Você, músico hobbista: Já ganhou algum dinheiro com a música?

Autor Mensagem
renatocaster
Moderador
# set/19


E se ganhou, quais foram as fontes dessa receita?

No meu caso:

- Toquei numa banda de pop rock gospel de 2003 à 2008, fazíamos algumas apresentações locais pela região (basicamente pela zona oeste do RJ) em eventos organizados por diversas igrejas. Não me lembro de termos ganhado cachê com essas apresentações, no máximo pagavam algumas despesas. Mas em 2005-2006, nós gravamos um "EP" e chegamos a ganhar uns $$$ com algumas cópias vendidas. Sei lá, para mim deve ter sobrado no máximo uns 50 paus, hehehe. E olhe lá!

- Dei "aula" para dois amigos meus, em momentos distintos. Lembro que o primeiro foi por volta de 2006, ano que eu estava mais ativo no instrumento. Lembro que era 30,00 por aula, e nós devemos ter feito umas 7 ou 8 aulas. Logo, 30,00 x 8 = 240,00 pratas.

O outro "aluno" foi em 2011 ou 2012, se não me engano. No caso o valor das aulas era 50,00, mas acho que só rolou só umas 4 aulas. Então, 50,00 x 4 - 200,00 pratas.

Total arrecadado com música durante um período de 9 anos (2003 à 2012): R$ 490,00.

vinibassplayer
Veterano
# set/19
· votar


em meus 10 anos de baixo, de grana que eu ganhei msm, sem tirar nada pra caixa da banda ou algo assim, 170,00 pra cobrir um baixista num show em encontro de motos em itauna.
rescisão de saida de banda com grana em caixa, uns 2000,00 pq a banda rodava bem, tinha investidor e comprou minha parte em algumas musicas pra eles regravarem. dinheiro no bolso de show com essa banda, zero, nem pra corda nova.

vinibassplayer
Veterano
# set/19
· votar


quem mexe com gospel é pior, as igrejas acham que é tudo ong que tem q tocar de graça, e se cobra pra tocar é mercenario, tem q "fazer pra Deus"

MatheusMX
Veterano
# set/19
· votar


Pra não dizer que nunca ganhei nada...
participei duas vezes do festival de música que rolava no meu colégio, quando estava no ensino médio. Nas duas vezes minha banda foi premiada, em segundo ou terceiro lugar. Nem lembro de quanto era o prêmio, mas algo entre R$200 e R$300, cada uma das vezes. Isso pra dividir entre 5 integrantes, kkkk. Ou seja, devo ter faturado menos de R$100 em toda minha vida como músico.

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# set/19
· votar


Minha banda, Sr. Vilão, só toca "de graça" em eventos beneficentes.
Pagamos os ensaios com o que faturamos nos shows e temos um "caixa" para isso.

Lelo Mig
Membro
# set/19 · Editado por: Lelo Mig
· votar


renatocaster

Vivi de música alguns anos nos anos 80 - 2000, vou meio que "chutar valores" para realidade atual.

Tocava em bares na noite Paulistana (av. Ibirapuera, Henrique Schaumman e Bixiga) de 6a à dom. Em valores atuais creio que ganhava de R$ 120 e R$ 150 por noite.

Tocava como free lancer num stúdio de música brega. Não tinha muita regularidade, as vzs gravava muito, as vzs ficava um tempão sem gravar. Ganhava uns R$ 350 por música.

Tocava numa banda de baile, que tocava Disco e Black Music numa danceteria dentro de um Shopping. O cachê era algo em torno de uns R$ 250, todas as 5as feiras. E alguns eventos ocasionais.

Estas coisa e algumas outra ocasionais (acompanhar algum cantor, cobrir músico de outra banda ou outro bar e etc ocorriam meio que tudo na mesma época, junto).

Devo, durante este período ter uma renda entre R$ 1200,00 (período vacas magras) e R$ 6.000,00 (bombando)... uns R$ 2500,00 na média, considerando que períodos tops eram menos recorrentes que os de baixa.

sobrevivente
Veterano
# set/19
· votar


Tenho uma banda que toca na mesma igreja há 12 anos, e seguimos firme por lá, por gosto mesmo. Não temos a devida assistência na questão de equipamentos de som, muito menos ajuda de custo para estar lá. Ou seja, nunca ganhamos absolutamente nada. R$0,00

Fechei contatos para tocar em outros eventos de igreja da região da minha cidade, alguns com a banda toda, mas a maioria das vezes me chamavam como guitarrista para compor banda. Também nunca ganhei coisa alguma. R$0,00

Através de outro contato de igreja, faço parte de uma big band de natal, que toca todo final de ano temas natalinos em shoppings, supermercados e afins. Também nunca ganhei nada. R$0,00

Aí... através do mesmo contato da big band de natal eu ingressei na orquestra do município, que toca em eventos que o município promove, programação em praças, apresentações natalinas, etc. Somente em 2018, após uns 14 anos de hobby que eu passei a ganhar uns pilas. A grana varia por apresentação e pela quantidade de integrantes que vão, já que a verba é rateada para os músicos participantes. Em média são umas 6 à 8 apresentações por ano a R$150 por toque. Ao menos R$900,00 por ano.

vinibassplayer
Veterano
# set/19
· votar


esse é o tópico que verdadeiramente demonstra o amor à musica que nós temos viu...

renatocaster
Moderador
# set/19 · Editado por: renatocaster
· votar


sobrevivente

Vc é um sobrevivente mesmo...hehehe!

vinibassplayer

esse é o tópico que verdadeiramente demonstra o amor à musica que nós temos viu...

Para quem toca por hobby é isso aí, faz por amor sem esperar nada em troca. Mas de vez em quando pode pingar uns caraminguás aqui e ali, mesmo vc não sendo um profissional que vive disso.

Lelo Mig

Vivi de música alguns anos nos anos 80 - 2000

Era a sua única atividade rentável? Ou vc conciliava com outra profissão?

Buja
Veterano
# set/19
· votar


Musica só meu deu 2 coisas na vida:
Alegria e despesa.
Nunca me deu 1 centavinho que seja, nem pra pegar busão.

T-Rodman
Veterano
# set/19
· votar


ainda bem que hobby não é investimento, lol.

EduJazz
Veterano
# set/19
· votar


Eu, embora tenha outra profissão, tiro um troquinho com música até hoje...

Tenho uma banda de blues, que se divide em dois formatos:

a) Duo acústico, tocando em bares diversos. Cachê varia de 150 a 200 reais por músico.

b) Banda completa, tocando em casas noturnas. Cachê varia de 100 a 300 reais por músico.

A frequência varia. Tem meses que toco umas 5 vezes, tem meses que toco zero.

Além da banda de blues, que é fixa, faço freela com uma banda de pop, cachê fixo de 200. Em 2017 tocaram VÁRIAS vezes. 18 e 19 menos.

Mais: acompanhava um cantor pop, acústico e banda também. Cache nessa média, mas ele se mudou pra SP e aí acabou.

No fim das contas, paga a cachaça, as cordas e ainda sai um pedalzinho kkkkkkkkkkk

BrotherCrow
Membro Novato
# set/19
· votar


Eu toquei até bastante no esquema voz/violão/gaita de boca em barzinho. Era "pago", mas acabava gastando tudo em bebida no bar mesmo.
Também fui baixista de uma banda de covers pop que tocava bastante, mas o cachê era sempre baixo. Apesar de ser um trampo pago, a grana era basicamente simbólica quando se computava gasto com gasolina, comida, etc.
E teve uma época que eu fazia acompanhamento de violão numa peça de teatro. Os atores faziam esquetes, eu tocava um violão ao fundo, só instrumental, e me davam liberdade pra improvisar. Era pouca grana, mas pelo menos era algo que não me dava gasto nenhum pra fazer.
Tudo isso foi no começo dos anos 2000, quando eu ainda estava na faculdade. Depois, com trabalho e tudo mais, ficou inviável.
Resumindo: nos melhores momentos, não deu prejuízo. Mas nunca deu lucro e nunca, NUNCA foi suficiente pra financiar os equipamentos.

Lelo Mig
Membro
# set/19 · Editado por: Lelo Mig
· votar


renatocaster

"Era a sua única atividade rentável? Ou vc conciliava com outra profissão?"

Como já disse uma vez, queria, tentei e insisti por mais de 20 anos viver como profissional. É o sonho que carreguei, batalhei, mas não realizei.

Importante frisar que eu não queria ser Kiko Loureiro, Edu Ardanuy ou Faisca. Eu queria ser Frejat, Lulu Santos, Edgar Scandurra etc, ou seja, viver de minhas composiçoes, canções e banda acima do trabalho guitarristico.

Mas, eu tinha profissão, estava bem empregado, não estava afim de abrir mão de alguns luxos, carro, moto, mulheres e etc, pela música, deixar de ter estas coisas para investir na música. Então botei na cabeça que iria comprar todo equipamento que sonhava com dinheiro que ganhasse como músico.

Deu certo muito tempo. Tive tudo que sonhei de equipo. O que ganhava com música só gastava com música.

Mas o tempo passou, não fiz sucesso, fui ficando velho e cansado da noite e da boêmia.

Ismah
Veterano
# set/19
· votar


Poxa, como músico acho que não passou de uma cerveja, um refri e um pastel...
Já aconteceu de salvar músico, porque estava se cagando ou se mijando, como já aconteceu de estar tocando junto e o cara me empurrar pro palco...

Com música, bem... Eu entrei pra coisa por acidente. Já tocava alguma coisa, e tinha começado a gravar numa fita cassete (2ch). Tinha começado a pesquisar, e como a internet tinha entrado na vida, deu merda...

A primeira vez que eu fiz algo, devia ter uns 10 anos.
Rolou um show na escola, mas deu um problema e parou tudo na hora H, mais de meia hora e nada de sair do lugar. Juro que não sei o que me motivou a levantar, sei que fui lá, ajeitei o cabo, meio que na intuição e resolveu de primeira... Aí já virei o mexedor oficial da escola, sempre que tinha evento eu era chamado...

Hoje sou amigo desse baterista, os demais eu perdi o contato, salvo o canário que nunca foi amigável.
Foi ali que a coisa começou a dar errado, eu realmente me interessei por música não-regional, e ganhei a fama de hippie em consequência...

Um dia estava por aí, e tava rolando um baile de 3ª idade... Fui lá e vi um trombonista apavorado, olhando pra um mixer... Ele me viu olhando, e perguntou se eu sabia operar, disse que nunca tinha feito banda mas gravava. Me deu o aval e eu mixei o trio de teclado/gaita, trombone/voz e acho que guitarra...
Na real, ele só queria por a culpa em alguém... Só não esperava o que ia acontecer. Ganhei 20 reais, um pastel e um refri.
_____________________________

Nesse meio tempo segui estudando e gravando. Conheci uma pessoa chave, o primo de meu pai. É um dos poucos parentes do lado paterno que conheço. Ele viu que eu estava bem inteirado, gravando e mixando já - acho que eu estava migrando do SoundForge pro Fruit Loops Studio.

______________________

Foi aí que meu pai sofreu um acidente doméstico e fraturou a cervical, quando eu tinha 11 anos. Não deu pra conciliar os gastos, e a fome bateu na porta. O que salvou, foi o apoio dos colegas de empresa do meu pai que se mobilizaram, e alguma ajuda da Igreja Universal - PORÉM essas iniciativa TEM QUE PARTIR do pastor. Nem todos tem essa iniciativa, e nem todos podem ter, já que cada igreja é independente financeiramente. Só vem de cima, depois de muita burocracia. Enfim...
Sendo sincero, considero fome pior que dor, porque quando dói é só em um, a fome vem pra todos. Aí começa briga generalizada, e quando se vê... Se está roendo a canela do melhor amigo.

Conversei em casa, e pedi pra deixar eu ir com o primo de meu pai, que tinha/tem banda de baile. Entrei de fato, já com cachê garantido, numa banda de baile já formada e em atividade.
Esse formato é peculiar, e não muito popular fora daqui... Banda geralmente é uma galera que começa a tocar junta, mas aqui é o contrário... Há o dono-empresário, que cuidava da agenda, marketing, do equipamento, como do material humano (músicos e técnicos), tão bem como ditava os rumos... Tutu garantido, liberdade zero.

Ganhava algo como 30 reais, dos quais 10 eram de passagem e refeição. Fazia tudo, mas como não tinha ninguém pra fazer monitor, logo assumi a coisa.
Sei lá, 12 bailes mês... Eu devia juntar uns 250~300, ajudar em casa não dava, mas anos depois meu pai falou que aquilo foi um alívio imenso, pois eu estava "garantido" (seja lá o que ele realmente quis dizer com isso).

__________

Em algum momento eu saí, pois não gostava e fui trabalhar no bar / 2ª pista de uma casa.
Ganhava uns 45 pila, 3x na semana do pagamento e vale, e 2x nas demais.
Dava uns 350~400 limpo no mês, já que os custos era só passagem. E como só tinha que operar, foi um puta passo.

Aprendi muito ali, porque todos os dias eram 3, as vezes 4 artistas diferentes.
O cara do salão/1ª pista me odiava, então nunca veio ajudar pra NADA.
Meu orgulho, também não ia deixar eu chamar ele, sempre rolou esse clima. Ali rolava de tudo,

Eu devia ter uns 13~14 nessa época, mas já devia estar com 1,70 por aí, o que sempre enganou a idade.
Durou uns meses... Quando souberam que eu era de menor, me mandaram embora. kkkk
________________________________

Fui pra outra banda de baile, a do trombonista lá em cima, fazer monitor. 50 pila de cachê.
Passado o primeiro final de semana que fiz, o cara da luz se demitiu. Na seguinte o cara do PA, se demitiu em cima da hora. O ponto é que em 3 semanas, era o mais velho de casa e estava operando sozinho PA. Fiquei uns 2 meses nessa, até que veio outro pra fazer PA. Eu aceitei fazer luz (faltam profissionais) e monitor, em troca de subir o cachê pra 60.

Até hoje naquela banda, o mais velho de casa manda. E isso era um problema pra mim. Eu era um guri de 15 anos, dando ordem pra marmanjo de 30~40... Sempre rolava treta, porque eles não aceitavam as ordens, aí o serviço não rendia... Ou eles faziam como queriam, tomavam mijada do dono, e botavam na minha conta... O trombonista era fácil de enganar, mas o pai dele não. Me liguei logo disso, e fiquei próximo ao velho.

O pai que dirigia o Marcopolo Volvo 83, mas ele sempre se esquecia do pé no acelerador, e quando via estava a 140 com o ônibus. Sério, não sei como nunca aconteceu nada, e sempre dava problema... Motor e caixa o cara cuidava, mas freio e pneu, era sempre o mais barato... Também limpava o ônibus, junto com a filha do velho...
Virei co-piloto nessa época. Eu ia tocando moda no violão, e nós dois """"" cantávamos """"". E também fumei por tabela num nível absurdo, já que o velho acendia um Classic no outro. Fumei ali o primeiro cigarro, e tomei meu primeiro porre no bar do velho - calor, samba (pepsi + cachaça) e carteado...

Também foi ali que fiz meu primeiro free lance... Me chamaram pra fazer uma banda de maxixe/tchê music, umas outras bandas de baile, alguns eventos sociais, coisa pequena...
__________

Nesse meio tempo, precisava montar um trabalho de escola, que era um programa de rádio... Devia ter uns 15~16 nessa época.
Poxa, pesquisar na fonte pareceu o mínimo!
Um dos radialistas, macaco velho da região, quem me recebeu. A ideia era entender como funcionava a rádio, pra ter uma base do que fazer...
Na conversa ele me disse que tinha potencial com rádio, pois sou tagarela.
Apresentei a ideia, ele me explicou alguma coisa, me perguntou se eu conhecia o básico de estúdio, e tal...

Quando critiquei o uso do Sony Sound Forge, ele parou o que fazia, e virou pra mim me encarando, com cara de quem não gostou... Putz, trabalho em grupo, todo mundo tímido, e eu afundei a pesquisa... Pensem como o cu apertou...
Ficou nessa uns minutos... E ele me pergunta o que eu usaria, e porque não o SSF... Eu engoli em seco, e disse que imaginava que uma rádio, pelo menos usaria um ProTools, por causa dos plug-ins... Ele riu e me disse que entraria no ar junto com ele...

Apresentei o programa inteiro junto com o cara. Não era grande coisa, apenas ler os recados, anunciar músicas, a hora, algum patrocinador pessoal - vulgo jabá.
Ele me pediu pra voltar no dia seguinte, para gravarmos as vinhetas. E foi assim, até que o "curso" de locução havia terminado, e ele queria me pôr na rádio.

Sei que quando ele levou a ideia pro dono da rádio, o cara pirou. Como que ele trás alguém de fora pra rádio? Um garoto? Como assim está usando os estúdios pra trabalho de escola. O cara surtou segundo consta, de fazer um barraco absurdo, demitir o radialista e tal...

TODOS que sabem da história, dizem que era só ciúme, pois o radialista tinha mais de 20 anos no rádio, NAQUELA ÉPOCA. E o dono, mal sabia dizer a hora no microfone...

Esse radialista, é meu amigo até hoje. Foi a primeira vez que alguém de fora da família fez algo por mim também. Ganhei um "curso" de locução, que é um divisor de águas. Querendo eu quase anulo o sotaque, como trago ele para frente.
___________________________

Com 16 eu já estava no terceiro "emprego". A banda tinha dado uma esfriada, porque saiu uma galera, e eu já tinha aprendido a fazer tudo e mais um pouco.
Eis que apareceu um artista nativista sei lá de onde, querendo alugar ônibus, equipamento e técnica, pois o deles tinha fundido motor. Eles levariam técnico de PA e monitor/luz.
Também foi um divisor de águas, pois a amizade dura até hoje com os técnicos e músicos - aliás, lembrei que devo 50 pro acordeonista kkk. Os caras são até hoje profissionais absurdamente acima da média.

O do monitor, me deu a letra de cursos, e aprendi muito com ele. Mas o cara do PA, foi que mais marcou, pois revisamos TODO o equipamento da banda. Abrimos cada periférico, e ele me explicou como funcionavam e blá blá blá... Também foi a primeira vez que trabalhei com monitoramento ear, e um produtor...

Fizemos na segunda viagem, Flores da Cunha/RS, Florianópolis/SC, e Pato Branco/PR.
Cachê era 60 reais ali, e foi a primeira vez que eu viajei pra muito longe.

O tal artista, me chamou pra fazer uns shows de free por MT, MS, Rondônia, todo o noroeste gaúcho, serra gaúcha e catarinense, oeste do Paraná...
O povo da técnica e o produtor, queriam me efetivar. Só que trocou o produtor, aí ele demitiu todos da técnica e pôs os seus.

Nessa época eu parei de estudar.
_________________________________

A banda deu uma esfriada, já que o cara se jogou nas cordas. Aí rolou uma troca de músicos, praticamente era a formação de uma banda que tinha durado bons anos. Ou seja, todo mundo tava entrosado pra caramba, e eles abraçaram a ideia da banda... Até que o trombonista-dono, cortou as asas. Foi tipo criança quando o amiguinho joga melhor no videogame dela... Os músicos, e eu, nos demitimos... kkkk

Fiquei um tempo a toa... Como já tinha idade, comecei a trabalhar numa gráfica de dia, e estudar a noite. Também comecei a namorar, então fiquei um pouco afastado da noite, mas como conhecia algumas pessoas, invés de sair com a namorada eu ia fazer algum free lance, e levava ela... Louco, mas de esperto pra não gastar...
_________________________

Aos 17, meio que casei com a tal namorada... A pinta fugiu da sua casa e veio pra minha, meu pai deu carta branca pra ela, blá blá blá... Durou 6 meses... O emprego não estava suportável, pois eu saía as 6:30, pra voltar as 23:30... Tive que sair...

Estava chateado, e enfiei os pés na graxa... Fiz vários free, com sonorização, dj, mc, som automotivo... E foi aí que comecei a conviver com droga, o que é curioso... A música regional, é inocente de uma forma bizarra... E ainda é assim até hoje...
Comecei a beber e fumar nessa época, mas por algum motivo isso não me afetou profissionalmente... Não dei uma mancada por ter bebido, mesmo estando ao ponto de vomitar cada vez que me abaixava.

Me chamaram numa sonorização pra desmontar um equipamento, e eu fui... Acabamos fechando em uns 70 pila.
Fiquei 2 meses... E o cara fez uma feira de 15 dias, me pôs pra fazer a funilaria do busão, e me pagou 150 pila...
A galera até processou o cara, mas eu dei risada e deixei pra lá... O cara não tinha nada no nome, então ia tirar o que dele? A vida?

_______________________________

Depois do ocorrido, um cara daqui me ligou, e fechou comigo. Isso era Março por aí, e em Abril eu fiz 18, e arranjei na prorrogação, um emprego com um bom salário: 1440/mês, e o cara vinha me buscar todos os dias. Só faltava a carteira assinada, mas né... Meu pai ganhava isso, pelo banco de horas, mas na carteira era 800 pila...
Analisando hoje, era muito mal pago, porque dava uns 50 pila por dia. E não tinha dia de folga, rolava de ficar dois dias só arrumando o palco, ou as vezes liberado, porque não tinha peça... Mas na real, sempre tem o que fazer, pois o sistema já era grande... Vendo que era um oportunidade, eu segurei o goró, e comecei a me profissionalizar de fato.

Ali aprendi a mexer em LS9 e M7CL. Por mim, fui e fiz os cursos de toda linha de consoles digitais Yamaha. Como não tinha ninguém capacitado pra me ensinar a operar as consoles Avolites (luz), passou batido.
Ali entre o outono de 2013 e Fevereiro de 2014, fiz Velhas Virgens, Raimundos, Papas da Língua, Nenhum de Nós, Oswaldir e Carlos Magrão, Tihuanna, Acústicos & Valvulados, Thales Roberto e sei lá eu mais quem... O cara pegou um circuito de feiras, que fez um bom pé de meia... Tanto que as duas LS9, no terceiro mês ele trocou em 2 M7CL...

E como o troço era diário, aprende-se absurdos... Hoje tu está trocando lâmpada em mini brute, amanhã está regulando motor de passo, depois está caçando um drive parado (em 32 caixas de 40 kg cada, isso leva horas)...
Foi ali que comecei a montar minha maleta pessoal, com osciloscópio, multímetro e coisa assim... E curioso que sempre ficou no trabalho e NUNCA tiraram um parafuso sequer. Guardem essa informação.
_________________________________________

Fiquei até Fevereiro de 2014, já estava de saco cheio, muito tempo na estrada fazendo feira... Mas principalmente pois naquele Janeiro meu pai faleceu repentinamente. Pra ajudar, a mãe estava com os dois pés na cova, pronta pra pular, com problema renal...
De Fevereiro a meados de Junho de 2014, eu fiquei na função das coisas do pai. Funeral, emprego, polícia, herança... Pra não ficar parado, fui trabalhar de segurança em festa. Pagava uns 60 reais/evento...
_________________________________

Começou a apertar o cinto de novo. Quando apareceu o fundo da lata de farinha, uma banda de baile me chamou. Fechei em 80 reais/evento, mas na real eu tinha um gasto de uns 20 pra ir. Fazia de 4 a 8 bailes/mês.

Fechando 60 dias, um ser de Chapecó/SC me fez proposta pra ir pra lá, e me fez uma pergunta: quanto tu quer pra vir?
Eu chutei 3 600 + habitação, pra não ter que negar, e não é que o cara pagou...? Em 5 dias, eu fiz a mala e fui com tudo.

Cumpri um final de semana, e aí teria 15 dias de folga. Expliquei a situação, e como o "faz me ri" era bom, voltei pra casa.
Quando voltei pra Chapecó, minha maleta tinha sumido. Porra, marchei de cara com uns 2 400~3 000 (baseado na época do dólar 2:1), foi pra acabar... Até hoje não recuperei o material... Sei quem pegou, e o que me incomoda é que foi um ato de ciúmes, o cara não sabia nem o que era, quiçá o que fazer com tudo...

Fora isso, o troço era osso, equipamento precisando de manutenção, pessoal incapacitado, falta de organização total... Cheguei eram 6 na técnica. Dois eram peso morto, deitavam e dormiam depois do show simplesmente, os 4 trabalhavam...
Fiz com eles São Paulo, MS, Paraguai, Argentina... Quando saí, era véspera de fazer shows na Bahia, MG, SP e Paraguai novamente.

Era ruim, mas o pila vinha, dava pra tolerar. Voltei a estudar, e voltei a estudar música. Comecei a namorar...
Até que encheu, pois eu estava fazendo acontecer sozinho. Havia um outro cara, mas ele tem metade da minha altura
Me demiti na véspera de um show... Mas também foi quando me vi sozinho, que a morte do pai pesou... Tem várias noites que eu não lembro de nada simplesmente.
Pra não dizer que a merda foi total, eu visitei o backstage do Fernando e Sorocaba / Thaeme e Thiago / não lembro quem (ambos pupilos do primeiro). E aprendi a trabalhar com CO2, máquina de vento, máquina de bolhas/espuma, e painel de LED...
________________________________

Voltei pro RS, disposto a sair da noite. Fiquei parado de fins de Agosto, até 26/Set.
Então, pra um amigo parar de falar disso, aceitei conversar com a Dinamite Joe.
Tecnicamente, estou ainda com eles, 5 anos depois, apesar de não ter trabalhado mais desde Fevereiro.
Não fiz nada de novo, mas entrei pro rock

Em uma dessas por meados de Junho, abro o Facebook, e o guitarrista da banda lá de SC, tinha me marcado num post do Alexandre Móica: "Acústicos & Valvulados precisa dois roadies, pra cumprir duas datas, cachê de @#$*. Ligar para número 123456790."

DETALHE: fui marcado 10 horas atrás, e tinha mais de 50 comentários.
Agradeci a lembrança na postagem, me manifestei ali dizendo que estava disponível, e... LIGUEI...
Sério, acho que de todos os interessados, eu fui o único que liguei.

Móica atendeu, me apresentei, ele perguntou o que eu tinha feito (fui mais breve que aqui rs), lembrei que havia feito eles numa casa, como free e fechamos... Nem lembrei de perguntar aonde seria o show, e liguei de novo mega envergonhado: PARANÁ...

Eis que chego no ponto de encontro, e o horário aperta e só eu... Carga pronta, e só eu...
Não é que o outro roadie furou? Fiz eles sozinho de cara, e lavei a alma com isso...

Fiquei até agosto ou setembro de 2017 sem fazer eles, só com a Dinamite. Até que acordei com o Móica me ligando, e fechamos mais um show. E mais um, e mais um... Desde, até Novembro passado, fui alternando entre ambas.
Nesse tempo, passaram alguns parceiros nessas gigs, mas só o atual que permaneceu. Isso foi um passo chave, já que ele sabe bulhufas de som, mas é um excelente road manager. E eu vice-versa.
Já conhecia ele, mas é diferente de trabalhar com alguém, e trabalhar junto, dividir quarto e coisas assim...

Em novembro do ano passado, a A&V propôs que ambos ficássemos só com eles.
Mexemos em valores de cachê, e me foi delegada a função de direção de palco, enquanto o meu colega faz a produção de estrada.
E isso tem funcionado muito bem, porque até brigando a gente se entende... Há um profissionalismo e um respeito grande de ambos os lados, então a coisa funciona.
Dessa parceria, abriram portas para mim fazer Camisa de Vênus ano passado, e Nei Van Sória este ano. Ambos os shows foram através da Good Music Produções, para quem o meu colega trabalha também.

Shows é variado, cheguei a fazer 12 num mês, mas a média fica nos 6~7. Pra esse ano, Setembro tem foi o mais fraco, o que é normal dado a importância do mês na música regional.
Resguardo valores de cachê, por política pessoal. Mas eles refletem bem 12 anos dedicados a música. Sou ciente que pra quem tem 24 anos de idade, ter uma carreira assim não é comum. Logo, estou bem feliz e realizado profissionalmente...
_____________________

Existem ainda outros free lances, mas nada de relevante que eu lembre.

kevinluis
Veterano
# set/19
· votar


Eu toco em 4 bandas, então consigo até ter uma frequência legal de shows, toco por hobbie mesmo, porque tenho meu emprego e faço mestrado também, música acaba sendo uma distração mais séria rs.

Eu toco todo final de semana, as vezes tem 2 shows, as vezes 3, cada um da geralmente entre 100 a 150, as vezes aparece algum festival que paga mais, mas a média é essa. Só que eu guardo todo o cachê que eu ganho pra gastar em equipamento, então ganho ai uns 500 por mês com isso, mas invisto tudo o que eu ganho, não gasto cachê com cerveja no bar, uso a consumação e não bebo ou como além disso.

Os meus amigos que vivem de música tocam nos mesmos tipos de eventos, mas são pessoas que tocam tipo em 8 bandas, ai conseguem tocar em vários shows durante a semana e tiram uns 2000-2500 por mês.

Ismah
Veterano
# set/19
· votar


Está sendo modesto!
Um exemplo... Existem 5 membros numa banda, e consegui lembrar de 9 projetos que envolvem praticamente 2/5 desses músicos sempre. Fora free lance, participação e coisa assim, que também rola um faz me ri...

Buja
Veterano
# set/19
· votar


Ismah

Li tudo, (coisa rara ultimamente pra mim), ainda mais em se tratando de biografia, e so posso dizer, ou repetir, uma coisa:
"Quem acredita sempre alcança".

Estás com 24 ainda? Vixeeee...tenho medo do que ainda pode alcançar.

Ismah
Veterano
# set/19
· votar


Na verdade nunca acreditei, apenas deixei acontecer, a coisa aconteceu... E eu já estou com certo receio de me frustrar, já tomei um choque de realidade de um conhecido, também da área... kkk

BrotherCrow
Membro Novato
# set/19
· votar


Ismah
Cara, não conheço de perto o teu trabalho, mas pela sua participação no forum vejo que você amadureceu muito nos ultimos anos. Parabéns pelas conquistas, espero que continue dando certo pra ti.

Ismah
Veterano
# set/19
· votar


Obrigado! Também me dediquei a estudar diariamente, mais cursos, mais dedicação a engenharia acústica de fato.
A posição dentro da Dinamite Joe, já acabava por me cobrar mais ainda de mim, que normalmente. Dentro da A&V, a responsabilidade é sempre maior. Mais equipamento, e mais preço envolvido. A banda em si, tem mais nome, mais contatos, mais alcance, mais influência...
E quando digo de mais cobrança, as vezes é coisa simples... Tocar repertório da banda, por exemplo, nunca precisei de fato na Dinamite Joe. Sei algumas, apenas por desencargo de consciência. E, fiz isso desde a primeira vez na A&V.

Sem falar nos 28 anos de estrada da banda, como da equipe, suas respectivas experiências coletivas e pessoais. Além do tempo juntos, e com tempo pra falar sobre isso.
Conviver com pessoas como o Gilberto "Six" (iluminação, certamente mais de 20 anos), e James Onzi (PA/Monitor/Estúdio, Engenharia, Escola de áudio, e uns 25~30 anos de estrada), Carlos Pinto ("só" o proprietário do IGAP - Instituto Gaúcho de Áudio Profissional), todos técnicos com vários shows nacionais no currículo, me colocaram de volta na pré-escola. Perto deles, eu não sei e não passei nada ainda... Hehehe

Não tem como não evoluir, cercado de pessoas assim. Mesmo com a Dinamite, que tem 15 anos, aka metade da vivência só, já deu pra evoluir muito. Agora, é navegar a favor do vento...

Agradecido pelos votos!

renatocaster
Moderador
# set/19
· votar


Legal ver esses relatos aqui no tópico. Bacana saber que alguns já tiraram (ou ainda tiram) uma graninha razoável com música, mesmo não vivendo disso.

renatocaster
Moderador
# set/19
· votar


Lelo Mig

Deu certo muito tempo. Tive tudo que sonhei de equipo. O que ganhava com música só gastava com música.

Tocar por hobby já é bom pra cacete, e conseguir fazer com que esse hobby ainda seja autossustentável, deve ser melhor ainda!

Lelo Mig
Membro
# set/19
· votar


renatocaster

Tenho um conhecido que foi jogador profissional de futebol. O maior time que jogou no Brasil, foi a Portuguesa, jogou com o Dener nos anos 90. Ninguém conhece ele.

Foi para o futebol Ucrâniano e por lá ficou. Não saberia dizer valores exatos, mas acho que ganhava o equivalente a uns 15 - 25 mil reais lá na europa.

Soube cuidar, investir, fez patrimônio e hoje esta melhor que 80% dos brasileiros. Foi um jogador de sucesso profissional ou não?

Têm muito músico em situação similar, ninguém nunca ouviu falar, mas o cara vive decentemente.

renatocaster
Moderador
# set/19
· votar


Lelo Mig

Tenho um conhecido que foi jogador profissional de futebol. O maior time que jogou no Brasil, foi a Portuguesa, jogou com o Dener nos anos 90. Ninguém conhece ele.

Qual é o nome do cara? De repente eu conheço, hein?

Têm muito músico em situação similar, ninguém nunca ouviu falar, mas o cara vive decentemente.

Mas aí são casos de pessoas que decidiram viver disso (profissionalmente), né? É diferente de quem faz isso por hobby nas horas vagas e não tem a obrigação ou necessidade de viver disso.

Como vc disse, no seu caso vc tentou seguir por esse caminho, mas não quis abrir mão da sua outra atividade profissional que te remunerava bem melhor. São escolhas, e como toda escolha a gente tem de abrir mão de algumas coisas. É a vida.

BrotherCrow
Membro Novato
# set/19
· votar


renatocaster
Mas aí são casos de pessoas que decidiram viver disso (profissionalmente), né? É diferente de quem faz isso por hobby nas horas vagas e não tem a obrigação ou necessidade de viver disso.
Interessante esse ponto. Se eu não tivesse outras opções mais rentáveis e me dedicasse 100% a fazer música, acho que conseguiria viver disso sim. Mas não seria uma vida confortável (não sou talentoso o bastante pra viver confortavelmente de música).

Lelo Mig
Membro
# set/19 · Editado por: Lelo Mig
· votar


renatocaster

"Qual é o nome do cara? De repente eu conheço, hein?"

Alexandre, não lembro o sobrenome, era apenas um conhecido, na verdade, colega de um amigo meu. Era lateral esquerdo, acho. Foi prá Ucrânia (ou Rússia) mais ou menos na mesma época que larguei a música como profissão e mudei para Vinhedo.

Aqui tem um jogador do Ituano ou do São Bento (não sei direito não o conheço), mora bem, no mesmo condomínio que meu primo. Boa casa, bons carros na garagem.

Eu conheço o Mário Sérgio.... mas aí é outra história, foi craque consagrado.

" não quis abrir mão da sua outra atividade profissional"

Na verdade não foi por isso que larguei a música profissionalmente.

Eu não fiz sucesso. Queria viver com minha banda e de minhas composições. Fosse um "Samuel Rosa" estaria feliz.

Mas, bares, bailes, músico de apoio e estas coisas eu não queria mais. Como estava velho para fazer sucesso... desisti de meu sonho.

renatocaster
Moderador
# set/19
· votar


BrotherCrow

Mas não seria uma vida confortável (não sou talentoso o bastante pra viver confortavelmente de música).

O problema é a renda ser constantemente variável. Num mês vai muito bem, noutro vai mal demais...Isso carece de um planejamento orçamentário bem mais rigoroso, ainda mais para quem tem família.

Lelo Mig

Eu não fiz sucesso. Queria viver com minha banda e de minhas composições. Fosse um "Samuel Rosa" estaria feliz.

Acho que todo mundo que toca algum instrumento tem esse sonho. Mas alcançar esse estrelato é foda, coisa para poucos mesmo. Tem que acontecer uma combinação de fatores para tudo dar certo.

M.André
Membro Novato
# set/19 · Editado por: M.André
· votar


renatocaster
Tem que acontecer uma combinação de fatores para tudo dar certo.

De fato... Antigamente (pelas biografias de famosos que andei lendo), me parecia ser bem mais fácil (isso nos meados de 70-80). Hoje, precisa ser apadrinhado pelo "produtor do momento" ou desembolsar uma verba pra ele mexer em todas as tuas músicas e te lançar sem garantias pro mainstream...

Sobre ganhar grana com a música... Já estive envolvido nas duas faces: na da banda que só dá prejuízo e na da banda que só dá lucro. O que eu aprendi com isso? É exatamente igual uma empresa e o resultado obtido é fruto da gestão que tu faz da coisa.

Del-Rei
Veterano
# set/19
· votar


Se eu for calcular o saldo da minha trajetória com banda, acho que fico até em depressão, rs.

Maior parte do tempo em banda autoral, que é o pior dos mundos se você não tem alguém sério gerenciando. Dificilmente contratam banda autoral pra bares ou eventos sociais. Geralmente só rola espaço pra autoral em festival ou nos próprios eventos que a galera autoral produz. E os cachês são reduzidos...

Hoje eu tenho uma visão diferente do que tinha anos atrás. Banda pra dar certo precisa ser tratada como empreendimento. Hoje em dia, dificilmente aquela bandinha de amigos que tocam pra se divertir vai vingar. Tem que transformar numa empresa, com metas, obrigações, planejamento, marketing, etc - ou seja, a parte burocrática tem que estar até mais afiada do que a musical. É um negócio, e quem não enxerga assim, dificilmente vai sair do hobby.

Um aceno de longe!!!

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Você, músico hobbista: Já ganhou algum dinheiro com a música?