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boblau Veterano |
# jun/15
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O timbre de um instrumento muda com a dinâmica do músico (claro que não em teclados eletrônicos e sem sensibilidade nas teclas....).
Baterias mudam, baixos mudam, pianos mudam, instrumentos de sopro mudam, etc.
Tem um tópico aqui ( http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/322176/ ) do sidguitar1 onde ele explora o timbre x pegada do Malmsteen, e diga-se, ele foi excelente na execução e na pegada, onde as nuances de timbre podem muito bem serem ouvidas durante a execução.
Músicos como B.B.King, Blackmore, SRV, Malmsteen, Vai, Kotzen, Brian May, Bonamassa, Slash, John Sykes, Gary Moore, Zakk Wilde, te chamam a atenção pelo timbre característico de suas guitarras pois adequam suas composições à sua pegada "timbrando" o seu instrumento e impondo uma personalidade.
E é por isto que o Slash é tão questionado quanto ao recursos utilizados na icônica Sweet Child o'Mine para tirar aquele timbre. E acreditem ou não, aquilo é só uma Les Paul, um cabo e um Marshall com ambientação em pós produção.
O Lelo Mig definiu de forma corretíssima a abordagem sobre pegada x timbre:
Quanto mais top o equipo utilizado, mais essa diferença será notada. E quanto mais sofisticada ou particular a técnica utilizada, mais ainda a distância aumenta.
Um pedal, um amplificador podem causar desastres nos timbres pois "sequestram" todas as nuances timbrais
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Filippo14 Veterano |
# jun/15
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Acho que tem um problema na definição de timbre que faz com que fique muito confusa essa questão.
Timbre - Física e Fonética. Qualidade que distingue dois sons da mesma altura e da mesma intensidade.
Será que a forma como cada pessoa toca altera a intensidade das notas, da dinâmica, não podendo comparar e chamar isso de mudança de timbre por refutar a sua definição?
Eu entendo que o instrumento tem harmônicos, toda vez que esbarramos em uma corda ou apoiamos a mão da palheta em uma corda podemos soltar harmônicos. Cada nota tocada é uma combinação de harmônicos, portanto, o timbre para mim é o mesmo, mas a forma como cada um toca deixa soar determinados harmônicos em conjunto com a nota de interesse. A palheta ou dedo diferentes, com a pressâo e apoio e no caso das palhetas material diferente causam mudanças nas frequências emitidas, não são as características sonoras, de graves, agudos, dinâmica que se alteram e sim a forma de tocar que gera sonoridades diferentes, mas não classifico isso como mudança de timbre.
Uma coisa podemos concordar acho que todos. Quando dizem que 90% do timbre está na mão do guitarrista é uma besteira, só de olhar as duas pessoas tocando percebemos que isso são detalhes.
Abração
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BrotherCrow Membro Novato |
# jun/15
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Alex guitar man Mas ai é que ta, hehe, não, eu não uso palheta, mas isso não faz parte da minha pegada? Ela usa Ih cara, pela minha experiência isso é uma das coisas que mais fazem diferença. Usando um exemplo fora das guitarras: eu sou apaixonado por ukulele, toco faz um tempo e acompanho foruns do instrumento. Tem gente que acha um sacrilegio tocar uke com palheta, porque o som fica áspero demais. Já eu gosto de normalmente tocar com os dedos, mas uso a palheta quando preciso de mais controle num solo. A diferença no som é gigante. Acho o som de ukulele fazendo base com palheta muito irritante.
Indo pra guitarra: já fiz várias "experimentações" nesse sentido. Hoje em dia uso bastante palhetada híbrida, mas já tentei tocar só com os dedos. Acabei partindo pra palhetada híbrida justamente porque me favorece pra evidenciar as notas que eu quero. E cada palheta é diferente, também! Já testei palhetas de madeira, de metal, mais leves, mais pesadas, e digo: normalmente a diferença é pequena, mas se o material for radicalmente diferente (tipo, digamos, palheta de metal), é perceptível.
Olha o Brian May: ele toca com uma moeda. Já tentei tocar com moedas e o som é todo diferente (protip: se for usar moedas, não use moedas de real! Elas são atraídas pelos captadores e isso atrapalha pra tocar. Arrume um penny americano ou um sixpence inglês, que são menos puxados pelo imã).
Se isso pode ser considerado parte da "pegada", aí é oooutra história.
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Lelo Mig Membro
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# jun/15 · Editado por: Lelo Mig
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Filippo14
Em partes.......
Vamos pelo caminho mais fácil.
O que faz acharmos diferentes um Lá de 442 Hz emitidos por um Trompete e o mesmo Lá emitido por um Saxofone?
- A mesma coisa que faz a gente perceber que um círculo pintado de laranja é diferente do círculo pintado de vermelho.
A forma é a mesma, o tamanho o mesmo, mas a cor é diferente... Timbre é a cor sonora.
O timbre, dentro das características do instrumento usado esta na mão do músico sim!
Se você ouvir Brian May, por exemplo, você sabe que é Brian May, porque seu timbre é sua assinatura, única.
A questão, como levantei na primeira postagem é confundir timbre com pegada. A pegada é um dos ingredientes, um dos pigmentos, para formar esta "cor", mas não a único.
Por isso, que ainda que tenhamos o equipamento do Brian May, não soaremos como ele, faltará 2 ingredientes:
- Sua técnica (que melhor ou pior é sempre pessoal) e sua pegada que é resultado desta técnica pessoal somado a sua forma de expressão, que é individual e emocional.
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Filippo14 Veterano |
# jun/15
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Lelo Mig
Então, mas pegada não é só dinâmica, eu vejo que tem coisas mais "escondidas" nisso aí
Tipo esses harmonicos artificiais, tocando é normal sair esse tipo de coisa ou harmonicos naturais da forma de tocar tambem, da forma como deixa a guitarra soar.
Entre o Alex e a amiga dele, ele segurava mais as notas, na minha visão, mais coisas soavam e mais notas ficavam escondidas no bolo todo, isso altera a pegada, mas as vezes da a impressão que está mais grave ou agudo por causa disso.
Esbarrar em cordas ou outras "imperfeições" podem causar esse tipo de impressão também. Na hora de palhetar, esbarrar mais o dedão ou menos junto com a palheta pode soltar mais ou menos harmônicos, dar um sustain diferente, alterar o "tick" da palheta e para quem ouve da a impressão de mudanças de frequências (graves, médios e agudos).
Não considero isso mudança de timbre, timbre para mim é o som que sai de um robo tocando com o equipamento regulado daquela forma. Logicamente, saber timbrar é saber escolher um timbre que aliado a sua pegada, que inclui, tudo isso que eu falei acima chegue na sua sonoridade desejada, no que você esperava escutar saindo dos seus dedos, mas timbre para mim, entre os dois do teste não mudou nada, só pela forma de cada um tocar, que determinadas frequências ficam mais aparentes.
Não posso dizer que a menina tem um timbre mais agudo e ele um timbre mais grave olhando esse video, posso dizer que os dois tem pegadas totalmente diferentes que causam mudanças sonoras, tanto de dinâmica como de frequências ressaltadas ao tocar.
Abração
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Ismah Veterano |
# jun/15
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boblau E é por isto que o Slash é tão questionado quanto ao recursos utilizados na icônica Sweet Child o'Mine para tirar aquele timbre. E acreditem ou não, aquilo é só uma Les Paul, um cabo e um Marshall com ambientação em pós produção.
Segundo a biografia dele ele estava louco pra testar seu Boss DD, se lembro bem era o 3 ou 4.
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Alex guitar man Veterano |
# jun/15
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BrotherCrow Lelo Mig Filippo14 Ismah
Bom eu penso assim, se eu tocar perto da ponte o som é mais agudo, se eu tocar perto do braço o som é mais grave, isso pra mim é mudar o timbre, pois vejam, se eu aumentar o agudo em um equalizador não estarei mudando o timbre?
Ou então, um compressor que disfarça o "pick" da palheta...
Timbre é composto por: Ataque; Decaimento; Sustentação; Relaxamento; E o Formato da onda.
Tanto é que as pessoas falam "um timbre mais estalado".
Eu acho que é a mesma coisa.
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Ismah Veterano |
# jun/15
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Sabe que não é nessa ordem, né?!
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Alex guitar man Veterano |
# jun/15
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dIsmah É logico kkkkk
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BrotherCrow Membro Novato |
# jun/15
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Pra ilustrar o meu ponto, gravei um video rápido no qual eu toco com um drive bem leve, alternando uma pegada mais forte com uma mais suave. Não troco de captador, não mexo no volume nem no tone, não piso no pedal nem nada. A única coisa que varia é a "pegada". E pelo menos pra mim fica bem claro que muda o timbre. E olha que é um drive leve num amp limpo! Se fosse um fuzz num amp crunchado os resultados seriam bem mais perceptíveis.
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Ismah Veterano |
# jun/15
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BrotherCrow
Me pareceu que vc gosta de vox e Lespas rsrs
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BrotherCrow Membro Novato |
# jun/15
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Ismah Me pareceu que vc gosta de vox e Lespas rsrs Quem não gosta?! Hehe. Mas essa que eu uso no video é a única Les Paul que eu tenho. O headstock de Epi ali à esquerda que parece uma Les Paul na verdade é uma SG. E os Vox ali atrás são um AC4TV Mini e o cab opcional com falante de 12, ou seja, tecnicamente é um amp só. Se tivesse mais dinheiro, com certeza teria mais Vox e Les Pauls!
Só comentando que o pedal que eu estou usando é "caseiro", construído por um amigo meu com um diagrama bem conhecido na web. O amplificador não está nem perto de crunchar (é um Fender de 15 watts e eu estou tocando num apartamento à noite). Quer dizer, não está nem perto de quão dinâmico poderia ser, mas mesmo assim acho que dá pra perceber a diferença com a força da palhetada.
Pra mim é simples assim: a pegada influi no nível (volume) de entrada, e o nível de entrada influi no timbre se tiver algum tipo de drive (ou fuzz) envolvido. Opinião de leigo.
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