Caminhos para Viver de Música PT 5

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Lelo Mig
Membro
# jul/12 · Editado por: Lelo Mig


Caminhos para Viver de Música PT 5

Estúdio:

Este mercado mudou muito.
Com as possibilidades de estúdios caseiros, Vsts e etc. simplificou significativamente. Contudo irei, apesar de menos comum, tratar o assunto “estúdio” da forma clássica.

Entrar em estúdio para gravar seu próprio trabalho ou acompanhar um “mano”, é uma coisa. É bem legal, muito válido, mas você não é nem será músico de estúdio com isso.
Músico de estúdio, contratado para fazer um instrumento no trabalho de outro artista, em trilhas, jingles e etc. é outra coisa, e aí o “bicho pega”! Aqui não dá prá enganar, não dá pra saber mais ou menos e não dá pra ter equipo “meia boca”.

Entenda bem!! Suponha que você tenha uma banda, grave seu CD e chame o Satriani para fazer uma música. Ainda que seja o Satriani, o esquema é outro. Ele vai ouvir a música, criar um arranjo, um solo, até mesmo improvisar e etc... assim como Van Halen fez em Beat It do Michael Jackson.

Contudo, o músico de estúdio que vou descrever, é diferente. É um profissional contratado para “executar” seu instrumento numa canção ou trilha que ele jamais ouviu, de alguém que as vezes ele nem sabe quem é e sem tempo para ensaio, arranjo “porranenhuma”. Ou seja, o nível é alto.

Vamos por partes...

Gravando demos, trabalho próprio ou acompanhando algum “mano”.
Mesmo em sua própria demo ou master, ou de um camarada, um mínimo deve ser levado em consideração:

Estúdio custa caro. Para gravar esteja absolutamente ensaiado e com todos os arranjos definidos. Inventar arranjo na hora ou mudar músicas é coisa de banda de rock que a gravadora paga seis meses de estúdio para os caras aparecerem quando tiverem inspirados. Tua banda é o Kiss? Então cai na real.

Afinação impecável!

Aquela parte difícil de um riff ou solo que ainda não está perfeita e sai “meia boca” no ensaio? Treine até ficar perfeito ou simplifique para sair perfeito, porque o que é “meia boca” no ensaio, na gravação é sofrível.

Melhor 20 notas perfeitamente digitadas do que 40 na maior embolação e sujeira.
Arpeggios, licks e etc. “meia boca”? Idem ao parágrafo acima.

Bends que não alcançam o tom desejado, dedo que esbarra vibrando uma corda que não deveria, palhetada que pega na corda errada, pezinho marcando 1.2.3.4 em cima do cabo, click no botão do pedal... tudo isso vai aparecer na gravação.

Overdubs foram pensados antes? Vai gravar segmentado ou direto ao vivo? Vai segurar base e colocar solo depois? Vai alternar dois arpeggios? Vai fazer uma contra base em terça? Não sabe o que é overdub?
Tá bem “cabaço” prá ir para um estúdio, hein?

Isso tudo, para gravação pessoal, informal, amadora... e ”boqueta”.


Músico de estúdio - ”Profissa”

Antes de querer gravar em estúdio, tenha amizades para poder acompanhar gravações como espectador.
Repare absolutamente em tudo ao seu redor, cada detalhe, da acústica a forma como os músicos se comportam.

Se for a primeira vez, calma. Seu instrumento têm outro som, seu ampli tem outro som, seus pedais respondem de outra forma... ou seja, tudo que você estava acostumado em seu equipo vai te “trair”.

Detalhes mínimos como um pequeníssimo desajuste na afinação das oitavas de sua guita ou um chiado em seus cabos, vão se tornar um inferno aqui. Se tiver um produtor musical ou arranjador na bagaça... aí além do inferno o Diabo vai estar junto.

O produtor vai te dar uma partitura ou pedir para gravar “aos pedaços” sem notação alguma. Se der a partitura, provavelmente é a harmonia de teclado e melodia principal (do vocal) se for assim ele deve falar alguma coisa do tipo:

“Segue a harmonia, se liga no balanço do baixo, harmoniza swingado sem muita firula, depois do 12 compasso tu insere um lick na linha George Benson prá aumentar a dinâmica antes do refrão, observa que o teclado vai estar em Sol Menor com Sétima e Nona então é legal você brincar com alguns bordões nas terças ou quintas, fica esperto que o compasso muda prá 9/8. Depois do segundo refrão, têm 4 compassos prá você colocar um solo, quero algo na linha Earl Klug, com wha-wha na cabeça do tempo, depois da caixa... beleza?”

Vou rodar a música uma vez prá você pegar.

E aí? Dá prá encarar? Ou já tá borrado?

Se tiver um pouco mais de sorte, ele trará a partitura de guitarra já pronta e diz:

“Quero isso aí, coloca uma pegada legal e um swing funk/jazz”......gravando!

Caraca? Nunca ouviu a música, não sabe do que se trata...não rola um ensaiozinho? Não pode criar um arranjo ou solo primeiro? NÃO!

Como disse, no máximo grava “aos pedaços”, aí você ouve uma parte, gravando... ouve a segunda, gravando e etc. Mas se na primeira ele não gostar você já tá fora.
Nos anos 80, usávamos a expressão “limar o joelho” para se referir a isso. “Caraca, fulano limou o joelho do baterista no terceiro compasso!”

Acreditem!! Já vi neguinho escrevendo a partitura do que vai fazer, “de prima”, só ouvindo a música no monitor. Já vi produtor berrar: Ré não caramba! Mete um sol essa hora... ouvindo uma nota da frase na guitarra que o cara tava passando em outra sala. Já vi produtor tirar o instrumento da mão do músico para mostrar o que ele quer... e “caraca!” o produtor toca mais que o músico. Já vi: “não tem Wha-Wha? Fulano... telefona prá cicrano, porque este guita não têm wha-wha e sem wha-wha não rola”.

Você pode se perguntar....”porra, este Lelo Mig é foda para encarar essas paradas”...Não, amigos, nunca encarei. Já gravei em estúdio, trabalho próprio, acompanhei amigos, já coloquei guitarra para outros artistas... mas de forma bem diferente, bem mais informal e amadora.
NUNCA fui músico de estúdio, nem em meu auge eu tinha competência para encarar o nível de exigência que pode ser solicitado num deles. Mas como tenho amigos “nerds”, já assisti muitas gravações de alto nível... quietinho no meu canto, me fingindo de morto... rs.

Ganhos? Varia muito, muito mesmo. Depende do artista, do trabalho, no caso de jingles ou trilhas das empresas envolvidas.

Pode ser fixo por todo trabalho... ou por faixa gravada. À grosso modo, se for pro CD do seu “mano” = 1 cerveja no boteco em frente ao estúdio. Se for o Steve Vai num CD da Lady Gaga, talvez uns 30 mil dólares por uma música.

Mas no “geralzão” de 100 a 500 reais por faixa... pacote de R$ 2.000 à 8.000 por um álbum. Nada mal, né? Mas não costuma ter sempre, então, mesmo que você seja um rato de estúdio, considere sempre como um extra “gordo”, mas não paute sua carreira nisso.

E acho, infelizmente, que a tendência deste tipo de gravação é diminuir ainda mais.

Meus amigos que fazem estúdio, apesar de serem "tudo ateu”... kkkk me disseram que o mercado que eles mais atendem hoje é o gospel. Um guita amigo me disse hoje, dia 18/7/2012, que faz de 2 a 6 gravações para CDs gospel mês.

As vezes, algum destes meus amigos diz:
“Tenho uma gravação hoje”.
Eu pergunto: Que estilo?
ele responde: não sei!
quem é o cantor?
-não sei!

Até hoje, se rola este tipo de gravação e eu posso ir não perco. É excitante... e olha que nem sou eu que irá tocar, hein?

Em música, algumas coisas são bem relativas e você precisa saber colocar cada uma delas em sua esfera e necessidade. O cara, por exemplo, pode ser um shredder e não ter conhecimento profundo de leitura musical ou não harmonizar à contento. É fácil entender, se você comparar com outros campos de atuação, como por exemplo, o futebol.

O cara que faz 10 mil “embaixadinhas” está no Guinness Book, mas não joga em time nenhum, não sabe nada de futebol... Pelé, não fazia 10 mil embaixadinhas, e foi o rei do futebol.

Resumindo? Estúdio, nesse nível, é coisa prá jogador de seleção.

Até a próxima galera!! Abraço a todos!!

Próximo tópico.

Caminhos para Viver de Música Pt 6

Trabalho Próprio – Bandas, Solo e Compositores.


Obrigado, Até lá!!

(*) Obs, como em todos os posts tenho evitado dar o nome dos músicos que conheço e tenho usado como base para meus tópicos por uma questão ética. Mas eles existem, conheço vários, e para muitos dados que atualizei, consultei-os.

Obs2: Para quem quer curtir a série e perdeu os 4 primeiros episódios:

Caminhos para Viver de Música:

Pt1
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290492/
Pt2
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290544/
Pt 3
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290598/
Pt 4
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/290660/

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

No estúdio,a gravação dos instrumentos é feita só com a marcação do metrônomo,para todos?

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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Luiz_RibeiroSP

Depende....nunca há uma ordem pré estabelecida, depende do tipo de gravação e do método de trabalho do produtor.

Muitas vezes é com "Tic" de metrônomo no fone, principalmente na chamada gravação ao vivo "guitarra/baixo/etc" em linha na mesa tocando juntos.

Gravação de trilhas, raramente se faz "ao vivo" microfonado, ou é em linha ou então, se for microfonado é um por um.

Muitos produtores gostam de fazer uma guia de teclado. Aí gravam a bateria sozinho. Neste caso, os outros músicos gravam com teclado guia e bateria, aí não precisa de metrônomo.

Se há orquestra, a orquestra grava primeiro. Aí têm um regente e músicos de orquestra não precisam de metrônomo se houver um regente. Desta feita a trilha da orquestra fica sendo a guia.

MMI
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Eu estou acompanhando sua série desde o início, mas estava quieto aqui analisando e esperando para comentar. Também não sou mais menino e já vi e vivi muita coisa nesse meio. Eu faço questão de não ser profissional da música, me recuso a ganhar grana com música, fiz minha carreira em outra área, mas já toquei muito, faço gravações comerciais a torto direito, conheço de bandas e estúdios. Tenho uma sociedade num pequeno estúdio onde fazemos CDs comerciais, algumas vinhetas e gingles, mas para mim não é profissional - meus sócios e amigos que ficam com a grana, eu não quero e não gosto de ter meu nome estampado nisso.

Sabe a frase: "Enquanto alguns sonham com o sucesso, nós acordamos cedo para fazê-lo!" (Abílio Diniz)? Pois é, isso não vale só para o ramo do supermercado, vale para todo profissional que busca o sucesso, inclusive o músico. É como dizem, trabalhar 8 horas por dia é para os fracos, quem quer se sobressair precisa passar das 12 horas, nem que esse trabalho seja o de estudante de música, que mesmo os profissionais precisam continuar sendo.

Convivo com caras de estúdio que quando se deparam com um cara que diz - “Segue a harmonia, se liga no balanço do baixo, harmoniza swingado sem muita firula, depois do 12 compasso tu insere um lick na linha George Benson prá aumentar a dinâmica antes do refrão, observa que o teclado vai estar em Sol Menor com Sétima e Nona então é legal você brincar com alguns bordões nas terças ou quintas, fica esperto que o compasso muda prá 9/8. Depois do segundo refrão, têm 4 compassos prá você colocar um solo, quero algo na linha Earl Klug, com wha-wha na cabeça do tempo, depois da caixa... beleza?” Vou rodar a música uma vez prá você pegar. - Os caras respiram aliviados e dizem - "Hoje é fácil, tá mamão com açúcar, isso sai de prima, sem ter ouvido ou estudado com antecedência". A garotada que não pense que para estar entre os 1% que mais ganham grana, como no caso do músico da Ivete, o cara precisa estar entre os 1% que mais se destacam, precisa ter muita qualidade e precisa ser o cara certo na hora certa. É como jogador de futebol nessa terra, é cheio de "peladeiro", tem uns que ganham uma fortuna, mas a maioria ganha um salário de fome (quando ganha) até ser bom e ter destaque para chegar num clube decente.

Os estúdios maiores, que recebem os trabalhos para comerciais das empresas gigantes que anunciam na Globo, pagam bem, mas exigem ao extremo. Ás vezes ligam às 22:00 hrs e falam que tem uma música para comercial para ser entregue às 8 da manhã do dia seguinte e o cara quer mixar e dormir. E eles querem que tenha bom equipamento, se é violão, querem que seja um Martin, Taylor, Gibson, exigem altíssima qualidade, tem um cara que fala na cara que não é para aparecer com um Takaminezinho que ele manda voltar. Vão pagar por volta de 2 mil nesse violão, depende se vai para TV ou se é só rádio, coisas assim.

Tem a diretoria de uma gravadora que manda trabalhos. Varia muito, chegam a pagar mais de 10 mil num CD, mas ás vezes pedem músicas por 50 reais ou mesmo na "buena". Fazer o que... E mandam muito coisas desse tipo, que não se sabe qual o estilo, como é, quanto é, qual o tom, nada, estilo vai lá, toca e resolve.

Parabéns pelos seus textos.

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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MMI

Poxa MMI, que legal que você apareceu por aqui. Seus comentários e experiência engrandecem muito o post. Você percebeu que a intenção dessa série de post foi apenas dar uma base "teórica" para a garotada que está ainda distante do mundo profissional (no sentido de ganhar dinheiro) e não se dá conta que a maioria dos músicos que vivem da música, são trabalhadores como de qualquer outro ramo.

Muito guri fica sonhando em viver de música, achando que é só diversão e moleza....você bem conhece o tipo.

MMI
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Eu estava de olho desde o primeiro e achando bem legal. percebi bem o "espírito da coisa", mas fiquei curtindo seu texto e analisando o que acontecia. É bacana ver sua experiência e vivência, não é diferente da minha, mas é muito bom de se ler.

Tem muito garoto que acha que ser guitarrista profissional é solar o tempo todo, metalzão na cabeça, muito sexo, drogas e rock`n roll, só alegria. Não, não é! Tem que ralar e muito, esquecer seu gosto pessoal e tocar o que for necessário, é um trabalho.

Estou esperando a parte dos "capotes e cambáus" que rola muito no ramo, entre músicos, bandas, produtores, gravadoras etc. Essa vai ser boa! Daí eu vou fazer meus comentários... kkkkkkk

GuitarristaDoNickEstranho
Veterano
# jul/12
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Eu sabia que viver de música é bem difícil... Depois de ler esses posts, percebi que é ainda muito mais difícil do que eu pensei...

Deixa quieto eu como funcionário público mesmo, guitarra como hobby... hehe

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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GuitarristaDoNickEstranho

"Eita Rapá"...a ideia aqui não é desanimar ninguém não!!...rs

GuitarristaDoNickEstranho
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Na verdade, não é desânimo, cara. Eu não tenho nível pra viver de música mesmo. E moro numa cidade onde alguém que queira viver só de música morreria de fome.

Era só um sonho distante que eu tinha quando era mais jovem, mas que eu percebi ao longo do tempo que é algo que, talvez pela pressão de ser um trabalho, me fizesse perder o prazer que tenho em tocar.

Graças a Deus eu consegui um ótimo emprego, com um bom salário, que me permitirá investir um pouco em alguns equipamentos. Eu toco em igreja, apenas, e em casa, ou em algum evento aqui ou ali, e pra mim já tá bom assim.

cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
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putz, tem que ser bom pra gravar em estúdio eim! ainda bem que eu to aprendendo a ler partitura, é chato mas vale muito a pena

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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GuitarristaDoNickEstranho

Entendo... eu vivi alguns anos de música, mais para bancar meu sonho de acontecer com trabalho autoral. Tive uma banda boa, com composições de qualidade durante mais de uma década, mas por uma série de fatores, não acontecemos.

Eu sempre fui mais artista do que músico, fazer música era mais importante prá mim do que ser um virtuose, ou seja, gostava mais da música, compor e arranjar do que ser "guitarrista".

Também larguei os bares e bailes da vida, porque não nasci para ser profissional da música, um "funcionário músico" ficar tocando música dos outros.

Trabalho autoral é o assunto de meu próximo post....

Até mais!

GuitarristaDoNickEstranho
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Cara, esqueci de te parabenizar pela iniciativa! São excelentes posts, com uma qualidade excepcional e conteúdo fantástico.

Serve pra acordar a galera que vive no mundo da imaginação, e também pra guiar aqueles que sabem que vão encontrar muitas pedras nesse caminho...

Parabéns!

De Ros
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Só para variar, outro texto excelente!!

Jim Marshall
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Texto muito bom.

Vou dar uma lida nos demais!


Abraço,
See ya!

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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cafe_com_leite

Se você ambiciona chegar ao nível de tocar lendo partitura de "prima" absolutamente correto, aconselho, além de continuar as aulas onde faz, aconselho a procurar um outro professor, de preferência um músico de orquestra. Infelizmente, duvido muito, que em alguma escola de música comum, encontre alguém que leia partitura neste nível. A maioria diz que sim, mas minha vivência por aí, mostrou que não!

GuitarristaDoNickEstranho

Obrigado!! valeu mesmo!

De Ros

Obrigado camarada, fico feliz com tua presença. Você é um cara experiente e atuante...sinta-se a vontade para meter o "dedo" nestes tópicos. Sua opinião é importante e a galera aqui te vê, merecidamente, como o mestre!

cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
é verdade, inclusive vai chegar um cara na minha igreja que toca em orquestra e vai dar aula lá, no começo das aulas ele só vai ensinar partitura, vou aproveitar essas aulas, mesmo que seja com uns 30 negos juntos hehehehe

guizimm
Veterano
# jul/12
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porra, acho que músico de estúdio é o mais difícil, tem que estuda pra caramba

Jim Marshall
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Li os 5 tópicos.

Poderiam facilmente se tornar tópicos fixos, tamanha a clareza e objetividade que você usou para explicar as diversas situações pelas quais a pessoa passa, ou poderá passar, ao escolher viver de música.


Parabéns pelos excelentes textos !

Grande abraço,
See ya!

Skapunk
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Mais um excelente texto...

Aposto que o próximo (Trabalho próprio) é um dos mais aguardados!

Abraço!

MMI
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig

Infelizmente, duvido muito, que em alguma escola de música comum, encontre alguém que leia partitura neste nível. A maioria diz que sim, mas minha vivência por aí, mostrou que não!

Cara, conto nos dedos de uma mão só os guitarristas que eu conheço que são capazes de de pegar uma partitura e sair tocando, principalmente se for uma música um pouco mais complexa. Guitarrista não tem esse costume, a maioria que sabe ler precisa de um tempinho para pegar a música, não é de prima. Já pianistas são muitos os que leem, de orquestra são todos os que leem!

Duds McCready
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
Há tempos que não via tópicos que agregassem bom conteúdo ao fórum. Parabéns pela sequência de posts.

Abraços!!

Del-Rei
Veterano
# jul/12
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Lelo Mig
Amigão, estava um tempo sem frequentar o fórum e não tinha visto esses seus posts.

Cara, sensacional. Fiz um intensivão agora, lendo tudo desde o início.
Depois junta tudo e faz um apostião. Show, cara. Vai abrir os olhos de muita gente. Bem útil mesmo. Parabéns!


MMI
Convivo com caras de estúdio que quando se deparam com um cara que diz - “Segue a harmonia, se liga no balanço do baixo, harmoniza swingado sem muita firula, depois do 12 compasso tu insere um lick na linha George Benson prá aumentar a dinâmica antes do refrão, observa que o teclado vai estar em Sol Menor com Sétima e Nona então é legal você brincar com alguns bordões nas terças ou quintas, fica esperto que o compasso muda prá 9/8. Depois do segundo refrão, têm 4 compassos prá você colocar um solo, quero algo na linha Earl Klug, com wha-wha na cabeça do tempo, depois da caixa... beleza?” Vou rodar a música uma vez prá você pegar. - Os caras respiram aliviados e dizem - "Hoje é fácil, tá mamão com açúcar, isso sai de prima, sem ter ouvido ou estudado com antecedência".

Pelas barbas do profeta.
E a galera já se acha foda quando tira o 3º solo de Sweet Child O' Mine.

Um aceno de longe!!!

MMI
Veterano
# jul/12
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Del-Rei

Olha, vou te dizer que todos que eu vejo que chegam nesse ponto não se acham foda. Também normalmente cara pode até pensar alguma coisa, mas não vejo falar mal de ninguém. Aliás, para tocar num assunto recorrente do fórum, outro dia um deles me falou: "a negada fala mal, mas o Chimbinha faz umas coisas que são difíceis pra caramba de tocar...".
Tem um cara que me impressiona muito, já soltei um som todo enroscado que o cara nunca tinha ouvido, ele começou a tocar junto na hora, fazer coisas bacanas, eu me assombrei e perguntei o que ele estava fazendo e o cara me responde sonoramente: "sei lá! Tô mandando umas notas junto, acho que é em sol, não sei...". kkkkkkk

MauricioBahia
Moderador
# jul/12
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Lelo Mig

Que saga hein! :) hehe Ainda não li mas quanto tiver um tempo, leio com calma!

Valeu!

elyts
Veterano
# jul/12
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muito interessante bro, bela sequencia de topicos

Lelo Mig
Membro
# jul/12
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guizimm
Jim Marshall
Skapunk
Duds McCready
Del-Rei
MauricioBahia
elyts

Poxa galera..feliz mesmo pelos posts agradarem. Não por vaidade, juro, mas pelo fato de fazer algo de útil.

Obrigado pela presença de todos...hoje a saga continua, próximo post é sobre trabalho autoral. (tô terminando de escrever aqui...rs)

Até breve!

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
Estava lendo sobre compressor e percebi que muitos tem dificuldade de usa-lo. Acho que o mesmo ocorre com pedal de expressão, pedal de volume e outros equipamentos.
Quando uma banda vai gravar profissionalmente existe algum profissional que auxilia e orienta no timbre? Que efeitos ficam bem, quais os indispensáveis, como usa-los...?

Lelo Mig
Membro
# set/12
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Luiz_RibeiroSP

No meu tempo, a grande maioria dos produtores musicais e técnicos de som eram músicos de alto nível... muitos, se bobeasse tirava a guitarra da sua mão e tocava muito mais ...rs.

Nesta época quase não havia "técnico de som" por formação, quase todos eram músicos que iam se especializando em gravação e produção por gosto e na raça.

Estes caras tinham muita visão, muita experiência e auxiliava muito sim...

Depois, o cenário mudou um pouco. Hoje tem muito técnico que não é músico, não tem experiência de palco, tocar ao vivo, estas coisas.

Manjam dos equipos de estúdio, mas pedais e etc, só na teoria... ou seja, não vão auxiliar muito não. Fora os técnicos formados no Youtube, que não sabem porra nenhuma...kkk

Mas, claro, ainda têm muito cara que manja muito.

cafe_com_leite
Veterano
# set/12
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Lelo Mig
Pena que sua série não foi fixada...

SanTânimo
Membro
# fev/14
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Lelo Mig

Cara parabéns pelos tópicos,
Li todos em torno de 2 horas, pois achei bem sugestivo e interessante.

Gostaria de saber o link ou se a Parte 6 já está pronta?

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