Caminhos para Viver de Música Pt 6

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# jul/12


Caminhos para Viver de Música Pt 6:

Trabalho Próprio – Bandas, Solo e Compositores.

Esta primeira parte geral, vale para qualquer trabalho autoral, grupo, solo, compositor popular, compositor de trilhas e etc.

Você precisa ter um “norte” para se guiar. Que caminho pretende trilhar?

Eu, sinceramente, não sei se posso ajudar... Mas o que pretendo é dar algumas dicas que poderão ser úteis, nada mais. Sucesso não tem fórmula.

John Lennon disse, uma vez, que se ele soubesse a fórmula do sucesso dos Beatles ele aposentava a guitarra e ia ser empresário. Se ele disse isso quem sou eu para falar algo sobre o assunto?

Se você pensar, em face do quadro atual, do que é veiculado na mídia, qualquer coisa que não seja Axé, Pagode e Sertanejo Universitário estarão muito restritos. Contudo, vivemos um momento de mudanças, as gravadoras não se prepararam para a Internet, e estão perdidas, procurando um novo rumo.

Então, eu não acho que você deva pensar nisso (vou repetir, o que já disse em outro tópico, não falo do conceito “bom ou ruim” falo de sucesso), Pitch conseguiu um espaço fazendo rock, Maria Gadú fazendo MPB, ainda que ambas de forma meio pasteurizada. Então não perca tempo com rádio e TV. Esse é o campo das gravadoras, e como disse, está estagnado e sem diretrizes.

Então, mesmo que almeje o sucesso, esqueça fórmulas. Faça o que você gosta!

Muita gente é mais artista do que músico. Mesmo que você use um instrumento apenas para expressar sua arte e compor, ser um virtuoso ou grande instrumentista não é seu objetivo principal. Então, não perca tempo querendo tocar feito Steve Morse, porque você perderá tempo, quando deveria estar criando e focado em divulgar. Você será um compositor medíocre e um guitarrista frustrado. (Isso não significa que tocar essa merda que você toca tá bom. Não avacalha! Gilberto Gil toca muito bem violão, Lulú Santos faz muito boas guitarras para seu trabalho, Arlindo Cruz toca bem seu cavaquinho, só que nenhum deles é um Mozart, e para o trabalho que eles fazem, não precisam ser). Você consegue entender o que estou tentando mostrar?

Então, foco no seu trabalho e para de perder seu tempo dizendo que o Chimbinha é ruim, porque para o Calypso ele é bom! E mesmo que ele fosse ruim, ele não está roubando seu espaço... Para de perder seu tempo com inutilidades.

Compor exige dedicação, é como tocar. Você pode ter boas ideias, ter criatividade e inspiração, mas não escreve, não lê não se informa e etc. na hora de por no papel não conhece mais de 100 palavras para se expressar... Aí é osso!
A mesma coisa na composição musical. Você ouve pouca e as mesmas músicas, não vai a shows, se restringe somente a um estilo, acha tudo uma merda, é incapaz de admitir um músico bom numa banda ruim... Fica difícil né?

Seguindo...

Você pode não tocar a música que imagina, mas tem que saber passa-la aos músicos, tem que saber se expressar e contar com músicos ao seu redor, capazes de compreender suas ideias e executa-las, dar-lhes vida.

Bandinha montada, repertório próprio. Você terá de arranjar suas músicas, deixa-las o melhor que a banda consegue tocar, usar ritmo, dinâmica, sonoridade, timbres, tudo a favor de seu trabalho, e do que pretende transmitir com ele.

Com repertório, estilo e banda definidos, você tem que ensaiar prá caramba. Ensaiar trabalho próprio é muito mais trabalhoso do que cover, porque cover você treina até sair igual, mas trabalho próprio “ganha vida” toma rumos inesperados, vai sendo lapidado até chegar ao ponto ideal. Você tem que estar atento a cada detalhe. Um harmônico na guita, um slap no baixo, uma cúpula de prato, muitas vezes é fundamental na concepção do seu som e fazem toda a diferença. E quando chega ao ponto ideal tem que ensaiar muito para ficar bem executada. Se a galera já não tem cultura de ouvir trabalho autoral, imagina trabalho autoral mal tocado.

Tudo pronto, trabalho redondinho... Vamos à divulgação.

Antigamente era muito complicado e caro. Gravar demo em Studio, confeccionar capas para os CDs ou Fitas K7s, bater de porta em porta, enviar por correio, fazer chegar à mão de produtores, gravadoras, rádios e etc.

Hoje, se alguém me pedisse um conselho, eu diria: Divulgue na internet.

Com tantos recursos caseiros que permitem uma gravação de boa qualidade em “home Studio”, não há desculpa para você não fazer uma boa gravação. Faça profissa, não grave ao vivo (a não ser que seja o melhor para sua proposta). Grave instrumento por instrumento, cada um em um canal, cuide de timbres, nuances, brilhos, dinâmica, uma equalização agradável e bem feita e uma masterização dedicada.

Não tenha pressa, perca dias gravando. Você tem que ter liberdade e segurança de aceitar críticas de seus “manos” de banda e amigos e poder sugerir melhorias e palpitar também. Banda boa é time, joga junto. Chame um amigo que esteja habituado com softs de áudio para fazer mixagem e masterização, por favor, não improvise, CAPRICHE!

Se possível, faça um clip. Crie um roteiro, procure amigos que sejam bons na coisa se você não se sente capaz. Não é tão difícil, do mesmo jeito que você quer divulgar sua música, alguém quer divulgar-se como cineasta.
Faça amizades, conheça pessoas, troque interesses.

Uma observação: Você já assistiu algum vídeo do De Ross aqui do FCC? Pois bem, eu não o conheço pessoalmente, não sou amigo “real” dele, então posso fazer uma análise puramente crítica e isenta.

“O cara é endorsse, é músico. Precisa e deve “vender” sua imagem como guitarrista e a dos produtos que ele representa. Ele coloca pelo menos um vídeo a cada 10 dias aqui no FCC e Youtube, divulgando seu trabalho.

Sempre de forma bem humorada, simpática e com qualidade como guitarrista. Seus vídeos têm uma puta qualidade de imagem e som, ele se utiliza de efeitos que estão ao seu alcance, como legendas, movimento de imagens, iluminação, brilhos e etc.” Ou seja, ele faz a coisa o mais profissa possível. Isso da credibilidade chama a atenção, tem “objetivo”.

Por mais que seja natural, alguém acha que ele liga a câmera, faz uma merda de um improviso, toca qualquer bosta?
Galera se liga! O cara passa a imagem dele como músico e das empresas que ele divulga, não vai fazer qualquer merda amadora!

É assim que você tem que tratar seu trabalho autoral. Fuça, se espelhe em coisas que você ache boas, se influenciar positivamente, é muito diferente de plagiar.

Paralelo a isso, faça contato com a rádio de sua cidade, talvez tenha um horário ou um programa que atinja um público que lhe interessa quem sabe o DJ roda tua música?

Faça shows nas escolas, bares da região, centros culturais, divulgue sua banda, ela tem que se tornar conhecida em sua área. Se nem teus amigos não vão ao teu show, que estranhos irão?

É trabalhoso, é árduo, a sorte conta, mas é o único meio, e duvido que um vídeo acessado milhares de vezes na internet e comentado em fóruns e sites não despertem o interesse de algum “tubarão”.

Se teu trabalho não agrada? Aí é com você. Só não se frustre, porque ninguém é obrigado a gostar de seu trabalho.

Se você compõe canções, mas imagina outros interpretes cantando suas músicas, idem todas as dicas acima, mas você tem que correr atrás de contatos com os cantores e/ou bandas do estilo de suas canções e fazer o possível e o impossível para que tuas composições cheguem às mãos deles.

Se você compõe trilhas, jingles e etc. idem. Têm que descobrir pesquisar e se informar de quem são os produtores, arranjadores e músicos que estão neste setor e chegar até eles, incluindo agências de propaganda e etc. Fique atento ao mercado de games. Tenho ouvido trilhas espetaculares em games e acho que é um ramo muito interessante e em crescimento para compositores de trilhas.

Talvez você esperasse algo a mais neste tópico, tipo um caminho das pedras. Mas não tem como fazer isso, até porque seu eu tentasse, estaria mentindo. Senão, eu seria famoso, e você diria: “Cara, é o Lelo Mig que escreveu (manda um autografo por email), e você certamente não me conhece, justamente porque eu não sou famoso"!

Capiche?

Próximo tópico, encerro a “série”... Vocês ficaram livre...Ufa!

Caminhos para Viver de Música Pt 7

Músico de Orquestra e Musicais!

Obrigado, Até lá!

(*) Obs., como em todos os posts tenho evitado dar o nome dos músicos que conheço e tenho usado como base para meus tópicos por uma questão ética. Mas eles existem, conheço vários, e para muitos dados que atualizei, consultei-os.

Obs2: Para quem quer curtir a série e perdeu os 5 primeiros episódios:

Caminhos para Viver de Música:

Pt1
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290492/
Pt2
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290544/
Pt 3
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290598/
Pt 4
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290660/
Pt 5
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290733/


Grande abraço a todos!

guizimm
Veterano
# jul/12
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muito bom, qnto tempo vc demorou pra escrever tudo isso?

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
Na sua opinião,o que é necessário para manter uma banda unida?
Para mim, um dos items é o interesse em comum. Digo isso pois eu toquei em uma banda por alguns anos, o pessoal quis viver de musica e divulgar a banda, tocando em dias de semana de madrugada, inclusive em outras cidades. Nessas fiz minha escolha de sair pois tenho outros interesses. Mas já escutei reclamações de pessoas com o mesmo interesse em comum mas que acabavam brigando e desfazendo um grupo.

De Ros
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

E lá vou eu mais uma vez dizendo: Baita texto, super bem escrito e informativo!

Que pena que só vai ter mais um.... Acha uns assuntos pertinentes aí e continua, dá gosto de acompanhar!

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Luiz_RibeiroSP

A última banda que tive, durou mais de 15 anos. Um núcleo formado por amigos desde a adolescência, mas que cada um foi para uma banda, até nos unirmos já depois dos 20 anos. Eu na guitarra, um vocalista, um baixista. Iniciamos com um baterista que ficou pouco tempo, depois um outro que ficou uns 5 anos e o último que ficou até o final.

Todos tínhamos em comum, profunda amizade, amor pela música, necessidade de compor e se expressar, experiência em outras bandas, parte do gosto musical comum (o que nos unia), e parte diferente o que fez com que tivessemos um estilo próprio com influências diversas.

Tínhamos dias marcados e horários para ensaiar, divididos em (composição e arranjos) e ensaio de repertório já pronto. Local para ensaio, aparelhagem, uma certa estrutura e muito profissionalismo.

O que não tinhamos? Éramos todos muito "artistas" e nenhyum tinha um perfil de "correr atrás" como deveria, bater nas portas, ser vendedor. Faltou ambição.

Trabalhamos pouco nesse sentido. Estivemos nos mesmos círcuitos e casas onde aconteceram várias bandas ao nosso redor. Circuito anos 80, onde surgiram Titãs, RPM, Capital Inicial e tantos outros.

Nosso som era um pouco "sofisticado" demais em comparação a estas bandas, menos crú, menos pegajoso, menos compactado. Tinha muito de progressivo e psicodelismo, com um "Q" de MPB de "bicho grilo"...rs.

Não acontecemos, apesar de ter tocado nas mesmas casas onde estes grupos tocavam e sermos elogiados pelo público.

Faltou "empreendedorismo". Éramos amigos, fazíamos o som que nós queríamos e não estávamos dispostos a mudar e ceder a algumas "mudanças propostas".

Talvez, se um de nós tivesse chutado o balde e "se vendido" (não no mals sentido, no sentido profissional)... pelo menos este estaria "famoso"...rs.

Ninguém quis. Não me arrependo, somos amigos "irmãos" até hoje.

Isso prá mim vale mais que qualquer outra coisa.

Quis muito viver da minha música. Não consegui. Nem por isso me arrependo ou desencorajo alguém a tentar. Não me arrependo de nada, só tive alegrias, a música só me deu coisas boas!

Acho que amizade, respeito, tesão e humildade...é a fórmula para uma banda ficar junta, ou seja, a mesma de um casamento.

renatocaster
Moderador
# jul/12
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Lelo Mig

Cara, excelente contribuição. Vou até sugerir à Moderação que fixe esses seus tópicos na primeira página para que eles não se percam no meio do "abismo".

Uma contribuição tão sólida como esta e ainda por cima gratuita, merece um "stick" sem dúvidas.

Abs

Lelo Mig
Membro
# jul/12 · Editado por: Lelo Mig
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De Ros

Obrigado pela presença novamente!

renatocaster

Renato, quanto ao lance de juntar tudo e fazer um tópico fixo, como a galera já comentou, sei não. Vai ficar muito grande, a maioria nem lê....rs. Se resolverem fazer isso, tudo bem, se for para o "limbo"...rs, faz parte.

Obs: Lembrando que hoje eu encerro a "saga"...rs

Jim Marshall
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Muito bom, assim como os demais.

Lelo Mig
renatocaster


Para colocar como tópico fixo eu acho mais prudente colocar apenas a Pt. 1 e no final do texto o link para as demais partes.


Abraço,
See ya!

renatocaster
Moderador
# jul/12 · Editado por: renatocaster
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Jim Marshall

Para colocar como tópico fixo eu acho mais prudente colocar apenas a Pt. 1 e no final do texto o link para as demais partes.

Isso. Ou, até mesmo um breve resumo (ou introdução) de cada "Parte" colocando o link de cada um delas em separado. Funcionaria basicamente como um sumário, ou índice. Colocar todo o conteúdo em um só tópico realmente não é viável e nem um pouco atrativo.

Eu mandei e-mail pra Adm do forum, mas também é só uma sugestão. Será uma pena esse assunto ir pro "limbo" como o próprio Lelo Mig disse, hehehe.

cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
cara, oque você fez aqui no FCC muita revista cara não fala e nem explica como explicou aqui, parabéns cara.
Com esse tópico aprendi que tenho que perder a timidez e meter a cara no mundão aí pra achar pessoas novas com quem posso estar tentando um futuro na música, já vi que essa de ficar só em casa só treinando minha guitarra e parecer um vampiro porque não pega um sol da rua não vai dar certo.
Cara você tem alguma ideia onde posso encontrar pessoas que também tem mesmo interesse que eu? viver de música,? eu sou moleque ainda, tenho 15 anos, tem alguma ideia onde posso encontrar um pessoal assim?

sebber
Veterano
# jul/12
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Esse é o assunto que mais me interessa. Marcando pra ler com calma mais tarde. Mais uma vez obrigado Lelo Mig.

-Dan
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Ótimos tópicos!

Obrigado por compartilhas suas experiências.

Jim Marshall
Veterano
# jul/12
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renatocaster

sso. Ou, até mesmo um breve resumo (ou introdução) de cada "Parte" colocando o link de cada um delas em separado. Funcionaria basicamente como um sumário, ou índice.

Seria bom também, essa idéia é mais legal hein Renato!

Abraço,
See ya!

Del-Rei
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
Mais uma vez, espetacular, meu amigo!!!

mas trabalho próprio “ganha vida” toma rumos inesperados, vai sendo lapidado até chegar ao ponto ideal

Na minha banda temos músicas autorais que tocamos há mais de 5 anos... E até hoje sofre alterações de arranjos, hehehe.

Parabéns, cara!!!

Um aceno de longe!!!

elyts
Veterano
# jul/12
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veeelho, eu descobrir seus topicos ontem, e esse era oque eu mais queria ler, tava até ansioso hehe

MMI
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Legal seu texto, parabéns mais uma vez. Só uma coisa...

Éramos todos muito "artistas" e nenhyum tinha um perfil de "correr atrás" como deveria, bater nas portas, ser vendedor. Faltou ambição.

Também não tenho a fórmula mágica, exemplo de John Lennon, mas já vi algumas algumas coisas caminharem. Pode dar certo ou não, mas tem uns caminhos que já aconteceu de dar certo.

Isso é uma "falha" comum, afinal os caras estão preocupados com notas, timbres, harmonias, ensaios etc. A parte empresarial e comercial fica meio de lado mesmo, geralmente ninguém é do ramo. Conheço caras que tocam absurdamente bem, mas querem que caia do céu um cara que reconheça o talento e leve às alturas - desculpe, não vai acontecer. Claro, toquem bem, o melhor possível, mas ter todo esse trabalho de tocar, ensaiar, gravar só para tocar em botecos onde você na verdade está atrapalhando quem quer conversar ou gravar um CD só para as mães falarem que está bonito (bom, o Elvis começou a carreira assim...), não vale a pena.

Para isso existem produtores comerciais. É meio difícil, tem cara que se diz produtor e vai te botar no mesmo boteco da esquina que você não quer mais tocar, tem que separar o joio do trigo. Mas tem caras que vão te colocar para abrir para bandas maiores, te levar para radios, festivais maiores, mas não se esqueça que para isso tem que ser bom o trabalho. Claro, isso custa também! Mas se você quer acontecer, tem que investir ao menos no início, é muito difícil que aconteça com alguém caindo do céu para por dinheiro no seu trabalho. por isso que tem banda que no primeiro trabalho já sai na Guitar Player, sai na Veja, toca na rádio e TV, aparece o CD nas grandes redes do Brasil todo. Sim, também vão te comer um bocado do seu lucro, mas para quem não é ninguém, é um grande passo.

A ideia é ter um produto bom, então ao invés de esperar aparecer um tubarão, ir atrás do tubarão. Já vi gente acontecendo dessa forma...

Obs.: Lelo Mig, quando disse "você" não era exatamente para sua pessoa, muito mais para a garotada que quer um rumo, não me leve a mal. É uma crítica muito mais futura do que passada.

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Dei uma passada rápida só prá ver como estavam as coisas...mas tenho que sair. Mais tarde volto para "postar" o último tópico da série, com algumas considerações gerais e dar uma atenção a cada um que comentou aqui.

See you later!

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jul/12
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Pelo que li,percebi que é importante tocar bem o instrumento. mas como que nos anos 80,bandas punk,que mal sabiam tocar,se apresentavam em programas e rádios?

Não vou citar nomes,mas procurando no youtube,é fácil achar bandas assim,tocando nestes programas.

cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
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Luiz_RibeiroSP
é que naquela época era moda, assim que como pra fazer sucesso cantando funk hoje não precisa saber merda nenhuma de música, acho que isso explica não?

cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
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Luiz_RibeiroSP
é que naquela época era moda, assim que como pra fazer sucesso cantando funk hoje não precisa saber merda nenhuma de música, acho que isso explica não?

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Jim Marshall
Muito obrigado pelos elogios.
cafe_com_leite
Esteja no circuito... Escolas de música, centros culturais da sua cidade, festivais e eventos, faça amizade com alguém de estúdio e etc. Quando for mais velho, bares e shows.
-Dan
Obrigado..valeu!
Del-Rei
Trabalho autoral é uma delícia...e infinito..rs! Valeu!
elyts
Espero que sacie um pouco sua ansiedade..rs. valeu!
MMI
Você está correto, até pensei em citar produtores, mas ia fugir um pouco da ideia central e os posts já ficaram muito grandes. Além do que, acho que eles vivem um período "meio perdidos" também, no cenário atual.
Luiz_RibeiroSP
Punk, independente de gostar ou não é "tosco". A tosqueira faz parte do estilo...tocar bem é relativo...lembre-se do que eu disse: Faça bem o que o estilo que o músico gosta precisa!
No grunge, Kurt Cobain, fã de punk, foi um guitarrista medíocre. Mas eu gosto de Nirvana e não sinto vergonha por isso... entende?

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
Ha sim,entendo o que disse,mas sempre houveram bandas punk,no entanto, é difícil escutar um programa que tenha novas bandas assim hoje, pior ainda na TV.atualmente não existe um programa que tenha bandas destas,como teve nos anos 80. por exemplo o fabrica do som, matéria prima e o perdidos da noite. Todos tiveram bandas que tocaram mal mesmo. Sera que foi um momento na musica,com a novidade que era o punk?

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Luiz_RibeiroSP

Luiz, vou ser sincero com você. Eu preferia mil vezes quando haviam estes programas, mesmo aparecendo gente ruim, do que estes programas como calouros do Raul Gil que só aparece gente afinada e com técnica "a la" Beyonce ou Whitney Houston. Estes cantores são muito chatos, cheios de técnica e nenhum poder de interpretação, nenhuma expontâneidade, nem naturalidade. Um canto forçado e tecnicamente "ensinado". Uma cambada de cachorro adestrado.
Eu sou do tipo que ainda me sensibilizo mais com a criatividade e estilo do que com técnica apurada... apesar de ouvir mita música boa e bem tocada, mas feita por seres humanos criativos e não clones de cantor ou músico de sucesso.

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Estes programas acabaram porque não há mais espaço para criatividade. Não há mais espaço para rebeldia, muito menos para cultura.
"Neguinho" frequenta a faculdade, tem carro, emprego e só ouve merda. Música deixou de ser arte, virou entretenimento. Vivemos um período "burro" e triste.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
É eu também prefiro esses programas. insisti no assunto pois eu tinha uma banda punk, modéstia a parte, tocávamos bem.No entanto não existe espaço. Essas bandas antigas parece que vivem do passado e as bandas que existem hoje,nunca conseguem espaços parecidos.
O ultimo programa que eu lembro foi o musikaos na cultura e algumas radios,que tocaram boas bandas no anos 90,depois não vi mais. ai fiquei curioso do porque existiu espaço e hoje não. nem bares gostam de banda com som próprio, coisa difícil de ver, apesar de existir

MMI
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Essa questão de cair na mídia, aparecer na TV, o problema é que a coisa se "profissionalizou" (no mal sentido principalmente) tanto que limitou. As rádios querem contratos e uma boa grana, mas ainda dão algum espaço. A TV praticamente fechou seu espaço. Neguinho hoje quer muita grana, para aceitar uma banda e rock/metal quase não tem mais espaço.

Tem uns poucos meses, conversamos com uns caras que trabalham em produção comercial, mais como conversa de boteco mesmo porque eu não quero nada deles, mas a coisa está cruel. O jabá tá forte, eu mesmo me surpeendi.

Lembrei agora de um video antigo do Felipe Lisciel...



Lelo Mig
Membro
# jul/12 · Editado por: Lelo Mig
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MMI

O vídeo é muito bom, é bem isso mesmo.

Só que têm uma coisa, que principalmente a molecada que tem entre 14 e 20 anos precisa se ligar e PODE fazer....aos poucos, mas pode.

Os espaços culturais acabaram. A galera só ouve merda porque é burra.

Antes haviam festivais de monte, movimentação cultural nas cidades, eventos culturais promovido por estudantes, programas alternativos em rádio e TV e etc...ou seja, havia muito mais espaço para exposição.

Porque não há mais programas alternativos em rádio e TV? Porque os jovens de hoje não assistem. Os jovens de hoje "tem nojo" de Rogério Skylab, por exemplo, e são incapazes de aceitar alguma rebeldia.

Rebeldia hoje, é a rebeldia burguesa de "beber até cair na balada".



v1marqu3s
Veterano
# nov/12
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É, não tem jeito... o mais complicado é viver de música própria, tanto que é o único tópico que não menciona nada sobre grana! :P

PguitarMaxx
Veterano
# nov/12
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Marcado pra ler!

Lelo Mig
Membro
# nov/12
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v1marqu3s

Não menciona nada sobre grana, porque é o universo mais amplo da música.

Têm artista autoral ganhando 5 milhões de reais por mês e têm outros pagando prá tocar.

Isso, sempre foi assim e continuará sendo... e não é diferente em outros setores além música.

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