Consciência politica na música

Autor Mensagem
vinnyx ardanuy
Veterano
# abr/05
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Política todos acabam fazendo, mesmo os caras do Oasis! heheheh
A diferença é que uns não sabem o que dizem.


Como os babacas do Charlie Brown, que acham que fazer musica e mandar "se fuder essa porra de sociedade", "voce é bonito, e eu sou feio; sua mae te ama e eu te odeio..." entre outras coisas...

Depois o Faustão ainda baba o ovo desses caras... esse é o tipo de política que a Globo quer passar pros seus telespectadores... (não é piada não)

Lady Mcbeth
Veterano
# abr/05
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``o jovem no brasil nao e levado a serio``

realmente enquanto o jovem nao se politizar e parar de ficar falando ``que se foda`` ele nunca vai ser levado a serio

Robinson
Veterano
# abr/05
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Claudio Natureza
Meu Velho, estou faz um tempão buscando o tópico onde vc escreveu algo como:
"Pra não dizer que não falei das flores" é uma música que entrou para a história e não é qualquer um que consegue isso (ou foi algo semelhante).

Como não achei, vou postar aqui mesmo até que encontre o tópico em questão ou alguém me ajude.

Bora então:
Não lembro exatamente onde já vi isto. Creio que foi numa série de fascículos vendidos como suplemento de algum jornal e que, reunidos, compunham uma enciclopédia chamada “Nosso Século”.
Mas a questão é: “ENTRAR PARA A HISTÓRIA” como sendo um ATESTADO de QUALIDADE para a música do VANDRÉ.
Será isto então uma afirmação válida? Entrar para a história ou fazer parte dela é a garantia incontestável de qualidade? Eu digo que não, não há uma condição de qualidade nisto e portanto não serve como prova de que qualquer coisa seja boa por figurar “na história”. Pôde ser um mérito mas não uma condição qualitativa em termos musicais ou em se tratando de valorizar a nossa música.
Já comentei em outros tópicos sobre a questão “música/política” e “música de protesto”. Então não repetirei isso aqui. Mas vamos lá:
A história é na verdade a memória de um fato quando um documento, uma fala ou um vestígio revela ou fala sobre “ele”, o fato. O FATO não fala por se mesmo no caso da história, precisa de um intermediário, um “instrumento” que o perpetue na nossa memória ou conhecimento.
Outro detalhe importante é que tanto o fato histórico quanto a perpetuação de qualidade não podem ser planejados. Pois bem, ninguém acorda de manhã dizendo: “Hoje vou compor o sucesso do século XX”. Você simplesmente compõe e o mundo dirá se isso foi ou não um sucesso.
O que hoje é reconhecido como uma obra prima amanhã pode muito bem ser considerada como um exemplo de porcaria e vice-versa. A lista de exemplos é enorme e não caberia aqui.

Mas vamos voltar ao Vandré com a sua “Pra não dizer que não falei de flores”.
Esta música está mais pra HINO que pra paradigma de qualidade. Não que não tenha suas qualidades intrinsecamente estéticas pois tem uma linha melódica agradável e que pode ser facilmente assobiada satisfazendo, entre outros, o que se espera do gênero popular além de possuir as relações básicas de “tensão – alívio” (ou aquilo que a antigüidade clássica chamava de RITMO, a relação de ARSES E TESE contida no BELO).
É... porque o nosso HINO NACIONAL também, segundo o ponto de vista do Claudio, deveria ser considerado então o que há de melhor em termos de qualidade musical perante esse PRIVILÉGIO MUSICAL DE ENTRAR PARA A HISTÓRIA, superando de longe ao VANDRE.

Vejamos num rápido flash o fato histórico aludido: Eram os anos 60 e o mundo mal estava se recuperando da II Guerra Mundial. O planeta estava polarizado e se vivia a Guerra Fria. O Brasil ainda acreditava nas possibilidades de grandes utopias e o ambiente universitário era altamente politizado com um movimento estudantil muito agitado e ativista. Era também a época dos FESTIVAIS (em grande medida espelhados no fest. De SAN REMO da canção popular). O nosso DUDÚ FRANÇA cansou de viajar ao Chile para concorrer no “FESTIVAL de la canción de Viña del Mar” sem nunca conquistar uma “Gaivota” que é o troféu dos vencedores daquele certame.
O Vandré num festival desses concorreu com a sua célebre composição e foi eleito como “o vencedor” por um público e júri composto por pessoas antenadas na agitação de idéias políticas. É engraçado lembrar que a galera jovem daquela época era contrária ao “imperialismo” americano era ou HIPPIE (cabelo tipo Robert Plant ou Black Power, jeans boca de sino, camisetas T-Shirt, Coca-Cola e muita maconha... ou seja, bem “American flower power style”) ou do tipo comportadinho moderno (terninho e costeletas largas com cabelinho a la Beatles).
A escolha da música vencedora não foi pautada por valores estético-musicais e sim por uma necessidade de unificação ideológica de forças (Teve uma novela da Globo que ilustrou aquele embate). O Vandré ganhou e sua música foi adotada como Hino por uma geração que precisava de ICONES e SIMBOLOS com os quais projetar as suas causas políticas. O Vandré estava lá com a sua composição enquanto que a maioria dos concorrentes estavam mais preocupados com valores puramente musicais e vocês já sabem o resultado. Ele foi ÚTIL ao momento.
Caetano Veloso cantava na mesma época: “Caminhando contra o vento/ Sem lenço nem documento...” Uma música com elementos narrativos e musicais até bem melhores que o Vandré e podemos observar que Caetano está aí até hoje com uma discografia invejável por meio da qual tem emplacado uma enxurrada de sucessos. O Vandré, tirando o “Pra não dizer que não falei de flores” nunca mais conseguiu emplacar qualquer coisa e, como praticamente sempre acontece, o seu HINO-CANÇÃO-POLÍTICA ficou estritamente preso a um momento, um espaço de tempo específico do qual não pode sair nem se desvincular sem correr o grande risco de ficar ANACRÔNICO ou DILUIDO. A música do Vandré, embora grande, não pode ser tocada e escutada sem lembrar aquele momento e, para quem não viveu esse momento e só lhe sobrou o que a História conta, esta música representa pouco o nada e não se sustenta o suficiente dentro de aspectos qualitativos musicais para ultrapassar a barreira do tempo.
Sendo assim, repito, esta música não garante nem atesta qualidade pelo simples fato de estar ou fazer parte da história. São várias as razões pelas quais se pôde “entrar na história” sem serem valores precisamente musicais. Nem sequer é possível tocar essa música para convencer qualquer um a agir por uma cáusa política o social novamente!!!
Então, Vandré não é um paradigma no sentido que o Claudio o apresenta.
Abç!!!

Mark Hoppus
Veterano
# mai/05
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CONSCIENCIA POLITICA = RAMONES - THE KKK TOOK MY BABY AWAY

anderson luiz
Veterano
# mai/05
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Protestar é válido, retirar sociedade da inércia e provocar a discussão, nós somos responsaveis pelo que acontece na economia de nosso país, é preciso reivindicar. Consciência política através de música? claro que sim mais uma forma de levantar o debate.

Robinson
Veterano
# mai/05
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óps!

Wesleywolf
Veterano
# mai/05
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Claro que sim legal este topico, mas tudo tem q ser feito com muita ética, a musica é capaz de muitas façanhas, fazer as pessoas refletirem sobre o mundo a sua volta, faze-las pensarem um pouco mais, ela é muito influente direta e indiretamente, e se usada de boa maneira terá bons resultados;

Robinson
Veterano
# mai/05
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Wesleywolf
Interessante...

Wesleywolf
Veterano
# mai/05
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Robinson

Entao tu concordas comigo?

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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Robinson

Cara, vc com certeza está afim de pegar uma barriga comigo.

onde, e quando eu falei em Pra não dizer que não falei das flores como uma música de grande qualidade técnica?


uma música de quatro acordezinhos seria exemplo de música com qualidade técnica?

e dizer que essa música perdeu-se no tempo, fala sério, nego usava essa música até na campanha contra o Collor, 24 anos depois dela ter sido feita!

e , caso vc não tenha sido informado ai no seu Almanaque Abril, a ditadura já acabou há muito tempo, e seria um pouco estranho cantar essa música num estado de direito como o que vivemos hoje.

O que eu disse e agora repito, é que era uma grande música de protesto, que entrou para a história, não seja demagogo e tergiversador.

e pelo que vejo, no seu Almanaque Abril não existe mesmo nenhuma informação acerca do Vandré, e vc deveria pesquisar mais para falar essas bobagens pomposas...rsrsrrs

Robinson
Veterano
# mai/05
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Claudio Natureza
Não só uma música de 4 acordezinhos pode ser uma grande música. Uma música sem acorde algum pode ser uma grande música tmb.
No caso do Vandré na campanha contra Collor foi uma tentativa de "revival" que soóu igual "churrasquinho de ontem", ou seja: demodé e anacrônica.
Já explanei sobre a "entrada para a história" que vc alega e na falta de um contraponto sustentável no seu argumento, faço do dito anteriormente minha afirmação.
Obrigado pelos elogios (pomposas) mas eu sou mais modesto, digamos que não preciso de ofensas para sustentar minhas afirmações e que apenas faço uso da linguagem escrita da melhor forma possível.
Abç!

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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ou seja, vc bla bla bla, mas tudo não passa de bla.

fala i ô Dr. Erudição, qual a música no Brasil que teve a mesma importância em termos de símbolo de resistência que essa que eu mencionei.

se vc disser Hino Nacional de nôvo eu saio da brincadeira.

JediKnight
Veterano
# mai/05
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Pra não dizer q não falei das flores é uma música muito fudida de boa...

LOW Fl
Veterano
# mai/05
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Robinson
Sinceramente, voce tem ate uns argumentos interesantes, mas esta evidente sua perseguicao para querer ficar alfinetando o Claudio Natureza.

Da um tempo.

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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LOW Fl

deixa ele, mas que fique claro que eu sou hetero.

Robinson
Veterano
# mai/05
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Claudio Natureza
Meu amigo, voltamos então ao início. Isso é bom pq a sua pergunta re-ordena o seu raciocínio. Viú?! Funcionou!!
É isso meu velho! A música aludida é isso mesmo, um símbolo e neste caso o de "resistência" como vc bem diz. Seus valores qualitativos enquanto composição se processam apenas dentro desse marco, o da consigna ideológica. Provavelmente, caso ela venha a trascender (isto é se sustentar por muito tempo) não será então por outra cáusa diferênte daquela atrelada ao momento (o instante) histórico. Neste sentido,vc goste ou não, é perfeitamente comparável ao Hino Nacional. Mas para não ser chato e acabar lhe irritando, pense nas músicas da campanha nacional-socialista de Adolf Hitler, hinos ideológicos concebidos para envolver às massas numa causa ideológica.
Abç!

Robinson
Veterano
# mai/05
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LOW Fl
Que nada meu amigo, eu gosto do Claudio apesar dele imaginar o contrário. Sabe pq? Porque o Claudio é uma das poucas pessoas que defende a música nacional e eu acho isso um valor. Considero interessante as discussões sobre este tema. Isso enriquece e dá côrpo às idéias. Não é perseguição não.
Abç!

JediKnight
Veterano
# mai/05
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o robinson escreve bem, mas ele escreve com sotaque, pq tem uns acentos escrotos..

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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JediKnight

vai ver que ele é de Caruaru.

Robinson
Veterano
# mai/05
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É... acabou-se a argumentação...
A mente superior domina a mente inferior...
HEHEHEHEHE...

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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Robinson

tá, agora só falta vc dominar o mundo com a ajuda do seu amigo Pink.

Robinson
Veterano
# mai/05
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Claudio Natureza
Bom Dia meu Velho!

Claudio Natureza
Veterano
# mai/05
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eu sou teu velho? como é o nome da sua mãe?

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