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JJJ Veterano
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# nov/16
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O Trump quer barrar o avanço da China, taxando as importações deste país para os EUA com uma tarifa ALTÍSSIMA, ABSURDA e que, CERTAMENTE IMPEDIRIA QUALQUER SER HUMANO DE COMPRAR PRODUTOS CHINESES!!!
45%...
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Sabe de nada, inocente... hehehe
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MatheusRich Membro |
# nov/16
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Comprei hoje umas coisinhas pequenas: cordas (que o amigo recomendou umas páginas atrás), correia e straplock. Se serve de ajuda pra alguém, comprei um celular recentemente no Ali. Declarado como 50 dólares, taxado em cima de 100 dólares.
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MatheusRich Membro |
# nov/16 · Editado por: MatheusRich
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[duplicado]
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Ramsay Veterano |
# nov/16
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O Trump quer barrar o avanço da China, taxando as importações deste país para os EUA com uma tarifa ALTÍSSIMA, ABSURDA e que, CERTAMENTE IMPEDIRIA QUALQUER SER HUMANO DE COMPRAR PRODUTOS CHINESES!!!
45%...
E faz ele muito bem!!! Chega desses produtos chineses de baixa qualidade prejudicando o mercado local, que o digam diversas fábricas brasileiras de calçados do sul do país que foram a falência por não ter como competir com os produtos chineses.
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JJJ Veterano
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# nov/16
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Ramsay
Sim, sim... Eu só estou ironizando o fato de que, pra eles, uma tarifa de 45% é considerada o fim do mundo!
Eu, aqui em MG, se importar da China e cair no imposto, a tarifação fica em torno de 100%... Se fosse 45%, eu daria pulos de alegria... kkkkkkkkk
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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Ramsay E faz ele muito bem!!! Chega desses produtos chineses de baixa qualidade prejudicando o mercado local, que o digam diversas fábricas brasileiras de calçados do sul do país que foram a falência por não ter como competir com os produtos chineses. Concordo. Aliás, é interessante como os (ditos) "liberais" vivem apregoando "liberdade"... Como assim? Ninguém se pergunta o que é, e a quem interessa essa tal "liberdade", nem as suas consequências? "Liberdade" é um conceito perigoso, e uma palavra que se presta a fácil manipulação por gente inescrupulosa. A grande maioria das pessoas não se dá conta quando "compra" o "discurso de liberdade". Prefiro pagar mais por um produto que foi fabricado no Brasil, que dá emprego e dignidade a brasileiros, do que ter a "falsa liberdade" ou a "liberdade inconsequente" de mandar grana para a China e para seus financiadores... Não que eu não tenha produtos chineses em casa. Tenho sim; como todo mundo aliás... Mas uma coisa é comprar ou fazer algo sabendo exatamente o que se está fazendo (e muitas vezes adotando estratégias alternativas) do que repetir blá-blá-blá dos outros, e que à outros interessa... Abç
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JJJ Veterano
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# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola Prefiro pagar mais por um produto que foi fabricado no Brasil, que dá emprego e dignidade a brasileiros, do que ter a "falsa liberdade" ou a "liberdade inconsequente" de mandar grana para a China e para seus financiadores...
Eu vivi pra ver o Bertola concordar com um ato de Donald Trump! hehehe
***
Agora, sério, Bertola... o buraco é beeeeeeeeem mais embaixo. Mas tá chovendo pra cacete, eu ia viajar e não fui, então não estou fazendo porra nenhuma... vamos conversar...
Eu também prefiro prestigiar o produto nacional! Até aí, tudo certo. Fiz até um tópico sobre isso uma vez. Só que tem muita coisa errada no meio disso...
1) Muitas vezes o produto nacional, de nacional só tem o "logo". Ou seja: é o mesmo produto que você compraria da China (mais barato), só que uma "fábrica" nacional importa e bota o decalque no produto. O "emprego" envolvido aí é de meia dúzia de atravessadores e um cara pra colar o decalque...
2) Impostos sobre importação são compreensíveis. Mas 100% de imposto é absurdo e deixa de ser um "incentivo" ou "proteção" à indústria nacional pra ser pura e simplesmente um roubo...
3) A indústria nacional andou há um tempo atrás gritando que queria dólar mais alto e que isso estava arrasando a indústria e blá, blá, blá... Pois bem, o dólar ficou acima de 4 reais por um bom tempo e cadê que a indústria nacional deu o "grande salto" e tal? Necas... Por quê? Porque não é um real enfraquecido que vai resolver o problema. O que resolve é produtividade, educação de qualidade, impostos para as empresas dentro do razoável e tudo mais que todo mundo está careca de saber. Dólar alto pra cacete, por si só, não resolve merda nenhuma...
4) O empresário nacional tem o mesmo problema do povo em geral: acha que "governo" resolve alguma coisa; que o "governo" tem que dar isso, dar aquilo. E dá-lhe "bolsa empresário", subsídio, reserva de mercado, etc... Isso também não funciona. As empresas brasileiras precisam é de um choque de gestão, assim como o governo. Eu tenho todos os motivos do mundo pra odiar o Collor, mas ele costumava repetir um ditado muito válido aos empresários que ficavam se lamuriando e que eu sou obrigado a concordar: "quem não tem competência, não se estabelece".
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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JJJ Não concordo com Donald Trump. Mas, se num ponto ele foi certeiro, e baseou sua retórica (e foi só retórica populista mesmo - e que deu certo!), foi que a tal "globalização", tão apregoada e incensada pelos liberais, não beneficiou à ninguém, exceto ao Grande Capital. As fábricas que foram pra China ou México NÃO vão retornar aos EUA, isso é retórica vazia, e quem votou nele logo logo vais, ou perceber isso, ou ser enganado por outra conversinha fiada... O problema é que as pessoas vêem o problema, mas são incapazes de saber a sua VERDADEIRA ORIGEM; assim, votam no 1º populista que lhes passa pela frente, principalmente se a outra candidata for representante deste mesmo Capital que "ferrou" com eles... Esses "hillibilies" norte americanos estão desempregados e desempregados irão continuar... O Capitalismo Mundial não gera mais emprego em massa, e o Capital (que não tem pátria, nem moral) é igual água, vai para onde é mais fácil lucrar....
Quanto às suas questões... 1) Isso que vc colocou não é produto nacional, é o que chamamos em Economia de produtos OEM. A China especializou-se nisso, e quem financia isso é o Capital Internacional (o conceito é amplo). 2) Não. Não é. Se o Estado tem uma política de industrialização, esse imposto de 100% é até baixo. O problema não está no imposto, mas sim em o que está sendo feito com ele... Em tempo: Se vc estudar História Econômica (sou Professor desta disciplina na UNESA e na UFF), verá que tal tarifa, e ainda maiores, foram utilizadas sistematicamente nos séculos XIX e início do XX para promover a industrialização dos países que atualmente falam contra ela (EUA, Alemanha, Japão, França, etc). No caso agrícola então, depois da 2ª Guerra Mundial tais países adotaram políticas fortemente protecionistas. Ou seja: O Liberalismo e a "globalização" são um discurso sofístico utilizado pelos que detém a primazia econômica afim de manterem-se hegemônicos e impedir novos "sócios" no "negócio". 3) Isso que vc colocou, de "educação de qualidade" e etc é verdade. Mas isso não exclui uma taxa de câmbio que favoreça a indústria nacional, administrada de forma responsável pelo governo e que favoreça o crescimento do mercado interno. É o Estado quem tem que fazer isso: arrecadar e utilizar tais recursos em prol da coletividade. O Estado brasileiro faz isso? Agora uma pergunta: Se o crescimento econômico nacional não ocorre ou é prejudicado, como é que podemos ter "educação de qualidade" (e outros serviços)? Por obra e graça do espírito santo? Ademais, você encara a Economia como um carro ou moto, que, "acionando um freio ou acelerador" ele para ou anda. A economia de um país não é assim; é como um grande navio. Medidas tomadas hoje só se tornam efetivas daqui a 2 ou 3 anos ou mais... Por isso é necessário estudo sistemático, planejamento de curto, médio e longo prazo e prioridades, objetivos. 4) Mas tudo depende do governo meu caro! Aceite essa verdade! E é assim desde que o Capitalismo começou a se desenvolver no século XIV/XV e no XIX/XX! Quem pensa o contra´rio disso simplesmente não estudou História ou então é mero ideólogo (no mal sentido do termo). Empresários SEMPRE buscaram apoio e benesses do governo (inclusive através de relações pessoais), em todas as épocas e lugares, e subsídios são a lógica do sistema capitalista, e isso, é o Estado quem dá. O próprio Estado é o maior cliente individual (e sócio) da indústria e dos sistema bancário desde sempre! Quem acha que o Capitalista é "deslocado" do Estado comete profundo erro. O Estado e sua estrutura, trabalha e existe para eles (e para sí mesmo). Assim, é óbvio que o empresário brasileiro, dadas as condições históricas do desenvolvimento capitalista no Brasil acha que o governo tem que resolver tudo... E isso é verdade! Agora, o que você não está considerando é: Que Estado é esse? Como ele se formou? Qual o seu papel? Quem são os beneficiados por ele? Quem paga a conta? Esse papo de que "quem tem competência não se estabelece" é meia verdade... O melhor seria você dizer: "Dize-me com quem andas e te direi quem és"... Abç
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JJJ Veterano
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# nov/16 · Editado por: JJJ
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Mauricio Luiz Bertola
Isso que vc colocou não é produto nacional Ok, de pleno acordo! Pra mim, isso não é nacional.
Quanto aos "100%" de imposto: verá que tal tarifa, e ainda maiores, foram utilizadas sistematicamente nos séculos XIX e início do XX para promover a industrialização dos países que atualmente falam contra ela
Pô, Bertola... o mundo mudou um tiquinho de lá pra cá, né? hehehe Eu entendo a sua posição e aceito, mas continuo com a minha opinião de que taxar um produto em 100% é demais - e pouco coerente com a época em que vivemos. E para corroborar minha posição, dei o exemplo (de onde saiu toda a conversa) de que o Trump quer taxas de 45% como se fossem já grandes o suficiente para garantir uma certa "barreira" às importações. Se o país precisa de uma barreira ainda maior que essa, algo está profundamente errado com a produção de bens do país, na minha humilde opinião.
Quanto ao papel do Estado na economia... Sua visão histórica está correta (como era de se esperar); o que não impede, no entanto, de manter minha posição de que o empresariado - e o povo em geral - deveria tentar ser menos dependente do estado. Algo na linha (já que estamos falando de presidentes dos EUA...) da célebre frase do Kennedy: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país". Mas aí o papo é loooooooooongo pra k7... seria melhor uma conversa num bar com algumas cervejas na mesa...
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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JJJ o mundo mudou um tiquinho de lá pra cá, Aí é que está... Não mudou não... Os mesmos processos de exploração e de acumulação do capital que ocorriam no final do século XIX e início do XX ocorrem hoje. O glacê do bolo pode ter ficado mais bonito e sofisticado, mas o bolo (de massa podre) é o mesmo. Não tenho bebido cerveja ultimamente, tem me feito mal... Mas aceito o convite para alguns sucos.... Kkkkk Abç
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JJJ Veterano
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# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola
Tá certo, se eu passar em niteroi algum dia, o suco é por minha conta! O nível das ideias para salvar o Brasil sem o auxílio etílico diminui um pouquinho, mas tudo bem...
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TheStellBeagle Membro Novato |
# nov/16
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Estava querendo comprar um time core da nux no aliexpress. Queria saber se a probabilidade de ser taxado é certa ou é na sorte msm.
Alguem pode me responder ?
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/16
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TheStellBeagle É muito provável que seja taxado, prepare-se para isso. As vezes compensa comprar mesmo sendo taxado, daí se não for é lucro. Eletrônicos quase sempre são taxados, se não for é porque deu sorte, mas também não é tão incomum.
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Del-Rei Veterano |
# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola É o Estado quem tem que fazer isso: arrecadar e utilizar tais recursos em prol da coletividade.
Esse é um dos pontos principais quando se fala em carga tributária no país. De fato pagamos muito tributos. Mas esse não é o maior problema. A merda toda é que não há retorno na mesma proporção. Maior parte é roubada ou desperdiçada em gestão incompetente (obras que despencam ou precisam de reparo logo após a inauguração... vide cidade do Rio). O ralo de dinheiro é enorme.
JJJ Eu entendo a sua posição e aceito, mas continuo com a minha opinião de que taxar um produto em 100% é demais
Eu acho que isso pode depender. Principalmente da moeda que você paga na importação.
Na época em que o dólar estava até uns R$ 2,15 ainda assim podia sair mais barato importar e pagar os tributos. Mas na conversão de hoje, não... Imagina comprar algo do Reino Unido, então... Atualmente estamos num período complicado.
Eu vejo que hoje o grande entrave é que o governo não está muito preocupado com nossa opinião sobre preço/qualidade de produtos nacionais vs importados. Eu não tenho mais fé nos políticos brasileiros. Não confio em nenhum. Pra se eleger hoje é preciso muito dinheiro pra financiar campanha, e é nesse momento que os candidatos se vendem ao diabo. E os partidos inimigos se coligam. E na hora de assumir o cargo, existem favores a devolver. E são devolvidos, mas com o nosso dinheiro.
Pra ilustrar o que falei, veja a última eleição de Niterói/RJ, pra prefeito. O candidato Rodrigo Neves pertencia a uma coligação com nada mesmo que 19 partidos. 19!!!! (PV / PDT / PC do B / PTN / PRB / PT / PSL / SD / PTB / PMDB / PPS / PP / PRP / PEN / PMB / PRTB / REDE / DEM / PR). Foi eleito. Aliás, Reeleito. Sério, com 19 partidos coligados, o cara vai levar mais tempo distribuindo cargos e devolvendo favores pra aliados do que se preocupando e gerir a cidade. Não dá.
E só pra deixar a galera mais feliz, hoje em dia, só no estado do RJ, há mais de 50 partidos políticos em processo de formação pra poder concorrer às eleições e ganhar uma fatia dessa pizza. O melhor empreendimento. Querem criar novos partidos porque dizem que os existentes não os representam. São partidos diferentes, honestos... Mas na hora de concorrer, se coligam......
Tem como levar a sério um país desse? Eu não tenho esperanças.
Um aceno de longe!!!
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JJJ Veterano
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# nov/16 · Editado por: JJJ
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Del-Rei
Essa discussão, na verdade, apesar de ter ocorrido há pouco tempo, acabou ficando datada...
O mundo pós-Trump, pós-Brexit, etc, é um mundo extremamente protecionista. Agora, todos parecem que vão fazer o que o Brasil faz. O mundo vai se fechar, seja em volta de muros ou de barreiras alfandegárias.
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Del-Rei Veterano |
# nov/16
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JJJ é um mundo extremamente protecionista. Agora, todos parecem que vão fazer o que o Brasil faz.
Se essa postura do brasil fosse protecionista, eu até entenderia. Mas é meramente arrecadatória. Criar uma ilusão de protecionismo em que mais da 50% da arrecadação vai pra corrupção e desperdício, não combina com protecionismo.
Um aceno de longe!!!
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JJJ Veterano
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# nov/16
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Del-Rei
Concordo. Nós juntamos o inútil ao desagradável... hehehe
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16 · Editado por: Mauricio Luiz Bertola
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Del-Rei Cara, quando falo do Estado, é que essa é a sua função, e sempre será. Agora, o Estado brasileiro é outra coisa... Aliás, estou desenvolvendo um trabalho de fôlego, no grupo de estudos da UFF de que sou membro, exatamente sobre uma questão deste escopo. Se essa postura do brasil fosse protecionista, eu até entenderia. Mas é meramente arrecadatória Concordo inteiramente com você. Mas isso não invalida que o protecionismo seja uma medida desenvolvimentista válida e importante. Todas as nações do mundo que se desenvolveram adotaram medidas protecionistas, inclusive nós, de 1930 à 1990, e, se você não sabe, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo ao longo deste período. Já a corrupção é endêmica, não é apenas um dado do sistema como um todo, mas do Brasil em particular, onde ela atinge níveis alarmantes, estruturais, desde à muito. Combater a corrupção, alterar o perfil do Estado e adotar medidas cabíveis de proteção desenvolvimentista é um caminho. Quanto à sua observação sobre a estrutura partidária brasileira, concordo inteiramente. JJJ Não creio que o mundo da "era Trump" vá mudar muito... Uma medida protecionista aqui e outra ali, talvez. Até porque, isso não interessa ao Capital, não é mais a dinâmica do Capital. Brexit e Trump são frutos, tanto dessa farsa chamada "globalização", que só beneficiou as grandes corporações capitalistas e ao mercado de capitais. Também são produto histórico da brutal exploração que as potências exerceram sobre o resto do mundo. O americano e o europeu médio hoje em dia perdeu seu emprego e vê suas perspectivas de melhora de vida impossibilitadas, assim como o futuro ameaçado de várias formas. Por isso ele vota em Trump, ou vota na direita e em propostas reacionárias como Brexit; ele vota é com medo. Abçs
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JJJ Veterano
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# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola
"globalização", que só beneficiou as grandes corporações capitalistas e ao mercado de capitais.
E a China, na sua análise, como fica? Pra mim, parece ser a maior beneficiada na parada...
Também são produto histórico da brutal exploração que as potências exerceram sobre o resto do mundo.
Me permita refletir um pouco sobre isso... Tenho sérias restrições a esse tipo de argumento, Bertola... Não que eu discorde que tenha havido exploração (eu seria muito ignorante, se discordasse), mas, mesmo com toda a "exploração", alguns países que teriam tudo pra descansarem no coitadismo por conta desse argumento, se desenvolveram e evoluíram.
As politicas corretas (na educação, por exemplo) conseguem minimizar ou até reverter os efeitos dessa "exploração". Os "tigres asiáticos" que tiveram não só um "opressor" (EUA), mas dois ou três (China e, talvez, até a antiga URSS), são um exemplo claro disso. Pelo menos essa é a minha impressão de meio-leigo... se você tiver outra visão, estou aberto ao diálogo.
Trocando em miúdos: poderíamos estar bem melhores do que estamos, se NÓS tivéssemos feito as coisas direito. Colocar a culpa em outrem ("exploradores", "imperialistas", "colonizadores", etc...) me parece apenas tentar fugir das nossas responsabilidades e apelar pro coitadismo.
O americano e o europeu médio hoje em dia perdeu seu emprego e vê suas perspectivas de melhora de vida impossibilitadas, assim como o futuro ameaçado de várias formas. Por isso ele vota em Trump, ou vota na direita e em propostas reacionárias como Brexit; ele vota é com medo.
Nisso eu concordo plenamente.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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JJJ China, não apenas é Capitalismo de Estado, como o Capital que impulsionou esse crescimento é, em grande parte, norte americano e europeu... Achar que a China, a nação culturalmente mais avançada do mundo até o século XIX, partiu do nada, ou estava isolada do mundo não é correto. Aliás, a própria Revolução Chinesa teve esse papel: Livrar o "Império do Meio" da violenta intervenção estrangeira, como também (re)preparar uma estrutura, o Estado Chinês, para retomar o seu papel no mundo no século XXI. E eles estão conseguindo... alguns países que teriam tudo pra descansarem no coitadismo por conta desse argumento, se desenvolveram e evoluíram. Alguns apenas, dentre eles o Brasil. Esse é um argumento equivocado, e é falso; pois a maior parte da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina moureja na pobreza. Aliás, o mais recente fenômeno do Capitalismo Mundial é a pobreza e o aumento da concentração de renda nos países "centrais". Os dados estão aí pra todo mundo ver. Aliás, sugiro a leitura de um Economista Liberal francês, Thomas Piketty, e sua obra "O Capital" (do século XXI) - a referência à obra de Marx é proposital. O único país dos "Tigres Asiáticos" que assim podem ser designados é a Coréia, que tem uma triste história de invasões e guerras desde a era pré-capitalista. Essa nação só se desenvolveu, em sua parte sul, por motivos políticos oriundos da lógica da Guerra-Fria, pois os EUA "jogaram" dinheiro alí à fundo perdido. Taiwan segue pelo mesmo caminho, e, na verdade é uma província chinesa "à parte". Singapura e Hong-Kong são apenas Cidades-Estado que cresceram com um tipo de "economia de serviços" muito limitado e cujo alcance é mínimo, pois esses "países" são mínimos. Ou seja: Criou-se, na Imprensa, um "Mito dos Tigres Asiáticos", paízinhos ou Cidades-Estado muito pequenos e cujo processo de desenvolvimento se deveu à fatores muito particulares e de cunho político. Não se pode compará-los à nações como México, Argentina, Indonésia, e muito menos o Brasil. Essa História de "coitadismo" é tão absurda que, sinceramente... É isolar a perspectiva de desenvolvimento da História! Como assim?! Não existe isso de "fazer certo". O que existe é o desenvolvimento histórico-social de uma nação, e isso é fruto de sua História. História essa que está ligada diretamente à processos como o colonialismo e o imperialismo, e isso não é fugir de "nossas responsabilidades", ao contrário, é entendê-las para então combatê-las, resolvê-las (não se resolve um problema sem saber o que ele é). O Brasil constituiu-se como um conjunto esparso de colônias, cujo cerne estava no pior e mais abrangente escravismo do mundo, quando o Estado foi aqui (re)montado pela Corôa portuguesa em 1808, esse processo não apenas se reordenou, como se fortaleceu! Um Estado autoritário e privatizado, sobrepondo-se à uma massa populacional escrava ou dependente e ignorante até a última raiz dos cabelos. Portanto, não "coitadismo", mas REALIDADE. Setores da classe-média urbana de hoje criaram esse "conceito" sem se atentar para a História, sem sequer perceber que essa classe é uma beneficiária minoritária do desenvolvimento econômico, isso é ideologia no mal sentido do termo... Abç
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boblau Veterano |
# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola
como também (re)preparar uma estrutura, o Estado Chinês, para retomar o seu papel no mundo no século XXI. E eles estão conseguindo...
O Brasil constituiu-se como um conjunto esparso de colônias, cujo cerne estava no pior e mais abrangente escravismo do mundo, quando o Estado foi aqui (re)montado pela Corôa portuguesa em 1808, esse processo não apenas se reordenou, como se fortaleceu!
sem querer polemizar e fazendo apenas uma pergunta a quem entende muito mais de história do que eu. É realmente uma pergunta:
Vc não acha que os dois processos tem muito em comum? As condições da China ainda hoje, seriam facilmente consideradas no Brasil como trabalho análogo ao escravo. Nenhuma empresa da China, nem as multinacionais (que têm maioria chinesa), conseguiriam seguir não só as normas de trabalho européias, americanas, japonesas e nem mesmo as brasileiras.
Claro que do ponto de vista histórico, a China tem uma relevância muito maior do que quase todas as nações do mundo moderno, mas isso dá o direito a eles de usarem a mão de obra da forma que usam, por esta razão?
E não só a mão de obra, mas também os recursos naturais? Em nome de retomar o seu papel no mundo moderno?
Com certeza devo estar errado no meu modo de pensar de forma análoga em um trabalhador chinês atual com um negro africano escravo do século 19, mas que as condições atuais de um trabalhador regular chinês são, do ponto de vista ocidental, quase subumanas, isto não tem dúvida.
Os fins justificariam os meios neste caso?
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ogner Veterano
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# nov/16
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Resumindo, ainda somos aquela colonia dos seculos XVI XiX com uma roupa moderninha, da Nike. hahahahaha
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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boblau Vc não acha que os dois processos tem muito em comum? As condições da China ainda hoje, seriam facilmente consideradas no Brasil como trabalho análogo ao escravo. Nenhuma empresa da China, nem as multinacionais (que têm maioria chinesa), conseguiriam seguir não só as normas de trabalho européias, americanas, japonesas e nem mesmo as brasileiras. Não. De forma alguma. As condições de trabalho na China, históricamente sempre foram essas. Aliás, melhoraram com a Revolução. Ademais, o custo de vida lá é bem mais baixo que aqui e que nesses países, e serviços públicos e moradia são gratuitos ou baratos. Outrossim, a China SEMPRE foi o país mais populoso do mundo, e com um contingente populacional no campo muito alto; isso barateia a mão-de-obra. As condições de trabalho lá não são muito diferentes de outros lugares, e certamente são melhores que as da Inglaterra industrial da 1ª metade do século XIX. Não acredite nessa conversa de "mão-de-obra" escrava na China. Isso é propaganda, e uma comparação descabida (assim como é descabido comparar as condições de trabalho e de vida de um trabalhador industrial alemão e brasileiro). Ademais, não se compara qualquer tipo de trabalhador, de qualquer lugar e condições, com o trabalho escravo. O escravo é um "não ser"; ele não existe como um ser humano, e é inclusive apartado da sociedade e vítima de violência física e psicológica dia e noite até sua morte (que ocorría, aqui no Brasil, em um período médio de tempo de 6 à 10 anos!). As condições de trabalho dos países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento são "sub-humanas" para qualquer trabalhador dos países do 1º mundo (Você já foi ao Paraguai, Bolívia, África do Sul e Filipinas?). Abç
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# nov/16
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ogner Resumindo, ainda somos aquela colonia dos seculos XVI XiX com uma roupa moderninha, da Nike Mais ou menos... Sim, e não... Abç
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Calime Veterano |
# nov/16
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Resumindo, ainda somos aquela colonia dos seculos XVI XiX com uma roupa moderninha, da Nike. hahahahaha
Penso exatamente isso. Mudaram os personagens e aparências, mas a essência ainda é a mesma.
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Lelo Mig Membro
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# nov/16 · Editado por: Lelo Mig
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boblau
"Os fins justificariam os meios neste caso?"
Sob a ótica de nossos "intelectuais" não, sob a realidade sim.
Pergunte a um chinês médio atual, se ele prefere trabalhar numa fábrica atualmente como "escravo", ou se ele quer voltar a trabalhar nos alagados campos de arroz...
Essa ótica de intelectual latino americano é quase infantil. Vivemos num País que têm Leis e Constituição de primeiro mundo, que se propõe a discussões modernas como a legalização da maconha, aborto, identidade de gênero e etc. e nem sequer resolveu seus problemas básicos como educação, saúde e segurança. Nosso deputados semi analfabetos e sob moral religiosa, querem debater assuntos pertinentes a uma Noruega ou Suécia... e nosso povo nem dente na boca têm.
Quanto a "destruição" do meio ambiente, os Europeus e os Estados Unidos, destruíram os seus, ainda no século 19. Não há um só bosque natural, nenhuma floresta ou mata nativa nestes países. Se você atravessar os Estados Unidos de cabo à rabo numa estrada não verá um só resquício de mata nativa como vemos no Brasil......lá são só plantações e campos de extrações. É o preço do capitalismo.
Eu não "aceito" em termos o que escrevi acima. Mas é a realidade que temos. O caminho que a civilização tomou, não há outra saída. Seria necessário parar e recomeçar.
Como para quem têm dinheiro esta sempre bom, não haverão mudanças.
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boblau Veterano |
# nov/16
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Mauricio Luiz Bertola
(Você já foi ao Paraguai, Bolívia, África do Sul e Filipinas?). Só não fui às Filipinas. Conheço as indústrias destes países pessoalmente.
Não acredite nessa conversa de "mão-de-obra" escrava na China. Isso é propaganda, e uma comparação descabida
E vc? Já foi à China? O que eu vi, hj seria análogo ao trabalho escravo.
(assim como é descabido comparar as condições de trabalho e de vida de um trabalhador industrial alemão e brasileiro).
Por que? Conheço profundamente os dois trabalhadores e os dois países.
Uma coisa é incomparável: a capacidade produtiva de um trabalhador alemão é absurdamente maior do que a de um brasileiro. E isto acontece por duas razões básicas - a visão empreendedora da formação alemã com um alto senso de pertencer ao negócio no qual trabalha. - o alto nível de comprometimento do governo com a geração de emprego e renda baseado na produção e na tecnologia.
Se vc está se referindo aos que não estão no mercado de trabalho, a situação é muito diferente, e lá, o problema da pobreza extrema dos imigrantes (que já se estende há décadas, com a imigração turca) é bastante preocupante e tratado pelo governo alemão de forma a que se possa acomodar de forma razoável a todos. Porém, neste momento, a situação está se tornando insustentável com a nova onda de imigrantes. Estou curioso para entender como eles vão se virar.
Esta curiosidade também tive quando se resolveu derrubar o muro de Berlim. A Alemanha na realidade nem queria a derrubada, mas foi "empurrada" pelo apelo americano de acabar com a guerra fria. No fim a Alemanha se aproveitou disso, aumentando seu tamanho geográfico, empurrando suas indústrias na base de muito incentivo a custo perdido, investindo em educação intensiva no povo que lá estava e que nem de longe pensava como funcionava a economia e as empresas alemãs. Custou? Muito caro. Mas hj eles colhem os frutos desta fase complicada na qual a Alemanha foi colocada.
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henriquelhrf2 Veterano |
# nov/16
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É complicado avaliar a questão do trabalho escravo porque há muito "ouvi falar", muita informação divulgada de forma distorcida e destaque exagerado pra China.
Neste relatório países como México e Coreia do Sul tem pior avaliação que o gigante asiático.
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JJJ Veterano
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# nov/16 · Editado por: JJJ
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Mauricio Luiz Bertola
Alguns apenas, dentre eles o Brasil. Esse é um argumento equivocado, e é falso; pois a maior parte da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina moureja na pobreza.
Pois então...nos poucos momentos em que o Brasil fez a "coisa certa" (e eu insisto que, sim, existe a "coisa certa" a se fazer, independentemente dos problemas históricos), colhemos alguns frutos...
A sua análise, embora brilhante, me deixa uma perspectiva muito triste: fomos explorados no passado e hoje somos oprimidos pelo "sistema" e com uma massa de cidadãos pobres ignorantes (ou de classe média fascista), então... danou-se... estamos condenados ao terceiro mundo para todo o sempre. Desculpa se não foi exatamente isso, mas assim me soou.
Posso estar iludido, mas prefiro pensar que, mesmo com todas as limitações históricas, se fizermos as "coisas certas", conseguiremos avançar como nação. Pareço simplório? Isso mesmo. Sou adepto da filosofia KISS. Sempre fui. E não tem nada a ver com a banda...
Ah... só uma pequena observação: não estamos brigando, ok? Apenas dialogando. Eu tenho essa preocupação porque, às vezes (e isso já ocorreu muito!), a gente escreve alguma coisa com um "tom" na cabeça e quem lê imagina outro, completamente diferente. E não há "emoticon" ou "kkkk" que dê jeito nisso! A palavra escrita é sempre "interpretada" por quem lê. Então, que fique claro: é apenas uma conversa entre colegas (de fórum e de cátedra - fui professor universitário por 15 anos, só que em outra área).
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acabaramosnicks Membro Novato |
# nov/16
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henriquelhrf2 Cara, se tem lugar pior não sei, o que eu sei é que na china o barato é loco, as condições de trabalho são análogas ao trabalho escravo. É ruim mesmo.
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