Não Consigo Gostar de Música Eletrônica

Autor Mensagem
Adler3x3
Veterano
# fev/17
· votar


Psy Goa Trance.



Jube
Veterano
# fev/17
· votar


Gosto de Prodigy, esse som é sinistro.
A trilha sonora de Matrix é muito boa também.

MMI
Veterano
# fev/17
· votar


JJJ

Vou seguir tentando. Mas pode ser que, no fim, eu não goste mesmo de nada que possa, de alguma forma, ficar embaixo da denominação genérica de "música eletrônica"... paciência.

É nóis... kkkk

Eu quero tentar, acho que não vou conseguir. Inclusive tentei algumas que o pessoal postou aqui, não todas para não acabar irritado com a "ruindade" definida lá no começo. Acabei ouvindo algumas no melhor estilo moderno, ouvi a introdução, pulei para o meio para ver se tinha alguma coisa ali, não achei e pulei para outra. Acho que vou ficar na sua cola, na hora que você avisar que ouviu algo fantástico, vou correndo ouvir também. Tô na sua, avisa! kkkkkk

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Interessante como Tame Impala começou como um som bem setentista, quase uma homenagem a Led em alguns momentos, para outro som totalmente diferente.

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Tem alguns contextos históricos interessantes também. Por exemplo, eu vejo alguma semelhança entre a gênese da house music e o .... techno brega do Pará.

No caso a house music adaptou um estilo que já estava fora de moda (usando o lado b da disco music) e adicionou algumas coisas novas. Quando eles foram procurar instrumentos para fazer suas próprias criações, acabaram usando um instrumento que era muito barato na época, pq simplesmente não tinha feito sucesso e estava sendo vendido por um preço bem em conta, a TB-303, que deu origem a acid house e mais trocentas coisas legais. Rola de fazer alguns paralelos disso com o technobrega facinho.

Amago
Membro Novato
# fev/17
· votar


Também não gosto

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Trazendo aqui mais algumas coisas do espectro eletrônico.

Teve um cara que eu descobri uns anos atrás que foi totalmente mindfuck pra mim na época, o Lapalux.




O Lapalux lança pela Brainfeeder, selo do Flying Lotus que agrega alguns talentos com uma verve bem jazzística, como o Thundercat e o Kamasi Washington. O Flying Lotus tb é absurdo de bom.



Brainfeeder, Warp e Ninja Tune são selos excelentes para se acompanhar.

http://www.thefader.com/2015/08/26/brainfeeder-flying-lotus-label-inte rview

-Dan
Veterano
# fev/17
· votar


JJJ
Nos ilumine, então. Sério, na boa! Quero muito poder apreciar ALGUM tipo de música eletrônica; ou pelo menos "entender" o motivo de tantos apreciarem.

Primeiro você.

Você nem falou o motivo de não gostar. Só falou que acha ruinzão, sem explicar devidamente porque.

-Dan
Veterano
# fev/17
· votar


Curto muito isso daqui



-Dan
Veterano
# fev/17
· votar


Ademais, Trance é o sertanejo universitário da musica eletrônica.

/falei

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Ademais, Trance é o sertanejo universitário da musica eletrônica.

Basicamente isso, ahaha

Trance e EDM não são levados muito a sério por quem acompanha a cena com mais cuidado.

Mas uma exceção honrosa: por mais poperô que seja, o Deadmau5 de vez em quando faz algumas coisas que eu considero bem bonitas.

EduJazz
Veterano
# fev/17
· votar


Tô com a turma. Não é falta de querer, de boa vontade... eu só não consegui gostar de nada até hoje.

JJJ
Veterano
# fev/17 · Editado por: JJJ
· votar


Teclista
Sim, você está doente

Pô, também não precisa sacanear, né? uahuahuhauhauhauha
Vou dar uma ouvida no Tame, valeu!

MMI
na hora que você avisar que ouviu algo fantástico, vou correndo ouvir também.

Combinado, vou torcer pra que aconteça isso (mas pode ser que não... rs).

-Dan
Você nem falou o motivo de não gostar. Só falou que acha ruinzão, sem explicar devidamente porque.

Tem toda a razão. Mas talvez seja impossível determinar porque se gosta ou não de uma coisa qualquer, né?...

Enfim... de qualquer modo, ensaiei uma hipótese quando respondi ao adler3x3 sobre MIDI. Talvez tenha a ver com o fato de, por muito tempo, eu ter tentado fazer os recursos eletrônicos (MIDI, sequencers, teclados, baterias eletrônicas, computadores, bancos de som, síntese FM, etc, etc, etc) soarem de forma natural e "humana". Isso é a antítese da base de alguns dos gêneros em questão (quase todos, talvez!). Deu pra ter uma ideia do "sentimento"? É tudo que eu tentei evitar por anos e anos. Psicanalistas devem perceber alguma relação aí...

Sempre me pareceu fácil demais fazer uma TR808 soar artificial, robótica, digital, metralhadora, bate-estaca. Agora, vai fazer aquela porra soar como um baterista de verdade!...

Casper
Veterano
# fev/17 · Editado por: Casper
· votar


Caro JJJ:

Você mesmo(Adler3x3), o Casper, o OverlappingCircles... Pessoal de bom gosto...

Obrigado pelo bom gosto (risos).
Bem, eu praticamente só ouço o que pode
ser chamado de música eletrônica.
Música eletrônica como gênero se
tornou um samba do criolo doido,
porque coloca Kraftwerk e David Guetta,
por exemplo, lado a lado.

A dita "música eletrônica de balada" é
um pé no saco. Nem alterado eu aguento.

Vou dar uns exemplos de música eletrônica
que eu aprecio:







Vou colocando aos poucos.

PS: A maior qualidade da TR808 é soar artificial.
Para isso que ela existe. Tive a oportunidade
de brincar com a original, é uma obra de arte
com botões.

Insufferable Bear
Membro
# fev/17
· votar


Agora, vai fazer aquela porra soar como um baterista de verdade!...
Quase nunca é a intenção do compositor.

A ideia geralmente é explorar sons que não são possíveis serem obtidos por outros meios, se você quer um baterista de verdade você pega um baterista de verdade.

acabaramosnicks
Membro Novato
# fev/17
· votar


quando eu era mais novo e curtia docinho, balinha, pózinho, etc, eu até escutava eletronica as vezes, mas sempre curti esses caras que tem instrumentos normais no meio, ou então com sonoridade bemsombria, tensa, ou então coisas bem light

procure por shlohmo, nicolas jaar, gramatik (tem guitarra), e darkside (projeto paralelo do n jaar)

o shlohmo é do tipo downtempo, tempo beeem lento com poucas notas e graves profundos, ao estilo xxyyxx (confira este também)

nicolas jaar é mais música, o cara adora improvisar nos teclados, sints, samplers, etc

gramatik sempre gosta de colocar umas guita no meio

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


sempre me pareceu fácil demais fazer uma TR808 soar artificial, robótica, digital, metralhadora, bate-estaca. Agora, vai fazer aquela porra soar como um baterista de verdade!...

Mas a maior virtude desses equipamentos é realmente puxar pro lado mais artificial.

Fun fact, a TB-303, hoje um equipamento clássico, teve uma origem infame justamente por causa disso: na época, a equipe de marketing da Roland a vendeu como um equipamento para substituir um baixista de verdade. O que ninguém conseguia era fazer a 303 soar como um. Quando finalmente o pessoal da house music pegou a 303 para usar, sem tentar fazer soar como um baixo convencional, conseguiu extrair o verdadeiro poder dela.

Escrevi um pequeno texto sobre a TB-303 e tem uma playlist com algumas coisas bem diversas de música eletrônica, acho que pode acrescentar a esse tópico. Segue o link:

http://5uinto.com/equipos-roland-tb-303/

JJJ
Veterano
# fev/17 · Editado por: JJJ
· votar


Insufferable Bear
Quase nunca é a intenção do compositor.
Casper
A maior qualidade da TR808 é soar artificial.
waltercruz
Mas a maior virtude desses equipamentos é realmente puxar pro lado mais artificial.

Não na origem... isso é o uso posterior, Rebirth (ou algo antes) pra frente... Na origem, a ideia foi reproduzir uma bateria, mas a eletrônica tosca da época só dava pra aquilo...

Tentem entender a ótica do véio aqui, que vem daquela época... a minha intenção de outrora era exatamente a de fazer soar essas tralhas como coisas reais, não como artificiais. Bem na linha do que o waltercruz falou sobre a 303.

Tenho algumas gravações ainda, de 30 anos atrás, com algumas dessas tentativas. Talvez um dia mostre...

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Tenho algumas gravações ainda, de 30 anos atrás, com algumas dessas tentativas.

Se vc tiver uma 808 parada por aí, dá pra vender por uma boa grana.

Insufferable Bear
Membro
# fev/17
· votar


Na origem, a ideia foi reproduzir uma bateria, mas a eletrônica tosca da época só dava pra aquilo...
Na origem do TR808 pelo jeito sim, e talvez por isso foi um desastre inicialmente.

Na origem da música eletrônica? Não.

acabaramosnicks
Membro Novato
# fev/17 · Editado por: acabaramosnicks
· votar


JJJ, escute Giorgio by Moroder do Daft Punk, daí vc vai ver que a "percussão" da música eletrônica tem suas raízes na bateria "normal", mas o timbre não tem nada a ver justamente porque a proposta do som é outra.

Nessa música começa a batida normal de música eletrônica, com baixo e uns tecladinhos enquanto o Giorgio conta a história dele, lá pra metade da música entra uma bateria arregaçando

JJJ
Veterano
# fev/17 · Editado por: JJJ
· votar


waltercruz

Não tenho... tive acesso a alguma coisa assim nos anos 80. Hoje me sobrou uma Yamaha RX8, bem mais... hummm... realista... rs

Insufferable Bear
Na origem da música eletrônica? Não.

Não, claro. Me referi à origem dos aparelhos.

acabaramosnicks

Vou experimentar.

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Eu tenho de dar uma olhada na história da 808. O que eu sei por alto é que a 808 tb era um produto dedicado ao mercado mais 'pobre', que não podia pagar caro na LinnDrum, essa sim, a bateria que todo mundo queria ter na época.

Quer ouvir um exemplo clássico da Linndrum, pega a música Kiss do Prince. Inclusive, essa música, na versão de estúdio não tem baixo, o próprio kick da Linndrum faz as vezes do baixo nela.

Lelo Mig
Membro
# fev/17 · Editado por: Lelo Mig
· votar


waltercruz
Casper

Vocês que manjam destas tralhas antigas... eu ganhei um Sequencer Yamaha QX 5.... novinho!!

Não tive tempo de fuçar ainda.....prá ser sincero nem sei por onde começar...rs.

Yamaha QX 5

Buja
Veterano
# fev/17
· votar


Eu so gosto de umas eletronicas dasantiga.
Escute os classicos You Spin Me Round do Dead or Alive
ou I Feel Love da Donna Summer.

Se bem que isso nao é bem musica eletronica, mas que tem o tum..tss..tum isso tem. Linking Park tambem tem uns loucura eletronicas, como The cure for the Itch, que acho bastante boa. Mas confesso que nao é musica que curto nao.

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Vocês que manjam destas tralhas antigas
Eu manjo mais de ler, hehe, quem tem experiência hands-on é o véi Casper

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Procurei algumas coisas aqui sobre a história das drum machines, e achei esse vídeo no youtube, mas no geral ele é bem raso, apenas mostrando as coisas e não explicando muito porque elas vieram a ser como são.



Já essa entrevista aqui do Roger Linn é bem legal, onde ele fala que acabou inventando o quantize e o groove por acidente. Separei alguns dos trechos mais interessantes

https://www.attackmagazine.com/features/interview/roger-linn-swing-gro ove-magic-mpc-timing/


Swing – applied to quantized 16th-note beats – is a big part of it. My implementation of swing has always been very simple: I merely delay the second 16th note within each 8th note. In other words, I delay all the even-numbered 16th notes within the beat (2, 4, 6, 8, etc.) In my products I describe the swing amount in terms of the ratio of time duration between the first and second 16th notes within each 8th note. For example, 50% is no swing, meaning that both 16th notes within each 8th note are given equal timing. And 66% means perfect triplet swing, meaning that the first 16th note of each pair gets 2/3 of the time, and the second 16th note gets 1/3, so the second 16th note falls on a perfect 8th note triplet. The fun comes in the in-between settings. For example, a 90 BPM swing groove will feel looser at 62% than at a perfect swing setting of 66%. And for straight 16th-note beats (no swing), a swing setting of 54% will loosen up the feel without it sounding like swing. Between 50% and around 70% are lots of wonderful little settings that, for a particular beat and tempo, can change a rigid beat into something that makes people move. And unlike the MPCs, my new Tempest drum machine makes it very easy to find the right swing setting because you can adjust the swing knob in real time while the beat plays. I first introduced swing – as well as recording quantization – in my 1979 drum machine, the LM-1 Drum Computer.

Regarding sequencer resolution, the LM-1 – used on all of those early hits by Prince, Michael Jackson, and many others – had a sequencer resolution of 48 parts per quarter note. (48 parts per quarter note permits swing variations of 50, 54, 58, 60, 62, 66, 70 and 75%, and I rarely need more swing increments than this.) The Tempest has a resolution of 96 parts per quarter note but almost all of the great grooves it makes don’t use more than 48 parts per quarter note resolution and often no more than 24.

If you’re comparing quantized beats to unquantized beats, then I think that most drum machine players can think of great beats but would have more trouble playing them in real time without quantization, or with the exact swing amount they seek. So quantization provides a great deal of help here, not unlike how guitar frets remove the need to place your finger at the exact spot on the neck as you must with a violin. I think even the best drum machine players might have trouble playing a 58% or 62% swing beat in real time without quantization.

If you’re comparing a drum machine to a master drummer I would be one of those who argue that drum machines and quantization don’t have the same feel as a real drummer. But I don’t think most people use drum machines to replace history’s great drummers. They use drum machines to create a particular looped groove that works well in a particular musical context, with full knowledge that the drum machine won’t respond in dynamics or tempo to the other musicians, won’t spontaneously think of creative and complimentary drum parts drawn from a lifetime knowledge of thousands of recordings, and won’t produce subtly-nuanced percussive timbres by tapping, rubbing and bending a drum in hundreds of possible ways.


makumbator
Moderador
# fev/17
· votar


Eu em geral tenho bastante simpatia pela música eletrônica (e também aprecio quando alguns elementos eletrônicos são aplicados de maneira elegante em gêneros menos acostumados à ela).

O que mais aprecio na música eletrônica é a questão das texturas sonoras (que é algo importante em boa parte da música erudita, mas esquecida em boa parte da música popular). Mas realmente o eletrônico de "balada" acho menos atrativo (principalmente quando é meramente o formato canção socado de loops eletrônicos desinteressantes e gratuitos), pois como disse o Casper: "Música eletrônica como gênero se
tornou um samba do criolo doido,
porque coloca Kraftwerk e David Guetta,
por exemplo, lado a lado."

waltercruz
Veterano
# fev/17
· votar


Ok, a TR808 não tinha a função de swing/shuffle/groove.

https://www.reddit.com/r/synthesizers/comments/2jibow/the_myth_of_the_ roland_tr808_groove_a_long_and/

So how do we apply this idea of loose, fluid timing to electronic music? The earliest sequencers and drum machines played using completely rigid timing, with evenly spaced gaps in between each division of the bar. Programming was typically achieved via a step sequencer or real-time recording quantised to the nearest 16th note. On the Roland TR-808, for instance, each of the 16 steps in a programmed beat is played with perfectly straight timing.

The ‘swing’ function as we now know it – originally known as ‘shuffle’, a term still used by some hardware manufacturers and software developers – was first introduced in Roger Linn‘s 1979 LM-1 Drum Computer. Linn realised that he could approximate the effect of a human drummer playing in swing timing by quantising each drum beat to the nearest step and then delaying the playback of every other step in the sequencer (to see how Linn introduced his ‘auto-correct’ and ‘shuffle’ features, take a look at the LM-1 manual). But this effect was useful for more than just jazz-style triplet-derived swing timing; different delay times could replicate a variety of lazy, swinging grooves. The longer the delay, the more obvious the effect.


https://www.attackmagazine.com/technique/passing-notes/daw-drum-machin e-swing/

Casper
Veterano
# fev/17
· votar


Caro Lelo Mig:

Não conheço pessoalmente o sequenciador,
mas tem especificação bem razoável:

Yamaha QX5

The QX5 is an 8-track MIDI/FSK sequencer with a feature known as 'macros' in which snippets or phrases can be thrown into a sequence live. Real and step input modes, punch in/out and precise editing control for making sequences are available. The QX5 has real-time track muting, 15,000 to 20,000 note capacity, 32 patterns, 1 song, 4 set-up memories and MIDI dumping for external storage (no disk drive). Although a mere 14 buttons make operation difficult, the QX5 is a sophisticated stand-alone sequencer with adequate live and studio uses.

Step mode nesse sequenciador é coisa de masoquista.
Pode ser um passatempo divertido sequenciar com
esse bichinho. Eu colocaria um teclado MIDI na entrada,
e um módulo MIDI multi timbral qualquer na saída.

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Não Consigo Gostar de Música Eletrônica