mano_a_mano Veterano |
# set/16
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Wertys
Já toquei em igreja tão grande que, mesmo o guitarrista usando uma Stack da Marshall, baixo com uma geladeira da Gallien e batera com um Side individual, era necessário o uso de retornos. Neste caso havia a as duas possibilidades: Fones e retornos de chão. Catedral? Isso é um imenso desafio para os técnicos de som. O teto extremamente alto e curvado, o enorme espaço interno... Haja reverberação... O retorno aí tem que ser realmente muito bom, caso contrário fica aquele som embolado e indefinido. Toque uma nota com timbre de piano dentro de uma catedral. Fica sem ataque.
Os retornos, tanto no opção de fone quanto na opção de caixas, estavam bem arrumados. O cara da mesa de retornos (sim, eram duas: uma para PA e outra para retorno) era profissional e atencioso, além do mais era musical: ele entendia a necessidade de cada músico. Aí foi um ponto muito positivo: saber ajustar o som dentro de um ambiente tão cheio de reverberação, como o de uma catedral.
Agora, o que vejo na maioria das igrejas é que os operadores são voluntários sem compromisso técnico. Pouquíssimos voluntários se preocupam em adquirir conhecimento e empatia com os músicos ou com a própria música. Foi o caso do show que mencionei na minha mensagrm acima. O cara tinha uma mesa de som digital Yamaha de 48 canais na frente dele e achava que, apenas por isso, era O técnico, e deu no que deu. Vi como ele fazia naquela mesa: apertava tudo quanto era botão, girava tudo quanto era knob, deslizava tudo quanto era fader, sem nem olhar o que eram. E jurava que fazia um bom trabalho... Nem gosto de lembrar dessa noite na qual quase perdi minha audição. E olha só: era uma casa super conceituada, não qualquer botequinho por aí...
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