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Lelo Mig Membro
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# set/21
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Há uma certa confusão quando se fala em "vinil".
Na real, ainda que exista algumas diferenças sonoras (muito mais por conta dos aparelhos do que pela mídia física) não é com relação ao som este "saudosismo", e sim por conta da experiência.
Nos anos 70 eu comprava um LP e ia para casa. Muitas vezes, por motivos diversos, não dava para ouvir "na hora", o que criava uma expectativa. Quando ia ouvir, você colocava o álbum no toca discos, sentava em frente ao aparelho de som e ouvia o álbum inteiro enquanto observava cada detalhe da capa, do encarte, da ficha técnica. Era uma experiência muito intensa.
Não estou falando em melhor ou pior. Os tempos mudaram. Passear no parque ou na praia com fones de ouvido (algo impensável quando eu era jovem) também é uma experiência incrível.
Apenas, esta maneira apressada que alguns têm, de se consumir música como fundo enquanto faz duzentas outras coisas, colaborou em transformar a música numa espécie de "junkie food".
Não importa se é vinil, cd, fita K7, mp3... na real é se você ouve música ou apenas se entretém com qualquer bosta rolando ao fundo.
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Rasistskiy Stalker Membro Novato |
# set/21
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Essas experiências com o vinil também são/eram possíveis com o cd.
E, a música desde os primórdios da humanidade teve caráter utilitário. Nunca foi somente para apreciação ou autoexpressão. Ok, hoje em dia, isso é reforçado mais do que nunca. Eu fico pensando quem, realmente, ouvirá o novo do Iron Maiden na íntegra, por exemplo?
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Lelo Mig Membro
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# set/21
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Rasistskiy Stalker
"Eu fico pensando quem, realmente, ouvirá o novo do Iron Maiden na íntegra, por exemplo?"
E mesmo que ouça, o cara já ouviu as canções separadamente, entre um sertanejo e um funk. Ou seja, a experiência é outra.
Nada contra, cada qual a seu jeito, mas pra mim, pessoalmente, é a mesma coisa que jogar o sorvete da sobremesa, o cafézinho e a salada, tudo dentro da feijoada, misturar, e comer tudo junto.
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BrotherCrow Membro Novato |
# set/21
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Eu uso tudo. Pra mim, como colecionador, vinil é a experiência "premium". O vinil como objeto físico é o mais legal. E tem o fato de soar diferente. Não é questão de soar melhor ou pior. Cd pode soar melhor que vinil, mas vai ser basicamente o mesmo som do mp3/flac (se for uma conversão legal a diferença vai ser imperceptível). O vinil soa diferente.
Então, eu tenho muito vinil, e continuo comprando lançamentos em vinil. Lancamento mesmo, de bandas novas. Reissue acho meio cagado, se for pra ouvir música velha corro atrás dos formatos originais. Principalmente não me desce bem ver gravadoras lançando em vinil discos de 15 ou 20 anos atrás que não saíram em vinil originalmente!
Mas eu também tenho muito cd. Muitas bandas que eu curtia no começo dos anos 2000 não estão em serviços de streaming (principalmente bandas mais de nicho dentro do heavy metal). Cd é aquela qualidade super limpa, e em boa parte dos casos vai ser o melhor som, principalmente pra bandas dos anos 90 em diante. Maaaas pro cd soar bem você precisa de um bom DAC.
Eu também assino Apple Music, que tem QUASE tudo que eu procuro. Mas tem umas ausências notáveis. Por exemplo, nenhum disco do Black Sabbath da fase Tony Martin está no Apple Music! Ou os antigos do Gamma Ray, ou os primeiros do Andi Deris no Helloween. Isso falando de bandas relativamente bastante conhecidas. É disparado o formato mais cômodo, mas é incompleto, e não tem a materialidade dos outros formatos. Depois que a Apple começou a usar lossless e os Apple Digital Masters, a qualidade do som em alguns casos ganha dos cds originais que eu tenho em casa.
Pras coisas que não acho no streaming, tenho um mp3 player dedicado. É pouca coisa, mas vou juntando. Além disso, muitos discos de vinil vem com um cupom pra download de alta qualidade. Vou baixando essas coisas e botando no sd card. E de quebra o meu mp3 player também é um DAC portátil, então ele melhora o som do meu computador e do meu celular.
No fim das contas, pra mim o que mais faz diferença pra experiência de ouvir música não é o formato, e sim o envolvimento. Se você quer ter uma experiência legal, o melhor jeito de ter isso é acompanhar as bandas, criar expectativa pros lançamentos, ter aquela meia dúzia de bandas que você segue em redes sociais e tira tempo pra ouvir de verdade.
Rasistskiy Stalker Eu fico pensando quem, realmente, ouvirá o novo do Iron Maiden na íntegra, por exemplo? Eu comprei em vinil triplo e ouvi inteiro pô! Mas entendo teu ponto de vista. Nem curti muito também, a propósito.
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Rasistskiy Stalker Membro Novato |
# set/21
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BrotherCrow Lelo Mig
Concordo. O meu problema é o dos vinil lovers. Eu não tenho o menor apego. Gosto da arte gráfica que o formato proporciona. Mas, tem encartes de cd que são obras-primas também.
O interessante é como o conceito de album mudou com a transição de formatos. Discos duplos dos anos 70/80, quando transformados em cd, saíram como álbuns simples. O Use Your Illusion I&II foi, originalmente, lançado como DOIS lps duplos. Mas, em cd, saiu como dois álbuns simples.
O Californication do RHCP tem quase uma hora de duração e é apenas um cd. Fosse lançado em lp, provavalmente, seria um lp duplo.
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BrotherCrow Membro Novato |
# set/21
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Acho que o mito de que o vinil soa melhor que o cd surgiu principalmente com os primeiros remasters que saíram nos anos 90 e realmente eram horríveis. Foi uma mistura de não saber usar a nova mídia, loudness wars e vontade de ganhar dinheiro rápido. Tenho uns cds antigos do Pink Floyd que, se botar lado a lado com o vinil, usando o mesmo receiver e as mesmas caixas, o vinil é monumentalmente superior. Mas se pegar os remasters novos do Pink Floyd (que são muito bons e foram feitos com critério), o cd dá uma surra no vinil.
Hoje tem o caminho contrário: pegam um cd do começo dos anos 2000 e lançam em vinil sem nenhum cuidado com as adaptações necessárias pra tirar o máximo do formato. As prensagens recentes da fase John Bush do Anthrax são um bom (mau) exemplo.
Frank Zappa por exemplo era um cara que adorava cd. Ele tinha o estúdio dele lá, e quando cd começou a popularizar ele não quis mais saber de vinil.
Rasistskiy Stalker O Californication do RHCP tem quase uma hora de duração e é apenas um cd. Fosse lançado em lp, provavalmente, seria um lp duplo. Californication saiu em vinil na época (poucas cópias mas saiu) e era duplo sim. Mas isso tem a ver com o fato de que, a partir de um ponto, quanto mais longo o vinil pior o som fica, por causa da proximidade dos sulcos. Dava pra apertar Californication num disco só mas ficaria uma merda. Por isso mesmo também há discos que foram lançados em vinil simples originalmente e hoje em dia saem em relançamento duplo.
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makumbator Moderador
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# set/21 · Editado por: makumbator
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Rasistskiy Stalker
Também não tenho nenhum apego a vinil (e vivi o momento dele e tive um monte. Doei quase tudo e fiquei com pouquíssimos que hoje nem tenho como escutar).
A mudança de paradigma de mídia física para streaming ou download provocou o fim do álbum como se entendia antes. Hoje os artistas em geral lançam músicas isoladas, e não mais álbuns fechados (que na maioria das vezes tinham músicas só pra encher linguiça).
Ironicamente, essa valorização da música isolada não é algo novo. No início da indústria de gravação também era assim, uma vez que os discos antigos tinham pouca duração (alguns minutos apenas). E é sabido que essa limitação moldou a duração da canção popular (o paradigma de 3 minutos se solidificou aí).
Por outro lado, certos nichos se fixam em determinadas mídias. Por exemplo, eu sou usuário de mini disc (que é um formato atualmente morto faz alguns anos). Há toda uma cena de música eletrônica lançada exclusivamente em mini disc. E o engraçado é que hoje há apenas a venda de discos md da Sony no Japão (a marca não distribui mais os discos em outros países, e os tocadores são basicamente os usados sendo revendidos, ou seja. não tem nada novo).
BrotherCrow
Os remasters bons são apenas os mais novos, já pós era loudness war. Os que foram feitos lá pelos idos dos anos 2000 são na maioria piores que os mesmos CDs originais/Vinis originais que os geraram. Os caras comprimiam tudo no talo de maneira totalmente retardada.
Sem contar as alterações estilo George Lucas no Star Wars (trocando atores digitalmente nos filmes antigos). Lembro de uns remasters do Megadeth que o Mustaine regravou vocais e ficou pior do que antes. felizmente tenho a edição original em CD. Mas hoje não se acha mais essa edição para comprar nova, e provavelmente nos serviços de streaming só vai haver as versões novas.
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Lelo Mig Membro
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# set/21
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BrotherCrow
Eu tenho uma coleção imensa de Vinis e de CDs.
Estou catalogando tudo porque vou me desfazer. Vou vender.
Estou dizendo isso, porque realmente os tempos mudaram e eu mesmo não ouço mais música da forma como ouvia antes. E olha que tenho um amplificador e caixas de som muito acima da média. Meu toca discos quebrou, o conserto era muito caro, me desfiz por não ouvir mais, não usar mesmo. Por ironia do destino, liguei meu PC neste ampli e caixas, ou seja, "meu mp3" é muito acima da média...hehe.
Mas, enfim, para dizer que eu já vivi o ritual do vinil e hoje fui seduzido pela praticidade virtual. Tanto é que mantenho o hábito de colecionador "tiozão", meus arquivos virtuais são álbuns inteiros, com as capas, encartes, fotos, organizados como se fossem "vinis".... mas, minha discoteca virtual já passou em muito a de vinis e CDs juntos.
Se eu estivesse com muita grana, faria uma sala só para meus vinis e CDs. Continuaria colecionando pelo prazer... mas, não é minha realidade. Tenho uma "pequena fortuna" que não ouço mais, ocupando espaço e juntando pó.
Esse dinheiro será útil para outras coisas, tenho que vender... (prá desapegar tá sendo osso).
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Rasistskiy Stalker Membro Novato |
# set/21
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BrotherCrow Californication saiu em vinil na época (poucas cópias mas saiu) e era duplo sim. Mas isso tem a ver com o fato de que, a partir de um ponto, quanto mais longo o vinil pior o som fica, por causa da proximidade dos sulcos.
Pois, é. No caso do RHCP, é uma banda que costuma lançar discos com muitas músicas. Geralmente, 15 ou 16 faixas. Dream Theater nem se fala. Eu nem conheço direito, mas, sei que é banda prolixa. Li que o novo álbum dos caras tem mais de uma hora de som. E, são sete faixas. Basicamente, as bandas estão sempre lançando "álbuns duplos" de 90 pra cá.
makumbator
Por outro lado, certos nichos se fixam em determinadas mídias. Por exemplo, eu sou usuário de mini disc (que é um formato atualmente morto faz alguns anos). Há toda uma cena de música eletrônica lançada exclusivamente em mini disc. E o engraçado é que hoje há apenas a venda de discos md da Sony no Japão (a marca não distribui mais os discos em outros países, e os tocadores são basicamente os usados sendo revendidos, ou seja. não tem nada novo).
Que hipsterzinho. Mas, o Japão é invertido. O único lugar que cd ainda é mídia com alguma relevância.
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makumbator Moderador
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# set/21 · Editado por: makumbator
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Lelo Mig
Eu me desfiz de muitos CDs nos últimos tempos (devia ter quase 2.000, e hoje tenho cerca de 600 que não vou me desfazer). A vinilzada eu nem vendi, doei tudo para amigos.
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makumbator Moderador
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# set/21
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Rasistskiy Stalker Que hipsterzinho. Mas, o Japão é invertido. O único lugar que cd ainda é mídia com alguma relevância.
Hahaha! Pois é. Japão tem inclusive mantida a tradição dos mini álbuns em CD (que não são exatamente como os EPs ocidentais do passado, mas lembram um pouco na função).
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Lelo Mig Membro
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# set/21
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makumbator
"A vinilzada eu nem vendi, doei tudo para amigos."
A questão é que hoje valem uma grana... e não é pouca não. Numa cotada rápida, por cima, posso te afirmar que tenho um carro em vinis e uma moto em Cds.
(sei que muita coisa não vende, muita coisa não vende pelo que se acredita, muita coisa demora muito para vender... existe uma "lenda no comércio de vinis que é meio irreal", mas ainda assim, com o pé na realidade, têm um valor bem razoável)
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makumbator Moderador
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# set/21 · Editado por: makumbator
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Lelo Mig
É, eu sei. Eu tinha coisa também que valia um cascalho. Fiquei com preguiça de vender e anunciei para os amigos e os caras foram escolhendo o que queriam. Inclusive falei que se quisessem pegar pra vender não precisavam esconder de mim, cada um faria o que quisesse com os discos.
Hoje fiquei só com uns 15 ou 20 de valor sentimental ou com parte gráfica diferenciada. Mas nem tenho mais equipamento pra ouvir.
Eu colecionava revista de guitarra e baixo também. Doei tudo. Fiquei só com algumas importadas selecionadas.
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BrotherCrow Membro Novato |
# set/21
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makumbator Lelo Mig É foda. Eu juntei mais ou menos uns 600 discos de vinil na época que era barato (anos 90/2000). Tipo 3 reais por Deep Purple, Led Zeppelin. Eu literalmente ia em sebo quando precisava de grana, levava cd, trocava por vinil e pegava a diferença. Fiquei anos visitando todos os sebos de Curitiba todo fim de semana, juntei uma coleção depurada pra cacete. Aí preço de vinil subiu, fiquei um tempão sem comprar.
Me mudei pros EUA faz uns 3 anos e comecei a comprar todos os discos dos meus sonhos em sebos daqui. Isso e discos mais recentes de bandas atuais. Minha coleção de vinil vale uma pequena fortuna... e a de cd não fica muito atrás, porque foi comprada na época da paridade do dólar, então é muito cd japonês, alemão e americano.
Agora foco em vinil atual. Bandas novas, compro preorder. Baronness, Deafheaven, Ghost, Mastodon... tenho coleção completa só de primeira edição e edições limitadas. E coisas que eu sempre quis em cd e não achava, compro no ebay a preço de banana.
Já falei uma vezes no forum: não recomendo a ninguém começar coleção de vinil hoje. Mas a única época melhor pra ouvir música do que hoje é amanhã: essa porra só melhora. O Lelo falou de ouvir streaming na praia com o fone; eu digo que nada bate sair com a patroa, botar aquela caixinha bluetooth em cima do carro e ouvir quase que literalmente QUALQUER MÚSICA que você consiga imaginar. Porra, eu lembro de estar na faculdade, querer conhecer The Who e nenhum dos brothers ter o disco pra emprestar. Isso hoje não existe! Se você quer conhecer uma banda, você ouve a discografia inteira hoje!
Eu comecei a ouvir Iron Maiden em 92, e ninguém tinha o No Prayer pra me emprestar. Não existia streaming nem torrent, eu ficava só imaginando como era, ouvindo as músicas que rolavam ao vivo tipo Tailgunner e Bring Your Daughter To The Slaughter. Ouvi X Factor e Virtual XI assim que saíram, e só depois disso consegui achar o No Prayer. Era diferente essa época, meio romantizada e tal, mas prefiro hoje sem pensar duas vezes.
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makumbator Moderador
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# set/21
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BrotherCrow
Mas em compensação tinha um ritual que hoje se banalizou. Lembro quando um amigo comprou o primeiro LP do Malmsteen (que foi lançado acho que em 84, mas eu só escutei na casa desse amigo lá pelos idos de 91 ou 92). Essa coisa de ir com amigos escutar algo que só eles tinham acabou (ou receber para outras pessoas ouvirem a raridade que você tinha).
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JJJ Veterano
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# set/21
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Lelo Mig Nos anos 70 eu comprava um LP e ia para casa. Muitas vezes, por motivos diversos, não dava para ouvir "na hora", o que criava uma expectativa. Quando ia ouvir, você colocava o álbum no toca discos, sentava em frente ao aparelho de som e ouvia o álbum inteiro enquanto observava cada detalhe da capa, do encarte, da ficha técnica. Era uma experiência muito intensa.
Só quem passou por essa época entende isso aí, cara. Nem nós - que passamos por isso - somos capazes de replicar esse comportamento hoje. Se a música "acabou" a gente pode até discutir, mas esse jeito de consumir música, com certeza, acabou completamente. É impossível de ser replicado hoje em dia.
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BrotherCrow Membro Novato |
# set/21
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makumbator JJJ Lelo Mig Cara, eu não sou TÃO velho (tô com 40 anos) mas tenho esse experiência de ouvir discos logo que lançavam, numa época que não existia nem streaming nem torrent. E eu não acho que acabou completamente, só mudou. Hoje em dia tem "listening parties", tem lives de youtube com lançamentos onde vc pode discutir com outros fãs e, dependendo do caso, até com o artista... ainda tem a possibilidade de você ir em um show e ver a banda tocando músicas que só vão sair no próximo disco. E mesmo que não tivesse nada disso, o ritual quem cria é você. Eu até hoje convido amigos pra ouvir discos novos na minha casa. Ninguém é obrigado a viver de playlist do Spotify. É uma comodidade que você escolhe, e que tem prós e contras.
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JJJ Veterano
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# set/21 · Editado por: JJJ
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BrotherCrow o ritual quem cria é você
O "entorno" é diferente. Mesmo que eu tente fazer tudo do mesmíssimo jeito que eu fazia quando era moleque, vai ficar diferente... Todos nós fomos contaminados pelo digital, pelo imediatismo, pelo single, pelo vídeo-clip, pelo MIDI, etc. O nosso DNA foi alterado para sempre.
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makumbator Moderador
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# set/21 · Editado por: makumbator
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BrotherCrow
Sei lá, eu fico com a sensação de que virou tipo churrasco vegano. Mudou de um jeito que não volta mais. Não tem como eu fingir que não tenho acesso a um disco tal só pra ir na casa de um amigo simular que é algo realmente novo. Engraçado que a gente reclamava que era difícil arrumar as coisas, e hoje é o oposto e a gente reclama também. Hehhe
Mas ainda amo música (e inclusive vivo dela). Eu por exemplo resisti a assinar streaming por muito tempo (apesar de ter comprado muita música no itunes). Apenas no ano passado assinei o Amazon music. Mas a experiência não é tão legal quanto mídia física. O mesmo amor que eu tinha pelo vinil e k7 quando criança passou para o CD, mini disc e até para os ipods (que ainda uso) mas não avançou no streaming. É uma parada curiosa mesmo.
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Lelo Mig Membro
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# set/21 · Editado por: Lelo Mig
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BrotherCrow
"O "entorno" é diferente. Mesmo que eu tente fazer tudo do mesmíssimo jeito que eu fazia quando era moleque, vai ficar diferente..."
O JJJ esta certo. Não é reclamar, não é aquele papo boomer "no meu tempo era melhor", é a penas uma constatação.
O mundo mudou, as coisas mudam, algumas prá melhor, outras prá pior. Repito, a experiência dos 70, de toda uma grande expectativa, desde juntar a grana prá comprar o Vinil, até coloca-lo na vitrola e ouvi-lo na íntegra, saboreando cada nota, não é só esta experiência, é toda uma história que envolve desde o romantismo e ingenuidade da época até a força criativa e surpreendente que o rock tinha na época. Não tocava rock em rádio, muito menos na TV. Curtir rock´n´roll nos anos 70 era quase como fazer parte de uma seita secreta. Na maioria das vezes ouvir um álbum era uma surpresa total e muito impactante. Tanto é que lembro da experiência pessoal com alguns álbuns em particular.
Em compensação, repito, eu não tinha o prazer de andar ao ar livre ouvindo música. Quando surgiram os primeiros Walkmans, nos anos 80, tocava fita K7, era um trambolho com meio kilo de pilhas que duravam 15 minutos... uma bosta.
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Rasistskiy Stalker Membro Novato |
# set/21
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No final, isso tudo é capricho. O tal ritual de ouvir música. Digital x analógico. Vinil x cd. Mídia física x mídia digital. Basta ver o frisson (ainda se usa essa palavra?) em torno do lançamento do Senjutso do Iron. Eu conheço pessoas que realmente estavam contando as horas para o lançamento do tal disco. Discutindo o conceito, a capa, as letras, se tem alguma mensagem subliminar, etc.
Por outro lado, não adianta esperar que todo mundo encare a arte como nós. Pra outras pessoas, música é e sempre será fundo musical pra churrasco ou fazer faxina. Uma vez, vi uma pessoa falando que tal música é ruim pq não dava pra dançar. O que dizer pra quem pensa assim? Música sempre teve caráter utilitário e, pra muitas pessoas, será assim.
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entamoeba Membro Novato |
# set/21 · Editado por: entamoeba
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rádio < streaming < vinil < cassete < CD < MP3
Vida longa ao MP3!
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makumbator Moderador
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# set/21
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entamoeba
Flac é melhor, e ainda é open source. O senhor vai defender a indústria de patentes?
Rasistskiy Stalker Uma vez, vi uma pessoa falando que tal música é ruim pq não dava pra dançar.
É, isso é bem comum.
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Rasistskiy Stalker Membro Novato |
# set/21
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Tem outra coisa, quem ouve som em caixinha de som de PC, pode ser qualquer som, né?
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# set/21
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Lelo Mig Eu amo meus aparelinhos de MP3. Faço uma seleção de uma cacetada de musicas e coloco neles... Mas eu tenho muito vinil e CD ainda e ouço com certa regularidade. Abç
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