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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
No último, e prá variar, bom vídeo do De Ross e seu "dicas para músicos", surgiram algumas questões que me levaram a escrever esse tópico.
"O Pior cego, é aquele que não quer ver"
"Um irmão mais velho, amigo, vizinho, pai etc. fizeram você conhecer um pouco da música que rola fora da grande mídia. Esse contato com o Rock, Blues e para alguns mais ecléticos e interessados, além dos citados, some o Jazz, a MPB, a música Clássica e etc., te fizeram a começar a enxergar/ouvir a música de uma forma mais intensa. Desta feita somado ao contato com um instrumento, a faísca inicial para o desejo de tocar e ser músico."
Quando entramos por essa porta muita coisa muda em nossa vida. Ouvimos de forma diferente, assistimos de forma diferente. Começa nosso contato com outros músicos, professores e pessoas ligadas a essa arte.
Isso nos tras um novo horizonte, mas alguns enganos. E esse engano, nos submete ao erro mais comum que existe... explico:
Suponha que você vá ter aulas com um professor de guitarra apaixonado e radical ao Jazz ou ao Metal?
Bem, ao mesmo tempo que você começa a aprender o instrumento com seriedade, maturidade, disciplina e etc., começa a aprender conceitos equivocados também:
O de que tudo fora desse estilo é ruim, feito por mals músicos e que não têm qualidade nem objetivo.
Acontece que quando você se percebe apaixonado pela música e pelo tocar, com esse conceito incutido na cabeça, é como ter um cabresto. Perde a condição de olhar ao seu redor.
Você ouve diariamente que músico no Brasil não têm valor, que música instrumental no Brasil é "passar fome", que o povo só ouve porcaria e etc...
Independente desse conceito ser certo ou errado, você escolhe ser músico sabendo disso... Então se 10 anos depois você se lamenta usando essas mesmas colocações fica bastante paradoxal. Se sabia de tudo isso, porque escolheu ser músico?
Eu decidi que queria ser um profissional da música lá pelos meus 20, 21 anos...
Olhem as "top mais" daqueles tempos:
Vem fazer Glu Glu - Sérgio Malandro Você não Soube me Amar - Blitz Fuscão Preto - Almir Rogério Eu Sou Boy - Magazine Melô do Piripipi - Gretchen O que é que Há - Fábio Junior Coisas de Casal - Rádio Táxi Galopeira - Donizeti Menina Veneno - Ritchie Anjo - Roupa NOva Fio de Cabelo - Chitãozinho e Xororó Quem me Dera - Gilliard Panela Velha - Sérgio Reis Coisa Cristalina - Wando Sanduíche de Coração - Rádio Táxi Mais Uma de Amor (Geme Geme) - Blitz
Você pode dizer...Ahhh, mas a Blitz foi importante, O Rádio Táxi e o Roupa Nova possuiam muitos bons músicos etc, etc , etc...
Isso não significa nada. Era música descartável, de apelo Pop, prá tocar nas rádios, música sem nenhuma pretensão artística... Então isso não difere o Rádio Táxi do Luan Santana.
E não é porque meu querido amigo e grande guitarrista, infelizmente falecido, Wander Taffo tocou no Rádio Táxi, que vou dizer que era música de qualidade... não era, sejamos sinceros, era uma bela bosta e ele sabia disso.
Como em todo tempo haviam coisas melhores e piores e sempre será assim..
O que destaco de melhor nessa época era que as rádios e TVs tinham um leque maior de opções, então a parada de sucessos era mais eclética...Tinha um Sérgio Malandro, mas tinha um Zé Ramalho, tinha uma Gretchen, mas tinha um Chico Buarque.
Em compensação, era muito difícil qualquer coisa. De um instrumento decente a qualquer tipo de acesso. Quando o Rock Brazuca estourou nos anos 80, minha banda, que estava no circuíto, não pode gravar uma Demo num estúdio decente e produzir o material necessário para divulgação, e competir com outras bandas porque para tal eu teria de vender meu carro na época.
Esse papo de "Brasil isso, Brasil aquilo"...é outro assunto que me enche o saco. Você nasceu aqui, é aqui que decidiu ser músico, então olhe ao seu redor.
Guardada as devida proporções, lá fora não é diferente daqui. The Edge ganha muito mais dinheiro que o Steve Vai, que ganha mais que o Pet Metheny, que ganha mais que o Jeff Gburek... e etc.
Ou seja, quanto mais distante do Pop (popular), menos público, menos shows, menos grana. Seja no Brasil ou seja em Marte.
O que quero dizer com tudo isso é....Tire seu cabresto. A realidade musical é essa, o mercado é esse, os artistas "Top" são esses e se você almeja uma carreira de músico aqui, ainda que faça sucesso, não poderá se iludir ou ficar achando que o cenário irá mudar.
Ou você acha que o Latino, dos tempos atuais é pior que o Sérgio Malandro do meu tempo?
O que quero resumir é que você pode fazer sua escolha pela música de elite. Eu, em minha época, não queria ter um conjunto Pop nem ser músico de apoio do Sérgio Malandro... isso é uma escolha pessoal.
O que você não deve é não enxergar que é assim... porque sempre foi assim! E pelo jeito, continuará sendo!
Abraço à todos!
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renatocaster Moderador
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# fev/13 · Editado por: renatocaster
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Lelo Mig
É isso aí, concordo integralmente. E um outro problema é que o pessoal da minha geração (um pouco dos anos 80 e mais anos 90) e outras gerações anteriores é a mania de dizer que tudo que foi "daquela época" é melhor do que hoje.
Inclusive essa música pop descartável, que era feita para tocar nas rádios.
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dibass Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig E é nisso que vemos muitos músicos de quarteto de jazz ou de choro sendo músicos de apoio de "Luans Santanas" da vida.
Fio de Cabelo - Chitãozinho e Xororó Essa ainda é sucesso hehe. Abraço!
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dibass Veterano |
# fev/13
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À propósito, eu acho a música brasileira uma das melhores do mundo. Principalmente no que se trata da mistura agridoce Jazz+Ritmos regionalistas (samba, forró, baião, gauchesco, etc.).
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brunolegionario Veterano |
# fev/13
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O que eu penso é que viver de música não necessariamente envolve a grana (pode-ser ter um trabalho num estudio por exemplo, ganhar seu salário ali e tocar em bandas sem apelo financeiro); o que esses caras faziam e fazem hoje não é ARTE (entendam bem quão profundo é essa diferença, que ultrapassa a barreira do dinheiro). Poucas bandas na minha visão se salvam e mesmo assim ainda tinham imensa ajuda financeira (ex: Barão Vermelho).
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Casper Veterano
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# fev/13
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Caro Lelo Mig:
Concordo com o que vc diz. Lixo musical sempre existiu e sempre vai existir. E tem uma verdade que incomoda, mas que tem que ser dita:
- O Brasileiro é um dos povos musicalmente mais ignorantes do mundo.
O que Véio Casper? Surtou?
Não surtei não. O Brasileiro típico é alienado musicalmente. Peça para qualquer um citar o nome de 3 bandas de qualquer estilo, Argentinas ou Chilenas. Música erudita então, complica de vez. Música instrumental? Essa que não fala nada? Cansei de ouvir isso.
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SharedBR Veterano |
# fev/13
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Texto interessante como sempre Lelo, mas acho importante ressaltar que, por mais difícil que seja não se pode desistir dessa ideia quase utópica aqui no Brasil: de que música boa pode ter espaço no mainstream.
Essa visão, por mais ingenua que seja, se faz necessária, justamente para mudar essa realidade na qual a música faz sucesso é aquela pobre.
Concordo que não pode-se deixar iludir, mas também não se deve deixar de sonhar.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
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renatocaster dibass Casper
Valeu!!
brunolegionario SharedBR
O que estou dizendo é justamente isso.....Em minha época eu não quis partir para o caminho Pop Descartável, nem ser músico de apoio de "Sérgio Malandro".... não me submeteria a isso, ainda que não tenha nada contra. Mas simplesmente porque não me dá prazer nem satisfação.
Contudo, o cara que escolhe ser guitarrista de Jazz ou violonista de Flamenco, tem que ter consciência que seu espaço será pequeno e árduo, sem as ilusões de achar que amanha vai tocar Stravinsky no Faustão e tudo vai mudar.
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dibass Veterano |
# fev/13
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Casper Tá fazendo falta as dicas do véio casper lá no ot hehe
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odion Veterano |
# fev/13
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a massa assim como vcs tem bons ouvidos mas tem pouca cultura. os estilistas de moda na europa são marginais, o dono da maior revista masculina do mundo é um gigolô milionário e no brasil essa mesma revista é consumida pela elite e protagonizada por artistas da globo, que são bem pagas para divertir aquela mesma massa. larry flynt, um dos homens mais inteligentes do mundo foi o idealizador de uma revista reacionária e crítica, que também serve pra divertir qualquer pessoa, elite ou massa...e hoje é marginalizado nos eua. o valor fascista nao pode existir na música assim como em qualquer meio de arte ou comunicação. vivemos sob uma democracia, i.e uma ditadura, no ponto de vista do meu tratado, marginal e ao mesmo tempo ambígua em que "artistas" contestam pessoas livres de pensamento e opinião enquanto "apenas celebridades" divertem e manipulam a massa pra seu bel prazer e construir impérios. Império do Mal?
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brunolegionario Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig
Isso aí, mas no mundo de hoje muito me assusta ainda existirem pessoas com tais pensamentos, dado a quantidade de informação passada pela internet, midia etc.
Um ponto interessante, adoraria perguntar pra esses musicos de apoio do Latino, Luan Santana e afins se eles são FELIZES e satisfeitos no que fazem... ja tenho certeza da resposta!
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odion Veterano |
# fev/13
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pop é legal porque ela chega até pela internet sem você procurar. agora falar qual a música é melhor do que aquela é enteder de física quântica mais que eisntein. falar qual é a melhor banda, a melhor música é desrespeitar as futuras gerações no sentido de que os elementos desta se descubram musicalmente e que façam seus próprios julgamentos. pra mim, planet hemp, por exemplo, assim como racionais mc´s tiveram muita influência do funk norte americano e são bandas que revolucionaram o cenário da época, abrindo espaço para emicida, crioulo. A Legião Urbana foi uma banda única misturando o pop com o protesto. isto até o álbum que país é esse. abrindo espaço para ratos de porão. os pops são escolhidos a dedo pela indústria apenas porque o melhor também sabe fazer o pior. E esse pior, que contrasta com o calor de fevereiro da Bahia todo santo ano, faz parte da alma do brasil, país do carnaval e do futebol e também de ivete e claudia leite.
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guizimm Veterano |
# fev/13
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Eu tenho um tio que tocava em banda nos anos 80, fazia shows, e tudo, ele fala que tiveram épocas de músicas legais pra tocar com banda de rock que faziam sucesso, tinha barão vermelhom paralamas...eu acho que todo mundo conhecia. Hoje em dia, se eu quiser tocar um rock nacional da atualidade pra um público diversificado, eu vou tocar o que? Na minha (muito humilde) opinião, os grandes empresários aprenderam a manejar melhor o público pra por as bandas certas nas paradas, que estimulam o consumismo(calças coloridas, bonés de aba reta, vans, hollister...), e não as realmente legais, que fazem um negócio decente.
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joao b. Veterano |
# fev/13 · Editado por: joao b.
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Lelo Mig
Boa reflexão.
Mas infelizmente o cenário musical brasileiro está precário. Claro, não quer dizer que isso só está acontecendo agora, mas acho que estamos vivendo o ápice dessa precariedade.
Pra fazer algum sucesso no Brasil hoje, o cara tem que regravar alguma modinha medíocre que já foi gravada 1669.665.599.552.748.999,99 de vezes pelas estrelas do momento - lê-se Luan Santana/ Michel Teló/ Latino & Cia - copiando até o timbre dos instrumentos... Ou então inventar sua própria modinha. E se for inventar deve-se lembrar que quanto mais medíocre, melhor!
Em suma, se o objetivo é:
__Fazer sucesso, ganhar dinheiro, viver de música... Tem que se enveredar pro lado do Latino, Luan Santana, Michel Teló & Cia.
__Fazer música pra ser feliz, sem se preocupar com o sucesso e retorno financeiro... Aí sim, até que dá pra se aventurar nos recônditos caminhos da música descente.
Essa é a triste realidade!
Queiram desculpar-me pelo desabafo...
Abrç
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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brunolegionario
Alguns estão felizes outros não...como em todas as profissões. Não é pórque o cara toca muito que ele é artista. Acredite, conheci muito músico bom, acima da média, que têm péssimo gosto musical e não passa de um operário da música.
guizimm
Não foram os empresários, foi o sistema todo que se fechou e se enxugou. Onde tinha 10 estilos diferentes hoje só tem 2 ou 3, onde havia espaço para 100 artistas, hoje só há para 10. Você mudava de estação e cada emissora tinha um estilo, hoje todas são iguais a Joven Pan/Pânico...um "humorista" dentro da rádio esculachando com os ouvintes é muito mais barato que pagar direito autoral e dá mais IBOPE.
Dos empresários que ganharam dinheiro nos 80, 70% hoje esta desempregado.
joao b.
Haverá de surgir um novo movimento. O rock brazuca dos 80 não foi movimento organizado, simplesmente aconteceu. A Blitz, que era uma merda, fez uma coisa boa, sem querer....estourou inexplicavelmente na época e acabou abrindo a cena para muitas bandas boas posteriores.
Só não sei se a Internet, que é o veículo principal hoje, terá força para algo desse tipo. Não acredito, porque o virtual têm uma desvantagem....é muito diluído e sem consistência. A galera cada vez menos sai as ruas....não sei se algum movimento terá força para sair do Facebook/Youtube.
Mas posso estar enganado.........
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Mulambojr. Veterano |
# fev/13 · Editado por: Mulambojr.
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Eu acho que tem algum pensamento errado aqui... a "música ruim" pra vocês é a música do gosto de muita gente, muita gente gosta desses estilos porque de fato gostam, o argumento usado para reclamar desse estilo de música é tão valido quanto o Música instrumental? Essa que não fala nada? Cansei de ouvir isso. .Não tem que reclamar dessas músicas, é só você ir atrás de ouvir o que você gosta, produzir o que você gosta e pronto.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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Mulambojr.
Sim, mas meu tópico não fala em discutir música boa ou música ruim, não é essa a questão....apenas de o cara que pretende ser músico, enxergar o que esta a sua volta (INDEPENDENTE DE SER BOM OU RUIM) e não reclamar depois que isso ou aquilo não têm espaço.
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# fev/13
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Vem fazer Glu Glu - Sérgio Malandro Você não Soube me Amar - Blitz Fuscão Preto - Almir Rogério Eu Sou Boy - Magazine Menina Veneno - Ritchie Quem me Dera - Gilliard Panela Velha - Sérgio Reis Coisa Cristalina - Wando Sanduíche de Coração - Rádio Táxi Mais Uma de Amor (Geme Geme) - Blitz
repertorio do chuveiro uheuehue
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Arimoxinga Veterano
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# fev/13
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AHh sei lá, se eu tivesse a oportunidade de ganhar muito bem para tocar com uma banda ou músico que não curto, eu iria hein.... hehehehe é só fazer dois projetos(um para ganhar dinheiro e outro para se satisfazer) e está tudo certo, se for bitolar em uma coisa é melhor ter um emprego e ser amador =D
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joao b. Veterano |
# fev/13
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Lelo Mig
Tomara que não demore acontecer, digo, tomara que vivamos o suficiente pra ver isso acontecer... rsrsrsrs
Sabe, às vezes eu fico pensando em algo que li em um livro do Dr. Augusto Cury, que é mais ou menos assim...
"Nunca tivemos tantos recursos e fomos tão pobres; nunca conhecemos tanto e sabemos tão pouco..."
Quanta coisa boa na internet, quantos recursos, quantas possibilidades, quanta facilidade em adquirir equipamentos (mesmo que sejam equipamentos de entrada), quanta informação... E as pessoas, principalmente a juventude vivendo tão acomodada, se contentando com "curtidas" no fake book, outros se matando nas drogas... E ainda acham que são os caras...
Tomara que realmente aconteça alguma coisa, tomara que haja um despertar musical nessa geração, tomara que a boa música ressurja... E tomara que possamos participar disso!
E enquanto isso não acontece, vamos nos valendo do bom e velho rock dos tempos de outrora. Ainda bem que música não tem data de validade!!!
rsrsrsr
Abç
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Lelo Mig Membro
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# fev/13
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Arimoxinga
Conheço muito cara que faz isso... não vejo nada de errado.
Engraçado que quando um cara se forma engenheiro, exemplo, pelo menos no início ele nunca diz:
Só vou trampar o dia que for contratado pela Mitsubishi! Em outra empresa não trabalho!
Acho que quem quer viver de música, pode fazer concessões, nada contra. Mas tem que ser realista com relação as consequências e oportunidades.
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Will_NSNTP Veterano |
# fev/13
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Se um dia a TV acabar, como muitos dizem por ai, vai acabar com a alienação que a mídia faz. E quando esse dia chegar eu vou estar preparado...
Se há alguma hora para as coisas mudarem vai ser a hora que a internet monopolizar conteúdo audiovisual.
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Lelo Mig Membro
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# fev/13 · Editado por: Lelo Mig
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Will_NSNTP
Não sei se concordo............acho que de certa forma a internet já monopoliza.
Abra a página principal do Yahoo, Terra, Uol....quem esta lá?
Ivete Sangalo, Rihanna, Latino, Lady Gaga....
A Internet não é diferente da TV......ela precisa de audiência.
A vantagem é que fora do monopólio, se você procurar você acha outras coisas.......a desvantagem é que fica tudo muito diluído.
Ainda acho que se um grupo de pessoas conseguir fazer um festival anual em sua cidade, onde as pessoas se encontrem no mundo real, se olhem sem ser através de câmeras e se divirtam... têm muito mais chance de acontecer.
Não é fácil, leva tempo e o que temo é que cada dia acho menos provável que as pessoas sejam capazes de reunir gente no mundo real. De resto, não vejo nada tão revolucionário na Internet.
Mas, sei lá, espero estar totalmente errado.......
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Rednef2 Veterano |
# mar/13
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Aqui vai um exemplo de que apesar das barreiras, você pode ser bem sucedido sim:
Oficina G3.
Banda de rock n roll (hoje em dia tocando metal progressivo) formada por cristãos, em 1987, nessa epoca a galera do rock não curtia Cristão tocando rock n roll, e pra piorar: os proprios cristãos diziam que Rock era coisa do diabo.
Imagine a situação do Oficina G3, sem apoio dos cristãos e dos não-cristãos.
Mas os caras foram em frente, e hoje em dia tem uma carreira bem sucedida. Digo sem medo de errar que é uma das bandas de rock mais conhecidas daqui do Brasil.
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Del-Rei Veterano |
# mar/13
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renatocaster é a mania de dizer que tudo que foi "daquela época" é melhor do que hoje.
Podes crer.
Acho que grande parte desse conceito distorcido vem do fato de que quando falam "hoje" talvez estejam se referindo apenas ao mainstream atual, ou seja, ao que está bombando na mídia.
Antigamente (anos 80/90), tocava muita banda rock nas rádios, estavam aí pra qualquer um ouvir. Era mainstream. Hoje o gênero musical dessas mesmas rádios mudou muito. Algumas rádios nem existem mais. E poucas pessoas que curtiam o mainstream antigo vai curtir o mainstream atual.
Apesar da internet estar aí pra quem quiser, nem todo mundo busca coisas novas, e existem zilhões de coisas interessantes que não tocam em rádio ou na MTV.
A questão é: Se procurar, acha.
Lelo Mig Pois é.... Eu tocaria até axé se me pagassem, mesmo não curtindo. Uma coisa é o prazer de tocar seu estilo preferido, outra é ter a profissão de músico. Nem sempre coincidem.
Um aceno de longe!!!
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SpectrosGuitarman Veterano |
# mar/13
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Lelo Mig Po, pega leve com o Malandro, a porta dos desesperados era maneira! rs
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odion Veterano |
# mar/13
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no meu ponto de vista, é melhor tocar um rock que gosta do que ficar milionário mas poder viver de música. como o de roz disse no seu vídeo. antes de viver de música, tem que viver pra música.
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Adler3x3 Veterano |
# mar/13 · Editado por: Adler3x3
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Pontos da atenção: - desde que inventaram as paradas de sucesso ocorre manipulação nas escolhas das melhores músicas. a manipulação ocorre em várias áreas/setores da atividade humana (jogos, corridas, livros etc...), e na música puramente comercial não seria diferente. - os músicos (solo, bandas etc...) são produtos da mídia, grupos de investidores aplicam dinheiro num determinado músico e os transformam em produto: exemplos: xuxa, sandy e junior, é o Tchan? e muitos outros, e este produtos tem prazo de validade, alguns duram mais outros menos tempo. Os investidores cuidam da carreira: apresentação em horários nobres e em especiais na TV, Entrevistas, capas de revistas e muito mais e assim por diante, e depois vão criando também outros produtos derivados. (roupas, sapatos e pasmem até perfumes. (como se o músico fosse também perfumista, e acho que nem desodorante usa nos Shows)) rsss.
A verdade é que os governantes só querem alienar o povo para distrair a atenção dos reais problemas. Assim foi feito no passado tentando de todas as formas fazer com que o índio e o negro ficassem desaculturados. Mas mesmo assim alguma coisa de bom ficou.
No período colonial a inquisição trabalhou muito no Brasil. Não foi uma inquisição violenta no sentido de matar como aconteceu na América Espanhola. Mas imprimiu um rigoroso controle sobre a leitura de livros, dificultando de todas as formas o acesso a cultura. A inquisição fiscalizava e queria saber quem estava lendo, e o que estava lendo. Até a leitura da Bíblia era restringida. Resultado: analfabetismo em massa. Podem reparar, que no Brasil de hoje em dia ainda existem "Bibliotecas" que guardam os livros em estantes fechadas a chave" Não é para proteger contra o roubo, e sim para dificultar o acesso.
- para melhorar a qualidade só tem um jeito, aculturar o povo, fazendo o mesmo escutar música variada com mais qualidade, com mais harmonia, e não o estilo meio "easy" (fácil), que o cérebro do cidadão comum consegue entender. quaisquer acordes e harmonias mais complicadas não conseguem assimilar. Só ouvindo muita música de boa qualidade numa boa sequência de tempo pode-se reparar este mal. Dotar as escolas com "escolas de música" com fácil acesso a bons instrumentos e professores (bandas marciais, grupos de percussão, quartetos de cordas, pequenas orquestras e muito muito mais (até Rock)), respeitando obviamente as diferenças regionais. E assim só o tempo pode dar a resposta, investir em uma geração para poder colher o resultado nas gerações futuras. E não é um investimento tão alto assim. Mas a mídia e os governos não tem a intenção de fazer isto, é mais fácil manipular o mais simples. Um povo sem cultura não tem futuro.
Por este motivo que nas minhas preferências musicais de hoje em dia esta escutar música independente. E sempre volto ao passado nos clássicos de todos os estilos.
Se você me perguntar quais as bandas, cantores atuais da minha preferência não saberei responder, e se responder citarei alguns poucos nomes.
Esta é a realidade que visualizo.
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Gui Tsuu Veterano |
# mar/13 · Editado por: Gui Tsuu
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Lelo Mig Primeiro de tudo belo tópico! Queria ser um pouco contraditório e filosófico agora:
O sucesso, não reflete a qualidade da música?
Por exemplo, não sei bem certo se era essa época em que o estilo descontraído dos Mamonas assassinas, virou receita para o sucesso de outros "sarristas" como o Sergio Mallandro. Pode ser esteticamente feio, para alguém que quer ser especialista de música, que estuda coisas bem complexas, mas para alguém que só quer ouvir uma música que o deixa feliz, será que é tão ruim assim?
Essa história que você disse que a maioria diz é verdade, "Ah brasileiro é assim, o Brasil é assado, que país zuado"...
Acho que tem muitas formas de encarar a música, o que acontece é que muita gente encara ela como uma coisa "intelectual" e despreza a simplicidade que a música popular é feita, mas a música pode ser algo apenas "sentimental", sabe? Te passar um sentimento feliz com 3 acordes simples, com um vocal modesto, uma letra bestinha, e uma bateria bem ritmada de 5 peças!
Acho que é o que acontece com a maioria dos "leigos", que escutam música apenas para descontrair, e é isso que vende, não sei dizer se a simplicidade desses músicos é mesmo ruim, porque o reflexo é que são escutados por muitos, não sei dizer se seria falta de qualidade mesmo, como muitos alegam!
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Del-Rei Veterano |
# mar/13
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Gui Tsuu Fala, cara!!!
O sucesso, não reflete a qualidade da música?
Óbvio que não.... A qualidade da música pode ajudar? Sim... Mas é determinante pra alcançar o sucesso? Nem de longe.
Aliás, qual seu conceito de 'sucesso'?
o estilo descontraído dos Mamonas assassinas, virou receita para o sucesso de outros "sarristas" como o Sergio Mallandro
Sérgio Malandro já estava no ramo há anos antes dos Mamonas aparecerem. Se duvidar, ele foi um dos inspiradores dos Mamonas.
O instrumental dos Mamonas era impecável, diga-se de passagem, excelentes músicos. Mas o que deu sucesso a eles foram as letras sarcásticas e irônicas, não o instrumental.
Um aceno de longe!!!
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