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Cavaleiro Veterano |
# jan/12
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E só para corrigir termos, eficiência e a utilização do menor número de recursos possíveis para alcançar o resultado desejado.
Finalmente surgindo tópicos da minha área no fórum, fico feliz, tava enjoado de religião haha
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One More Red Nightmare Veterano |
# jan/12
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Die Kunst der Fuge A propagando que você critica tem por fonte somente o Estado?
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Cavaleiro
Não estou desconsiderando totalmente o resto do marketing, reconheço a sua influencia sim, mas confesso que estou dando um peso bem maior à propaganda do que ao restante do marketing sim.
Mas eu faço isso por ver coisas tão grandes e improváveis sendo vendidas por propaganda, como guerras, crises econômicas e escravização econômica de países, políticos corruptos, difamação de opositores, consumo de substâncias altamente carcinogênicas, manipulação em investimentos de matriz energética e meios de transporte, etc etc...
Enfim, em pontos como estes, de tanta influência nas vidas cotidianas da maioria, eu vejo de vez em quando pipocar publicamente um ou outro caso de propaganda sendo utilizada, daí vem a minha tendência a atribuir a ela um peso maior, considerá-la mais eficaz e, claro, um problema.
Mas diga-me o que você acha sobre isso, por exemplo, você acha que as demais ferramentas de marketing poderiam competir com a propaganda, se estivessem promovendo o mesmo assunto?
Por exemplo, como você acha que seria mais fácil promover um político corrupto? Ou vender um produto superfaturado?
Por meio de propagada ou por meio de todos os outros meios de marketing? (estou propondo nestas condições pois é especificamente nestes casos - em que uma das partes será lesada, manipulada - que a propaganda se sobressai melhor, onde eu temo que ela seja aplicada)
Edit: Na verdade eu acho que a minha proposta foi fail, pois só de tentar vender isso que eu disse já se enquadraria em propaganda.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Cavaleiro E só para corrigir termos, eficiência e a utilização do menor número de recursos possíveis para alcançar o resultado desejado.
No vocabulário de livre mercado, eficiência tem outro significado:
"Eficiência é o modo que a economia tem para julgar a felicidade; então devemos entender eficiência como a maior satisfação entre os sujeitos envolvidos na relação."
"Eficiência mede o "grau de felicidade" de um sistema de relações sociais."
-Marcello Mazzilli - ESTADO? NÃO, OBRIGADO!
One More Red Nightmare A propagando que você critica tem por fonte somente o Estado?
Não mesmo, já falei aqui no tópico alguns casos deste tipo de propaganda tendo como fonte exatamente o capital privado, inclusive sendo utilizada contra outro capital privado. Exemplo das empresas de Tabaco contra a CBS News.
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Cavaleiro Veterano |
# jan/12
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Die Kunst der Fuge
Detesto quando querem apropriar um conceito para cada contexto, mas seguindo na linha vi estentexto, que ate corrobora (em Jansens) com um tópico que criei hoje.
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0310792_06_cap_03.pdf
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Cavaleiro Veterano |
# jan/12
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O restante vou responder amanha porque to com sono e no iPad.
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Atom Heart Mother Veterano |
# jan/12
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Já pensei seriamente em cursas Publicidade/Propaganda.
Só que me deparei com o medo de ficar desempregado.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Cavaleiro
Eu tb! Vou ler teu texto ae e depois vou ter horas de lazer. Amanhã respondo.
Atom Heart Mother Só que me deparei com o medo de ficar desempregado.
Aposto que isso é propaganda de quem é formado nisso, pra sobrar mais empregos pra eles.
=P
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One More Red Nightmare Veterano |
# jan/12
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Primeiro os Bancos, agora a Propaganda. Qual será o próximo ataque?
Não perca no próximo epitópico.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12
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One More Red Nightmare Primeiro os Bancos, agora a Propaganda. Qual será o próximo ataque?
Os bancos são os maiores FDPs, uns dos que mais usam propaganda.
Talvez o próximo ataque seja às empresas de Petróleo, não sei.
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Atom Heart Mother Veterano |
# jan/12
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Die Kunst der Fuge
Haha, seria uma boa. Conheço um cara que faz isso.
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Comuna CCCP Veterano |
# jan/12
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O centro da razão deste tópico está a quilômetros de distancia...
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Headstock invertido Veterano |
# jan/12
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Headstock invertido
Vou te responder depois, tô de saída! =*
Não posto mais em teus tópicos.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12
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Headstock invertido DESCULPA!!!
Eu esqueci! Calma ae que vou responder.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Headstock invertido
Pra facilitar, eu quotei só o final de cada ponto, mas li tudo.
O teste maior é o consumidor. Algumas pessoas podem até serem levadas primeiramente a comprar o produto ruim mas que teve uma propaganda gloriosa. Só que eles vão perceber o desrespeito e hoje, mais do que nunca, vão compartilhar dessa experiência ruim e a marca paga pelo erro que cometeu.
Isso é válido quando é possível ao consumidor perceber que foi lesado só em utilizar o produto ou serviço.
Mas e quando ele não pode perceber que está sendo lesado?
Por exemplo, e quando a propaganda era dominada pelas empresas de Tabaco e ninguém tinha acesso às informações de que fazia mal à saúde?
Você fuma e não é capaz de perceber os efeitos negativos, apenas depois de muito tempo, quando você já está ferrado é que pode perceber.
E quando o consumidor compra produtos transgênicos sem saber? Você pode não perceber, mas está sendo enganado achando que está comprando uma coisa e está comprando outra.
Mas ao invés de ficar citando exemplos, eu consigo pensar em mais situações em que, por meio de propaganda, o consumidor não perceba que está sendo enganado (ou só perceba quando é tarde demais), do que nos exemplos em que ele pode perceber diretamente que está sendo lesado.
Este é um ponto negativo.
O produto é feito para o consumidor, não para um órgão regulamentador. Ele é quem realiza o teste que decide o destino de uma marca.
Um consumidor, deixado sozinho, não tem como detectar se um produto contém substâncias carcinogênicas, não tem como detectar se um alimento possui um número elevado de bactérias, não tem como avaliar as condições de higiene de produção, não tem como saber as informações nutricionais de um alimento vendido em lanchonetes, não tem como determinar o nível de emissão de poluição do seu veículo, não tem como determinar o nível de segurança do transporte coletivo que usa. São alguns exemplos. Muitos destes exemplos, nem com o órgãos regulamentadores eles tem como saber.
Qual seria o custo de comer em uma lanchonete com carne infectada por E.coli patogênica, ter uma doença grave por conta disso e só então se tocar:
"Ah, não vou mais comer nessa lanchonete, as condições de higiene de lá são ruins. Epa, ou seria a procedência da carne e então eu teria que evitar todas as lanchonetes que recebem carne desta empresa? Ou será que o problema não é com a empresa de carne e sim na transportadora?"
Agora falando sobre regulamentação:
Sem regulamentação, as empresas poderiam omitir se um produto é muito calórico, poderiam omitir quaisquer informações que quisessem.
Ai viriam dizendo: As pessoas iriam evitar os estabelecimentos que não fornecessem tais informações.
Sem regulamentação uma empresa poderia informar O QUE QUISESSE. Quem iria questionar? Quem iria averiguar e veicular as informações?
Aí viriam dizendo: Haveria um nicho de mercado livre, onde uma segunda empresa poderia oferecer o serviço de determinar e mostrar ao público as informações dos produtos. Seriam empresas que prezariam pela honestidade, visto que o seu produto depende disso.
Muito bonitinho, mas é só molhar a mão dessa empresa e fazer tudo por debaixo dos panos e até essa empresa poderia omitir ou inventar informações, especialmente dos tais exemplos em que o consumidor não tem como perceber a curto prazo, como uso de transgênicos, carcinogênicos e tudo mais. E se alguém acha que isso que eu esto falando é algo de outro mundo, não deve estar muito bem informado ou conhecer de história.
Com regulamentação e órgãos regulamentadores, o negócio também pode se resolver via suborno, como já acontece.
Com ou sem regulamentação, só muda quem vai ter a mão molhada.
E como já falei aqui, suprimir as informações negativas acerca do eu produto, veiculando apenas as que lhe são proveitosas é uma das táticas de propaganda.
Essa situação é hoje solucionada facilmente pela troca de informações entre os próprios consumidores, que é o que já ocorre.
Isso aí ocorre entre círculos sociais e mídias alternativas. Em muitos casos, são meras opiniões de consumidores, nem sempre tendo embasamento suficiente para justificar as críticas e muitas vezes surgindo opiniões controversas.
Eu queria saber se você tem informações sobre o real impacto sobre este tipo de atitude, se comparado com o impacto da propaganda. Ou se o impacto disso pode ser desprezível. Numa grande empresa, óbvio.
ps: o Exemplo da E.coli infectada foi baseado no caso de uma mãe americana que teve seu filho morto por causa de um hambúrguer, num surto de infecção. O caso foi omitido da grande imprensa por anos pelas empresas de alimentos. Cabe-se observar que foi do interesse de todas as empresas do ramo (são 4 grandes), mesmo as rivais, de manter o caso abafado.
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Cavaleiro Veterano |
# jan/12
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Die Kunst der Fuge Mas diga-me o que você acha sobre isso, por exemplo, você acha que as demais ferramentas de marketing poderiam competir com a propaganda, se estivessem promovendo o mesmo assunto?
Eu estou focando na existência ou não de livre mercado com o monopólio da propaganda, neste caso o que conta são as motivações de uma pessoa para a compra de um determinado produto e aí que entra o marketing como um todo e não só a propaganda. Então se aplica a compra de produtos e serviços pelo mercado. Propaganda tem um peso maior? Depende, e muito. Do tipo de produto, nicho de mercado, número de concorrentes diretos e indiretos, número de produtos substitutos e complementares e outras variáveis.
Pelo tópico eu tive a impressão que você criou o tópico pensando em questões como política, guerras, e pensou que como a propaganda tem influenciado as pessoas ao longo do tempo nestas questões, também o faria com os produtos e serviços e então não existiria o livre mercado. É um pensamento lógico, mas a motivação pela compra de produtos e serviços é diferente da motivação política, infelizmente. Em produtos e serviços, as pessoas normalmente analisam preço, qualidade, disponibilidade enquanto na política mal sabem um projeto de lei proposto pelo político.
Por exemplo, como você acha que seria mais fácil promover um político corrupto? Ou vender um produto superfaturado?
Promover um político corrupto, com certeza. Pelos motivos que já citei acima. Um produto superfaturado dificilmente tem espaço no mercado, mesmo que invista 90% do faturamento em propaganda, além de ter que competir pela disponibilidade, preço e qualidade, o produto ainda está sujeito as forças de Porter (rivalidade entre concorrentes, poder de negociação dos clientes, poder de negociação dos fornecedores, ameaça de entrada de novos concorrentes, ameaças de produtos substitutos). Isto desconsiderando totalmente ambiente interno e motivações do ponto de vista da psicologia para compra de produtos e serviços com McGregor, Hezberg e Maslow.
Então afirmar que não existe livre mercado com o monopólio da propaganda é um grande exagero, não existe livre mercado se houver protecionismo para que se promova monopólio, monopsônios, ou mesmo oligopólios e oligopsônios.
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NiLLaKettY Veterano |
# jan/12
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Die Kunst der Fuge o que você postou sobre propaganda ser diferente de publicidade, ou definição de Marketing, pelo menos mais duas pessoas que postam aqui neste tópico já sabem. O que eu digo é que é uma crítica infundada. Apenas isso.
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NiLLaKettY Veterano |
# jan/12
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One More Red Nightmare Primeiro os Bancos, agora a Propaganda. Qual será o próximo ataque?
Não perca no próximo epitópico. AHAUAHAUHAUAHAU
é tão fácil olhar as coisas por fora... se eu trabalho em banco, provavelmente vou ter algumas visões que ninguém (ou poucos) terá. Ser crítico é bom, mas enquanto isso o mundo gira e a vida continua.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jan/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Cavaleiro Pelo tópico eu tive a impressão que você criou o tópico pensando em questões como política, guerras, e pensou que como a propaganda tem influenciado as pessoas ao longo do tempo nestas questões, também o faria com os produtos e serviços e então não existiria o livre mercado. É um pensamento lógico, mas a motivação pela compra de produtos e serviços é diferente da motivação política Em produtos e serviços, as pessoas normalmente analisam preço, qualidade, disponibilidade enquanto na política mal sabem um projeto de lei proposto pelo político.
Por todo o tópico dá pra perceber que você tem um ótimo conhecimento de como é e deveria funcionar toda essa coisa de marketing.
Mas considerando o atrito, você está por dentro dos casos reais de grandes escândalos de propaganda envolvendo as grandes corporações?
Está levando em conta os conhecidos aspectos negativos da propaganda?
É porque, especialmente neste trecho que você postou, parece que você está falando de casos idealizados.
Por exemplo, como você acha que seria mais fácil promover um político corrupto? Ou vender um produto superfaturado?
Você deve ter lido errado esta pergunta, eu não perguntei "O que você acha que é mais fácil vender, um político corrupto ou um produto superfaturado?" Que foi o que você respondeu.
Eu perguntei: "Como você acha que é mais fácil vender um político corrupto? Ou um produto superfaturado?" Que no contexto da pergunta seria:
Se você fosse vender um político corrupto ou um produto superfaturado, seria mais fácil fazê-lo por meio de propaganda ou de todas as outras ferramentas de marketing? ____________________
Eu acho que um nome mais adequado ao invés de livre mercado seria:
"Mercado cada um por si, se vira, mermão."
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Cavaleiro Veterano |
# jan/12
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você está por dentro dos casos reais de grandes escândalos de propaganda envolvendo as grandes corporações?
Recentes? Não.
Está levando em conta os conhecidos aspectos negativos da propaganda?
Sim. Os aspectos negativos da propaganda nada mais são que os aspectos negativos do emissor da propaganda. A propaganda como forma de comunicação em massa pode ser de fato muito destrutiva ainda mais quando explora o lado emocional das pessoas para benefício próprio, neste caso pode ser muito bem usada para promover guerras, colocar políticos corruptos, na minha visão isto ocorre pela necessidade das pessoas de pertencimento ou de "fazer a diferença" que é o que estas propagandas normalmente vendem, lado voltado a motivação que é muito explorado pelos psicólogos na hora de criar estas propagandas.
Se eles conseguissem fazer isto em produtos e serviços, teoricamente eles conseguiriam promover qualquer produto e serviço que bem quisessem e seriam absurdamente ricos, o que normalmente não é verdade, em produtos há um desembolso, e quando isto ocorre as pessoas tendem a ser mais racionais, e no fim das contas a maior propaganda que um produto pode ter é o boca a boca, os consumidores normalmente não confiam nas empresas, apenas em outros consumidores.
Se você fosse vender um político corrupto ou um produto superfaturado, seria mais fácil fazê-lo por meio de propaganda ou de todas as outras ferramentas de marketing?
Ainda mantenho a opinião, político corrupto seria mais fácil pela propaganda.
No caso de produtos superfaturados é difícil pensar na questão do ponto de vista da propaganda. Vou pegar o exemplo dos nossos carros, todo mundo sabe que eles são superfaturados e é imbutido ali o coeficiente "brasileiro paga", as vendas destes carros superfaturados ocorrem por causa da propaganda? Acho difícil, o que conta neste caso específico no meu ponto de vista é a facilidade de crédito. Por isto que eu digo, tratando-se de produtos cada caso é um caso.
Um produto superfaturado vendido por meio de propaganda pode ter um lucro inicial bom devido ao pioneirismo ou monopólio de propaganda, mas não se sustenta no médio/longo prazo.
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