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Adler3x3 Veterano |
# nov/17
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O som desta banda é Rock mas a base é eletrônica.
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tchedovollosky Veterano |
# nov/17
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Essa discussão foi longe...
Acho que o que ouvimos desde sempre é que forma o nosso "caráter musical". Se pensarmos em pessoas do final séc. XIX veremos a grande influência da música clássica como referencia do que é bom ou não. O jazz naquela época era underground. Depois o jazz virou referência para uma geração e o rock 'n' roll passou a ser underground. E então o rock passa a ser referência e o metal passa a ser underground.
O que eu quero dizer com isso? Que basicamente estamos acostumados com a linguagem/estilo de musica com a qual crescemos. Pra mim, que sempre gostei me metal, hard, prog, e afins, gostar de funk br é impossível, pois meu background, minha referencia de música é diferente. O mesmo acontece com musica eletrônica, que pra mim é uma musica de momento, de ouvir 30s e nunca mais, "música de elevador" (não sei nem se isso existe).
Sinceramente, é um estilo musical que não me emociona e muito menos me impressiona (depois de 30s fica irritante), não me sinto ligado de forma nenhuma a esse tipo de música. Não consigo apreciar, me emocionar, dedicar horas, dias, meses pra tocar um tum-tum-tum-tum-iom-iom-tum-tum-tum-tum é um sacrilégio.
Estou feliz sendo um retrógrado. (De-me um monócvlo).
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Casper Veterano
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# nov/17
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Caro tchedovollosky:
...pra mim é uma musica de momento...
Eu vivo esse momento desde o começo dos anos 80. Quando o senhor nasceu eu praticamente só ouvia música eletrônica (e erudita), nem por isso acho que os outros gêneros musicais devem ser desprezados.
tum-tum-tum-tum-iom-iom-tum-tum-tum-tum
É uma comparação do nível do limítrofe que imita um violino no ar quando ouve música erudita. Lamentável.
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JJJ Veterano
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# nov/17 · Editado por: JJJ
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Casper
Acho que o "música de momento" não foi uma referência a moda ou coisa assim, mas o fato de ser uma música para ouvir "momentaneamente", de passagem (ele mesmo cita o termo "música de elevador").
***
A conversa parece estar entrando em loop. Bem a calhar, no que tange a boa parte do que quer que seja "música eletrônica"... rs
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Casper Veterano
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# nov/17
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Caro JJJ:
...mas o fato de ser uma música para ouvir "momentaneamente", de passagem...
Então o menosprezo é maior ainda. Não tenha dúvidas que aquele que generaliza sem conhecer é o que mais perde, e certamente é aquele que mais passa vergonha falando bobagens.
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tchedovollosky Veterano |
# nov/17
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Casper
Posso estar falando besteira, mas o que vejo na maioria das musicas eletrônicas que acabo ouvindo indiretamente, na rua, em casa (meu irmão só ouve isso) e em alguns exemplos em páginas deste post, é que, pra mim, falta brilhantismo, verve. Acho tudo muito enfadonho, comercial demais.
Não estou por dentro desse estilo, mas me parece que eles experimentam e buscam novos sons o tempo todo (e isso é ótimo). No entanto, tenho a sensação que isso não seja aplicado, pela maioria dos compositores, de forma mais abrangente (veja que isso é bem subjetivo). Eu sempre ouço uma passagem esperando alguma frase inteligente ou mais expressiva/melódica, e essa minha expectativa quase nunca é atendida, e mesmo quando aparece algumas frases interessantes, tudo passa a ficar muito chato depois de algum tempo pois todas as idéias viram um loop (por 5 min.), tudo se torna previsível e minha paciência acaba. Não dá pra agradar todo mundo né?
O que eu acabei de falar é ácido, eu sei, mas é o que eu acho e sinceramente não tenho nem tive a intenção de ofender ninguém.
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Filippo14 Veterano |
# nov/17
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tchedovollosky
Primeiro que não é um estilo só, isso que pode estar te atrapalhando em gostar (ou não). Existem varios estilos. Falar que electro é uma coisa só é a mesma que categorizar Rock, Jazz, Blues, Metal e outros "grandes estilos"como uma coisa só. O ponto é que você mesmo disse que curte prog certo? Existem varios estilos de musica electronica com bases em prog, pesquisa, de repente muda sua cabeca.
Quanto as composicoes, voce pode estar ouvindo somente EDM e House, que de fato são mais comerciais, mas mesmo assim tem melodias muito interessantes, arranjos e afins.
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hdab Membro Novato |
# nov/17 · Editado por: hdab
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ler as 13 páginas do tópico é um baita exercício. às vezes de paciência, outras tantas de descoberta. no fim das contas, o saldo é positivo. :)
não faz muito tempo eu assistia a um vídeo do pirulla, e ali ele mencionava uma coisa que me chamou muito a atenção, e no caso isso se aplicaria a uma situação em que alguém odeia/detesta determinado objeto/pessoa/: se você não consegue enxergar absolutamente nada de positivo, é quase como flertar com um fundamentalismo. e de um modo geral, radicalismos são sempre complicados.
eu gosto de música eletrônica, mas não é todo e qualquer estilo/gênero/sub-gênero que me agrada. pra mim há em muitas ocasiões o "baticum nauseante e enfadonho", da mesma forma que acho extremamente monótono e quiçá monocórdico o "eterno banho-maria em fogo brando" do belle & sebastian.
cito techstep, dubstep e neurofunk: ainda que apresentem às vezes algumas "texturas" interessantes, não... não dá. xD mas liquid sem os vocais - já que pra mim a presença deles aproximam o gênero por demais da dance music - é uma linha que muito me agrada. aliás, fazer uma faixa no estilo não é algo trivial.
e eis que vagando pelo YT eu vejo um vídeo que resumiu muito bem o porquê de minha irritação, não só com alguns sub-gêneros, mas algumas músicas/bandas de um modo geral. o vídeo segue abaixo. (havendo curiosidade, escrevi algumas groselhas sobre o tema também aqui.)
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Casper Veterano
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# mar/19
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Caro JJJ:
Para seu delírio pessoal:
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Casper Veterano
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# mar/19
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JJJ Veterano
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# mar/19
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Casper
Vou me deliciar... hehehe
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EduJazz Veterano
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# mar/19
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ISSO É COISA DE GÊNIO KKKKKKKKKKKKKKK
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Lelo Mig Membro
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# mar/19
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JJJ continua não gostando de música eletrônica. Mas, este tópico acabou sendo muito bom.
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JJJ Veterano
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# mar/19
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Casper
Gostaria de saber o que você pensa sobre os dois vídeos que postou, na sinceridade.
Porque, pra mim, é bem isso ai! E já falamos sobre isso neste tópico. Uma colagem pode ser uma expressão de arte, sem dúvida. Daí a ser "música"... são outros 500.
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Casper Veterano
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# mar/19 · Editado por: Casper
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Caro JJJ:
Esses dois vídeos são uma brincadeira com algumas implicações verdadeiras. Obviamente servem para mostrar como pode ser fácil colocar vários clichés dos gêneros e fazer algo que se pode chamar de "música eletrônica".
Ok, concordo que a música gerada dessa forma é imbecil e limitada. Mas ignorar os gêneros inteiros (nesse caso Techno e Deep House) com base nessa baixa amostragem não me parece sábio.
Tem um ponto que tem que ser mencionado: apesar dos dois vídeos serem toscos, quem fez sabe muito do assunto. Ele usou o Ableton Live com o Geist, que é uma ferramenta muito, muito sofisticada. Por isso ele consegue manipular os samples de bumbo tão bem. Para isso é necessário um conhecimento acima da média, sem dúvida.
Fazer música eletrônica nesses (sub) gêneros tão fechados é mais complicado do que pode parecer.
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Casper Veterano
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# mar/19
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Mais um vídeo dessa série:
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EduJazz Veterano
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# mar/19
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Eu sou da turma do Jota no que se refere a música eletronica, mas sei que é mais profundo do que esses vídeos mostram. Mas que esse formato “taste made” ficoun muito engraçado, isso ficou.
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JJJ Veterano
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# mar/19 · Editado por: JJJ
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Casper Ok, concordo que a música gerada dessa forma é imbecil e limitada. Mas ignorar os gêneros inteiros (nesse caso Techno e Deep House) com base nessa baixa amostragem não me parece sábio.
Faz sentido. Mas o problema, pra mim pelo menos, nunca foi a facilidade ou dificuldade de se "construir" uma música. Gosto de algumas músicas extremamente simples.
Tem um ponto que tem que ser mencionado: apesar dos dois vídeos serem toscos, quem fez sabe muito do assunto. Ele usou o Ableton Live com o Geist, que é uma ferramenta muito, muito sofisticada. Por isso ele consegue manipular os samples de bumbo tão bem. Para isso é necessário um conhecimento acima da média, sem dúvida.
Ah, sim, com toda certeza. Ele fez parecer fácil demais.
EduJazz Mas que esse formato “taste made” ficou muito engraçado, isso ficou.
Ficou mesmo. Musicalmente insuportável, mas bem engraçado... hehehe
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Casper Veterano
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# mar/19
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Caro JJJ:
Vamos tentar pensar de uma forma diferente. Colocaremos os equipamentos como somente um meio para realizar o que musicalmente queremos fazer. E também para poder fazer coisas humanamente impossíveis, mas realizáveis. Então podemos ver de uma forma que o equipamento é libertador.
Um bom exemplo é o Beardyman. Nesse vídeo abaixo, tudo é feito ao vivo, com loops e samples feitos em tempo real. Existe um tipo de beleza mágica nisso.
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JJJ Veterano
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# mar/19
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Casper
Isso já é interessante, mas é diferente do padrão "pega só um monte de loop pronto (alguns clonados sem permissão do autor, diga-se...) e cola".
Pra mim, isso aí é um tecladista/cantor muito criativo e talentoso, com uma boa máquina de looper, parte pronto, parte feito na hora (o que é mais legal).
As partes onde ele sola no teclado (onde toca "de fato") chegam a ser boas de ouvir. Mas o beat eletrônico e repetitivo sempre me cansa muito rápido... Portanto, no todo, continuo não curtindo, mas reconheço o valor.
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Lelo Mig Membro
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# mar/19
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Casper
Véio, pelo que entendi (posso estar errado), nosso amigo JJJ não esta reclamando de "música feita, tocada, arranjada, com equipamentos e recursos eletrônicos", tipo o cara que você postou acima, que é um músico.
Ele não curte aquele padrão batidão rave, techno, feita por DJs.
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Casper Veterano
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# mar/19
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Caro JJJ:
Entendo-o. Estamos indo pelo caminho certo. Abaixo um exemplo de música eletrônica onde tudo é feio ao vivo sem samples. A sonoridade é claramente eletrônica, mas o modo de execução é tradicional (cada músico cuidando de sua parte).
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ferraz bass Veterano |
# mar/19
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Claro que cada um tem um gosto musical, e eu respeito o gosto particular de cada um. Mas a musica eletrônica, tal qual o funk carioca estão em um nível, que não dá pra considerar como música, estão mais para mantras da qual as pessoas entram em um transe, e fazem coisas que geralmente não fariam no dia a dia. A qualidade musical desse tipo de "música" é zero, é horrível.
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JJJ Veterano
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# mar/19 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig JJJ não esta reclamando de "música feita, tocada, arranjada, com equipamentos e recursos eletrônicos"
E nem poderia, eu fiz isso a vida toda! kkkkkkk
Só que sempre tentei fazer com que isso parecesse "real". Exatamente o oposto do que o véio Casper nos mostra neste vídeo acima: gente real tentando soar "eletrônico". hehehe
Se esse tecladista tocar desse jeito todo show, vai ter LER rapidinho.
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MatheusMX Veterano |
# mar/19
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Eu curto música eletrônica. E querendo ou não, tem bandas com uma sonoridade bem "eletrônica", como Pet Shop Boys, Depeche Mode, New Order, que são "do caraleo" e hoje em dia muitos DJs pegam músicas desses caras e dão uma incrementada, a exemplo do Vintage Culture, que fez versões muito bacanas de Enjoy The Silence e Blue Monday.
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T-Rodman Veterano |
# mar/19
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ferraz bass depende. tem um monte de grupo que toca música eletrônica decentemente - lá na gringolândia. Aqui no Brasil, o que não vejo no geral é qualidade na produção musical. Se partir do pressuposto que das coisas que melhor gravam nos EUA é na área do country, nossa música sertaneja é péssima. Pra tudo colocam fundo com gente, tudo gravado 'ao vivo'. Se for pensar no 'puperô' que a gente escuta vendo carro passar com som no talo na frente de casa, peor ainda. é o fim do mundo msm a falta de qualidade na mixagem, na música, nos aparelhos executando a música, no volume com potência e qualidade zero... Se pá, em qualquer estilo musical tem de melhorar nesse sentido por aqui. MatheusMX tem o Skazi que toca Seek and Destroy do Metallica, rs.
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JJJ Veterano
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# mar/19
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MatheusMX
Eu acho que essas bandas aí tem um "toque eletrônico", mas é porque nessa época, quando o MIDI, o sequencer, o sampler e cia ltda começaram a dar as caras, era tudo novo e atrativo. Até bandas nada "eletrônicas" usaram recursos assim. Uns mais (como esses aí que você falou), outros menos. Até Genesis, ELP e Queen, pra citar alguns exemplos de bandas "clássicas", usaram batera eletrônica, samples, etc.
Depois, ao vivo, trataram de fazer algo parecido com o vídeo que o Casper mandou, tocando coisas originalmente eletrônicas, mas de forma humana.
O Liminha (lendário baixista da cena rock br) tem um programa onde ele conta uns "causos" muito engraçados de quando tentou colocar batera eletrônica e coisas assim na Blitz, no Kid Abelha. A reação dos músicos (quase todo mundo roqueiro que curtia os anos 60/70) era de repulsa total. Poucos gostavam da ideia. Nos casos citados, a Fernanda Abreu e a Paula Toller aprovavam...
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Casper Veterano
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# mar/19
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Caro ferraz bass:
Bastante preconceituoso seu ponto de vista. O nivelamento por baixo é sempre perigoso.
É a mesma coisa que assistir esse vídeo abaixo, e, baseado semente nele, dizer:
- Odeio rock, isso não é música.
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JJJ Veterano
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# mar/19 · Editado por: JJJ
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Casper
Cada um toca no seu próprio tempo e afinação! Isso é muito moderno, cara! Música dodecafônica, atonal, atemporal, atudo!
Mas o destaque fica com o figurino sem camisa da banda, o que mostra ainda o despojamento artístico total.
Uma preciosidade!!! kkkkkkkkkk
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JJJ Veterano
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# mar/19
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Ai ai ai.. tô rindo bagarái aqui...
Agora, sério, veio Casper...
Esse seu exemplo não vale... Coloque um rock chato, ruim, medíocre e recheado de chavões tanto na harmonia, quanto na letra, mas tocado por uma banda, digamos, normal. Aí sim teremos um ponto a discutir.
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