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Lelo Mig Membro
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# out/12 · Editado por: Lelo Mig
Sonorização de palcos e P.A. (Parte 3). Distribuindo o som - Potência, Caixas e monitores de palco.
Sistema 1
Antes de iniciar exatamente de onde paramos no tópico anterior, apenas um aviso:
Farei, para os interessados, um dos capítulos totalmente dedicado a microfones/microfonia. Não me aprofundarei muito porque o assunto é complexo, técnico e fácil de tornar-se entediante ou chegar a níveis da qual eu não tenha mais competência para abordar. Mas dedicarei um tópico só sobre esse assunto, dentro de meus conhecimentos limitados, porque sei do interesse de muitos (alguns já o revelaram em seus comentários) e um básico sobre o assunto será útil. Então, sabendo disso, esqueçam os microfones por ora, ok?
Voltando ao tópico, com nossa banda “captada” via microfones, line outs e direct boxes, nossos cabos entraram na mesa, nós a equalizamos, passamos o som, tá tudo beleza, e agora temos os cabos saindo da mesa.
Onde e como eles estão ligados?
Para ficar mais fácil e não embolar o meio campo abordarei com duas possibilidades distintas do destino deste sinal equalizado, (chamarei, aqui, de sistema 1 e sistema 2) mas você fica ciente, que não são sempre assim, que existem variantes e até mesmo mix das duas maneiras, ok? E ainda, pode haver outras possibilidades, menos comuns, que não vêm ao caso neste tópico.
O ideal numa sonorização seria trabalhar com o maior número de caixas possíveis, espalhadas ao redor e mesmo ao centro de todo ambiente a ser sonorizado.
Contudo, isso muitas vezes é impossível. Caixas e fios esticados no meio da galera, em locais de acesso difícil em caso de problemas, ou sujeitas a serem danificadas e mesmo atrapalharem a visão do público, isso tudo torna muitas vezes a sonorização “ideal” uma utopia. Por esse motivo somado a questões como custo de transporte, dificuldade de manuseio, caixas atrapalharem a visão e etc., a sonorização costuma ser feita basicamente em dois métodos.
Sistema 1 - Para ambientes de pequeno e médio porte.
Imaginem um tamanho de uma sala de cinema grande, um salão de um anfiteatro, uma quadra coberta de ginásio esportivo da escola, ou um grande bar. Imaginou? Um local de 450 mts quadrados, "showzinho" para 700 à 1.000 pessoas.
Num ambiente desse tamanho, ainda que em baixo volume, você ouvirá o som de sua fonte emissora original. Seja da bateria, ou mesmo de um amplificador pequeno.
Contudo, além do volume insatisfatório, o ambiente irá alterar toda a característica sonora da banda. Teto baixo ou alto, paredes de pedra ou acarpetadas, vão livre, angulação e material da construção, ruído de centenas de pessoas e etc., tudo isso interferirá por demais na qualidade.
Agudos irão se perder excesso de reverberação ou mesmo eco, perda dos picos de frequências graves ou agudos e etc., darão uma sensação de som abafado, embolado e em atraso.
Para sonorizar, com potência suficiente (lembre-se do post anterior, não confunda potência com qualidade), se eu circundar este ambiente com caixas ativas “Speakers” a cada 4 ou 5 metros, terei condições de fornecer volumes praticamente iguais ao ouvinte da primeira fila, do meio da galera e do último. Tenho “potência” para que todos ouçam em volume ideal e bastante sobra no master da mesa. Estes Speakers possuem mais ou menos 70 cm de altura por 40 cm de largura, colados à parede e sobre tripés, estão fora do alcance das mãos do público e passaremos nossos cabos pelo teto ou pelo chão, colado ao canto da parede, indo direto as caixas, e não precisamos atravessar nada no meio da pista. Bom... Potência distribuída e resolvida com os Speakers (de alta qualidade, não é qualquer caixote com falante lixão) temos qualidade de graves, médios e agudos para reproduzir ao público. Mais ou menos (só que em bem maiores proporções) a qualidade que você ouvia num bom sistema de som antigo em sua casa, com caixas eficientes.
(Lembra aquele “Garrard Gradiente” ou “Polivox” do seu pai, com caixas grandes de madeira? Pois é, acredite, era feio, tinha muito menos botões, mas era bem superior ao micro system de plástico “bunitão” que você comprou no Magazine Luiza. Ok, apenas para você se situar mais ou menos na questão “qualidade”).
Porém faltam agudos mais brilhantes! Aqueles mais ardidos e esticados, como os que você ouve num Crash de bateria. Estes não ficam perfeitos nos Speakers que usamos. Vamos botar uma bateria de drives sobre cada caixa?
Não!
Não queremos incomodar o público, e não queremos que eles fucem no nosso equipamento. Se fizermos isso, vamos começar a ter problema de espaço e excesso de cabos, vamos começar a inviabilizar o que era cômodo até agora. Além do mais, estes agudos são mais perceptíveis aos ouvidos e uma bateria de drives sobre cada caixa padrão, irá poluir o ambiente de agudos. Queremos qualidade, e com excesso, mesmo que com bom equipo, vamos soar como um Rádio a Pilha gigante.
Então precisamos de menos agudos em relação às caixas Speakers. Mas como distribuir para que com menos eu atenda todo espaço?
Usaremos Line Arrays ativas!
Não vou entrar em detalhes técnicos que não importam. Mas Line Arrays possuem outro tipo de amplificação e um sistema de falantes acoplados em linha (Line Array) projetados para jogar o som mais longe. Sabe aqueles “pequenos módulos” que parecem hacks, encaixados um sobre o outro e que vão formando uma curva? Geralmente pendurados ao alto e em cada lado do palco?
Aquilo é um Line Array
Line Array
Belezinha, 2 blocos de Line Arrays a 3, 4 metros de altura e aos lados do palco, não atrapalham a visão de ninguém e varrem o ambiente de agudos.
Obs.: Line Arrays não são apenas para agudos, modelos variados cobrem diversas frequências, incluindo graves. Mas aqui, estamos usando Line Arrays drivers, para altas frequências, belê?
Beleza! Sonzão!
Mas falta grave!
Caraca! Bumbo de bateria, Sizão do baixo 5 cordas... Isso quase não se ouve, mas se “sente” como pancada no peito. Este som que escutamos pelo “peito” (galera, isso é simbolismo, ok?) é o famoso “peso”. Falta peso na bagaça! O popular “pancadão”!
Para suprir esta deficiência, nada como Subwoofers de alto SPL (Sound Pressure Level ou Nível de Pressão Sonora).
De forma muito simplificada, isso significa a relação em Hz com o quanto de ar o falante pode deslocar. Não é só uma baixa frequência que dá aquela sensação de “pancadão”, é o som da baixa frequência associado à capacidade de movimentação de ar do cone do falante.
Assim como os Line Array de agudos, não precisamos encher a sala de Subwoofers. Então dois na boca do palco serão suficientes para fazer o chão tremer. Afinal cada um desses Subwoofers dá mais ou menos 130 dB de SPL, um Boeing dá 150 dB. Acho que tá bom, né?
Na nossa mesa do exemplo (do tópico 2), temos saídas individuais para o Main, onde ligaremos os Speakers, saídas à parte para nossa Line Array e para nossos Subwoofers. Então, equalizar estes volumes finais e conseguir um som agradável não será difícil. Temos uma saída exclusiva para os monitores.
Basta colocar monitores no palco e boa!
Podemos trabalhar com monitores de palco (caixas) ou fones (in ear). Há vantagens e desvantagens em ambas as situações. A monitoração por fone é mais eficaz e precisa, mas em contrapartida o músico perde um pouco a noção “espacial” do som que acontece no palco e não tem muito realismo do timbre e do “orgânico”.
As caixas embolam mais e são menos direcionais, se misturam ao som ambiente, mas deixam a situação mais confortável, mais integrada ao todo.
Baterista e vocalistas são quem costumam mais usar os fones. A batera faz muito barulho por natureza e muitas vezes encobre o monitor ou o abafa. Aumentar demais o monitor ou abrir mais agudos para o batera, muitas vezes faz vibrar a esteira da caixa ou ressoam outras partes. Vocalista, normalmente precisa se ouvir em primeiro plano. Lembre-se que numa guitarra, com afinação padrão, dedo na 5ª casa da corda Mi é um Lá. Vocal não é assim ele mantém a afinação cantando e se ouvindo, um instrumento muito alto, fora da tônica, pode “puxar” o vocalista para uma terça ou quinta.
Mas, desde que, ele se ouça em primeiro plano, em destaque, não teremos problemas.
Os monitores, ainda que sejam caixas, são projetados para serem monitores. Abrangem a gama de frequência suficiente para atender à demanda e distribuem o som de forma diferente. Eles não são o som que o público irá ouvir, é o referencial da banda. Com seus 650W cada um não terá problemas.
Com este conjunto de “peças” conseguimos qualidade, abrangência e potência sonora suficiente para monitoração, para o público, temos a frente do palco livre, sem caixas enormes cobrindo à visão e não teremos problemas com microfonia. Se a rede elétrica do estabelecimento for estável não haverá interferências da iluminação e etc.
“Sonzaço” hein!
Ah mais o palco ficou “peladinho” mixuruca...
Seus “pobrema” acabaram!
A gente aluga um painel desses e vai prá galera!
Seus "pobrema" Acabaram!!
A pergunta que todo “metaleiro” quer fazer, apesar de a resposta não significar grande coisa.
Quanto de potência tem nessa tralha que você montou? Hummm... Vamos lá:
Montamos:
8 Speakers de 850W – 6800W 2 Blocos de Line Array, com 4 módulos de 500W cada - 4000W 2 Subwoofers de 500W cada – 1000W
Ao todo temos 11800W de potência teoricamente. (sem considerar monitores e amplis palco).
(teoricamente, porque não é dessa forma simples que se calcula, porque a arquitetura do ambiente influi demais, porque para fazer cientificamente tem que fazer dezenas de cálculos diferentes como: SPL x Distância, Helmholtz para baixas frequências, STC para perdas, Reverberação, Modo Ressonâncias Naturais e etc., que ao final, na prática, fica uma merda).
Isso tudo quer dizer, que na prática o técnico de som, mede o local, anota os m3, sente a reverberação do local e em função disso calcula mais ou menos, só para ter uma ideia do que irá levar de equipamento. Estes cálculos funcionam em Studio, mas acredite, no “boteco” a ciência não explica.
Existem fórmulas pessoais, que alguns técnicos desenvolvem pela prática, sua conta e risco. 1W por metro cúbico, 10W por pessoa, e por aí vai... Não sou engenheiro, não possuo gabarito para opinar sobre isso.
Conheço técnicos experientes, que usam cálculos pessoais e fazem um puta som... Apenas isso. Se for física ou chutometria, não me perguntem.
De qualquer forma nosso som de exemplo, vai dar aproximadamente 6W por metro cúbico e 12W por pessoa.
Ou seja... Rola! \o/ \o/
Mas e se o local for grande?
Vai colocar 200 Speakers? E os Subwoofers? E as Line Array?
Vai ter que por caixas no meio da galera? Porque a distância entre uma lateral e outra é muito grande!
E agora?
Agora, só no próximo tópico:
Sonorização de palcos e P.A. (Parte 4). – Distribuindo o som - Potência, Caixas e monitores de palco. Sistema 2
Para quem não leu e quer ler os dois primeiros posts:
Sonorização de palcos e P.A. (Parte 1) http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/296162/
Sonorização de palcos e P.A. (Parte 2) http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/296206/
Reclamações, elogios, xingamentos, dúvidas e desaforos em geral, coloquem aí em seus posts.
Valeu, espero ter colaborado!
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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rhoadsvsvai Veterano |
# out/12
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Lelo Mig caramba cara , confesso que não li as 3 partes , mas só dando uma breve passada de olhos , percebo que é um assunto muito mais complexo do que parece ser , não é só jogar o som na caixa e sair atirando qnem doido ,como muita gente que quer ganhar dinheiro encima do artista que passar que é , muito legal tua iniciativa de dividir esse conhecimento
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Deco_ufrj Veterano |
# out/12
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Lelo Mig a intenção foi boa, mas esse sistema:
8 Speakers de 850W – 6800W 2 Blocos de Line Array, com 4 módulos de 500W cada - 4000W 2 Subwoofers de 500W cada – 1000W
ficaria completamente desalinhado, com excesso de agudos, insuportável... com 2 subs de 500W você vai usar no maximo 2 caixas 2 vias com 2 woofers de 200 ~300w e drivers TI de 100W, um de cada lado... e vai sonorizar pra no maximo 400 pessoas... tirando isso, o texto ta de fácil entendimento, vou ler as outras partes..
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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rhoadsvsvai Valeu cara, dê uma lida nos outros, acho que será interessante...
Deco_ufrj Pelo jeito você conhece do assunto, se ler o Tópico 1 e 2, na ordem, entenderá melhor que a ideia é passar um basicão simples prá galera, com exemplos hipotéticos... Não parei para fazer cálculos ou definir exemplos mais realistas. De qualquer forma, num ambiente desse tamanho, tipo sala acarpetada, ou bar com muita madeira, eu levaria esse equipo do exemplo... pode apostar...rs Valeu, pelas considerações, são sempre importantes!
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juninholiveira Veterano |
# out/12
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muito bom! Esperando a quarta parte! Ta muito interessante a série, continue postando por favor, só uam dúvida, vai ser quantos tópicos essa série?? Ahco bom ter temporada pq quero entender esse 'fundamental' sobre esse assunto, me interesso muito!
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Deco_ufrj Veterano |
# out/12
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Lelo Mig ja dei uma lida, gostei dos topicos... e a explicação ta bem facil de entender... só esse exemplo aí que achei estranho, mas entendi que a ideia não era fazer um calculo exato...
comentei só pq tem MUITA gente (vc que trabalha com isso deve saber) que monta sistema cheio de cornetas e tweeters e etc, e se esquecem dos graves... aí fica aquele som de "vendedor de pamonha"... e aí alguem pode ler esse topico aí e achar que realmente 2 subs são o suficiente pra isso, compram aquelas caixas montadas com sub xing ling e acham que tem um DAS nas mãos... hahahha
De qualquer forma, num ambiente desse tamanho, tipo sala acarpetada, ou bar com muita madeira, eu levaria esse equipo do exemplo... pode apostar...rs eu não levaria não, muito peso!! kkkkkkkkkkkkkkk
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inExperienced Veterano |
# out/12
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Caramba, quanta informação!
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MMI Veterano
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# out/12
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Lelo Mig
Amigo, não escrevi nada até agora porque não tenho nada a acrescentar. Só estou acompanhando seus posts.
Vou esperar a série para perguntar algumas dúvidas, mas para não atropelar vou esperar as próximas. Nesse último chegou a passar perto de algumas... rsrs
Abç
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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juninholiveira Opa! valeu... aguarde.
Deco_ufrj Sim, entendi sua colocação e ela é bem pertinente. Você sabe bem que, principalmente por questões de custo, eventos pequenos mais simples (festivais, escolas, bares, e etc) nem são sonorizados da forma como estou descrevendo aqui, infelizmente. Vou ter que dar uma atenção sobre isso ao final do tópico, da diferença entre o "minimamente aceitável" e a realidade.
inExperienced Era prá ser mais curto....rs. Simplifiquei bastante, quem conhece bem do assunto percebe muitas "lacunas" que passei batido para não deixar o tema muito técnico e meio entediante para alguns. Falar sobre um assunto complexo de forma superficial, esta mais difícil do que eu supunha inicialmente... Mas espero conseguir passar um entendimento básico sobre a coisa.
MMI Opa... à vontade. Você conhece bem do assunto, se puder responder, farei com prazer. E se quiser acrescentar, fique à vontade! abç!
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Calime Veterano |
# out/12
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Tô na praia do MMI, esperando a conclusão da saga pra partir pras dúvidas. No meu caso tenho uma pequena noção, pq já trabalhei de forma eventual em alguns eventos de médio porte, e em dois de grande porte, mas é claro, como o assunto é vasto tenho dúvidas.
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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Calime Valeu pela presença... e se puder ajudar com alguma dúvida, só dizer. abç!
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Rednef2 Veterano |
# out/12 · Editado por: Rednef2
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A coisa é mais complicada do que eu imaginava.
Eu que sempre pensei que era só ir no palco, microfonar o amp e soltar o som hehehehe
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juninholiveira Veterano |
# out/12
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Lelo Mig
Lelo, tenho 2 dúvidas: Em show que será feito gravação de DVD, como fica a gravação dos intrumentos? Vai ter algum tópico sobre isso? Eles pegam o audio da mesa e gravam dali ou tem mais coisa.
E a segunda duvida, neste mesmo caso daí de cima, num show com gravação, é perceptivel que tem sons da platéia para dar a impressão de ao vivo claro, como eles fazem isso, microfone de ambiente? colocam alguns microfones espalhados pelo local e pelo palco pra captadr o barulho das pessoas?
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hardcore_guy Veterano |
# out/12
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Cara, muito incrível, to acompanhando desde o primeiro tópico, e to conseguindo entender muita coisa sobre o assunto, rs...sóq ue eu fiquei com uma duvida: Como funciona a sonorização em eventos muuuito grandes, como o Wacken, o rock Am Ring e o Rock In Rio? Vc vai falar sobre esse tipo de local também? rs
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MMI Veterano
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# out/12
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Lelo Mig
Eu disse que ia esperar um pouco mais, mas sobrou um tempinho e aproveitei para escrever.
Tenho um amigo, engenheiro de som, acostumado a eventos pequenos a bem grandes e fazer sonorização para home theaters de um monte de gente, caríssimos até mais simples. Quando ele se empolga a falar, eu me perco rapidinho...
O cara gosta muito da Bose e tentou me explicar o lance dos “arrays” curvos, como os novos “RoomMatch”, e as colunas retas. Me explica isso direito, com o tal de índice de diretividade e Q que eu acabei não entendendo direito. Esse cara que me fez comprar o Bose Acoustimass (não daquelas pequenas novas, das maiores) e instalou na minha salinha de TV para ter algum som ali... Pior que teve toda uma explicação, um monte de parâmetros que eu fiquei só chacoalhando a cabeça. Hehehehe
Valeu Lelo!
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Lelo Mig Membro
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# out/12 · Editado por: Lelo Mig
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juninholiveira
Apesar das mesas, caixas, microfones e o escambau, em estúdio o processo é muito diferente. Mesmo que teoricamente você usasse os mesmos equipos dentro de um estúdio o processo de "tratamento" do som, é totalmente diferente. Você já deve ter ouvido falar em ciências de "ambiente controlado", quando se refere à laboratórios, certo? O estúdio é um "laboratório de som", "ao vivo" se perde boa parte do controle. Em gravações ao vivo "profissionais" para posterior CD ou DVD um técnico de som experiente, pega um "line Out" da mesa do show e joga para uma outra mesa e equaliza essa outra mesa "para gravação CD". Mas hoje em dia, tudo ficou mais fácil, porque essa outra mesa nem precisa ser física, pode ser virtual. Um Micro com uma bela placa de som, recebe os sinais, e os caras gravam com o melhor ganho limpo possível para equalizar e tratar no estúdio, com calma, depois. Alguns microfones são mudados e instrumentos como a bateria são mais microfonados. Eles gravam o áudio da mesa "ao vivo" também, além de uma captação só do público. Tratamento e equalização desses desses takes em estúdio adicionando climatização com o som do público permitem uma edição final de qualidade.
hardcore_guy Tópico sobre eventos grandes deve entrar no "ar" amanhã...é o próximo!
MMI
Quer me f... né?? hehe
Olha, vou ser sincero, não sou especialista nisso, sua pergunta é complexa, vou passar o que sei (que pode ser pouco, e não muito preciso, ok?)
Seu amigo, engenheiro de som, principalmente se faz "Home Theaters", com certeza conhece bem mais que eu e que a grande maioria dos técnicos de som (importante, já disse, mas para que não esqueçam, Não sou técnico de som, sou Free Lancer na área e presto serviço, junto ao técnico de som, para 2 empresas de SP, sou um "auxiliar").
Digo isso, não porque os técnicos de som são ruins, mas porque em Home Theater os cálculos e a exatidão da ciência acústica e de áudio são bem precisos. Para sonorização de shows, não funciona tanto. É como a relação "engenheiro civil" e "pedreiro", ou seja, tem coisas que acontecem no papel, mas na hora H precisa do famoso "Know How Macete". Técnicos que trabalham muito com sonorização "ao vivo" (ambientes não controlados) costumam ter muito macete.
Mas, chega de enrolar...rs. Vou dizer o que sei de forma simples (talvez você saiba mais que eu...rs)
Você pode imaginar as Line Arrays como um pneu de automóvel "fatiado" como uma pizza. Ao encaixar cada módulo de mesmo modelo de hack, teoricamente vc fecharia um "anel" de 360 graus. Partindo da Line Array, como um ponto fixo, ela foi desenhada para projetar matrizes curvilíneas. Imagine um leque ou uma fatia de Pizza?
Agora, imagine este pedaço de pizza em 3D? Virou um Cone, certo? Um tipo de funil.
Pois bem, agora imagine esse leque tridimensional dentro de sua sala (imagine ele como um cone de luz, vc consegue..hehe), e pense que você pode fechar e abrir este cone encurtando e alargando suas curvaturas não deixando ela bater nas paredes, ou seja, voce vai ajustar o cone para que ele preencha ao máximo o espaço reduzindo ao máximo as indesejáveis reflexão no teto e nas paredes.
Ou seja ele progride de um ponto e você teoricamente pode encurta-lo ou estica-lo, diminuir ou aumentar o diamêtro desse cone, para encher a sala de som sem "encostar" onde haverá reflexão.
Este é o conceito "MatchRomm" e as Line Array são para conseguir isso.
Obs: Se você mostrar essa explicação para seu amigo ele vai querer me dar um tiro....heheh.
Foi a forma como consegui, pelo pouco que sei. Mas mostre à ele... rs. Seria interessante saber o que ele fala à respeito!
Abç!
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MMI Veterano
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# out/12
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Lelo Mig
Quer me f... né?? hehe
Não! Minhas preferências são outras! huahuahuahua
Interessante sua explicação. Eu não entendo muito disso não, tanto é que o cara fica falando meia hora e eu só balançando a cabeça. Pelo menos eu percebi que não é tão simples como ele imagina que é.
Acho que não vou mandar agora sua explicação. Vou esperar um dia para tomar uma cerveja e tentar entender, quem sabe com álcool a coisa flui melhor. Esse cara é um grande amigo, ele que me deu de presente uma isobox para gravar amp de guitarra. Só que o porraloca se separou, comprou uma Ducati e está caindo no mundo na moto nova. Qualquer dia eu converso com ele e vou confessar que não entendi p... nenhuma do que ele me explicou umas 3 vezes. huahuahuahua
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MauricioBahia Moderador |
# out/12
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Lelo Mig
Ainda não li a "saga", mas quando tiver um tempo, farei.
Obrigado!
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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MMI
Cara, se ele te explicar isso com cabeça de engenheiro e matemática, se prepare para tomar um porre...
Engenheiros costumam ser ruins nesse tipo de abstração, mas inverta o conceito, explique dessa forma para ele "a do cone de som ajustável" e ficará mais fácil ele apontar os erros e acertos de minha explicação.
Agora, como eles calculam isso... só Isaac Newton prá te responder......
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# out/12
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Lelo Mig Como é a instalação elétrica de potencias cavernosas de estadio? liga direto do transfonador do subsolo, igual prédio, ou tem geradores de toneladas atras do palco?
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Lelo Mig Membro
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# out/12
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Luiz_RibeiroSP
Você usa basicamente o mesmo cálculo de uma elétrica convencional.
Nos puxamos SEMPRE a energia (AC) direto do quadro geral para um quadro de distribuição/disjuntores nosso. Ou seja, linha direta fora do circuíto elétrico do estabelecimento, para nossa distribuição e monitoração.
Então é só calcular quantos KVa iremos necessitar e verificar se a rede local fornece. Hotéis, Shoppings, e Indústrias normalmente atendem a demanda.
Eventos maiores, ou em locais sem rede elétrica de acordo é necessário alugar geradores.
Para você ter um exemplo, um Show do Roberto Carlos, na praia de Copacabana no natal de 2011, entre som, iluminação, telões e pontos de força geral (palco, imprensa, camarotes, televisão e etc), alugou perto de 5.000 KVas de energia. (Só que isso vem distribuído em vários caminhões).
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dibass Veterano |
# out/12
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Lelo Mig Show de bola os tópicos!! Uma pena que boa parte dos técnicos de som e muito menos a equipe técnica destes não entendem bulhufas do assunto.
Deixa eu fazer uma perguntinha: Pra que eu possa usar VS com a banda evidentemente precisaremos do click para controlar o andamento. Mas isso ao vivo. Considerando que nem todos os músicos vão usar fones. Considerando também um show de pequeno a médio porte (500 a mil pessoas). Teria problema jogar o click nos spots? Ou neste caso o click vai apenas para alguns da banda?
Sugestão (pedido) de assunto para tópico 1: Você poderia fazer um tópico abordando o uso de periféricos, funções, quais os mais usados, em que usar, como usar, pra que, etc. (crossover, câmara de efeitos, equalizadores, mesa digital/analógica, etc.).
Sugestão (pedido) de assunto para tópico 2: Tópico sobre Rider Técnico. Penso que seria muito útil aqui pra galera. Como fazer um Rider Técnico. Os nomes técnicos e específicos dos equipamentos. O que exigir conforme a banda, o show, etc. O que é pedir de mais o que é pedir de menos, aí vai.
Parabéns pelos tópicos. É muito bom alguém experiente e disposto a ensinar a galera nova como a gente. Abraço!!
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dibass Veterano |
# out/12
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Rednef2 A coisa é mais complicada do que eu imaginava.
Eu que sempre pensei que era só ir no palco, microfonar o amp e soltar o som hehehehe É engraçado como no palco isso tudo pare bem mais simples hehe (parece)
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Lelo Mig Membro
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# out/12 · Editado por: Lelo Mig
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dibass
Para qualquer uso de alguma base pré gravada ou efeito que entre em tempo com a música, aconselho jogar click de metronômo no batera para ele fazer a contagem e a banda ensaiar muito, porque ao vivo é osso, principalmente se esse recurso entra depois da música iniciada!
Falarei sobre os periféricos à parte nas considerações finais.
Rider Técnico ficaria muito abstrato, porque ele é em função do espaço, condições gerais, tipo de banda ou bandas que irão se apresentar, instrumentos usados, número de vocais, e etc.
Posso fazer um "simulado"....
abç!
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Deco_ufrj Veterano |
# nov/12
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Lelo Mig Rider Técnico ficaria muito abstrato, porque ele é em função do espaço, condições gerais, tipo de banda ou bandas que irão se apresentar, instrumentos usados, número de vocais, e etc.
sem contar que mesmo que a banda peça um determinado equipamento, em muitos lugares seu pedido será "ignorado" pela falta de equipamento por parte do "sonorizador", ou simplesmente pelo custo pra atender a essa demanda... hehehe o que mais tem é banda pedindo um determinado equipamento, e depois sai cortando pra reduzir o orçamento... =D
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xcidoxx Veterano |
# nov/12
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Muito Muito bom essa série... Vi agora e nao consigo parar de ler, mesmo morrendo de sono aki, quero saber tudoooooo!:)
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Rednef2 Veterano |
# dez/12
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Olhem esse video
Duff,Slash e Gilby estão se movendo pelo palco o tempo todo e fica obvio que eles não estão usando cabos, que dispositivo eles usam pra fazer isso?
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dibass Veterano |
# dez/12
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Rednef2 https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&ie=UTF-8 #hl=pt-BR&tbo=d&sclient=psy-ab&q=transmissor%20de%20instrumentos&oq=&g s_l=&pbx=1&fp=ba192bfd3cf76847&bpcl=39314241&ion=1&bav=on.2,or.r_gc.r_ pw.r_cp.r_qf.&biw=1280&bih=933
(até eu tenho um hehe)
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Rednef2 Veterano |
# dez/12
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dibass Valeu ehehehe
o som fica bom com isso? ou é melhor com o cabo mesmo?
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