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Mensagem |
404e Veterano |
# mai/12
Quando não haviam afinadores eletrônicos, instrumentos como piano e órgão, como eram afinados?
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Casper Veterano
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# mai/12
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Com um dispositivo conhecido por diapasão:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diapas%C3%A3o
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guizimm Veterano |
# mai/12
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Com o diapasão, todo mundo deveria saber usar um
Mas como será que faziam o diapasão com tanta precisão?
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MauricioBahia Moderador |
# mai/12
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guizimm: Mas como será que faziam o diapasão com tanta precisão?
Os Gregos faziam dispositivos como astrolábios antes de Cristo. Diapasão deve ter sido mamão com açúcar.
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LeandroP Moderador |
# mai/12 · Editado por: LeandroP
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Eles tinham o "Diapasão de Zeus", e os handmakers da época faziam os clones.
Brincadeira! Interessante a pergunta do guizimm, "Mas como será que faziam o diapasão com tanta precisão?"... Qual era a referência? Ou afinavam-se uns com os outros?
Qual será o segredo do diapasão? °.°
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MauricioBahia Moderador |
# mai/12 · Editado por: MauricioBahia
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LeandroP: Qual será o segredo do diapasão? °.°
A harmonia divina. :)
ps. se é segredo ninguém pode saber ué! :)
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fernandodi Veterano |
# mai/12
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"Diapasão é um instrumento metálico em forma de forquilha, que serve para afinar instrumentos e vozes através da vibração de um som musical de determinada altura. Foi inventado por John Shore (1662–1752) em 1711" wikipedia
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juninholiveira Veterano |
# mai/12
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mas o diapasão foi inventado em 1711 por John Shore.
Mas e antes disso? sabemos que a música data de muito antes disso . . . como eles afinavam?
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JJJ Veterano
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# mai/12
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Ouvido absoluto.
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Pedro Pvsk Veterano |
# mai/12
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VooDoo
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vinibassplayer Veterano |
# mai/12
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Ouvido absoluto
mas pra eles falarem que tinham ouvido absoluto, eles tinham q ter refetencias, assim como hj, senão eles podiam pegar um som qualquer e falar "isso é um C#m7º/Ab"..
sacou?
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kiki Moderador |
# mai/12
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só sei que instrumentos barrocos são afinados um pouco acima dos 440 Hz (nao lembro quanto) sabe-se isso por causa dos instrumentos de sopro
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Edson Caetano Veterano
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# mai/12
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As notas musicais foram inventadas por Guido DArezo por volta do ano 1000, baseado em um hino de canto gregoriano, a afinação era de ouvido mesmo
Os instrumentos modernos que agente usa tem a mesma idade praticamente de invenção do que o diapasão, caso do piano, então sempre tiveram a ferramenta na mão
O diapasão na minha pesquisa já teve afinações diferentes do que 440, Já chegou a 457,2 em 1879
E vai falar com pitagoras quem dividiu as freqüências
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# mai/12
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kiki só sei que instrumentos barrocos são afinados um pouco acima dos 440 Hz (nao lembro quanto)
Abaixo. 415 Hz
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MMI Veterano
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# mai/12
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A primeira forma de afinação veio de um hino a São João Batista que era muito popular, usado para se tratar males da garganta (séc XI):
UT queant laxis REsonare fibris MIra gestorum FAmuli tuorum SOLve polluti LAbii reatum Sancte Ioannes
(""Para que teus servos possam exaltar a plenos pulmões as maravilhas dos teus milagres perdoa a falta do lábio impuro Ó São João")
Daí veio a escala musical, por determinação papal. Depois o UT foi trocado por Dó dizem que em homenagem a outro papa. Os germânicos depois denominaram a escala por letras de alfabeto, de A até H (incluíram a sétima).
Apenas em 1936 que se recomendou que o lá central fosse afinado em 440 Hz, mas só foi padronizado internacionalmente em 1955. Ou seja, antes disso era meio bagunçado mesmo. Podem ver que gravações bem antigas de jazz, cada uma está numa afinação.
Antes dos afinadores eletrônicos era um martírio... Eu aprendi nessa época, não havia eletrônica para afinar. Era no diapasão ou (no meu caso), uns apitos para acertar as notas do violão. Como o meu era de nylon e sempre variava a afinação, era de desanimar....
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JJJ Veterano
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# mai/12
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vinibassplayer mas pra eles falarem que tinham ouvido absoluto, eles tinham q ter refetencias, assim como hj, senão eles podiam pegar um som qualquer e falar "isso é um C#m7º/Ab"..
Como calibrar uma referência na Idade Média? Não havia instrumentos de precisão. Alguém com ouvido absoluto devia dizer se a "referência" estava correta. Não vejo outra forma. "Sacou"?
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MauricioBahia Moderador |
# mai/12 · Editado por: MauricioBahia
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Tinha uma afinação padrão, calcada nos 440hz? Creio que não... Em épocas deviam usa o som de algum animal com base.
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JJJ Veterano
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# mai/12 · Editado por: JJJ
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MauricioBahia Tinha uma afinação padrão, calcada nos 440hz? Creio que não...
Creio que não. E, além do mais, seria impossível encontrar exatos 440Hz (ou outro valor específico qualquer) sem um frequencímetro ou coisa que o valha. Por isso citei o ouvido absoluto. Alguém tinha que dizer que estava "mais ou menos" afinado. E antes que digam que "isso não ecxiste", existe sim.
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MauricioBahia Moderador |
# mai/12 · Editado por: MauricioBahia
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JJJ
Afinavam usando o canto belíssimo do pássaro Dodô, no cio. Na verdade, era o canto da Dodoca, óbvio. Deste espécime fenomenal surgiu o Dó e todas as outras notas. Pena que o animal foi extinto. O.o. Na verdade, diapasão era o nome de uma pássaro pré-histórico que só voava durante o dia piando o tempo todo, mas também não escapou do meteoro fatal.
Pronto, falei.
:)
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JJJ Veterano
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# mai/12
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Já que o moderador resolveu fazer gracinha...
Tem um jeito fácil de saber qual a afinação usada na Idade Média. Basta pegar o LP 78 rpm de "Arthur and his Knights" com o mega-sucesso medieval "Guinevere, Shake Your Body!" e ver a afinação que o guitar hero da época (Lancelot) usava na sua guitarra em forma de espada.
A única dificuldade vai ser achar um toca-discos de 78 rotações... hehe
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MauricioBahia Moderador |
# mai/12
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JJJ: Já que o moderador resolveu fazer gracinha...
Não brinco mais, seu feio...
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JJJ Veterano
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# mai/12
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MauricioBahia
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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123nove Veterano |
# mai/12
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O diapasão devia ser o afinador automático da época e os astrolábios, o diapasão de hoje HAHA
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LeandroP Moderador |
# mai/12 · Editado por: LeandroP
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MMI por letras de alfabeto, de A até H (incluíram a sétima).
Não seria a oitava?
Legal sua postagem. Imaginei que antigamente era uma bagunça mesmo. Um instrumento afinava pelo outro.
Eu já afinei a corda Lá do meu violão pelo "tu tu tu" do telefone, que me disseram ser padrão em Lá (440Hz).
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Alex guitar man Veterano |
# mai/12
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Eu já afinei a corda Lá do meu violão pelo "tu tu tu" do telefone, que me disseram ser padrão em Lá (440Hz).
Nunca havia pensado nisto
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andrecoelho Veterano |
# mai/12
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Eu já afinei a corda Lá do meu violão pelo "tu tu tu" do telefone, que me disseram ser padrão em Lá (440Hz).
Eu também!
E ainda tinha que ir no vizinho porque em casa não tinha telefone....
É garotada, hoje é tudo mamão com açúcar!, hehehe
Abs
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LeandroP Moderador |
# mai/12
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andrecoelho E ainda tinha que ir no vizinho porque em casa não tinha telefone...
heuahuhea Você é do tempo "compro uma linha telefone ou um automóvel?!"
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# mai/12
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Aguardando o post do makumbator.
/post para encorajá-lo a postar.
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MMI Veterano
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# mai/12
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LeandroP
Não seria a oitava?
Não, desculpe, mas não fui muito claro. A notação germânica é:
do=C, ré=D, mi= E, fá=F, sol=G, lá=A, si=H e si bemol= B
Isso o livro do Arnold Schoenberg - Harmonia explica. Na formação da escala de dó maior por harmônicos, pegando as notas fá, dó e sol para gerar a escala de dó. Aparecem o Mib e o Sib junto com os naturais e havia dúvida de quais seriam os corretos, acabaram optando pelos naturais, sem o Mib.
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Ken Himura Veterano |
# mai/12
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Sempre existiu uma referência para as frequências. É a mesma coisa perguntar "como eles mediam tempo se o metrônomo só foi inventado em meados do século XIX?".
Quando começaram a construir os órgãos, provavelmente procuraram por tentativa e erro algum tamanho de tubo que fizesse a nota de referência (era um lá, por volta dos 415Hz). A partir daí, era matemática: dobrando o tamanho do tubo, diminuía uma oitava; dividindo o tubo pela metade, aumentava uma oitava e por aí vai. A matemática pitagoreana sempre foi bem conhecida.
Existiam (e ainda existem) vários sistemas de afinação, formas diferentes de dividir uma oitava, semitons de tamanho desigual. Isto tudo persistiu desde a idade antiga da Grécia e da Índia, pouca (quase nenhuma) coisa escrita e muita coisa por tradição oral. Na idade média começaram a escrever tratados mais sólidos sobre estas questões de afinação, acabaram culminando no desenvolvimento da polifonia, com o organum, a partir do século IX, e a escola de Notre Dame (Schola Cantorum/Ars Antiqua), século XII.
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