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Autor Mensagem
qew
Veterano
# 28/jun/23 11:22
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São os mais eficientes no mercado, são os gêneros que venceram no livre comércio, que souberam trabalhar e lucrar forte no mercado. São os monopólios músicais.

João Araújo ficaria orgulhoso

Pedro_Borges
Veterano
# 28/jun/23 12:09 · Editado por: Pedro_Borges
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Ana Castela
Gênero(s): agronejo; pop; sertanejo universitário
Fonte: Wikipedia

brunohardrocker
A Ana Castela reúne os 4 cavaleiros do apocalipse da música atual:

nunca pisou numa bosta de vaca.

Ouvi dizer que é super fresca, cheia de não me toque, pra lá de Paula Fernandes.

nem pegou na enchada

Nisso eu contesto, ela pega na inchada direto. E gosta muuiito!

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 13:40
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brunohardrocker
É que o Rio é a terra do funk carioca. Como a regra atual pra música pegar no Brasil é ser o quanto pior mais popular, nem o sertanejo universitário supera.

Cara, o funk tem vários problemas, muitos mesmo. Mas você não pode negar que nasceu como um fenômeno orgânico.

O sertanejo universitário não. Nasceu no estúdio já pronto para ser um produto de massa. Essa merda tá para a música o que a gordura hidrogenada tá para a culinária: não existe naturalmente, não iria continuar a ser usado sem a manipulação industrial. É coisa de gente sem gosto, condicionada pela indústria a consumir merda, com paladar tão viciado que não consegue nem mais distiguir bom de ruim.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 13:46
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makumbator
Moderador
# 28/jun/23 13:56
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ejames
Mas você não pode negar que nasceu como um fenômeno orgânico.

Qual o problema de começar como algo comercial visando lucro? Não é ilegal. E no funk carioca também houve investimento lá atrás visando o mercado. O esquema do furacão 2000 foi algo nessa linha, ajudou a levantar o movimento, fazendo bailes, gravações e programas de rádio e TV.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 14:09
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makumbator

Cara, não dá para fazer simetria. A máquina do sertanejo universitário é muito maior e agressiva que o funk (e não falo isso de forma nenhuma defendendo o funk, que é outra bosta).

Agora vem surgindo o foco no TikTok, Instagram. Nem precisa de um refrão mais, basta algum verso bisonho pra viralizar junto com alguma dancinha tosca

Qual o problema de começar como algo comercial visando lucro? Não é ilegal

É completamente vazio de qualquer traço cultural. O funk foi para SP, mas lá ganhou outra cara. Existe um fator orgânico, que puxa dos elementos culturais daquelas pessoas. O sertanejo universitário é tudo igual. Mesma roupa, mesma afetação na hora de cantar (parece que todo mundo sofreu algum tipo de paralisia na fala), mesmas letras, mesmas gírias. Domina o espaço mesmo em lugares que não possuem nenhuma identificação com a vida no campo.

Lelo Mig
Membro
# 28/jun/23 14:27 · Editado por: Lelo Mig
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ejames

"Mas você não pode negar que nasceu como um fenômeno orgânico."

Não vejo esta diferença não. O sertanejo também vêm do sertanejo raiz e os primeiros a idealizarem uma roupagem pop, influenciados pelo Country Pop de Kenny Rogers, Garth Brooks, Billie Ray Cyrus e etc., a "eletrificarem" e partir prá baladas pop, foram Chitãozinho e Xororó e em sequência toda a primeira leva do sertanejo pop (Zéze, Leonardo, Daniel, etc.).

Essa galera, dessa primeira leva, ainda passou fome e tocou em circo, rodoviária e puteiro. Quando abriram o mercado das rádios, disputando com o Pop Rock Brasuca, é que o empresariado viu a mina de ouro e começou a organizar, pasteurizar e transformar a parada em dinheiro.

Não é diferente com o funk. O funk (e seus derivados, Trap e oscarai) não têm muito espaço nas rádios e Tvs, mas é forte na internet. Aquele Kondzilla é um dos maiores canais de Youtube do mundo. E hoje tá cheio de funkeiro branco, burguês, que só conhece comunidade em foto.

Não curto estes gêneros altamente comerciais, mas temos de aceitar que é o mercado que faz isso, é justamente a eficiência empresarial e o capitalismo que fazem este tipo de coisa. Transformar em produto rentável.

Não é o gênero, não importa se é funk, se é sertanejo, se é rock, se é maxixe... é um erro avaliar o estilo. É o que vende, se amanhã vender Black Metal vai tocar Black Metal no Luciano Huck.

"Todos os estilos" nascem de forma orgânica. E o mercado percebe/decide o que vai dar grana ou não... e quem "quer fazer sucesso" embarca na onda ou tá fora.

Pedro_Borges
Veterano
# 28/jun/23 14:41
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Lelo Mig

Lelo, eu ia postar, mas vi que você disse tudo que eu queria dizer. Onde assino?

brunohardrocker
Veterano
# 28/jun/23 15:10
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ejames
Lelo Mig
Pedro_Borges

É, o funk também teve um momento de captura pela indústria e empresários que viram a oportunidade de injetar grana no mercado, fazendo gente fazer sucesso à força, sem ter um elemento criativo que justificasse.
Assim como o universitário, é cheio de clichês pré fabricados e canções monotemáticas, além de horríveis. (Senta, novinha, raba...)

Mas não quero, com isso, dizer que o rock também não seja cheio de porcarias comerciais e muito menos que é o suprassumo da música. Essa é uma ideia bem adolescente e que normalmente é uma fase que se passa, se não for crônica.

makumbator
Moderador
# 28/jun/23 15:11 · Editado por: makumbator
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ejames
É completamente vazio de qualquer traço cultural.

O sertanejo universitário não veio do vácuo, surgiu da cultura da música da roça atualizada para o ambiente urbano. Concordo totalmente com o Lelo nessa. Será que vc não está apenas sendo inadvertidamente preconceituoso com o sertanejo universitário por conta da vertente política mostrada pelos ícones do estilo?

Isso fica parecendo aquele pessoal ultra woke americano que gosta de dizer que brancos não tem cultura (no sentido de tradições culturais e expressões próprias). Apenas as "minorias" teriam cultura, pois é algo de oprimidos.

Lelo Mig

Concordo totalmente!

Pedro_Borges
Veterano
# 28/jun/23 15:23
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https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/06/28/deput ada-pede-cassacao-de-bolsonarista-por-fala-racista-em-podcast.htm

Esquerdista sendo esquerdista. Sempre procurando cabelo em casca de ovo. O deputado Gayer, a quem não tenho muito apreço, em nenhum momento se referiu a questão racial e nem tampouco o apresentador.

É querer brigar com os fatos e os números.

https://twitter.com/RennoGuil/status/1674086323940982785/photo/1

https://www.worlddata.info/iq-by-country.php

https://worldpopulationreview.com/country-rankings/average-iq-by-count ry

brunohardrocker
Veterano
# 28/jun/23 15:24
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O sertanejo universitário não veio do vácuo, surgiu da cultura da música da roça atualizada para o ambiente urbano.

O avô foi o sertanejo raiz, que trabalhou de sol a sol, preparou a terra, sofreu, perdeu a produção para as pragas e fenômenos climáticos, mas passou a sucessão para o filho, o sertanejo romântico, que estava prestes a enriquecer com o boom das commodities. Que por sua vez, incentivou o filho a prestar vestibular para agronomia. O ambiente de inspiração se resumiu a parar a Hilux na conveniência de posto de combustível nas sextas feiras após a faculdade. Surgia a música do neto: o sertanejo universitário.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 15:55
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Lelo Mig
brunohardrocker
makumbator

Vocês estão vendo o funk sob a perspectiva paulista, no Rio a coisa é diferente. O funk que toca no baile na Rocinha não é o mesmo funk que toca no baile na Vila do João. Nem muito menos o mesmo funk que toca na boate na Barra da Tijuca, que também não é o mesmo funk que toca na festinha de família no Leblon. Ainda dentro das favelas e periferias, existem os bailes charme, bailes anos 90, etc.

Tem públicos diferentes e músicas com características diferentes. Eu não falo isso como uma forma de categorizar o funk como "melhor" que o sertanejo, o ponto é que o funk existe também fora da indústria, diferente do sertanejo universitário que só existe por causa da indústria. Não vejo cenário semelhante no sertanejo.

brunohardrocker
Veterano
# 28/jun/23 16:05
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ejames
Não vejo cenário semelhante no sertanejo.

Uai, se for considerar o sertanejo enquanto música caipira, o sertanejo que toca no festival da Chapada dos Guimarães também não é o mesmo que toca no Villa Mix.

A divisão no sertanejo se dá justamente considerando o raiz, o romântico e o universitário.
O funk carioca tem suas divisões também. Que eu lembro de cabeça são alguns exemplos, como o proibidão, ostentação, eletrofunk...

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 16:08
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brunohardrocker
O avô foi o sertanejo raiz, que trabalhou de sol a sol, preparou a terra, sofreu, perdeu a produção para as pragas e fenômenos climáticos, mas passou a sucessão para o filho, o sertanejo romântico, que estava prestes a enriquecer com o boom das commodities. Que por sua vez, incentivou o filho a prestar vestibular para agronomia. O ambiente de inspiração se resumiu a parar a Hilux na conveniência de posto de combustível nas sextas feiras após a faculdade. Surgia a música do neto: o sertanejo universitário.

Isso se traduz para a realidade igual os "cases" de empresários que bradam sobre meritocracia mas criaram suas empresas com dinheiro da família.

O avô do sertanejo universitário é dinheiro da elite do agronegócio, que já era rica bem antes do boom das commodities nessa sua linha do tempo.

É nesse erro que você se pega ao pensar que o estilo nunca engatou no Rio simplesmente por causa do funk: o sertanejo não consegue o mesmo espaço aqui pois o Rio não tem essa elite agrária.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 16:18 · Editado por: ejames
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brunohardrocker
Uai, se for considerar o sertanejo enquanto música caipira

Mas não estou falando disso. Estou falando exclusivamente do sertanejo universitário.

A divisão no sertanejo se dá justamente considerando o raiz, o romântico e o universitário.

O sertanejo universitário que toca no Villa Mix é o mesmo sertanejo universitário que toca na "quintaneja" na boate na Barra da Tijuca, que é o mesmo sertanejo universitário que o voz e violão meia boca faz na churrascaria do Itaim Bibi, que é o mesmo sertanejo universitário que o Gusttavo Lima toca no evento da prefeitura do Acre, que não tem ligação cultural nenhuma com as "raízes" do estilo mas que adotou simplesmente pela massificação do estilo, graças a indústria.

É o que o Wanton falou antes: essa porra toca em qualquer lugar, não importa a distinção. Eu não falo isso com indignação, raiva, e como já disse, nem para posicionar estilo X ou Y como "pior" ou "melhor". O fato é que não existe indústria musical tal qual a do sertanejo universitário no Brasil.

Lelo Mig
Membro
# 28/jun/23 16:19 · Editado por: Lelo Mig
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ejames

"O funk que toca no baile na Rocinha não é o mesmo funk que toca no baile na Vila do João."

O sertanejo que toca num churrasco de peões em comitiva também não é o mesmo que toca na festa de Barretos.

"Vocês estão vendo o funk sob a perspectiva paulista..."

Acho que você que esta vendo com viés ideológico, como se o funk retratasse minorias e o sertanejo não. O Funk nasceu ontem, o sertanejo carrega mais de 100 anos.

MC Don Juan, (que eu nunca vi na vida em lugar nenhum e provavelmemte nem você), passou a marca de 3 bilhões de visualizações e deixou para trás artistas como Gusttavo Lima e Wesley Safadão.

Daqui 50 anos (até menos porque os funkeiros estão ficando milionários rapidamente), você também vai ver essa "realidade de comunidade" totalmente diluída e quase imperceptível.

brunohardrocker
Veterano
# 28/jun/23 16:20
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ejames

Você crê que o agro é feito inteirinho por uma elite. Mas de fato não é. Teve muita gente (absoluta maioria) que enriqueceu no boom das commodities, mas nem de longe é elite.
Até o final dos anos 90 não existia berço de ouro para 99% do setor agrario. Era continuar o trabalho do pai, do avô, e se parasse estaria ferrado.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 16:31
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Lelo Mig
Acho que você que esta vendo com viés ideológico, como se o funk retratasse minorias e o sertanejo não. O Funk nasceu ontem, o sertanejo carrega mais de 100 anos.

Daqui 50 anos (até menos porque os funkeiros estão ficando milionários rapidamente), você também vai ver essa "realidade de comunidade" totalmente diluída e quase imperceptível.


Não é viés ideológico, é viés prático. Não tem nenhum outro estilo musical do mesmo tamanho atualmente, e o crescimento não para. Se isso é bom ou ruim, daí vai da perspectiva de quem tá olhando.

brunohardrocker
O funk carioca tem suas divisões também. Que eu lembro de cabeça são alguns exemplos, como o proibidão, ostentação, eletrofunk...

De carioca aí só tem o proibidão. Que nunca teve "indústria" por trás, no máximo facções lavando dinheiro através dos bailes. Também nunca teve grande projeção, pelo teor óbvio das letras. Ostentação é coisa de paulista, eletrofunk é coisa de curitibano.

Você crê que o agro é feito inteirinho por uma elite.

Não, não creio.

Teve muita gente (absoluta maioria) que enriqueceu no boom das commodities, mas nem de longe é elite.

Com certeza.

Até o final dos anos 90 não existia berço de ouro para 99% do setor agrario. Era continuar o trabalho do pai, do avô, e se parasse estaria ferrado.

E ainda é assim. Só que tem também outra coisa que não mudou: são os 1% que mandam na porra toda. E isso nem vale só para o agro.

Lelo Mig
Membro
# 28/jun/23 16:39 · Editado por: Lelo Mig
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ejames

O funk proibidão de reduto comunidade no RJ, vai se manter, junto com os artistas pobres que o fazem. Assim como o violeiro autodidata no Pantanal também está lá.

Mas, esse funk carioca, você querendo ou não, foi embalado para presente, polido e virou o funk ostentação, o eletrofunk, o trapp e etc. Assim como aconteceu com o sertanejo.

E este funk alterado é justamente o seguimento que mais cresce no Brasil. A galera nova não consome sertanejo universitário; consome Anita, Kevinho, Vitão, Lexa e etc.

Tudo segue a mesma cartilha, não importa o estilo. E não estou falando em bom ou ruim, melhor ou pior, gosto x não gosto... apenas de mercado.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 16:39
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Lelo Mig
MC Don Juan, (que eu nunca vi na vida em lugar nenhum e provavelmemte nem você)

Nunca ouvi falar mesmo. Mas da Ana Castela já tinha. Eu, o brunohardrocker, o Pedro_Borges pelo visto também.

passou a marca de 3 bilhões de visualizações e deixou para trás artistas como Gusttavo Lima e Wesley Safadão.

Mas quem tá tocando nas JBL das festinhas de São João por aí? MC Don Juan ou Gusttavo Lima e Wesley Safadão? Tá vendo a diferença?

Lelo Mig
Membro
# 28/jun/23 16:47 · Editado por: Lelo Mig
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ejames

" Tá vendo a diferença?"

Cara, como disse não têm comparação. O sertanejo têm mais de 100 anos de tradição e na década de 90 se estruturaram muito bem na mídia. Não se muda isso do dia prá noite.

Mas o funk tá no mesmo caminho, se estrutura na Internet, fala com o jovem atual... Não importa tocar nas JBL das festinhas, galera whatssap, discord não vai na festinha... é outro público.

Veja o fenômeno Anita, Ludmila, Luisa Sonza..... você pode dizer "isso não é funk"... aí eu retruco "Luan Santana é sertanejo?"

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 16:47 · Editado por: ejames
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Lelo Mig
E este funk alterado é justamente o seguimento que mais cresce no Brasil. A galera nova não consome sertanejo universitário; consome Anita, Kevinho, Vitão, Lexa e etc.

Cara, eu não vejo isso. Talvez no futuro esse balanço possa mudar, mas não enxergo essa tendência em lugar nenhum fora de alguns nichos.

Olha o top 2022 do Spotify BR:
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/spotify-divulga-retrospect iva-de-2022-marilia-mendonca-e-a-mais-ouvida-no-brasil/

Lelo Mig
Veja o fenômeno Anita, Ludmila, Luisa Sonza.....

É um nicho. Grande pra caralho, mas tem toda uma proposta segmentada, aquela coisa de "divas do pop". Tem até legião de fãs que, assim como a galera do pop internacional, fazem mutirões para aumentar os números de visualizações, liderar os tops de aplicativos e tal (que não faz diferença nenhuma, pois toda a manipulação de algoritmo e investimento da indústria são o que realmente contam, mas enfim)

Beleza, não atende SÓ esse segmento, afinal é pop, feito para agradar quem gosta de tudo. Mas não toca em todo lugar, não é digerido com a mesma facilidade, não é feito para isso.

Lelo Mig
Membro
# 28/jun/23 17:05
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ejames

"Cara, eu não vejo isso."

Cara esse top acena o que estou dizendo. Em primeiro uma dupla de desconhecidos catapultada pela morte de Marília Mendonça (que até eu que não curto conheço). Em segundo um tal de Xamã (que nunca ouvi falar na vida), com um Trapp.

Mano, posso entender e respeitar sua opinião, numa boa. Porém não vejo assim.

O sertanejo se estruturou muito fortemente na mídia nos anos 90, e isso não muda do dia prá noite. Mas, o funk, vêm se estruturando com a galera nova. Tanto faz que o que ainda rola nas JBLs do bailinho seja sertanejo, moçada do whatssap, discord, não vai no bailinho.

Tudo se resume a música pop. Não faz diferença se têm um chapéu de cowboy na cabeça ou uma tatoo na cara.

Pedro_Borges
Veterano
# 28/jun/23 17:32
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Lelo Mig
ejames
brunohardrocker
makumbator

As discussões deste tópico sobre música brasileira (ou mercado brasileiro) se polarizando entre sertanejo universitário e funk, mostra o quanto estamos atolados no pior dos lixos.

Não é saudosismo, mas para os que nasceram depois eu lamento não terem vivido os anos 70/80. A gente naquela época discutia Chico, Gil, Caetano, Joao Bosco, Milton Nascimento e o nascente rock nacional de Brasília. Rita Lee, Raul, e tantos outros. No campo internacional tínhamos a reminiscência dos anos 60 e muitas produções recentes.

Em termos de produção poética os caras tinham que se virar para fazer letras criativas e driblar a censura. O amor era cantado sem piegas. Dentre nós o Lelo viveu isso muito bem.

Estou acompanhando o perfil desse moço da Colômbia com seus boleros e outras canções. Acho que perdemos nosso glamour para nossos vizinhos. É uma pena que nascemos e crescemos olhando pro Atlântico e de costas viradas para a Cordilheira do Andes.

https://www.facebook.com/Diegobarrerarequintista/

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 17:34 · Editado por: ejames
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O sertanejo se estruturou muito fortemente na mídia nos anos 90, e isso não muda do dia prá noite. Mas, o funk, vêm se estruturando com a galera nova.

Tudo se resume a música pop. Não faz diferença se têm um chapéu de cowboy na cabeça ou uma tatoo na cara.


Isso aí sem dúvidas, concordo 100%.

Tanto faz que o que ainda rola nas JBLs do bailinho seja sertanejo, moçada do whatssap, discord, não vai no bailinho.

Mas aqui eu realmente não vejo isso, talvez seja questão regional. O top 5 não mostra tanto, mas no top 50 o que se vê é uma lista composta em maioria pelo sertanejo exclusivamente da linha "universitário", enquanto o resto divide um espaço minoritário e compete entre si: pop, funk, trap, rap e misturebas de tudo isso.

Investimento privado em artistas não é exclusividade do sertanejo, mas também não dá para negar que existe um diferencial muito grande a favor do sertanejo universitário que é essa relação simbiótica com a elite do agro. Junta isso com um estilo que já é tradicional no mercado, bota uma roupagem ainda mais fácil de ser digerida e o sucesso é garantido. Por isso aí tudo que eu não consigo imaginar uma mudança de balanço tão cedo.

Pedro_Borges
Esquerdista sendo esquerdista. Sempre procurando cabelo em casca de ovo. O deputado Gayer, a quem não tenho muito apreço, em nenhum momento se referiu a questão racial e nem tampouco o apresentador.

É querer brigar com os fatos e os números.


Número de QI não é a forma adequada de discutir o assunto. Agora tô sem tempo, mas você pode pesquisar como usar esses dados para discutir sobre a questão é uma perspectiva extremamente defasada, e pior: só é usada justamente por grupos que fazem acenos para ideologias racistas e eugenistas - o que não surpreende em NADA ter vindo desse bosta de Gustavo Gayer, um dos mais toscos da bancada do PL e da asinha bolsonarista.

makumbator
Moderador
# 28/jun/23 17:43
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ejames

Você está fechando os olhos para a profissionalização do cenário de funk, mas é o mesmo processo do sertanejo. Funk está virando pop assim como o sertanejo já o é (através da vertente universitário).

Não é mais estilo só do coitadinho no fundo da favela não. O Lelo resumiu bem:

Tudo se resume a música pop. Não faz diferença se têm um chapéu de cowboy na cabeça ou uma tatoo na cara.

ejames
Membro Novato
# 28/jun/23 17:57
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makumbator
Você está fechando os olhos para a profissionalização do cenário de funk, mas é o mesmo processo do sertanejo. Funk está virando pop assim como o sertanejo já o é (através da vertente universitário).

Não é mais estilo só do coitadinho no fundo da favela não. O Lelo resumiu bem:


Não neguei isso hora nenhuma. Minha visão é da perspectiva que, ao menos ainda, não existe comparação na popularidade a nível nacional dos dois estilos e que não vejo uma "ameaça" real desse cenário mudar.

Lembrando que o assunto todo começou quando o Bruno comparou os dois estilos e usou da existência do funk carioca como impeditivo para o sertanejo universitário crescer no Rio (ainda que de forma jocosa para comprar a tosquice dos dois).

Drinho
Veterano
# 28/jun/23 17:59
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Kevinho

Deus o tenha.

makumbator
Moderador
# 28/jun/23 18:06
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ejames

O funk só precisa de tempo que o sertanejo teve para virar popzão da massa. Ele vai chegar lá.

Você não pode enviar mensagens, pois este tópico está fechado.
 

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