixar bem.

Em um DAW, acho que correto é fazer como se você estivesse fazendo em um console analógico.

Nesse site tem um número enorme de tutoriais, desde como captar um violão até o processo final da cadeia de gravação. Dá uma lida em alguns e você pode descobrir aonde estão os pontos fracos da tua gravação: se é captação, mizagem ou masterização.
Abç.

has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4
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Nesse site tem um número enorme de tutoriais, desde como captar um violão até o processo final da cadeia de gravação. Dá uma lida em alguns e você pode descobrir aonde estão os pontos fracos da tua gravação: se é captação, mizagem ou masterização.
Thiago Vianna

Obrigado. Vou procurar e estudar exaustivamente sim!

Li, sim, o texto em INGLÊS sugerido por você rsrss embora alguns termos ténicos e algumas coisitas passaram ,né? rsrsrs Fiz até um RESUMO pra mim aqui:

As crianças usadas pelo fera aí:
U-47 tube mic.
Pultec tube equalizer
LA-2A tube limiter
Dois Purple Audio MC76 limiters
dois Urei 1176LN limiters
dois Pultec EQP 1A equalizers
um Lexicon PCM 80 reverb
um dbx 160 A compressor
dois Teltronix LA-2A Leveling Amplifiers
dois Empirical Labs Distressors (compressors)
um GML Model 8200 stereo parametric EQ
um par monitor GENELC 1038Bs.
Um par de monitores MACKIE HR-824s

GRAVANDO e MIXANDO:

BATERIA = 9 canais= bumbo, chimbal, tons estéreos, pratos estéreos, e sala estéreo. O chimbal no canal esquerdo, adicionou compressor para todo o kit da batera. DUAS ENTRADAS, assim, você escolhe entre ter menos o som original e mais o som comprimido da bateria.

O BAIXO: gravado em dois separados canais, ou seja, um direto e outro com o microfone no amplificador. Nivelou o nível do baixo com a bateria.
VIOLÃO: Também gravado em 2 canais, um direto e outro com microfone. Ele compressou na fita. Equalizou o canal com 4.5khz e cortou para 800 hz.
Veja, ele começou com a BATERIA, depois o BAIXO, e continuou com os outros instrumentos. Mas ele nem sempre trabalha desta maneira. Ás vezes é o vocal ou a guitarra. Ou seja, busca primeiro uma referência e isola os demais e trabalha só aquele instrumento escolhido e que será o principal ou o elemento chave para dirigir a mixagem.

Na finalização durante a sessão da mixagem da música, para melhorar a perspectiva do som gravado ele usou entre o monitor MACKIE HR-824s, um par monitores GENELC 1038Bs. Sugere que uma sessão de mixagem não deva passar de 12 horas. Seu método é ouvir com volume baixo em pequenos monitores.

Ele resolveu usar um equalizador no geralzão, usou o GML Model 8200 parametric equalizer. E o usa na maioria de suas mixagens. No exemplo ele usou adicionou pouco de agudo e de grave, 1.5 a 2dB de agudo e 1.5 a 2 dB de grave, para dar um clímax.

Á PARTE: Ele lembrou e comentou que em ‘Starway to Heaven’ (LZ), a exemplo, ele usou um LEXICON PCM 80. Usou o reverb da ambiencia natural aliado ao citado equipamento.

ROTTA
Veterano
# jun/07
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Bog
mas os Beatles tinham o George Martin, né?

Que George Martin foi importante, isto nem se discute. Mas as gravações anteriores (as com Tony Sheridan, na Alemanha, por exemplo) são muito boas.

Abraços.

SylvioLima
Veterano
Prêmio FCC 2007
# jun/07
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Thiago Vianna
Meu Deus! Você disse tudo o que eu queria dizer!

Acho crucial para um produtor se virar com o que tem. Não adianta só ficar pensando em ter bons equipamentos... deve se aprender a utilizar o que tem... tirar o melhor proveito disso. Nem tudo que é novo, é bom...

Acho isso.

Eder Muchiutti
Veterano
# jun/07
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Prometo que vou ler o tópoico depois, mas esbarrei nisso e não resisiti:
""The CD," he said, "is the biggest piece of crap ever invented. And why? It's 16-bit, and 16 bits are nothing. I can play you tapes that are 30 years old that will kick the ass of most digital tapes made today.""

Abominável ortodoxia.... acho que é um problema pessoal que tenho contra o saudosismo.. ou seria contra os chiados, clicks e puffs?
Desculpas a quem discorda de mim.

Bog
Veterano
# jun/07
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Eder Muchiutti
has4

Hehehehhehehe, é bem isso, tem que tomar muito cuidado com essa coisa de "ah, naquele tempo é que era bom". Senão é aquela coisa:

1. Eu digo: música boa? Ah, música boa é a que tinha nos anos 80, 70... Nada desses EMOs de hoje.

2. Minha mãe diz: música boa? Ah, música boa era Beatles! Não essa pauleira exagerada de hoje.

3. Meu avô diz: música boa? Ah, música boa era o Sílvio Caldas! Não essa barulheira com essas guitarras elétricas de hoje.

4. Meu bisavô diz: música boa? Música boa precisa ser tocada por orquestra, ouvida com traje de gala. Música boa é um evento, uma ocasião social, um prato fino. Banalizaram a música boa, hoje em dia qualquer um ouve em qualquer lugar de pijama. E violão é coisa de malandro vagabundo.

HAHahHAHHAH... É bem por aí. Acho que algumas pessoas sentem uma estranha saudade do barulho da fitinha rodando, do ruído, porque aquilo é que soava "natural" - como se alguma apresentação ao vivo tivesse barulho de fitinha rodando. Ou falam da indizível superioridade do calor das válvulas, bem aquele que praticamente só os próprios engenheiros conseguem ouvir - disco não é feito para engenheiro de som, disco é feito para o público. E o público em geral não é capaz de diferenciar se foi feito com equipamento vintage ou digital top de linha.

BTW, não conheço qualquer tecnologia, seja vinil ou CD, seja valvulado ou digital, seja cara ou barata, que capture com perfeição a SENSAÇÃO de ouvir uma boa música tocada ao vivo. Ontem mesmo eu estava pensando nisso, em como produzir um som holofônico, com direção e distância, um som mais que stereo, mais que surround... heheheheh. Quem sabe um dia isso não se torna a minha área de pesquisa (sou cientista e mexo com tecnologia...). Se um dia for inventado, vai ter quem diga: música boa? Música boa era em stereo, não essa farra de efeitos inúteis que tem hoje em dia. :)

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07
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Eder Muchiutti
O vinil brasileiro nunca prestou, as máquinas de prensagem dos discos eram precárias, a espessura dos discos era muito pequena. Tudo isso somado à reserva de mercado do anos 70 e 80, que nos fazia (na verdade, fazia meus pais e tios, nasci em 84) ficar felizes da vida em levar um toca-discos Technics pra casa. Enquanto isso, os americanos e europeus compravam toca-discos da Thorens.

http://www.thorens.com/

Por isso o brasileiro tem ódio de discos de vinil. E essa é uma vantagem do sistema de gravação digital: não há tanta discrepância entre o CD de um cantor de barzinho e o da Ivete Sangalo quanto entre um disco de vinil brasileiro, empenado e cheio de estática e um LP alemão 33 rotações de 300 gramas.

Confie em mim, cara. Na casa do meu primo nos EUA escutei Ella Fitzgerald (justamente uma edição 33 rotações 350 gramas) em um toca-discos Thorens de 1987, amplifição Krell KSA-50 (classe A pura, incríveis 60° no gabinete) e caixas Acoustic Energy One.
Meu amigo, era possível sentir o hálito da cantora. hehehe.
Já ouvi muitos sistemas hi-fi, com LP, CD, DVD, SACD e posso dizer que o LP dá banho em todos. O que chega mais perto é o SACD, mas aí é covardia com o CD e o DVD, a taxa de amostragem do SACD é 2,83 MHz(a do CD é 44KHz e do DVD é no máximo 192 KHz). Essa é outra vantagem do analógico: a taxa de amostragem é infinita.

Eu mesmo tenho vários discos de LP aqui herdados do meu pai e meu tio, todos bem conservados e gosto de escutá-los na nossa sala de audição em toda-discos Marantz (dá pro gasto) aqui em casa. Confesso que depois de duas ou três horas escutando vinil, fica difícil voltar pro CD. Tudo fica muito menos natural, mais "ardido".

Você mora em São Paulo? Se morar, não perca o Hi-Fi show (conhece?). Procura a sala de algum expositor que esteja reproduzindo LP. Você nunca mais esquecer esse dia.
Abç.

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07
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Bog
Você está certo em muitos pontos. Nada supera o calor de uma apresentação ao vivo.
Mas como eu não posso ouvir Rachmaninoff tocando, eu ouço em casa mesmo.
Semana passada assisti um concerto de uma orquestra de câmara aqui em Manaus e pude confirmar uma coisa que já desconfiava: não existe estereofonia do jeito que conhecemos. Não há essa separação que buscamos ao ajustar o pan em uma mixagem. Mas você percebe que os sons vem de lugares diferentes. Vai entender...

Sou engenheiro eletrônico e uma das minhas pretensões é ir a Inglaterra para fazer um mestrado em eng. de áudio. Talvez em 2009. Sabe porque eu quero fazer nessa faculdade? Além de ser renomada, uma das frases da página inicial do programa é :"Apesar da Engenharia de Áudio ser uma ciência exata, nada se tratando de áudio é exato".
Abç.

has4
Veterano
# jun/07
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Thiago Vianna

kkkkkk eu tenho uma faixinha gravada num vinil... uma musiquinha inédita de festival... pô... tenho uma gravaçãozinha em vinil... (rindo nerdimente) kkkkk


Mal gravada que só rsrsrs


Falando sobre as crianças aí... qual destas abaixo é a criança dos olhos de Eddie Kramer?:

U-47 tube mic.
Pultec tube equalizer
LA-2A tube limiter
Dois Purple Audio MC76 limiters
dois Urei 1176LN limiters
dois Pultec EQP 1A equalizers
um Lexicon PCM 80 reverb
um dbx 160 A compressor
dois Teltronix LA-2A Leveling Amplifiers
dois Empirical Labs Distressors (compressors)
um GML Model 8200 stereo parametric EQ
um par monitor GENELC 1038Bs.
Um par de monitores MACKIE HR-824s


Você já aplicou a técnica do EDDIE ou já acompanhou tal aplicação num estúdio profisisional??? Conta ai a sua experiência.

Bog
Veterano
# jun/07
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Thiago Vianna

Legal! Fica aí o sonho: som holofônico artificial. HEheheh, comecei a tentar pensar no caso ontem no banho, e só de imaginar os cálculos eu desisti de pensar no assunto. :-P Acho que tem tudo a ver com o comportamento das fases, variações mínimas no formato de onda e no tempo de chegada nos ouvidos e... aí eu lembrei que vai ser difícil de simular o deslocamento de ar que um amp provoca SEM ter o amp. hehehehe

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07
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has4
Ultimamente, não tenho entrado muito em estúdio, por falta de tempo. Uma pena, porque adoro isso.
Mesmo antes de ter lido esse tutorial do Eddie Kramer, já tinha em mente que "menos é mais". Sempre trabalho da seguinte forma: gravo todos os intrumentos e vozes antes, utilizando compressão com muita cautela e sempre compressor mesmo, não a compressão do pluin de computador (aliás, não gosto de nenhum efeito desses de plugin) já na captação. A mesma coisa vale pra baixo, guitarra etc.
Na mixagem, dependendo da música (a música sempre é o objetivo) começo pela bateria e baixo (rock, soul, blues) ou voz (jazz vocal, mpb). O único problema de começar pela bateria é que a medida que você vai subindo os níveis você pode acabar estourando, aí você tem que abaixar tudo um por um, vira uma bagunça. Começando pela voz, você corre o risco de deixar tudo baixo. É preciso experiência pra fazer tudo legal.
Como eu falei, o importante é bom senso, não exagerar na compressão, reverb e equlização.

Um exemplo: não gosto de aplicar reverb em só um ou dois instrumentos. O reverb visa proporcionar a ambiência. Todos os instrumentos deveriam estar na mesma sala, não é? Então, as vezes eu faço assim: Aplico um reverb no canal R e uso o pan nesse track com reverb quase no máximo pro lado L e vice-versa, entendeu? Tudo o mínimo possível.

Tem outras técnicas legais, mas o importante é lembrar que a música é o mais importante e usar o bom senso.
Abç.

Thiago Vianna
Veterano
# jun/07
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(aliás, não gosto de nenhum efeito desses de plugin)

Antes de me tacarem pedras, não estou dizendo que não prestam. Podem ser uma mão na roda. O que eu quis dizer é que se eu tiver uma unidade de reverb à mão, prefiro utiliza-lá. Pra mim não existe comparação.

has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4
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Thiago Vianna
Pô bicho, é exatamente isso que gostaria de ler (ouvir rsrsrs)... coisa prática... essa explicação aí dá uma luz legal, cara! Não quero ser chato, já me disseram que há tutoriais por aí... mas, pô, tá massa aqui e assim, né? Tão vivas essas experiências. Sabe, vendo você explicando e falando das suas experiências, e depois da leitura (parcial, devido a minha fluência no inglês rsrs) do texto sugerido por vc mesmo, passei a perceber que, como tenho feito tudo na prática, muitas das poucas coisas que fiz no home, faz-me entender que passei por isso ou aquilo despercebidamente. (Pô, sou complicado pra me explicar vixi)... enfim, é legal ler experiências... bacana mesmo o mundo nessa ótica da FÍSICA SONORA. Olha... nunca imaginei que tivesse que começar pela bateria, ou pela voz, como nos exemplos citados, tenho começado as coisas aqui aleatoriamente... não entendo nada de decibéis para cada coisa, então, tudo tem rolado, digamos, DE OUVIDO, mesmo... sequer fiz medições aqui, tampouco entendi tabelas, claro, preciso ler sim, tenho lido e vou praticar a partir de todas essas chegadas informações, sei que as coisas melhorarão sim! (kkk engraçado, vc diz que seus posts são grandes... e os meus?!? - Vc precisa me ver falando... vai ver que vc é fichinha). ENFIM... é isso que busco aqui! PRATICIDADE e EXPERIÊNCIAS não tão exageradamentes técnicas; busco, e acho que muito também, exatamente o que tem surgido aqui! Valeram todas as informações, sem exceções! É difícil agente ver isso nos tópicos do FCC... às vezes os caras postam suas gravações mas sobre elas não explanam para trocar figurinhas, é o que tem faltado... geralmente só falam que tá legal ou não ou que precisa melhorar, mas não falam sobre como melhorar!

catselidis
Veterano
# jun/07
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has4
às vezes os caras postam suas gravações mas sobre elas não explanam para trocar figurinhas, é o que tem faltado... geralmente só falam que tá legal ou não ou que precisa melhorar, mas não falam sobre como melhorar!

ôpa! postei umas dicas bem práticas pra você, ontem, no fórum "divulguem suas produções" e vc ignorou(?) - ahhahahauhahuauha

catselidis
Veterano
# jun/07 · Editado por: catselidis
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has4
só um comentário sobre a fórmula de produção do krammer: 99% dos técnicos que conheço (inclusive os que obtem resultados péssimos) usam essa mesma fórmula...

não questiono que o cara é o "fodão", mas não é a fórmula que importa - ela até te dá uma diretriz - mas o importante é a relação entre feeling/ouvido/experiência/equipamentos/qualidade musical/bom-senso.

feeling: sentir o que a obra artística precisa para ser plenamente manifestada, sem muita ou nenhuma interferência entre o que o autor quer expressar e o resultado final. Que nem diz o
Bog, sem "devaneios de produtor".

ouvido: algumas pessoas, por questão cultural mesmo, parecem só ter ouvidos pra determinadas nuances sonoras e tudo tem que soar daquele jeito, senão não presta. Imagina um Samba Canção com equalização de Funk Pancadão... ou um Rock Progressivo com uma mixagem estilo de MPB?

experiência: a pessoa pode até ter um "talento nato" pra gravar/mixar, mas não dá pra nascer sabendo... isso que estamos fazendo aqui no fórum é mais "bagagem" pra gente, e deve ser buscado com humildade. Não adianta saber teoricamente "tudo" sobre produção e os resultados práticos serem medíocres. Conheci amigos que gastaram R$ 200.000,00 pra montar um estúdio (sem contar o valor do imóvel) e produzem pior do que a gente aqui no fórum. Já vi amigos usando um porta-studio de 4 pistas cassete fazerem gravações deliciosas de se ouvir...

equipamentos: ah! dizer que o equipamento não importa é papo-pra-boi-dormir... é muito fácil falar isso hoje! qualquer placa de som de 50 centávos de dólar faz uma conversão digital audível e grava "limpinho". Hoje eu pego minha guitarra de R$ 250,00, ligo num GuitarRig2 pirateado e tiro o som do JoeSatriani... Equipamento é importante! Não precisa vender a cueca pra comprar um equipamento de US$ 999,999,999,999.99, mas tem que conhecer bem o que vai comprar e, mais ainda, conhecer bem o que já comprou, pra tirar 100% dele.

qualidade musical: se você for uma pessoa mentalmente sadia, não vai comer a embalagem e jogar os biscoitos fora. A melhor produção musical do mundo não vai me fazer colocar no meu mp3 dois marmanjos goianos cornos chorando pq a mulher fugiu com outro cara... A gente pode até admirar a produção, mas acaba aí... ouve uma vez, admira, aprende o que tiver que aprender e - um abraço! Se você acha que TODO PRODUTOR se vende gravando porcarias, pq é profissional, problema seu - aconselho a arranjar outra profissão, senão aos 60 anos você estará frustrado e triste por não ter contribuído com a humanidade - ahahahahah.... lembre-se que ser profissional não é vender alma ao diabo.

bom-senso: por último e não menos importante, bom-senso. Eu gosto muito do pessoal que curte vinil e equipamentos hifi, etc. Acho algo muito gostoso o que eles falam, de ir pra uma sala e colocar um vinilzão importado num aparelho de primeira e se deliciar com o som... Eu gosto disso, de verdade e tenho um amigo em santos que tem esse tipo de equipamento. Só que: câmbio! câmbio! terra chamando saturno! câmbio! voltem pra terra!!! Eu tenho UM (1) ONE AMIGO... você pode (e deve) cultivar aquilo que gosta mas não pode se alienar e ignorar o fato de que o CD proporciona uma facilidade enorme pra divulgação da cultura e isso é o MAIS IMPORTANTE! música é feita pros outros escutarem. E o que facilitar isso, tanto no custo do equipamento quanto na facilidade de produzir é o que vai reinar... Se não tiver música pra divulgar o que irá ser produzido? O canto das marmotas antes do acasalamento? O discurso de Lula antes da posse? O som do silêncio? Não podemos esquecer que o que importa é a transmissão de idéias e sentimentos e o que facilitar isso é o que vai estar sendo usado no mundo... Não quer dizer que você TEM QUE ACHAR O MÁXIMO E SE VENDER PRA TECNOLOGIA BARATA, mas sim que você, com bom senso, sabe diferenciar as coisas e trabalhar de acordo com a realidade, fazendo o melhor no contexto contemporâneo.

enfim, de tudo o que foi dito: MÚSICA é o que importa! Produtor não pode querer ser MAIOR que a obra de arte que ele está produzindo. Tem que se inclinar em humildade e servir à obra. Ser o condutor dela até os ouvidos apaixonados que a ouvirão... sem "devaneios", não é mesmo, amigo Bog?

Eder Muchiutti
Veterano
# jun/07
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Só estou acompanhando a discussão após meu posts. Comentários e colocações bastante interessantes.
Devo ressaltar a idéia principal, ao meu ver, quando falamos em produção musical: MÚSICA. Óbvio? À primeira vista, sim. Mas muita gente realmente esquece da arte e só se lembra da técnica matemática, da ciência exata.
Números NÃO garantem qualidade, sejam esses números expressões de valores, amostragem, vendagem, etc...
Eu até gostaria da experiência inesquecível de se ouvir um vinil caríssimo num aparelho caríssimo, com todo o ultra-hi-fi que eu tiver direito, mas prefiro me ater à minha realidade, que é escutar som de DVD nas minhas Alesis "baratas". Por isso eu mantenho minha posição de ser contra o extremismo de dizer que "CD is the biggest piece of crap ever invented". A menos que a pessoa tenha um argumento muito convincente (o argumento apresentado está bem longe disso, pra mim). E não importa quem diz isso, se é o George Martin, o John Williams, o Hans Zimmer ou o Papa.. rs. Se meu ouvidos não confirmarem, do que adianta alguém dizer, não é mesmo?

has4
Veterano
# jun/07 · Editado por: has4
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catselidis
ôpa! postei umas dicas bem práticas pra você
rsrsrs... *"geralmente", então, você está excluso da generalização... rrsrsrs Obrigado mesmo pelas importantes dicas! rsrsrs

entre feeling/ouvido/experiência/equipamentos/qualidade musical/bom-senso.
Muito bom mesmo... mais uma vez, construtivo isso!



Eder Muchiutti

Devo ressaltar a idéia principal, ao meu ver, quando falamos em produção musical:
arte MÚSICA.[/i]
mantenho minha posição de ser contra... Se meu ouvidos não confirmarem.

Sim, ARTE. Sim, MÚSICA. Sim, OUVIDOS. O que quer que possa ser feito para servi-los muito bem, é muitíssimo válido!

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