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KenACwb Membro Novato |
# dez/16 · Editado por: KenACwb
Para abordar este assunto vou antes definir alguns conceitos e ainda simplificar para poder resumir o máximo possível.
1. Palhetada: considerar Alternada
2. Drive: considerar Overdrive e Distortion como Drive (ok, não é o msm)
3. Drive 'fácil' p sequências rápidas: mais drive de pré-amp e menos de power amp
4. Drive 'difícil' p sequências rápidas: inverso
5. Fluidez ao tocar: fazer a nota soar o max possível antes de palhetar a próxima nota
6. Não estou considerando Som Clean neste caso
7. Volume: qto mais, mais fácil de se perceber as imperfeições
Particularmente gosto mais do Drive 'difícil', pois acho mais encorpado e representa melhor o som que gosto de tocar. Porém percebo que com este tipo de Drive fica mais complicado tocar sequências de notas super rápidas. Perde-se a Fluidez e fica tudo meio com um som 'estalado'. Pelo menos é o meu caso.
Acredito que grande parte está nas minhas limitações, mas será que, por ex. Se o Michael Angelo tocasse com um Drive tipo SRV a Fluidez permaneceria, ou tbm trata-se de uma limitação nas relações de Velocidade e Drive?
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JJJ Veterano
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# dez/16
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A minha impressão é de que quanto mais drive, menos chance de perceber pequenos erros e engasgos.
Nesse sentido, tocar com a guitarra limpa e fazer bem feito, seria mais difícil.
Não é a toa que muito cara metido a shredder bota a distorção no talo... O que não quer dizer que todo mundo que faz isso é ruim e está querendo disfarçar, obviamente!
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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A minha impressão é de que quanto mais drive, menos chance de perceber pequenos erros e engasgos. ... Drive de Pre Amp, se for Drive de Power Amp não tem como Disfarçar.
Nesse sentido, tocar com a guitarra limpa e fazer bem feito, seria mais difícil. ... São coisas diferentes ... outra coisa que esqueci de mencionar é Volume que tbm ajuda em mostrar as imperfeições
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BrotherCrow Membro Novato |
# dez/16
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Acho que é mais pela compressão. Som com drive tende a ser mais comprimido. A diferença de volume entre as notas é menor, e assim se você bate uma nota "meia-bomba" (que ficaria falhada com som limpo) o drive ajuda a uniformizar o volume e parecer que tá tudo certo. Com hammer-on e pull-off isso é muito perceptível.
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BrotherCrow Membro Novato |
# dez/16
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E acho que a diferença não é se o drive é de pré ou de power: depende mais se é um drive que responde à palhetada ou não. Explico: se for aquele drive que limpa quando você bate mais fraco, aí os erros ficam mais perceptíveis. Se for um hi-gain exagerado que nivela tudo, a pegada faz muito menos diferença.
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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Faz sentido o que vc falou BrotherCrow : se for aquele drive que limpa quando você bate mais fraco ... qdo vc toca com aquele high gain onde perde-se a dinâmica é mais fácil 'disfarçar'.
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LeandroP Moderador |
# dez/16
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Palhetada Alternada nervosa! Sem drive e no violão:
https://www.youtube.com/watch?v=ngOdWtKhQ4s
Eu só consigo tocar essa música no máximo a 140bpm e com alguma dificuldade.
Chama-se Código Morse, uma homenagem do Wander Taffo ao Steve Morse e a sua palhetada.
Considero além de uma música muito legal, um excelente exercício de palhetada alternada.
Se quiserem experimentar, a música é tocada o tempo todo em G e C, depois ocorre uma modulação temporária pra E e A.
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Ismah Veterano |
# dez/16
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A resposta de suas perguntas está em que o power é sujeito a compressão por SAG, quando no pré esse efeito é nulo...
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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Inclusive se não me engano o Taffo tem um método publicado voltado exclusivamente a palhetada alternada. Grande Músico. RIP.
Acho que é esse aqui: http://www.freenote.com.br/produto.asp?shw_ukey=40424164319MIHEY04
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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É isso Ismah, o efeito do SAG influi na dinámica, inclusive até onde sei, naturalmente pelo menos um amp solid state não tem SAG ou tem?
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sandroguiraldo Veterano |
# dez/16
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LeandroP Chama-se Código Morse, uma homenagem do Wander Taffo ao Steve Morse e a sua palhetada.
No vídeo que você postou, quando eles começam a tocar, o andamento é tão rápido que parece que estão "adiantando" o vídeo, com o Fwd do controle remoto rsrsrs
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LeandroP Moderador |
# dez/16
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sandroguiraldo
Essa música é rápida demais. Se eu não me engano está em 160bom.
De qualquer forma, tocando a 120bpm ainda é um ótimo exercício de palhetada alternada.
KenACwb
Isso mesmo. Em uma conversa que tive com o Taffo ele me disse que fazia uma avaliação dos alunos de um modo bem engraçado, e inclusive dava uma receita médica indicando qual exercício praticar pra corrigir alguma falha. Tipo "palhetol" e outros trocadilhos rsrss. O cara além de ser um excelente guitarrista era também um ótimo professor, além de um senso de humor de outro nível. Gente que faz cada vez mais falta entre nós.
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Fernando de almeida Veterano |
# dez/16
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JJJ Não é a toa que muito cara metido a shredder bota a distorção no talo... O que não quer dizer que todo mundo que faz isso é ruim e está querendo disfarçar, obviamente!
Já fiz muito isso e "enganei" (não era a intenção mas aconteceu) muita gente ... Falaram que eu toco muito (coitados, não conhecem Kiko, Edu, Juninho, Ozielzinho, DeRos, Asato, Cacau, etc) mesmo eu não tocando muita coisa ...
Enfim ... Vc tem razão ... Isso funciona - comprovado na prática!!!!!
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Fernando de almeida Veterano |
# dez/16 · Editado por: Fernando de almeida
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LeandroP Palhetada Alternada nervosa! Sem drive e no violão:
Faz tempo que não ouço esse som .... Animal ...
Queria ter uma palhetada dessa ...
Outro cara que manda bem é esse do vídeo (solo original feito por Roger Franco com o drive no talo- outro "palhetista" top):
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eric bluesman Veterano |
# dez/16
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Por essas semanas meu professor tem vindo nessa idéia comigo , estudar muito a palhetada alternada , fazendo exercícios com volume baixo, médio e forte usando a guitarra limpa , faz coisa ai de 2 semanas , e tenho percebido já resultados muito bons , claro que tecnicamente ainda vai muito tempo pra chegar nesses níveis ai , mas esta valendo muito a pena ganhando precisão e velocidade aos poucos.
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Ismah Veterano |
# dez/16
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KenACwb naturalmente pelo menos um amp solid state não tem SAG ou tem?
Isso não tem tanto a ver com ser SS ou valvulado, tem a ver com fonte... Transistores ou válvulas são apenas moduladores, quem dita todo o resto praticamente é só a fonte... Desde que dentro dos valores máximos suportados pelos moduladores, qualquer valor é válido... Alguns amps SS de entrada, tem apenas diferença na fonte...
SAG só existe porque dimensionaram a fonte - principalmente o banco de capacitores - para sinal sem distorção, e isso ficou assim até hoje. Os guitarristas rebeldes, em busca de mais volume, começaram a dar muito volume e a conviver com a distorção dos amps, e o maior sustain era bem vindo. Resultando no que chamamos hoje de overdrive.
Creio que não se sabia que valores rms, serem de uma quantia bem menor que os picos.
E com o intuito de vender (capitalismo pegando), se buscava por custos menores, e isso deixou a fonte no "limite", por assim dizer.
Quando um amp chega próximo ao ponto de saturação, os picos mais fortes, já passam do máximo que a fonte entrega. Os mais breves são reproduzidos, os mais longos, não são comprimidos por SAG.
Não tenho bem certeza, mas creio ser a alta capacitância do circuito valvulado, que faz as coisas serem mais suaves com válvulas. Explico: um capacitor não deixa ocorrer mudanças bruscas de sinal (meio que uma compressão natural). Enquanto o transistor, tem um ponto de saturação, e acima disso, quase nada é viável, sendo bem mais agressivo. Assim cria onda quadrada quando em overdrive, e a válvula deixa a onda um pouco arredondada...
Agora não sei se é isso que faz com que transistor crie harmônicos ímpares (veja essa animação para ver o que a soma deles faz), e a válvula harmônicos pares, ou se é o tipo de distorção harmônica que faz com que cada um se comporte de um jeito...
Enfim... SS até tem SAG, mas isso não adiantaria, já que o modulador impõe um limite. Sem compressão por SAG, faz parece que um SS tem menos volume que um valvulado, mesmo ambos sendo de mesma potência.
Isto é, um SS, quando se começa a chegar próximo ao ponto de saturação ele começa a soar horrível devido aos harmônico ímpares, e um valvulado começa a gerar harmônicos pares, que soam maravilhosamente...
CURIOSIDADE: harmônicos pares dá para associar a escala (com desvio de oitava), e a formação de acordes:
1 = 440Hz = A3 (I) 2 = 880Hz = A4 (I) 4 = 1760Hz = A5 (I) 6 = 2640Hz = E6 (V) 8 = 3520Hz = A6 (I) 10 = 4400Hz = C#7 (III) 12 = 5280Hz = E7 (V) 14 = 6160Hz = G (VII) ...
Assim um amp SS nominal de 100W, só vai emitir 100W (vai minimamente além), e os picos que passam dele, costumeiramente sofrem clipping. Sem compressão, só fica solto, ou distorcido. O certo seria usar transistores operando a 50% (?) da capacidade, mas se aproveitando de que é praticamente inaudível essa distorção, os caras não fazem. Raramente se vê amps SS bem feitos, creio que Roland Jazz Chorus (linha JC), opere assim.
Essa SAG é simulável, basta deixar um compressor sempre ligado (ou não, pode ser um efeito extra a SAG rs) no fim da cadeia, após os drives, ou no loop, antes ou depois das modulações - vai de gosto, mas se puser antes, fica meio como que o fosse microfonado o amp, e modulado depois, opção que gosto mais.
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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Valew Ismah, muito legal sua visão sobre o assunto e naturalmente abre um leque amplo para mais estudo/curiosidades sobre o assunto!
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ogner Veterano
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# dez/16
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Meio doido isso. Tem q tocar limpo, bem executado de qualquer forma. Nao tem isso de mais facil ou dificil.É apenas impressao gerado pelo drive/xompressao de forma exagerada as vezes.
Com mais drive existe apenas a PERCEPCAO q é esta nais limpo, bem executado. Mas as imperfeiçoes estao la, mascaradas pelo drive/compressao.
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Drinho Veterano |
# dez/16
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KenACwb
O que faz parecer facil de tocar com as notas saindo mais firmes não é a quantidade de overdrive ou distorção mas sim um fator chamado compressão.
Você não deverá depender disso para performar.
Overdrive, compressão, distorção, efeitos, equalização são elementos de construção de timbre....
Treine com um violao de aço com cordas 0.11 em ação alta durante um ano e você não terá problemas em soar muito bem em qualquer cenario.
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boblau Veterano |
# dez/16
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Drinho
Treine com um violao de aço com cordas 0.11 em ação alta durante um ano e você não terá problemas em soar muito bem em qualquer cenario.
é bem por aí....
Drinho, eu comprei uma guitarra archtop do Cassias e estou com ela há seis meses. Ela está com flatwound 0.11. O Cassias consegue deixar uma ação bastante baixa com braço reto para uma archtop.
Meu caro, para tocar bem neste instrumento está uma tortura. Mesmo desplugada, ela responde a qualquer desvio..... Eu diria que é quase começar do zero.
Tocar na minha PRS ou na minha Fender ficou tão fácil que não dá nem vontade. Já aumentei a ação das duas e coloquei cordas 0.11 nelas (se bem que, por força da banda na qual me enfiei, tudo está afinado meio abaixo, o que auxilia muito na espessura das cordas).
Eu nunca consegui usar direito compressores, me parece que a guitarra fica meio estéril, sem vida. Mesma coisa com humbuckers. Me soa meio chuchu sem sal.
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KenACwb Membro Novato |
# dez/16
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Pra mim cada caso é um caso, pois as dinâmicas são diferentes e isso afeta o modo com que tocamos ( seja rápido ou lento ). Acredito que da experimentação cada um vai com o tempo achando um ponto médio entre os elementos envolvidos ( drive, dinâmica, etc ) e o tipo de timbre que lhe agrada e vai encontrando o seu 'som' no instrumento. Por exemplo, violão (aço) sempre toquei com .11 que é considerado leve e guitarra sempre com .10, mas atualmente estou preferindo .09 na guitarra e não pq seria mais 'fácil', mas prefiro o timbre do mi-zao .42 do que o .46 ... ideal seria .10 ao .42, mas ai teria que procurar sets hibridos ou .10 avulsas e acho mal em termos de custo.
Acho que me expliquei mau qdo fiz analogias com 'fácil' e 'difícil', mas deveria ter citado 'dinâmica'. De qq forma respeito as opiniões, pois possuem fundamento, inclusive já testei as idéias citadas, principalmente pq qdo tocava bateria estudava com baquetas mais pesadas e com as famosas 'borrachinhas / pads', até que cheguei a conclusão que pra mim é melhor estudar com aquilo que vc vai tocar na real, mas cada um cada um.
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BrotherCrow Membro Novato |
# dez/16
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Drinho Treine com um violao de aço com cordas 0.11 em ação alta durante um ano e você não terá problemas em soar muito bem em qualquer cenario. Nem me fala! Quando comprei meu ressonador, me animei, só queria tocar com ele! E aí era ação alta, cordas super pesadas...
Quando voltei pra strato era uma manteiga!
Não que eu soe bem em qualquer cenário... mas aprender a se virar com cordas pesadonas e um instrumento menos "molezinha" faz diferença sim.
O que faz parecer facil de tocar com as notas saindo mais firmes não é a quantidade de overdrive ou distorção mas sim um fator chamado compressão. Sou da mesma opinião, já tinha falado isso ali em cima.
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Drinho Veterano |
# dez/16 · Editado por: Drinho
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boblau
Uns tempos atrás eu fiz uma visita ao MMI e tive a felicidade de tocar nas maravilhas que ele tem por lá e uma delas é a archtop do cassias....
Parabens pelo instrumento, ele realmente exige que o músico dê tudo de si, é mão fazendo música sem atalho ou artificio nenhuum, usar um high gain no canal 3 com corda 0.9 ou um canal clean com 50 kg de chorus é fácil.....
BrotherCrow
É por ai mesmo.... Eu sempre toquei guitarra e posso garantir que o meu maior aprendizado foi quando passei um ano com um violao de aço mal regulado, minha mão criou uma eficiência que mesmo hoje eu já perdi um pouco pois minha guitarra é macia, usa 0.10, a ação é baixa e o traste é de inox (desliza muito), do ponto de vista de ter um instrumento é bom, porque o instrumento tá agradável ao toque mas ai você percebe que sua mão vai ficando "preguiçosa" se você não mantem o treino no cenario desconfortavel.
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