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allanwesley Veterano |
# set/12
Simon Reynolds, um dos maiores críticos da Europa, escreveu o livro Retromania - Pop Culture's Addiction To Its Own Past ("a obsessão da cultura pop pelo seu próprio passado"), no qual ele tenta explicar porque a grande maioria das músicas que ouvimos hoje não passam de arremedos de composições antigas.
Em todas as formas de arte, atualmente, há um forte revivalismo: na música, Adele, Mumford & Sons, The Strokes, Interpol, Fleet Foxes; reuniões de bandas, relançamentos de discos clássicos; na TV, canais que só passam filmes e séries antigas, programas como “I Love the 80s” e “I Love the 90s”, no VH1, a série Mad Men... Enfim, nossa cultura está baseada em reciclar o passado.
O livro argumenta que, apesar de eras anteriores terem suas próprias obsessões — o Renascimento com a sua admiração pelo classicismo greco-romano, o movimento gótico invocando o medieval — nunca houve uma sociedade tão obcecada com o seu passado imediato.
A questão que quero propor é a seguinte: será que o arquivo da história da música foi esgotado e, portanto, não há mais nada que se criar? Ou estamos apenas passando por um período de estagnação, mas no futuro haverá uma onda de artistas inovadores?
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The Red Special Veterano |
# set/12
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allanwesley Já existe o novo, e o novo normalmente é uma droga.
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Scrutinizer Veterano |
# set/12
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não há mais nada que se criar?
Maior besteira que alguém pode dizer sobre artes.
Ou estamos apenas passando por um período de estagnação Estagnação da mídia, sim, das artes, não.
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sr. das caravelas Veterano |
# set/12
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/\ 2 no Scrutinizer.
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Casper Veterano
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# set/12
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Íntegra da entrevista com Simon Reynolds
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/962220-leia-a-integra-da-entrev ista-com-simon-reynolds.shtml ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA
No livro "Retromania - Pop Culture's Addiction to its Own Past" (em tradução livre, retromania - a obsessão da cultura pop por seu próprio passado), ainda inédito no Brasil, o crítico musical britânico Simon Reynolds traça um panorama nada otimista da cena cultural do século 21. Por que tanta música nova parece cópia de música mais antiga? Leia abaixo a íntegra da entrevista com Reynolds.
Folha - No livro, você diz que tem um filho pequeno. Ele é fã de música? Como você compara a sua própria experiência, crescendo como um fã de música nos anos 70 e 80, à experiência do seu filho? Simon Reynolds - Kieran tem 11 anos e não parece muito interessado em música. Possivelmente, por ter um pai que é crítico de música e que fica tocando música o tempo todo e de todos os tipos, muitas vezes música estranha. É como se música fosse o "meu" negócio e ele estivesse em busca do negócio "dele'. Kieran adora videogames, diferentemente de mim, que nunca fui interessado nisso. E ele também adora qualquer coisa relacionada a computadores - e-mail, Youtube, Ebay. Ele cresceu como parte da geração conectada. Este é seu mundo. Acredito que, para a geração dele, música é legal e divertido, mas não tem a mesma importância que teve para a minha geração ou para a geração que sucedeu a minha, a juventude dos anos 90. Nós realmente víamos a música como a principal arena cultural, era o que nos explicava a nós mesmos e parecia se conectar a todas as outras áreas da cultura e política. Se você, como eu, era ligado em punk e pós-punk, então lia certo tipo de livros, via certo tipo de filmes, tinha interesse em teoria crítica e outras coisas do tipo. Acho que a música foi relegada a ser apenas uma pequena parte do horizonte cultural, e não a parte principal. Kieran gosta de algumas músicas em particular - como algumas faixas do Black Eyed peãs, por exemplo - mas não acho que ele esteja disposto a explorar a música como parte de sua formação de identidade. Talvez isso aconteça quando ele for um adolescente e descobrir música que tenha relação com sexualidade, ansiedade e toda a confusão que vem com essa fase de transição na vida. Música também é ligada a diferenças sociais e a ser descolado, é uma forma de socialização entre adolescentes, da mesma forma como Pokemon é hoje para Kieran. Então, acho que, com o passar do tempo, ele vai ter um interesse maior por música, quem sabe até pela música que o pai dele gosta. Minha filha Tasmin tem 5 anos e ama música. Ela adora dançar, tem um bom senso rítmico e é capaz de passos incríveis, algo no meio do caminho entre o break e artes marciais. Ela tem artistas favoritos, como Pink, Justin Bieber, Ke$ha e Katy Perry. Basicamente, ela gosta de qualquer coisa que toque no rádio e que pareça uma versão pop do Techno e da house music que eu dançava nos anos 90. Ela curte melodia e ritmo, basicamente. Você acha que a facilidade em baixar música tem, de certa maneira, desvalorizado a música? Pessoas de tendência liberal ou de esquerda muitas vezes têm um reflexo anticapitalista de dizer: "Que bom que a música é de graça agora, que não está apenas enriquecendo corporações". Mas sou da opinião que a de-commodification não tem funcionado muito bem para a música. Claramente, é um desastre para os artistas e para a indústria. Mas também para ouvintes e fãs. Veja bem: quando a música custava dinheiro e vinha numa forma sólida, em que, para consegui-la, você tinha de ir a uma loja, e isso envolvia tempo e dinheiro, as pessoas davam mais valor a ela. A equação é simples: se você gastou dinheiro num bem cultural, seja um livro, revista, disco, etc., você vai gastar tempo tentando extrair o máximo dele. Se você gasta dinheiro com um CD, vai prestar atenção nele quando tocá-lo, e vai tocá-lo mais vezes. Se você obtém um CD de graça, na forma de downloads, você fica mais propenso a ouvir poucas vezes e de uma forma mais distraída. Você vai ouvir a música enquanto faz outras coisas no computador (chamam a isso de "síndrome de atenção parcial"), e você muitas vezes nem vai ouvir o disco todo. Além disso, se você vive baixando muita música, como as pessoas tendem a fazer quando conseguem música de graça, é matematicamente mais provável que você ouça cada canção menos vezes. E muitos discos só começam a se revelar totalmente depois de repetidas audições. Para responder à sua pergunta: sim, eu diria que a cultura digital se fundamenta na facilidade, e que a facilidade de acesso e o custo mínimo de aquisição têm levado a uma depreciação no valor da música e à degradação da experiência audiófila. Mesmo os artistas novos que você elogia no livro - Ariel Pink, por exemplo - fizeram suas carreiras reinterpretando o passado. Você consegue enxergar algo realmente novo sendo feito hoje em dia? Sim, vejo um número razoável de coisas que eu poderia descrever como relativamente novo ou vagamente inovador. Mas aquelas coisas que, de vez em quando, surgiam como "Uau! FUTURISTA!", essas sumiram, são cada vez mais raras. Nos anos 90, havia vários gêneros ou movimentos que pareciam grandes ondas de inovação que se sustentaram por vários anos, ou por toda a década: gêneros como jungle, R&B, street rap ou dancehall. Nos últimos dez anos, parece que os gêneros se tornaram quase estáticos, mas, de vez em quando, no meio de tanta coisa banal e mundana, você via o brilho de algo realmente novo. Em R&B, por exemplo, uma vez ou outra você via algo realmente extraordinário como "Umbrella", da Rihanna, ou "Single Ladies", da Beyoncé. O dubstep me parece uma extensão dos anos 90, como um tipo de versão adulta e lenta de jungle. Mas produz algumas coisas excitantes: o EP homônimo do Zomby e partes de seu novo álbum, "Dedication", que saiu pelo selo 4AD, as faixas de Cooly G no selo Hyperdub, algumas coisas de James Blake e Ramadanman. Na música eletrônica tem gente fazendo coisas interessantes: Ricardo Villalobos, Actress, Tobias... Nomes como Oneohtrix, Point Never e Laurel Halo se inspiram muito no passado - música analógica de sintetizadores dos anos 70 e 80, New Age, etc., mas é inegável que fizeram coisas novas. Uma das áreas onde, acredito, coisas muito interessantes vêm aparecendo é a área de manipulação de vozes: texturização digital de vocais, aceleração e redução de vocais, micro-edição de "samples" de voz. Você pode ouvir isso em música eletrônica extrema e underground (Burial, James Blake) e também no gênero witch house (Salem, etc.), e até na música pop mais comercial (Black Eyed Peas, Ke$ha). Isso é excitante, embora, se você pensar bem, pode ser rastreado aos anos 90 e a coisas com vocais sampleados que produtores de house e jungle fizeram. Sem esquecer de Cher e de sua faixa "Believe", em 1999, com vocal manipulado via Autotune! Há algumas semanas, o Arctic Monkeys colocou na web seu novo álbum para os fãs ouvirem. Cada faixa tinha um contador, que permitia ver quantas vezes havia sido ouvida. Mais de 75% das pessoas que ouviram a primeira música não chegaram à última. Você acha que isso pode ser explicado mais pelo déficit de atenção do público, ou pelo fim do LP como um formato de lançamento viável? Acho que se refere ao que escrevi sobre a depreciação no valor da música e os efeitos da cultura digital na capacidade de atenção do público. O problema de ouvir música via computador ou Iphone conectado à Internet é que o mesmo portal que está conectando você à música é também capaz de, simultaneamente, conectá-lo a milhões de outras coisas. Então, há uma tentação irresistível a clicar em outra coisa e fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo - checar e-mails, baixar mais música, etc. Então você raramente está imerso apenas na música. Publicações na web são criadas para desestimular o leitor a terminar de ler qualquer artigo, porque elas têm uma série de links coloridos e que chamam a atenção. As publicações não querem que você termine o artigo, porque querem o maior número possível de cliques. Quanto mais você pular de uma parte a outra, melhor para eles. Você acredita que a mesma visão que seu livro traz da música pode ser estendida ao cinema? Me parece que, desde o surgimento de Tarantino, Robert Rodriguez e outros diretores criados à base de filmes velhos em vídeo e TV a cabo, o cinema tem se tornado cada vez mais uma colcha de retalhos de outros filmes. Não me parece tão crônico em cinema quanto em música. Você está certo sobre Tarantino, ele é o exemplo óbvio de um fenômeno que detalho em meu livro, que é o do "curador-criador". E se no rock existem as "bandas de colecionadores de discos", com músicos que trabalharam em lojas de discos (como Ariel Pink, por exemplo), o mesmo aconteceu com Tarantino, que foi balconista de uma locadora de filmes. Foi ali que ele criou todo seu conhecimento sobre filmes e sistematicamente dissecou a história do cinema. Então faz sentido que seus filmes sejam baseados em vários estilos e repletos de piadas e sacadas com filmes antigos. O mesmo ocorre com Jim Jarmusch. Um fenômeno que pensei em explorar no livro foi o das refilmagens. Mas concluí que as razões não eram tão complexas quanto a retromania é para a música. No caso das refilmagens, acho que são 100% motivadas por dinheiro: o reconhecimento, por parte do público, de um filme antigo, pode garantir um certo número de espectadores para a refilmagem. Concluí que não havia muito o que investigar ali. Tenho uma filha de três anos. Alguns dias atrás, montei minha velha vitrola e toquei alguns discos para ela. Foi fascinante perceber a reação de alguém que, nascida na era digital, teve, pela primeira vez, a chance de ver uma agulha tocando num pedaço de plástico e produzindo som. Você acha que esse aspecto tátil da música, tanto no ouvir música quanto na produção, está mudando a maneira como a música é percebida? É claro que existe algo de muito estranho na música pop moderna, em que se simula a energia e o som de música tocada ao vivo, mas onde toda a integridade da performance foi desvirtuada pelo uso de elementos de copy/paste que permitem mover a música e torná-la "perfeita". Você consegue perceber, quase subliminarmente, que o que você está ouvindo não é real. Não é de hoje que gravações de rock têm sido melhoradas por "overdubs" e erros têm sido consertados por edições e substituições, mas hoje vivemos a era em que os sons se tornaram apenas uma massa que pode ser processada ou mudada a gosto. De uma certa forma, é exatamente como eu imaginava a música com o pós-rock, mas, em outro nível, tem uma certa fraudulência no ar, já que simula o som de uma banda tocando ao vivo. Depois, quando você adiciona tratamentos como compressão e AutoTune, o resultado é algo realmente horrível de escutar. Em gêneros como hip hop, R&B e dance music, isso não parece importar muito, já que são gêneros antinaturais, dependentes da tecnologia e onde não há sequer a intenção de simular "pessoas tocando juntas num estúdio". Como autor e alguém que depende de seus livros e artigos para sobreviver, como você vê a troca de arquivos na Internet? Bom, é ótimo poder achar aquele disco raro que eu sempre quis. Mas, de maneira geral, a troca de arquivos tem sido muito ruim para a minha apreciação de música. Para uma pessoa como eu, que cresceu numa época em que música custava dinheiro, ter música de graça na internet é como ganhar a chave da maior loja de discos do mundo. O problema é que nosso tempo não é infinito. Eu adorei seu livro, mas tenho de confessor que me deixou triste, porque o futuro não parece muito promissor. Como a experiência de escrevê-lo te afetou? Quando comecei, estava perplexo e ansioso pelo estado da música e, embora eu tenha encontrado muitas explicações no caminho, por meio de minha pesquisa e pensamentos sobre o assunto, terminei exatamente como comecei: perplexo e ansioso. Concluí que há muita coisa legal para ouvir, mas que a maioria envolve, de certa forma, a reinterpretação do passado. Não tenho ouvido coisas que, na época, me pareceram tão novas e radicais quanto "Remain in Light", do Talking Heads, por exemplo, um disco que, especialmente no segundo lado, parece conter em cada canção uma nova direção para a música. Tenho acompanhado o lado eletrônico-techno-rave da música, mas a primeira década do século 21 parece ter atingido um ponto em que as pessoas estão experimentando com formas já conhecidas ou criando híbridos ao combinar coisas diferentes da própria história da música eletrônica. Então, tem sido difícil encontrar, hoje, a mesma sensação de novidade absoluta e energia que senti quando ouvi jungle, ou gabba, ou Techno minimal nos anos 90. Eu diria que o futuro não parece muito promissor, embora, muitas vezes, períodos de estagnação sejam prólogos para algum tipo de erupção cultural. Estou cautelosamente otimista sobre a nova geração de músicos que só conheceram a Internet. No mínimo, estou curioso sobre o que vai acontecer daqui por diante. Me parece que vivemos uma época interessante. A velha maneira analógica de fazer as coisas - a forma como a cultura funcionava - entrou em colapso, mas acho que alguma coisa vai surgir dessas ruínas. -----------------------------------------
Certamente é parte de nossa cultura super-valorizar o passado recente (e cada vez mais recente).
No meu caso, que sou ligeiramente obcecado pelos anos 80 (onde cresci ouvindo música), mesmo assim ainda consigo achar coisas interessantes o tempo todo.
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sebber Veterano |
# set/12
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Respondendo ao título do tópico:
A nostalgia está destruindo a cultura?
Não. A nostalgia faz parte da cultura, porém se ela não se renova ou se não está presente nos meios de comunicação de massa aí é outra história.
Esse papo envolve muitas coisas, é viagem demais, não vou me aprofundar.
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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A nostalgia prevalece porque a luta se tornou desleal.
Antes o "novo" era forte e páreo duro, derrotou a nostalgia inúmeras vezes.
Agora o "novo" é fraco...
O problema não é ser novo ou velho é ser bom. E para ser bom em arte têm que ter CULTURA.
Neguinho dá meia volta num assunto que se resume a uma só coisa: CULTURA!! E vivemos tempos "burros" de gente estúpida e fútil.
O jovem dos anos 60, queria derrubar o poder e mudar o mundo.
O jovem de hoje, quer derrubar a si mesmo te tanto encher o rabo de cachaça!
Mas claro, existem exceções... é nelas que faço minha aposta!
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gpeddino Veterano |
# set/12
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O jovem dos anos 60, queria derrubar o poder e mudar o mundo.
O jovem de hoje, quer derrubar a si mesmo te tanto encher o rabo de cachaça!
Bingo.
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MauricioBahia Moderador |
# set/12 · Editado por: MauricioBahia
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A nostalgia de antigamente era bem melhor que a de hoje! hehe
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Kaique.Chainsaw Veterano |
# set/12
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O jovem dos anos 60, queria derrubar o poder e mudar o mundo.
O jovem de hoje, quer derrubar a si mesmo te tanto encher o rabo de cachaça!
Mas claro, existem exceções... é nelas que faço minha aposta!
Eu faço parte dessa exceçao, so que as coisas estao dificeis... Ta dificil achar pessoas. Gravei uma demo esses dias, mas nao sei cantar, ai ja viu hahaha
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Jeff.gomes Veterano |
# set/12 · Editado por: Jeff.gomes
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Scrutinizer Ou estamos apenas passando por um período de estagnação Estagnação da mídia, sim, das artes, não. Disse tudo cara...
O problema é que pensam somente em fazer coisas para "vender"... a arte muitas das vezes está sendo deixado de lado por gravadoras...
Existem ótimo musicos, que fazer coisas lindas, cantores com vozes lindas... MAS... a 'midia' nao valoriza....
Minha opnião: O maior problema de sempre de alguma forma, na arte, sendo cinema ou musica e etc.. até mesmo roupas... sempre querer voltar ao passado... é por muitos medo de viver o novo... até tem inventa e coisas boas alias, mas o mundo não adota isso.. é realmente questão de cultura... já ouviram falar aquilo. "maria vai com as outras"? Parece que vivemos num mundo ontem a "midia" faz lavagem cerebral nos ignorantes.¬¬°
A galera foi criada e teve uma cultura vivida no medo... "E ai vamos fazer uma revolução, contra os políticos, mudar a cultura idiota... e por uma vida digna? Ah nao dá.. amanha trabalho e tenho aula. ¬¬°[i][/i]
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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MauricioBahia
"A nostalgia de antigamente era bem melhor que a de hoje!"
Cara, essa frase é brilhante.... se me permite, vai virar um Blues!!! (com os devidos créditos)
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tchedovollosky Veterano |
# set/12
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concordo com tudo que foi dito aqui, mas eu tbm acho que estamos numa fase de transição cultural, onde teremos que aprender a filtrar todas as coisas impostas pela midia que so querem saber de fama e dinheiro, e encontrar uma forma de mostrar a arte a todos. Mas como o Jeff.gomes falou:
.. é realmente questão de cultura... já ouviram falar aquilo. "maria vai com as outras"? Parece que vivemos num mundo ontem a "midia" faz lavagem cerebral nos ignorantes.¬¬°
e para isso mudar as pessoas tem que pensar. Fiosofia acho que essa e a resposta!
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MauricioBahia Moderador |
# set/12
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Lelo Mig
hehehe. Mande ver!
;)
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Adler3x3 Veterano |
# set/12
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Pode parecer nostalgia. Mas nostalgia é para quem viveu aquele momento.
Hoje. Graças a Internet os jovens tem acesso a música feita no passado. É um descobrimento não uma nostalgia. No passado era difícil ter acesso, só comprando os lps e emprestando discos para gravar em fita cassete, e isto tinha as suas limitações. Hoje a disponibilidade de material parece infinita (no sentido do ouvinte), até na música clássica estamos descobrindo antigos compositores. E o que é bom permanece.
O Acervo musical da humanidade é imenso, e a cada dia aumenta. O problema esta na formação musical precária no nosso país e na mídia comercial que força o que a população deve ouvir nas rádios e na TV. Composições com harmonia pobre, resumida a poucos acordes, rifs repetitivos em demasia e baixo nível das letras. Entretanto a globalização e a internet nos possibilitam ouvir o que queremos, e fugir das rádios comerciais. Hoje temos rádios especializadas em estilos musicais, é só escolher. Temos que aprender a separar o bom do ruim. Mas o que é bom e o que é ruim? Cada um tem a sua verdade.
Atualmente estou escutando mais música feita por artistas independentes, e aqui pode-se observar muita evolução. Pois os músicos hoje em dia tem mais ferramentas e outras formas de divulgar o seu trabalho. Coisa que no passado recente não era possível.
Pode não parecer mas tudo esta em contínua evolução. E o que esta acontecendo é uma outra revolução. Os nobres ideais continuam a enlevar todos a reflexão por um mundo melhor em muitos novos sentidos (meio ambiente, sustentabilidade, direitos humanos, direitos dos animais, cidadania etc...)
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Black Fire Gato OT 2011 |
# set/12
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Claro, só existe o que está na mídia. ¬¬
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andrecoelho Veterano |
# set/12
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Ando beeeeeeeeeeeeeeem nostálgico. Mas procuro levantar as antenas para não virar um chatonildo, imaginando que só o antigo é o que vale a pena...
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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Concordo com o Adler3x3.
Led Zeppelin, por exemplo, pode ser nostalgia prá mim que vivi aquela época.
Mas para um garoto de 15 anos que curte (conheço vários) é apenas música boa.
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Adler3x3 Veterano |
# set/12
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Lelo Mig
Aconteceu acho que na década de 70, quando a Globo fez uma novela que agora não lembro o nome, mas que retratava um período do Rock do final dos anos 50 e início dos anos 60. Foi uma onda de nostalgia, e de repente nos voltamos ao passado e descobrimos muitas músicas e estilos ( Bill Halley e seus Cometas, Elvis, Rita Pavone, Tomo banho de Lua e por aí foi....)
Para um jovem dos dias de hoje escutar uma música do Led Zeppelin é uma novidade, assim como é para nós quando escutamos algumas músicas boas mais antigas que nunca tínhamos ouvido antes, por causa da limitação de acesso) E também acontece que as gravações de áudio desde os anos 60 tem uma boa qualidade, e mesmo 50 anos depois ainda esta bom para ouvir. E o que é bom permanece. Ainda estamos ouvindo quase tudo em dois canais. Num futuro próximo acredito que os aparelhos de som vão poder reproduzir mais canais, e aí vai ocorrer outra grande mudança. Já voltando mais as gravações do passado, já nos anos 50 a qualidade não é tão boa, e voltando mais ainda ao passado, as gravações são horríveis, com raras exceções, onde mais vale ouvir a perfomance de um grande ídolo do passado, como registro de uma época que se foi.
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Schelb Veterano |
# set/12
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Eu num sei não .. é interessante o que o cara escreveu, e tem sim sua verdade, principalmente ao falar de como a facilidade de acesso tira o valor das coisas, então não se ouvir os discos com a mesma atenção. Mas .. eu acho q é um assunto bem complexo, e inclusive parece que ele não pode visualizar o assunto em sua total complexidade porque analisou basicamente só a música e um pouco do cinema, e esta mudança que ele tem visualizar abrange muito mais do que isso (cultura geral, economia, política .. sei la). É muito relevante por exemplo a questão da velocidade da mudança de informação .. mas daí entra em vários outros assuntos. De qq forma, acho que ele perde um pouco da credibilidade pra mim pois ele fala de que hoje as pessoas supervalorizam o passado, e em como no passado os músicos eram mais inovadores.. bom, ele não estaria também supervalorizando os músicos deste passado? A análise dele pode estar comprometida pelo mesmo fenômeno que ele tenta estudar, o que enviesa totalmente um estudo (pelo menos do modo que ele parece fazer). Acho que temos hoje não é uma supervalorização do passado, mas também uma desvalorização do presente. E é só olhar aqui no fórum as discussões de efeitos de guitarra. Por exemplo, é incrível como os guitarristas procuraram por muito tempo uma evolução em precisão de repetição em delay, e daí, hoje, querem o delay que simula o efeito imperfeito de antigamente, e isso não quer dizer que o delay digital preciso seja ruim e artificial, só tem outras formas de uso e de se explorar. Enfim ... com a música pode ser parecido com o delay, eu penso.
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sebber Veterano |
# set/12
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Raul já falou sobre isso nos anos 70:
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guizimm Veterano |
# set/12
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eu concordo com o cara em termos, acho que tem muita coisa boa por aí, mas nada original, e acredito que num futuro próximo surja alguem para mudar tudo e inovar geral, e esse alguem vai ser lembrado como revolucionário, ou isso ou algum movmento que inclua varias pessoas ao invés de uma só
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allanwesley Veterano |
# set/12 · Editado por: allanwesley
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Carta de Laurie Spiegel para o editor do NYT, 01 de julho de 1990
Lendo seus artigos sobre a nostalgia de hoje, gostaria de acrescentar a observação de que este foco de nossa cultura no passado não pode ser inteiramente explicado como sendo motivado apenas pelo humor do público. A demanda veio a existir em parte como resultado de fatores econômicos na mídia.
O número de meios de comunicação (canais de TV, etc) tem se expandido nos últimos anos mais rápido do que a capacidade da nossa sociedade de criar nova informação de qualidade para preencher a capacidade de canal acrescida. A diferença resultante entre a largura de banda e nova programação está sendo preenchida pela reutilização de material antigo (estações de rádio de músicas antigas, redes de TV a cabo mostrando apenas filmes antigos, e reedições de LPs como CDs). Material antigo é barato, rápido de obter e rápido para conseguir aceitação do público, em comparação com o material novo da mesma qualidade, que deve ser criado e promovido a partir do zero.
Nossa sociedade não tem escolha a não ser tornar-se cada vez mais nostálgica quando constantemente bombardeada com imagens de nossos próprios jovens perdidos. Então, é criado um ciclo em que a demanda pública cada vez mais opta por revivalismo no lugar do novos trabalhos, porque os provedores de informação ficam mais do que felizes em manter seus custos baixos através de manter nossa atenção voltada para o passado.
Este fenômeno de olhar para o passado em busca de entretenimento, discernimento e experiência estética — em vez de olhar para as vozes criativas de nossos contemporâneos, que podem autenticar e explorar a nossa própria experiência para e conosco — coincide com grandes pressões reacionárias para restringir apoio aos criadores de informação do nosso país — escritores, artistas, cineastas, compositores, inventores, etc
Como a nova mídia de distribuição é baseada em revivalismo de velhos trabalhos, porque é muito caro criar bastante material bom e novo para preencher nossos meios de comunicação em expansão, estamos sendo empurrados em direção a uma cultura de nostalgia. Porque a criação do novo trabalho é realmente mais cara, arriscada e difícil do que apenas reutilizar o trabalho velho, novas obras precisam ser subsidiadas para concorrer com obras antigas. Este é, em essência, o motivo pelo qual todas as outras nações desenvolvidas com fortes inventários artísticos de seus passados já aprenderam a subsidiar os seus criadores de informação (artistas), mesmo a curto prazo e de maneira arriscada. A cultura jovem dos EUA ainda tem de entender isso e fazer o mesmo.
Suporte para a nova criação é uma maneira básica de pesquisa e desenvolvimento culturais. Isso pode nos ajudar a preencher nossos novos canais de mídia com maior variedade em vez de maior redundância, nos permitem continuar a exportar música, cinema, literatura e novas formas de informação e estimular mais relevantes e úteis discussões e lampejos.
Povos de todo o mundo estão atualmente ansiosos para adotar formas políticas, econômicas e culturais americanas, em grande parte porque eles foram expostos à produção informativa americana (cinema, música, etc) ao longo de décadas. Em uma época em que este país já não é um líder mundial em outros campos onde costumavam ser, nossa produção informativa — intelectual, artística, criativa e inventiva — a nossa área remanescente mais forte de liderança global, está recebendo cada vez menos apoio, porque reprises são mais baratas e mais seguras, e nova criação é cada vez mais cara e restrita. Como o novo trabalho não ganha o apoio de que necessita para competir de igual para igual economicamente com o trabalho antigo, nossos meios de comunicação são, compreensivelmente, saturados com uma porcentagem crescente de reprises e remakes.
Se esta tendência não for revertida, em breve vamos experimentar a nostalgia de um tempo em que visão, exploração honesta, expressão e criatividade ainda eram economicamente viáveis, e muito pouco sobreviverá ao nosso próprio tempo para mostrar à próxima geração pelo quê seremos nostálgicos então.
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Jeps Veterano |
# set/12 · Editado por: Jeps
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Concordo totalmente com o Scrutinizer. Nós temos limites, a música não. O momento de um novo BOOM musical ainda vai chegar.
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MauricioBahia Moderador |
# set/12 · Editado por: MauricioBahia
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Tudo é cíclico. Basta olhar o passado pra entender o presente.
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El_Cabong Veterano |
# set/12 · Editado por: El_Cabong
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Só sei que a cultura no Brasil está tomando uns caminhos estranhos !!!!!!
Troca de Ministros no Ministério da Cultura: Sai a irmã do Chico Buarque, e entra a mãe do Supla.
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
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gucrispim Veterano |
# set/12
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MauricioBahia Tudo é cíclico. Basta olhar o passado pra entender o presente. Calma lá. O lance não é determinista assim.
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MauricioBahia Moderador |
# set/12 · Editado por: MauricioBahia
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gucrispim: Calma lá. O lance não é determinista assim.
Eu acredito no que eu disse! Mas é claro que é apenas uma ideologia e só.
Abs
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gucrispim Veterano |
# set/12
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MauricioBahia Mas Mauricio, então a gente é capaz de prever o futuro pelo passado? Claro que nada muda totalmente de uma hora para outra, mas é tudo interativo.
Só para citar uma banda e música, com influência neo-clássica o Scorpions com Uli-John Roth tocava algumas musicas (que eu não gosto) com essa cara estampada, mas foi capaz de criar musicas foda que influenciaram gerações futuras com novos elementos e novas misturas de identidades estéticas diferentes.
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MauricioBahia Moderador |
# set/12 · Editado por: MauricioBahia
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gucrispim: Mas Mauricio, então a gente é capaz de prever o futuro pelo passado?
Eu não falei prever o futuro!!!! Eu escrevi: "Tudo é cíclico. Basta olhar o passado pra entender o presente.".
Ou eu passei uma mensagem dúbia ou você interpretou errado ou eu não entendi nada!!! hehe Eu nem mencionei a palavra "futuro". hehe
Abs
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