Da fartura de bons músicos no cenário gospel.

Autor Mensagem
cafe_com_leite
Veterano
# jun/14


Na verdade eu não gosto desse termo "gospel" (que na ral não tem nada a ver com o verdadeiro gospel, de Aretha Franklin e pá), mas vou usa-lo só para delimitar o tópico. E estou aqui falando de uma questão músical, pesso para que não entrem em questões religiosas, porque não é o assunto do tópico e sim a música.


Mas voltando ao assunto, a qualidade músical melhorou consideravelmente neste mercado. Até uns anos onde o que fazia sucesso era cantoras cantando em cima de play back, hoje em dia há uma preocupação muito maior com a parte musical das canções e não apenas no fator espiritual ou letras, como parecia ser o único foco até uns tempos.
Posso dizer que alguns dos melhores músicos populares brasileiro se concentram neste nicho. Pra fazer uma lista de bons músicos que vejo neste cenário temos como guitarristas Juninho Afram, Cacau Santos, Roger Franco, batera o Alexandre Aposan, baixistas Duca Tambasco, Fabio Aposan, tecladitas Jean Carllos, junior camilo. cantores Mauro Henrique, Thalles Roberto.

Eu citei aqui os mais famosos e que eu conheço de verdade pra poder falar, mas sei que tem muito, mas muito mais gente competente aí com menos prestígio.

Prova disso é esse DVD do Aposan entre irmãos:




É interessante ver isso, porque a igreja sempre deu a oportunidade pra a molecada iniciar na música, só que mais pra frente estes viriam a desenvolver o seu talento, mas tocando no "não gospel" (por favor, não se apeguem as expressões). Hoje parece que esses músicos estão voltando pra onde sairam. Acho bem legal.


Eae, tem mais bons músicos cristãos pra citar? Alguma história pra contar? Alguma observação?

Contribua com o tópico! o/

Abço.

Spect
Veterano
# jun/14
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estão voltando pra onde sairam

Pois agora dá dinheiro.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Spect
Pois agora dá dinheiro.

De fato. O músico come, bebe, precisa de um teto. Assim como você.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Eu fiz esse tópico no OT ou algum moderador mudou ele pra cá? Se eu que fiz aqui, por favor moderação, passe pro Música em Geral, esqueci de trocar o fórum, foi mal.

Spect
Veterano
# jun/14
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cafe_com_leite
De fato. O músico come, bebe, precisa de um teto. Assim como você.

Mas eu não nego que trabalho por dinheiro.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14 · Editado por: cafe_com_leite
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Spect
E quem nega? É uma via de mão dupla. Tu se dedica a uma coisa e é remunerado por isso, larga de hipócrita.

Edit: Aliás, se você faz só por dinheiro, tu é qualquer coisa menos músico, porque fazer música vai além de ganhar uns trocados, é necessidade pra quem a ama.

Spect
Veterano
# jun/14
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cafe_com_leite
E quem nega?
Muitos.

É uma via de mão dupla. Tu se dedica a uma coisa e é remunerado por isso, larga de hipócrita.
Se dedicar é uma coisa. Vestir uma máscara e falar que faz por um outro propósito é outra. E não tô falando de ninguém em específico, mas sim o mercado gospel como um todo.

larga de hipócrita
Onde eu fui hipócrita?

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Spect
Se dedicar é uma coisa. Vestir uma máscara e falar que faz por um outro propósito é outra. E não tô falando de ninguém em específico, mas sim o mercado gospel como um todo.

Não, não não. Já vi vários depoimentos dos músicos em questão e todos eles tem comportamento de profissional, estão sim fazendo a obra de Deus (se é isso que você não consegue falar), mas se dedicam totalmente a isso e é claro que como qualquer outro trabalho precisam ser remunerados.
Onde eu fui hipócrita?
No ponto em que você julga os músicos de mercenários. Você trabalha de graça pra uma coisa que é o seu trabalho fim? Porque um cristão precisa? Em fim, tu tá desvirtuando o tópico. Se tivesse questionando a qualidade músical do pessoal, tudo bem, mas tu tá entrando num assunto que não cabe ao tópico.

Spect
Veterano
# jun/14
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e todos eles tem comportamento de profissional
Claro que tem, pois são profissionais.

estão sim fazendo a obra de Deus (se é isso que você não consegue falar)
Esquece, cara. Nem falo mais nada depois dessa.

No ponto em que você julga os músicos de mercenários. Você trabalha de graça pra uma coisa que é o seu trabalho fim?
Se você pesquisar por o que hipocrisia significa e ler direito o que eu escrevi, vai ver que não falei nada contra a remuneração em si.

LeandroP
Moderador
# jun/14
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cafe_com_leite
mas se dedicam totalmente a isso e é claro que como qualquer outro trabalho precisam ser remunerados.

Concordo plenamente. Desde que façam o show em um local apropriado pra show e cobrem ingressos.

Cobrar pra tocar na igreja não vejo como louvação e muito menos como obra de Deus. Acho muito errado isso. Deixa de ser louvação e passa a ser um negócio, um grande negócio.

Acredito que se o cara quer louvar a Deus com a sua música, com a sua arte, sendo o instrumento de Deus, ele deve fazer por amor.

Também não acho errado fazer um rateio pra transportar o equipamento, comprar um encordoamento ou um par de baquetas, por exemplo. Até aí, tudo bem. Mas cobrar pra tocar em igrejas eu considero errado e oportunista.

Fora isso, em outras ocasiões, não vejo nada de errado em cobrar um cachê.

Julia Hardy
Veterano
# jun/14
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Sobre a fartura de bons músicos no cenário gospel, não é surpresa. O gênero se tornou popular e se profissionalizou. Muitos artistas tem uma estrutura que não devem nada às bandas seculares. Se isso é bom ou é coerente com o que eles pregam, deixo pra quem se interessa e entende do assunto debater.

Um videozinho bacana.



cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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LeandroP
Cobrar pra tocar na igreja não vejo como louvação e muito menos como obra de Deus. Acho muito errado isso. Deixa de ser louvação e passa a ser um negócio, um grande negócio.

A maioria dos shows que esse pessoal faz é em casa de shows e quando tocam em igrejas e porque as próprias os procuram. Não to querendo dizer aqui que só tem santo nesse movimento, há corruptos como em qualquer um e se você se espanta por essa afirmação minha, demonstra total desconhecimento do que já está escrito a mais de 2000 anos. Por isso mesmo eu deixei bem claro aqui ó: E estou aqui falando de uma questão músical, pesso para que não entrem em questões religiosas, porque não é o assunto do tópico e sim a música.

O senhor como moderador devia tentar respeitar a proposta do tópico mais do que qualquer um.


Em fim, como eu to falando pra não desvirtuarem o assunto do tópico, também não desvirtuarei mais do que desvirtuei repondendo os que desvirtuaram. (nunca falei tantas vezes a palavra desvirtuar numa mesma frase.

Spect
Veterano
# jun/14 · Editado por: Spect
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cafe_com_leite
E estou aqui falando de uma questão músical, pesso para que não entrem em questões religiosas, porque não é o assunto do tópico e sim a música.

Não é questão nem musical nem religiosa. É questão de mercado, e esse mercado se aproveita de uma massa de manobra.

Novamente: não tô questionando a ética de ninguém em específico. Agora, isso é uma indústria e não dá pra negar isso. Não é qualidade musical que eu questiono. É a postura de muitos desses músicos que imprimem na testa que fazem algo pelo deus deles quando só estão nesse meio pelo dinheiro enquanto atribuem a si mesmos uma nobreza que não existe.

Aliás, essa coisa de "esse meio" é também uma coisa que não sou eu quem cria, mas sim eles próprios. Insistem em fazer a separação pois sabem que isso é lucrativo com os cordeirinhos deles. O "cenário gospel" é igual a qualquer outro.

fernando tecladista
Veterano
# jun/14
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não considerando o lado religioso, mas analisando o lado músical

se valoriza os músicas, tem musica com muito piano, musica com groove de baixo, música com quebradas de batera, altos melismas intermináveis de vocal...
solos de improvisos, acordes dissonantes

no resumo, todos se sentem como uma banda, onde cada um tem sua parte de destaque

saindo disso o que resta para a pessoa tocar por ai:
qualquer coisa pop rock, sertanejo ou coisas axejentas ou pagodais fica naquele loop de 4 acordes manjado, com um solinho ridiculo (quando tem)
na parte mais rock pesado, metal... é só guitarra moendo vocal gritado e todo mundo surdo no final do show e sobra 40 conto pra cada um da meia bilheteira do local...

conheço uma pá de gente que está tocando nesse meio gospel, que nem é convertido, ou tão religioso assim.... mas tá feliz por lá porque é onde ele consegue tocar o que ele gosta

LeandroP
Moderador
# jun/14
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cafe_com_leite

Calma. Você ficou exaltado de bobeira.

Sempre vi excelentes músicos gospel. Aliás, quando comecei a tocar, o mundo gospel como se chama hoje estava efervescendo.

Com relação ao que eu postei, não creio que desvirtuei o tópico, e postei a minha opinião com relação ao "mercado", e infelizmente vejo muito disso, o que me entristece.

Pra mim obra de Deus é uma coisa e tocar profissionalmente é outra. Obra de Deus é caridade, mas isso é outra história.

Mas se a minha opinião como membro do fórum ou moderador te desagrada, eu não posto mais.

Lamento que tenha entendido dessa forma. Só espero que não se decepcione quando ver o que estou dizendo.

Uma vez um padre amigo meu lamentou o fato de conhecer bons músicos e os mesmos não tinham interesse em tocar sem ter algo em troca. Eu só não toco na igreja porque não me identifico com as doutrinas. Mas se me identificasse, teria que ser espontâneo, de coração e de graça!

Só deixo um paralelo pra você refletir, acerca de Jesus entrando no templo e vendo as bandas tocando, "louvando e gesticulando" e depois recebendo o cachê... Será que ele sairia quebrando tudo como fez em Jerusalém com o comércio no templo? Ou será que o meu parco conhecimento do que pode ter acontecido há dois mil anos me causa alucinações?!

Encerro minha opinião aqui e me desculpe pelo transtorno. Pode decorrer.

(Mateus) Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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LeandroP

E a faxineira que limpa a igreja, deve receber salário ou trabalhar para a obra de deus?

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14 · Editado por: cafe_com_leite
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sallqantay
E a faxineira que limpa a igreja, deve receber salário ou trabalhar para a obra de deus?

Há muitas igrejas que tem condições de pagar salário e pagam aos obreios para que se dediquem a cuidar da igreja, minha tia mesmo trabalhava pra igreja com a faxina, cozinha etc. Não vejo problema algum nisso.

LeandroP
É impossível melhorar a qualidade músical sem a profissionalização dos músicos. Um cara que trabalha a semana inteira pra sustentar sua família, muito dificilmente vai ser um músico competente para exigências que temos hoje. Não sei se você sabe, mas no velho testamento, os levitas (os músicos) se dedicavam totalmente a obra e eram sustentados por ela, é claro que as condições eram bem mais inferiores ao que estes músicos ganham hoje. Mas caramba, se todo mundo melhora de vida, porque que o músico tem que viver na pindaiba? preconceito isso aí.
Pra mim fazer a obra de Deus é levar a palavra de Deus a toda a criatura, se ele ganha uns cariminguás com isso, não vejo nenhum problema nisso, porque todo mundo tem que comer, beber e ter onde morar. Agora apartir da sua citação, observe que em nenhum momento eu falei aqui em questões religiosas, somente na questão musical, se eu fosse entrar na questão religiosa iria concordar em muitas coisas com você.


fernando tecladista
conheço uma pá de gente que está tocando nesse meio gospel, que nem é convertido, ou tão religioso assim.... mas tá feliz por lá porque é onde ele consegue tocar o que ele gosta

Deve acontecer muito mesmo, porque hoje a música da moda do "gospel" é a black music, como o funky (americano), coisas mais bem trabalhadas musicalmente, isso deve atrair o pessoal. Tu pega os artistas de maior sucesso no gospel e vê uma qualidade musical muito superior ao que faz sucesso na música pop secular.


Spect
Aliás, essa coisa de "esse meio" é também uma coisa que não sou eu quem cria, mas sim eles próprios. Insistem em fazer a separação pois sabem que isso é lucrativo com os cordeirinhos deles. O "cenário gospel" é igual a qualquer outro.

Fei, tu tá lendo o que tu tá escrevendo? Um grupo de heavy metal, ele tem um público específico, não? Um grupo de axé, tem um público específico, não? Porque ambos falam de temas característicos do gênero e a parte músical identifica esses gêneros.
Agora, o gospel tem um público específico, não? As letras das canções são sempre voltadas a questões religiosas, não? Então me explica como isso não é um meio? Como tu pode generalizar dois polos que falam coisas diferentes e até opostas?

Julia Hardy
Esse vídeo do Rodolfo fala muitas verdades mesmo.

Spect
Veterano
# jun/14
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cafe_com_leite
Acho que você é quem não está lendo.

Então me explica como isso não é um meio?

Lê a última frase do meu outro post. Eu digo exatamente que é como qualquer outro. Só disse que essa separação não é natural, mas sim fomentada por eles mesmos pois é lucrativa.

T. Forge
Membro Novato
# jun/14
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Há muitas igrejas que tem condições de pagar salário e pagam aos obreios para que se dediquem a cuidar da igreja, minha tia mesmo trabalhava pra igreja com a faxina, cozinha etc. Não vejo problema algum nisso.

Só que nesse caso ela não está ganhando pontos com Deus por isso.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Spect
Ai meu pancreas, como não é natural? Sempre existiu essa separação, desde quando só tinha cantoras solo. A diferença é que o rolê cresceu em tamanho e organização.

Wanderer on the Offensive
Veterano
# jun/14
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Tirando o Juninho Afran, que direto é citado na guitar player, nunca ouvi falar em ninguém desse pessoal.

Eu fico com a impressão que eles ficam restritos a um "mercado paralelo", ainda que grande. Ou eu vivo muito em outro planeta ou esses caras não tem nenhuma penetração no público que não se interessa, necessariamente, e procura saber do estilo gospel.

T. Forge
Membro Novato
# jun/14
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cafe_com_leite
Spect

Continuem. Não parem.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Wanderer on the Offensive
O Cacau Santos e Roger Franco são bem conhecidos no nicho guitarrístico também. Muitos desses músicos são endorsers de marcas. O Aposan baterista por exemplo é muito respeitado hoje em dia no nicho da bateria e também é endorser de algumas marcas. O Jean Carllos tecladista se não me engano tem alguma coisa com Korg (uma das melhores marcas de teclados aí). Fora outros músicos que não tem assim tanto prestígio nos nichos de instrumentos, mas que eu particularmente conheço e sei que são bons músicos, como os citados no começo do tópico.

brunohardrocker
Veterano
# jun/14
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Spect
Muitos.
Se dedicar é uma coisa. Vestir uma máscara e falar que faz por um outro propósito é outra. E não tô falando de ninguém em específico, mas sim o mercado gospel como um todo.
Onde eu fui hipócrita?

Você foi hipócrita o tempo todo.

brunohardrocker
Veterano
# jun/14
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Spect
esse mercado se aproveita de uma massa de manobra.
só estão nesse meio pelo dinheiro enquanto atribuem a si mesmos uma nobreza que não existe.
cordeirinhos deles.

^
^
reductio ad landlordum.

Felippe Rosa
Veterano
# jun/14
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Spect
Infelizmente você está certo acerca do mercado gospel, tem vários ótimos músicos, mas o foco mudou, se tornou mercado, esse vídeo do Rodolfo que a Julia Hardy postou ilustra bem o que você tem dito nesse tópico.
E sim, a separação tem fins lucrativos, o povão idolatra eles, é igual ao que chamam de "mundo".
Felizmente existem pessoas que iniciaram um movimento contrário ao gospel, no próprio meio cristão(como todo, não só musical) e já se fala em música brasileira de raiz cristã, não é muito conhecido, o foco é outro, mas á assunto pra outro tópico.
Você é ateu?

Felippe Rosa
Veterano
# jun/14
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Tirando essas questões, realmente existem bons músicos nesse "meio", os músicos do Oficina G3 são um ótimo exemplo, outros ótimos exemplo é o Trazendo a Arca, não me lembro dos nomes de todos eles, mas é uma ótima banda, tem o Carlos Maranhão, guitarrista da Gabriela Rocha, que é excelente guitarrista, o Pr. André Valadão, que toca piano muito bem, o Ministério Ipiranga.
Poderia citar também os músicos do Palavrantiga, Lorena Chaves, Crombie, Sinomami, Os Arrais, que não se intitulam como gospel, além de projetos como o Nossa Brasilidade.



Rednef2
Veterano
# jun/14
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Saindo um pouco do rock.

Vamo pro MPB:

João Alexandre - Folião

Stenius Marcius - O Tapeceiro

Jorge Camargo - Passargada

Baixo e Voz - Além

Spect
Veterano
# jun/14 · Editado por: Spect
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cafe_com_leite
brunohardrocker

O artista é gospel pois a gravadora é gospel, a rádio é gospel, o festival é gospel, a emissora de TV é gospel. E quem financia isso tudo é o público, que reverencia simplesmente por ser gospel.

Enquanto o jabá vai na puta que pariu, bizarrices como essa aparecem. O mercado gospel é só uma parte da indústria que tá construindo isso aí.

cafe_com_leite
Veterano
# jun/14
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Felippe Rosa
Sim. Embora eu não ache errado um músico ser remunerado, vejo muito do que você falou. Eu falei no início que não queria entrar em questões religiosas exatamente pra cair nesse papo que gira, gira e não chega em lugar algum.

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