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Mensagem |
Codinome Jones Veterano |
# set/10
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http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/238293/
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Devil Boy Veterano |
# set/10 · Editado por: Devil Boy
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a matemática não está na natureza, é invenção humana também. O valor de verdade está nos sujeitos, e não nos objetos. E ponto final.
Eu pretendia escrever um megapost direcionado ao usuário J. S. Coltrane (ele e esse Edgar Morin aí me parecem ser uma mistura medonha de Hegel, Heidegger, Gadamer e Lacan com um verniz a la Maturana – e isso NÃO é um elogio), mas depois de ler o resto de suas postagens vi que o custo de oportunidade seria alto demais.
Então faço a ele apenas quatro perguntas:
1. A afirmação de que [a matemática não está na natureza, é invenção humana também, cujo valor de verdade está nos sujeitos, e não nos objetos] não está na natureza e é mais uma invenção humana, cujo valor de verdade está nos sujeitos e não nos objetos?
2. Se a resposta for "não, não está", não acha que a sua tentativa de relativizar todo conhecimento humano é absurda, paradoxal, auto-impugnante, completamente nonsense e sem a mínima possibilidade a priori de algum dia na história da humanidade (e de eventuais raças alienígenas com capacidade discursiva-argumentativa) vir a ter algum fundamento?
3. Se a resposta for "sim, está", qual critério existente na natureza, que não seja uma invenção humana, cujo valor de verdade não esteja nos sujeitos e sim nos objetos, você usaria para distinguir afirmações que não estão na natureza, que são uma invenção humana, cujo valor de verdade está nos sujeitos e não nos objetos, daquelas que estão na natureza, não são invenção humana e cujo valor de verdade não está nos sujeitos e sim nos objetos?
4. O que você acha do livro "My strange quest for Mensonge", sátira (cuja mera lembrança às vezes me causa incontroláveis crises de gargalhadas) dessa sua ideologia relativista-desconstrucionista, assinado por Malcolm Bradbury? E do "Impostures intellectuelles", crítica feita pelos físicos Alan Sokal e Jean Bricmont?
Se ainda não leu, precisa descolar ambos JÁ. =)
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Fenrisulfr Veterano |
# set/10
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/ Novo livro de Stephen Hawking "THe Grand Design" - Hawking dispensa Deus na origem do Univ
Se vc fosse o Stephen Hawking vc REALMENTE acreditaria em Deus?
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The Root Of All Evil Veterano
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# set/10
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Omnisciente é quem coloca "Ele" lá, sem evidências.
O Stephen apenas desenvolveu um modelo que não necessita da existência de uma divindade para funcionar, assim como qualquer teoria da origem da vida que eu conheço.
A gente só pode inserir nas teorias o que a gente tem evidências, inserir uma divindade em alguma, sem evidências, é que é ser omnisciente.
Dizer que ele descartou deus foi apenas uma forma de marketing, falando sério, será que é difícil entender isso?
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Animal Mother Veterano |
# set/10
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Fenrisulfr
Piadinha sem graça e de mau gosto do kibeloco.
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Machine Gun Man Veterano |
# set/10 · Editado por: Machine Gun Man
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Animal Mother
haha, falou!
:P
Aliás, parabéns, foi boa!
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Animal Mother Veterano |
# set/10
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Machine Gun Man
Humor negro só é bom se tiver graça.
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brunohardrocker Veterano |
# set/10
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Ainda acho que pro filme da humanidade ser bom, tem que haver um final onde os cientistas descubram Deus.
Todo filme bom é assim.
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J. S. Coltrane Veterano |
# set/10
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Devil Boy
1. Resposta: não está na natureza, foi enunciada por mim mesmo
2. Não acho.
3. ...
4. Ouvi falar do caso Sokal, vou guardar com carinho essa outra referência, adoro humor.
valeu! Uma pena que a sua mente burguesa-utilitarista não permitiu o megapost =D
Tia Rute
Omnisciente é quem coloca "Ele" lá, sem evidências.
Crer em deus é fé pessoal e evidência para quem sente. Respeite isso.
O Stephen apenas desenvolveu um modelo que não necessita da existência de uma divindade para funcionar, assim como qualquer teoria da origem da vida que eu conheço.
a origem de tudo não é e não pode ser um modelo completo.
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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J. S. Coltrane
1. Resposta: não está na natureza, foi enunciada por mim mesmo
Então ela é uma invenção humana sem o valor da verdade.
2. Não acho.
Disserte.
Uma pena que a sua mente burguesa-utilitarista não permitiu o megapost =D
hahahah
Típico.
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Codinome Jones Veterano |
# set/10
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Nãão meu
comprei um livro do Hawking ontem pensando que era o mesmo que o desse tópico..
Comprei pensando no up que iria dar..
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Codinome Jones
haushauhasu
E qual você comprou?
Quero comprar esse livro também.
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Codinome Jones Veterano |
# set/10
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Cavaleiro Uma nova história do tempo.
Aproveitei e comprei também A Ideologia Alemã.
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Codinome Jones Veterano |
# set/10
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Aproveitei e comprei também A Ideologia Alemã.
Só pra ficar mais pedante e ampliar meus horizontes de trollagens conscientes em outros assuntos
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Codinome Jones
A Ideologia Alemã eu comprei a pouco o pocket book também, mas está longe na lista.
Tenho lidos poucos livros que não tenha relação com a técnica instrumental burguesa que utilizo no dia a dia.
Comprei também Dom Quixote e o Manifesto Comunista, adoro pocket books.
Isso pra ter uma visão diferente dos livros que já li como A ética protestante e o espírito do capitalismo e Riqueza das nações por exemplo.
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Codinome Jones
E uma nova história do tempo é bom, mas um pouco antigo, acredito que este livro seja uma revisão daquele num espírito mais ateu do Hawkins.
Mas ele ainda se proclama agnóstico.
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Codinome Jones Veterano |
# set/10
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Cavaleiro Li a metade ontem, por enquanto, não me surpreendeu. Acho que to acostumado com o sensacionalismo do Dawkins
O objetivo é se tornar um gerador de lero lero Coltrane style.
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Codinome Jones
O objetivo é se tornar um gerador de lero lero Coltrane style.
É só decorar Jacques Derrida
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Skider Veterano |
# set/10
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"Os avanços na Física moderna excluem Deus das teorias sobre a origem do Universo, afirma o astrofísico britânico Stephen Hawking, 68, em um novo livro do qual o jornal "The Times" publica nesta quinta-feira (2) alguns trechos.
"Dado que existe uma lei como a da gravidade, o Universo pôde criar-se e se cria a partir do nada"
"A criação espontânea é a razão por que há algo em lugar do nada, de por que existe o Universo e por que existimos."
"Não é necessário invocar a Deus para acender o pavio e colocar o Universo em marcha"
Putz Grila
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Cavaleiro Veterano |
# set/10
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Codinome Jones
Como desconstruir em 5 passos:
Step 1 -- Select a work to be deconstructed. This is called a "text" and is generally a piece of text, though it need not be. It is very much within the lit crit mainstream to take something which is not text and call it a text. In fact, this can be a very useful thing to do, since it leaves the critic with broad discretion to define what it means to "read" it and thus a great deal of flexibility in interpretation. It also allows the literary critic to extend his reach beyond mere literature. However, the choice of text is actually one of the less important decisions you will need to make, since points are awarded on the basis of style and wit rather than substance, although more challenging works are valued for their greater potential for exercising cleverness. Thus you want to pick your text with an eye to the opportunities it will give you to be clever and convoluted, rather than whether the text has anything important to say or there is anything important to say about it. Generally speaking, obscure works are better than well known ones, though an acceptable alternative is to choose a text from the popular mass media, such as a Madonna video or the latest Danielle Steele novel. The text can be of any length, from the complete works of Louis L'Amour to a single sentence. For example, let's deconstruct the phrase, "John F. Kennedy was not a homosexual."
Step 2 -- Decide what the text says. This can be whatever you want, although of course in the case of a text which actually consists of text it is easier if you pick something that it really does say. This is called "reading". I will read our example phrase as saying that John F. Kennedy was not a homosexual.
Step 3 -- Identify within the reading a distinction of some sort. This can be either something which is described or referred to by the text directly or it can be inferred from the presumed cultural context of a hypothetical reader. It is a convention of the genre to choose a duality, such as man/woman, good/evil, earth/sky, chocolate/vanilla, etc. In the case of our example, the obvious duality to pick is homosexual/heterosexual, though a really clever person might be able to find something else.
Step 4 -- Convert your chosen distinction into a "hierarchical opposition" by asserting that the text claims or presumes a particular primacy, superiority, privilege or importance to one side or the other of the distinction. Since it's pretty much arbitrary, you don't have to give a justification for this assertion unless you feel like it. Programmers and computer scientists may find the concept of a hierarchy consisting of only two elements to be a bit odd, but this appears to be an established tradition in literary criticism. Continuing our example, we can claim homophobia on the part of the society in which this sentence was uttered and therefor assert that it presumes superiority of heterosexuality over homosexuality.
Step 5 -- Derive another reading of the text, one in which it is interpreted as referring to itself. In particular, find a way to read it as a statement which contradicts or undermines either the original reading or the ordering of the hierarchical opposition (which amounts to the same thing). This is really the tricky part and is the key to the whole exercise. Pulling this off successfully may require a variety of techniques, though you get more style points for some techniques than for others. Fortunately, you have a wide range of intellectual tools at your disposal, which the rules allow you to use in literary criticism even though they would be frowned upon in engineering or the sciences. These include appeals to authority (you can even cite obscure authorities that nobody has heard of), reasoning from etymology, reasoning from puns, and a variety of other word games. You are allowed to use the word "problematic" as a noun. You are also allowed to pretend that the works of Freud present a correct model of human psychology and the works of Marx present a correct model of sociology and economics (it's not clear to me whether practitioners in the field actually believe Freud and Marx or if it's just a convention of the genre).
You get maximum style points for being French. Since most of us aren't French, we don't qualify for this one, but we can still score almost as much by writing in French or citing French sources. However, it is difficult for even the most intense and unprincipled American academician writing in French to match the zen obliqueness of a native French literary critic. Least credit is given for a clear, rational argument which makes its case directly, though of course that is what I will do with our example since, being gainfully employed, I don't have to worry about graduation or tenure. And besides, I'm actually trying to communicate here. Here is a possible argument to go with our example:
It is not generally claimed that John F. Kennedy was a homosexual. Since it is not an issue, why would anyone choose to explicitly declare that he was not a homosexual unless they wanted to make it an issue? Clearly, the reader is left with a question, a lingering doubt which had not previously been there. If the text had instead simply asked, "Was John F. Kennedy a homosexual?", the reader would simply answer, "No." and forget the matter. If it had simply declared, "John F. Kennedy was a homosexual.", it would have left the reader begging for further justification or argument to support the proposition. Phrasing it as a negative declaration, however, introduces the question in the reader's mind, exploiting society's homophobia to attack the reputation of the fallen President. What's more, the form makes it appear as if there is ongoing debate, further legitimizing the reader's entertainment of the question. Thus the text can be read as questioning the very assertion that it is making.
Of course, no real deconstruction would be like this. I only used a single paragraph and avoided literary jargon. All of the words will be found in a typical abridged dictionary and were used with their conventional meanings. I also wrote entirely in English and did not cite anyone. Thus in an English literature course I would probably get a D for this, but I already have my degree so I don't care.
Another minor point, by the way, is that we don't say that we deconstruct the text but that the text deconstructs itself. This way it looks less like we are making things up.
That's basically all there is to it, although there is an enormous variety of stylistic complication that is added in practice. This is mainly due to the genetic drift phenomenon I mentioned earlier, resulting in the intellectual equivalent of peacock feathers, although I suspect that the need for enough material to fill up a degree program plays a part as well. The best way to learn, of course, is to try to do it yourself. First you need to read some real lit crit to get a feel for the style and the jargon. One or two volumes is all it takes, since it's all pretty much the same (I advise starting with the Culler book the way I did). Here are some ideas for texts you might try to deconstruct, once you are ready to attempt it yourself, graded by approximate level of difficulty:
Beginner:
Ernest Hemingway's The Old Man and The Sea Robert Heinlein's Starship Troopers this article James Cameron's The Terminator issue #1 of Wired anything by Marx
Intermediate:
Mark Twain's Huckleberry Finn the Book of Genesis Francois Truffaut's Day For Night The United States Constitution Elvis Presley singing Jailhouse Rock anything by Foucault
Advanced:
Edmund Spenser's The Faerie Queene the Great Pyramid of Giza Leonardo da Vinci's Mona Lisa the Macintosh user interface Tony Bennett singing I Left My Heart In San Francisco anything by Derrida
Tour de Force:
James Joyce's Finnegans Wake the San Jose, California telephone directory IRS Form 1040 the Intel i486DX Programmer's Reference Manual the Mississippi River anything by Baudrillard
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J. S. Coltrane Veterano |
# out/10
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Codinome Jones O objetivo é se tornar um gerador de lero lero Coltrane style.
valeu! :,]
Cavaleiro É só decorar Jacques Derrida
nem consegui ler essa cara, impossível. To lendo esse manual de cima, parece bom.
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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Demorasse muito Coltrane.
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J. S. Coltrane Veterano |
# nov/10
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a origem do cosmos está fora do escopo da ciência
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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J. S. Coltrane a origem do cosmos está fora do escopo da ciência
Isso não é objeto de debate.
Como eu falei, é sua visão de mundo.
Eu acredito na ciência e na matemática, o Bog falou muito bem na página anterior, já você classifica como invenções humanas para fundamentar a técnica, positivismo, capitalismo ou seja lá o que for.
Você não tem como provar a falseabilidade da ciência e eu não tenho como refutar sua visão.
Poderia argumentar as aplicações que são utilizadas sobre as mais variadas condições e objetos e que chegam num resultado exato, mas você também classifica a matemática como invenção humana.
Se for levar o debate para freqüencia de ocorrências, a estatística também vai ser uma invenção humana.
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J. S. Coltrane Veterano |
# nov/10 · Editado por: J. S. Coltrane
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Cavaleiro
Isso é o objeto do debate: tentar demonstrar pelas leis da física o surgimento do cosmos. Simplesmente um non-sense para quem sabe que a ciência não se propõe a modelar o que imodelável, uma singularidade que não respeita as leis da física (o t=0)
Você não tem como provar a falseabilidade da ciência
Eu não estou falseando a ciência, estou mostrando seus limites.
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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Eu não estou falseando a ciência, estou mostrando seus limites.
Você pode no máximo, mostrar os seus limites atuais, não seu limite ad infinitum.
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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Much of The Grand Design is an overview of the unintuitive nature—as compared to our everyday experience—of quantum mechanics. This discussion, ranging from wave-particle duality to Feynman diagrams and quantum electrodynamics,eventually leads to something called M-theory. (The M in "M-theory" doesn't necessarily stand for anything universally accepted; Hawking and Mlodinow suggest "master", "miracle", or "mystery", as they claim the theory seems to embody all three attributes.) M-theory is a combination of several existing string theories (which treat particles as patterns of one-dimensional vibrations) where spacetime has 11 dimensions, seven of which are "curled up".
Why would any of this be anything more than an intellectual curiosity, at least outside of the theoretical physics community? They go to explain that there are different ways to roll up these extra dimensions in M-theory, resulting in different apparent laws of nature. How many different ways? As many as 10500, or a 1 followed by 500 zeros. Each of these would result in a different universe with different physical laws, some more hospitable to the formation of stars, planets, and life than others. That can explain why the universe seems fine-tuned to permit our existence: it's just one of many universes in a multiverse, each with its own laws of physics.
That's a tough concept to try and get one's mind around, but Hawking and Mlodinow try to make it easy (or at least less difficult) to understand through the liberal use of full-color illustrations as well as informal, even humorous language, as in this discussion of symmetry: "if you flip a donut over, it looks exactly the same (unless it has a chocolate topping, in which case it is better just to eat it.)" This high-level discussion will leave people who want to dig deeper into some of the book's topics—such as why rolling up those additional dimensions in different ways results in different laws of physics—wanting, though.
The central message, though, of The Grand Design is the ultimate extension of the work of physicists and astronomers over the last several centuries, who have changed our view of the universe from one centered on the Earth to one where we are just one planet orbiting one of hundreds of billions stars in one of hundreds of billions of galaxies in our universe. Now, Hawking and Mlodinow argue, all of this is in just one of a vast number of universes. In other words, we're nothing special at all. "[T]he multiverse concept can explain the fine-tuning of physical law without the need for a benevolent creator who made the universe for our benefit," they write near the end of the book.
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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Pra quem quer entender um pouco melhor a teoria, recomendo:
http://www.thedailybeast.com/blogs-and-stories/2010-09-10/stephen-hawk ing-the-grand-design-reviewed/
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J. S. Coltrane Veterano |
# nov/10
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Cavaleiro
O fundamento da ciência não é, em absoluto e ad infinitum, científico. Ele é filosófico. A única forma de provar a existência autônoma de um mundo objetivo sem relação com o sujeito seria a de demonstrar ele sem a posição de alguém que fosse capaz de provar tal feito.
não li o texto, leio quando chegar em casa
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Cavaleiro Veterano |
# nov/10
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Resumindo a resposta pra singularidade:
Most importantly, it explains that at the moment of creation (whatever form it took), a huge number of universes were created simultaneously and spontaneously, all arising from physical law. The number of universes could be on the order of 10500—that's 1 with 500 zeroes after it. And all of them have many possible histories. Only a few, however, present the rare combination of factors required for intelligent life to exist. As Hawking and Mlodinow describe it, M-Theory is "a model of a universe that creates itself." In fact, they argue, it is "the only candidate for a complete theory of the universe."
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