Sintetizador como meio de expressão e não de mímese.

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asdfghjklç
Veterano
# nov/05
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OI AMIGO Mr_Mojo_Rising GOSTARIA DE SABER O TELEFONE DE CONTATO DO SEU COLEGA QUE REPRESENTA A ACCESS VIRUS TI NO BRASIL MEU IMAIL É (energiacosmica@msn.com)[b][/b]

asdfghjklç
Veterano
# nov/05
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OI AMIGO Mr_Mojo_Rising GOSTARIA DE SABER O TELEFONE DE CONTATO DO SEU COLEGA QUE REPRESENTA A ACCESS VIRUS TI NO BRASIL MEU IMAIL É (energiacosmica@msn.com)[b][/b]

walandrade
Veterano
# abr/08
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olá pessoal eu tenho um dx7 e não estou acertando salvar os timbres editados se alguém poder me ajudar envi para waltermandrade@ig.com.br ou waltermandrade@supercabonatal.com.br.

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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Tópico legal, vale a pena ressuscitar ele.

Acho que compor um som que se adeque à melodia é aquele "acabamento" que faz a diferença na música, assim como faz diferença fazer aquela textura na parede ou só passar massa corrida.
Gosto muito do que o Skank tem feito ultimamente, do Carrossel pra cá. O teclado tem feito um papel importante nas músicas, apesar de usar melodias (ou bases) muito simples, tanto como sintetizador quanto como as "imitações de outros instrumentos": O timbre é aquele que o músico quer, nem mais encorpado, nem mais torto, nem mais brilhante... é aquele exato. E dá pra perceber isso na música, "redondinha" como um todo.
Não é só eles. Vários e vários músicos de diferentes estilos têm acordado pra a importância disso.
Dá raiva quando tento fugir do trio Piano - órgão - "Strings" (arg! detesto quando chamam assim) e me dão toco. Acho que a composição do timbre deve ser sempre explorada em qualquer música, e com qualquer instrumento, seja com Oasys, XP-80, CA-110, PSR 510, TX-5, Tyros2, piano de cauda, escaleta... Se a música é seu poema, o timbre é a sua caligrafia. Capriche nele.

Desculpem o tamanho do post... Parece que é difícil achar alguém que não tem preguiça de editar os sons hehe...

Música de Preto
Veterano
# abr/08
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Acho que a composição do timbre deve ser sempre explorada em qualquer música, e com qualquer instrumento, seja com Oasys, XP-80, CA-110, PSR 510, TX-5, Tyros2, piano de cauda, escaleta...

Eu acho legal tira algum som de teclados aparentemente ridículos. Certa vez gravei um demo usando um CA-110 e outra usando um PSS-290 - depois eu posto. Vai da criatividade.

Dá raiva quando tento fugir do trio Piano - órgão - "Strings" (arg! detesto quando chamam assim) e me dão toco. [2]

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08 · Editado por: tecladoprofusao
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Posta, sim!! Me amarro nessas coisas!

Dá uma olhada em http://www.vintagesynth.com/casio/vl1.shtml.

É esse tipo de coisa que me fascina: um teclado peba usado por tanta gente grande...

Procurar o timbre que você quer, não importa onde, com o quê... Meu sonho é gravar um "MTV Ao Vivo no Maracanã" com um Casio PT-88 ou PSR furreca... :)

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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(detesto quando mato um tópico... pq será que isso acontece comigo?)

Tromeu
Veterano
# abr/08
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tecladoprofusao
detesto quando mato um tópico...

Cara, fica tranquilo que não mataste o tópico, não.
É que tópicos relacionados à síntese já nascem moribundos.
A massa rompleira simplesmente se recusa a admitir que sintetizadores PRODUZEM um som enquanto romplers REPRODUZEM um som; e que aplicar filtragem de frequência (VCF), modulação (LFO), envelopes (ADSR) e efeitos num som, numa guitarra, por exemplo (wah-wah+tremolo+attack-decay control+chorus+reverb+flanger+delay+etc.) NÃO TRANSFORMA A GUITARRA NUM SINTETIZADOR...
Mas deixa pra lá... vamos enterrar ele de novo... :)

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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Tromeu
É que achei esse tópico muito bom... Não sou sintesista ao pé da letra, tenho um PSR 2100, mas o "sound creator" dele dá um leque de possibilidades bem amplo, além de uma memória quase inesgotável para timbres (se não tiver muitos midis gravados). Mas o que achei legal é que a meta desse tópico não é o uso de um instrumento em especial, mas a exploração dos recursos do seu instrumento para fabricar ou moldar um timbre a seu gosto. É como adicionar mais uma dimensão à musica, dizer o que vc sente com o som, não apenas com a melodia... é como a diferença de quando sua namorada diz "eu te amo" ou sussurra o mesmo "eu te amo" no seu ouvido com aquela vozinha sensual... É expor suas idéias de várias formas ao mesmo tempo. Pra que pedaleira pra guitarra? Surdina pra trompete? Pedal abafador pra piano? Sempre dá pra moldar o timbre, e ganhar algo com isso...

Acho que viajei um pouco... Mas é bom conversar :)

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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tecladoprofusao

O tópico é bom, mas não vai pra frente pelos motivos que falei acima.

Mas o que achei legal é que a meta desse tópico não é o uso de um instrumento em especial, mas a exploração dos recursos do seu instrumento para fabricar ou moldar um timbre a seu gosto.

Mas é justamente o oposto!!!! Esse tópico é sobre um único instrumento, e ele se chama Sintetizador.

Pra que pedaleira pra guitarra? Surdina pra trompete? Pedal abafador pra piano? Sempre dá pra moldar o timbre, e ganhar algo com isso...

Concordo totalmente, você pode "processar" qualquer som, mas isso não transforma o instrumento que está gerando o som num sintetizador. E esse tópico, repito, era pra ser sobre sintetizadores...

Vou citar o criador do tópico, que na página 3 escreveu:

Quando dizemos sintetizador NÃO dizemos: sampler player, workstation, arranjador dizemos SINTETIZADOR: um instrumento de SÍNTESE sonora. Se v. quiser discutir os Kurzweil que utilizam V.A.S.T. tudo bem. Estes são TAMBÉM sintetizadores. O mesmo vale para os wavetable: Wavestation e os Waldorf. Sampler player não, D50 não, M1 não. E nenhuma versão melhorada deles. [...] Chame-nos de puristas ou o que v. quiser, mas nossa proposta aqui é clara e específica.

Sacou o que era pra ser? :)

mano_a_mano
Veterano
# abr/08
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Sampler player não, D50 não, M1 não
O Roland D-50 foi o último sintetizador digital "legítimo", com formas de onda em vez de samples. Depois dele, só rompler... Com raríssimas exceções.

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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mano_a_mano
O Roland D-50 foi o último sintetizador digital "legítimo", com formas de onda em vez de samples.

Não, era composta por samples também. Do Vintage Synth Explorer:
By joining 8-bit PCM samples with "LAS" synth-generated sounds, the D-50 is capable of unique and complex sounds. The PCM samples contained the attack transients, while the rest of the sound came from the Linear Arithmatic Synth (LAS) section which sounds very analog, with subtractive-style synthesis and low-pass-resonant filters.
Mas que tem um som fuderoso, tem!

Depois dele, só rompler... Com raríssimas exceções.
E todos os VA? Num tem PCM ali não...

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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Putz, foi mal... Acho que errei feio....

mas.... o microKorg não tem som gravado?
"... Em adição, o MicroKORG inclui 64 DWGS (Sistema Gerador de Formas de Onda Digitais) que são formas de onda provenientes do teclado KORG DW-8000..." (pag do microKorg)

O que, realmente é sintetizador? (pergunta sincera, não tô querendo causar polêmica ou magoar ninguém, só fiquei confuso com o rumo que o tópico tomou)

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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tecladoprofusao
O que, realmente é sintetizador?

Vou tentar...
É um instrumento que produz som a partir da corrente elétrica.

A transformação de energia em som pode ser feita de forma analógica (controlada por voltagem) ou digital (controlada por chips e/ou softwares). O resto depende da forma de síntese utilizada...
O microKORG só tem 4 vozes de polifonia, sabe porquê? Por que o circuito não está reproduzindo um som: está produzindo um som. As DWGS substituem as ondas geradas pelos osciladores por waves pré-gravadas (ou seja, rompleagem :)). Nem precisava ter... Tais pensando em comprar um, não é? Considere as DWGS como brinde (note o "em adição") e vá fundo!!!

eusebio
Veterano
# abr/08 · Editado por: eusebio
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O cara que mais sabe produzir, criar e sintetizar sons se chama Brian Eno. Ouçam o seu álbum "Another Green World" e vejam o que é um cara bom. Ele também já produziu Low e Heroes de David Bowie (onde ele deu um show de produção e sintetização, além de arte e musicalidade) e o Remain in Light do Talking Heads.

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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Grande eusebio!
Grande ENO!

mano_a_mano
Veterano
# abr/08
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E todos os VA? Num tem PCM ali não...
Falo dos "puramente digitais", sem knobs, nem faders. Mas mesmo alguns VA's possuem amostras digitais.

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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mano_a_mano
Falo dos "puramente digitais", sem knobs, nem faders.

Não tem nada a ver ser digital com ter ou não ter controles dedicados (eu entendi que tá com aspas, mas me escapou o sentido...). O MicroKORG é puramente digital e é um sintetizador.

Mas mesmo alguns VA's possuem amostras digitais.

Nunca para as ondas senóide, triangular, quadrada, rampa e qualque outra que o fabricante inclua "no circuito", senão não é um VA (e pra manter no âmbito do que está sendo falado aqui, nem sequer um synth). Simples: o oscilador não está produzindo o som. De fato, como eu disse acima, alguns synths trazem amostras em adição. Se o usuário quer substituir um som produzido pelo oscilador por um som reproduzido pelo oscilador, é problema dele. Pra mim, inventaram o sampler pra isso... Pense bem: o cara compra um VA e usa uma sample wave pra construir o som nele... O.o Não tem o menor sentido :)

eusebio
Veterano
# abr/08 · Editado por: eusebio
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Vou dar uma de novato do fórum de guitarra:

Como eu posso ter o timbre do Brian Eno? Só DX7 mesmo?

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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eusebio

Entenda que Eno não toca simplesmente sintetizadores, Eno toca estúdio! O estúdio inteiro é construído com o intuito de criar, modelar e transformar sons. Denro dele, o synth tem sim papel fundamental.
No começo e meados dos 70, o principal synth dele era um EMS VCS3; do fim dos 70 e começo dos oitenta, a estrela é o Prophet 5; a partir de 1985 sim, ele começou a usar o DX7 em peso...
Dá uma olhada nos emuladores do DX7 e Prophet 5 da Native Instruments.
Mas se você se instigar em síntese, te digo, não te prendas a modelos e marcas: apreenda os médodos e aplique no instrumento que estiver à mão!

E volte sempre no fórum de teclados :)

p.s. o primeiro disco com o nome de Eno na capa "Fripp & Eno" é todo gravado com loops de guitarra (tocados por Fripp, é óbvio) processados pelo VCS3...

eusebio
Veterano
# abr/08
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Tromeu

Vlw mesmo!!!

Eu queria saber o equipamento dele especificamente na época do Another Green World e de quando ele fez o Low como Bowie. Mas valeu mesmo!!!

E se alguém quiser mais mérito do Eno, ele foi chamado pra criar o som de abertura do Windows 95.

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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E se alguém quiser mais mérito do Eno, ele foi chamado pra criar o som de abertura do Windows 95.
Acho que esse dia ele não tava inspirado hehehehe

Tromeu
Veterano
# abr/08
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tecladoprofusao

É... também num tá no meu Top 20 não...

eusebio

Cara, isso é muito complicado... Por exemplo, as linhas melódicas de "The Big Ship" (minha eterna preferida, provavelmente de toda discografia de Eno, descontando-se o exagero do momento) são feitas pela guitarra de Fripp processadas pelo VCS3 (eu acho, senão é um Synthi, do mesmo fabricante, EMS. Em todo caso
dá uma olhada nisso aqui) e mais um porrilhão de coisas... fica difícil... Em todo caso olha o link, que é um emulador de um dos synth que ele usou na trilogia de Bowie (mas o principal era o Prophet 5, que ele usou intensivamente até o lançamento do DX7...)

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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Vem cá.... Uma dúvida que apareceu....

Sintetizador gera uma onda (quadrada, dente-de-serra ou senóide), molda com um envelope, aplica filtro, às vezes passa por um dsp e te dá o som pronto... Se quiser pode usar duas ondas (osc 1 e osc 2)

Meu PSR reproduz uma onda (quadrada, dente-de-serra ou senóide), molda com um envelope, aplica filtro, às vezes passa por um dsp e me dá o som pronto... Se quiser pode usar duas ondas (main e layer)

A diferença de sintetizador pro resto do mundo é só o fato de GERAR a onda? Não entendi...

Tromeu
Veterano
# abr/08 · Editado por: Tromeu
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tecladoprofusao

Primeiramente, deixe dizer que não tenho nada contra romplers, apenas contra romplers enquanto "sintetizadores". Preferiria ter módulos romplers dedicados para ep, órgãos, mellotrons, pianos etc. aos verdadeiros, por questão de praticidade e espaço. Vintage Keys, SRX07 e similares me parecem produtos bastante interessantes...

Sintetizador gera uma onda (quadrada, dente-de-serra ou senóide), molda com um envelope, aplica filtro, às vezes passa por um dsp e te dá o som pronto... Se quiser pode usar duas ondas (osc 1 e osc 2)

Vamos por partes. Usar envelope, filtro, dsp, LFO etc.: já coloquei acima que você pode aplicar isso à qualquer fonte sonora e não vai transformar a fonte sonora num sintetizador.
Um sintetizador não precisa necessariamente produzir um tipo específico de onda. O JP-80x0 da Roland (lançado em 97) é um synth extremamente valorizado hoje em dia, entre outros motivos, porque uma das ondas produzidas pelo oscilador é a "Super Saw", que são duas ondas dentes-de-serra sobrepostas (algo que na teoria, com algum conhecimento de síntese e paciência, dá pra se obter defasando e modulando uma onda dente-de-serra comum em outro synth qualquer, mas que já está lá no JP, e você não precisa "gastar"um LFO pra simulá-la). É claro que ele tem também as outras formas de onda "clássicas" (senóide, dente-de-serra/rampa, quadrada/pulso, ruído), mas essas não são ondas presentes em praticamente todos os synths subtrativos por acaso.
Mas se a gente vai falar em forma de onda, tem que ser dito que todo som é, em última análise, composto por ondas senóides: qualquer forma de onda sonora, que não a senóide, é composta por sobreposições/combinações de ondas senóides (uma analogia escrota que eu já lí é que todo número natural, que não 1, é composto por somatório de 1); o que muda é a relação de amplitude dos vários sobretons em relação à frequência fundamental. Daí você pode concluir que apenas com ondas senóides é possível (em teoria) construir qualquer som. Esse método de síntese é chamado síntese aditiva (utilizado por exemplo no Kawai K5000), e é óbvio que a qualidade do som produzida pelos osciladores será a responsável direta pela qualidade final do timbre.
O oscilador é o coração de um SINTETIZADOR. Um DX7, por exemplo, não tem filtro nem envelope, mas tem um ótimo oscilador e emprega método de síntese por modulação de frequência, isso é, pode-se conseguir uma quantidade consideravelmente rica de timbres simplesmente modulando-se uma onda senóide por outra (e por outra, e mais uma etc.); novamente, o componente fundamental é o oscilador e a qualidade do timbre final está diretamente relacionada com o som produzido por ele.
As ondas "clássicas", que quase todo synth tem, são constantemete referidas (aqui no fórum eu já vi) como "formas de ondas simples". Erro crasso! As ondas dente-de-serra e quadrada/pulso são extremamente ricas em componentes harmônicos e é justamente por isso que elas estão lá; de fato, tão ricas que soam desagradáveis aos ouvidos se não forem filtradas; esse é o método de síntese subtrativa, que é exatamente o oposto da aditiva. A quantidade de sons que você pode criar combinando diferentes ondas e diferentes filtros (HPF, BPF, LPF; -24db, -18db, -12db) é também considerável, mas a qualidade final depende, outra vez, do som produzido pelos osciladores, só que aqui o filtro também é fundamental.


Meu PSR reproduz uma onda

Essa é a diferença fundamental e única. A invenção do sintetizador, enquanto instrumento que produz som, data do fim do séc. XIX. De lá pra cá, muita coisa mudou, é claro, mas não o conceito do que é um sintetizador. Qualquer livro que você pegue sobre instrumentos eletrônicos, música eletrônica, eletro-acústica, tecnologia de áudio etc., se for da década de 60 (eu gosto de conhecer a história do meu instrumento, mas nunca lí nada publicado anteriormente aos anos 60) tem, com certeza, pelo menos um capitulo sobre synths e outro sobre gravadores (de rolo, multipistas); dos anos 70, synths, gravadores e computadores; dos 80 synths, SAMPLERS e computadores... em todos eles, garanto, o synth vai ser definido como um instrumento que produz som, enquanto o gravador e o sampler vão ser sempre definidos como instrumentos que reproduzem sons. Esse conceito é básico e fundamental, e se ele não faz diferença, então não existe diferença entre um synth e um sampler, ou mesmo entre o som de qualquer instrumento e a gravação deste som.
Antigamente, a galera gravava sons em tape, cortava a fita, editava, colava, fazia um loop e botava pra rodar. Logo sacaram que era possível construir um instrumento em que as teclas ativassem sons gravados, em tons pré-determinados para cada tecla: estava invantado o Mellotron, o avô de todos os romplers! O Mellotron não produz som, ele reproduz sons: quem gerou os sons que você ouve no Mellotron foi outra coisa... (é óbvio que isso não desabona o instrumento, do mesmo jeito que não ser um sintetizador NÃO desabona um rompler)
Claro que os gravadores de rolo (como instrumentos eletro-acústicos) foram para as cucúias com a invenção do sampler e a ampliação do uso de computadores na música. O sampler tornou muito mais fácil o que num Mellotron demoraria um tempo considerável pra fazer (sim, você podia gravar seus próprios sons nas fitinhas do Mellotron, mas não nele). Todo mundo queria um "teclado sampler", com aqueles sons realísticos (pra época, desconta aí), mas era caro demais... O que foi que as grandes empresas fizeram, pra aproveitar a demanda? Lançaram modelos mais baratos, sample-playbacks, onde o usuário teria acesso à sons mais realísticos, mais ficaria impossibilitado de gravar os seus prórpios: pronto, nasceu o rompler!
Mas a verdade é que samplers não são perfeitos, e uma onda dente-de-serra tocada num rompler ao longo da escala e sendo filtrada não responde da mesma forma que num sintetizador. Mas não MESMO!
Pense bem: um teclado como o Yamaha Motif tem 128 vozes de polifonia (com uma onda dente-de-serra, por exemplo). Se um sampler se prestasse à síntese subtrativa, pra que diabos a Yamaha venderia uma expansão que produz somente as ondas "clássicas" e só tem 5 (isso mesmo, cinco!) vozes de polifonia? Simples, porque uma placa como a PLG150-AN tem um som absolutamente fantástico, que rompler nenhum, nem da Yamaha nem de ninguém, pode reproduzir para uso em síntese subtrativa.


A diferença de sintetizador pro resto do mundo é só o fato de GERAR a onda?

Produzir som a partir de uma corrente elétrica! Sim. É pouco? A diferença de uma cuíca pro resto do mundo é só o fato de gerar som a partir de uma membrana sendo esfregada com um pano molhado? Bom, pode não ser muito impressionante, mas tem quem goste. Em todo caso, você pode samplear a cuíca, se quiser... ;)
A verdade é que as diferenças entre um sintetizador e um rompler/sampler são históricas, fundamentais e funcionais. Só isso.

E aí? Vai pegar um quando?

tecladoprofusao
Veterano
# abr/08
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Pô, cara... fiquei até envergonhado de querer um microKorg.... Acho que vô tentar começar com um nano1, se me der bem com ele arrisco um sint mais poderoso, senão desisto de vez e vou tocar cuica (sem ser sampleada hehe)....

Mas valeu a explicação. Legal mesmo. Já conhecia a série de Fourier, mas, sinceramente, nem tinha pensado em ligar a idéia com a síntese subtrativa. Por isso é bom trocar idéia. Desculpe se estou sendo chato...

Tromeu
Veterano
# abr/08
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tecladoprofusao
Pô, cara... fiquei até envergonhado de querer um microKorg....

Que nada! Se tu já sabes o que é a série de Fourier, já é meio caminho andado... lê um pouco mais sobre o método e as técnicas, e o resto é prática (exercício), como em qualquer instrumento. Lembre que síntese subtrativa não é o método mais popular a toa: é o mais fácil. ;)

Acho que vô tentar começar com um nano1, se me der bem com ele arrisco um sint mais poderoso

Considero uma ótima opção também. Talvez até melhor (mas num sei, nunca testei)... Se você se instigar, pode partir pra outro com mais "módulos" e possibilidades de roteamento, mas um synth desses (pelo menos pra mim) vai ter uso e função enquanto ele durar hehehe... Tem muitos sons sintetizáveis com não mais do que ele oferece. Guardada as devidas proporções, ele não é muito difertente do Minimoog, não... (tô falando da arquitetura de síntese!!!!)
E a caixa dele é meio gigante, né não? Eu desconfio que vai ser possível adicionar mais osciladores (não na síntese, mas para se ter polifonia). Não que seja necessário, mais também num faz mal...

Desculpe se estou sendo chato...

Tá não cara, de jeito nenhum. :) Tem coisa melhor do que sintetizador? (não precisa responder)
Só esqueci de comentar sobre o que você falou lá em cima, de que é como adicionar mais uma dimensão à música. Concordo totalmente, porque é examente como eu penso: timbre, rítmo, melodia e harmonia. Oh yeah!

eusebio
Veterano
# abr/08
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Tromeu

Qual é o melhor sintetizador barato para música experimental? (Eno, Bowie)

Tromeu
Veterano
# abr/08
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eusebio

FREE SOFTWARE!

/o/

t roque
Veterano
# abr/08
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Tromeu

mando bem, gostei do seu texto

só nao intendi porque uma onda quadrada (por exemplo) sampleada nao pode ser filtrada tao bem quanto uma gerada, digo nos teclados de hj em dia (incluindo o nano1, ja que foi citado) que sao ambas formas de geracao atravez de processadores (principalmente DSPs, denovo incluindo o nano1, que é praticamente só um DSPic).
entao o conteúdo harmônico é praticamente o mesmo, não seria?

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