Digital vs transistor vs Valvula Rob Chapman and The Captain no teste CEGO!

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Alex guitar man
Veterano
# jan/15


Como vocês sabem eles vivem se submetendo a teste cegos, principalmente de guitarras, como por exemplo Fender vs squier onde vendados tentam advinhar quem é quem, e dessa vez não poderia ser diferente, mas com a velha comparação:



Rachmaninoff
Veterano
# jan/15
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Vídeo bastante interessante, de fato. Interessante também as observações que eles fazem sobre os fatores paralelos, como reverb de mola, regulagens e pedais ligados. Mas o pessoal aí que não compreende inglês não vai entender nada, o sotaque deles é bem britânico.

Alex guitar man
Veterano
# jan/15 · Editado por: Alex guitar man
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Rachmaninoff

Eu tive que assistir 2 vezes pra entender bem hahahaha

daimon blackfire
Membro Novato
# jan/15
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alguem cola o link do video ai pls.

Hitman
Veterano
# jan/15 · Editado por: Hitman
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Muito legal!!

Eles tem feito cada vez mais teste cego, eh o que da visualizacoes, mas aind assim, legal mesmo!

Mas uma coisa eh escutar microfonado, outra eh voce no mesmo quarto "sentindo" o amp nos dedos.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=5KtMaMq27J8#t=211

MMI
Veterano
# jan/15
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Alex guitar man

Não suporto mais que 2 minutos desses caras. O que eles concluíram? rs

Alex guitar man
Veterano
# jan/15
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MMI

Pq nao curte hehe? Ve ai cara kk

Entao, acertaram o valvulado, mas tiveram uma duvida entre o transistor e o digital, e pelo visto foi facil identificar o valvulado hehe

ja em meus fones de ouvido a diferenca sonora se da entre o digital e os outros,nqo da pra perceber muita ejtre o valvulado e o transistor apenas escutando, a " essencia" e tocar mesmo k

Assiste ai cara e som limpo e overdriver hehe

Fernando de almeida
Veterano
# jan/15
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Gostei da musica de entrada .... Alguém conhece essa música ???? de qual banda é?????

Fernando de almeida
Veterano
# jan/15
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Alex guitar man
Entao, acertaram o valvulado, mas tiveram uma duvida entre o transistor e o digital, e pelo visto foi facil identificar o valvulado hehe
Para quem tem costume de tocar com esses tipos de amplis e quem presta atenção nos detalhes consegue (depois de um tempo) identificar ...

O lance é que os Digitais estão com tanta qualidade que creio que fica cada vez mais difícil diferenciar de outros tipos ... Creio que em breve será praticamente impossível a diferenciação ...

Alex guitar man
Veterano
# jan/15 · Editado por: Alex guitar man
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Fernando de almeida

É do proprio rob chapman junto com aquela moça do cabelo vermelho que aparece na intro:

https://www.youtube.com/watch?v=3fQZ2yg0jXs

MMI
Veterano
# jan/15
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Alex guitar man

Pq nao curte hehe? Ve ai cara kk

Acho um porre esses caras... Não dá para assistir, não aguento, esse aí ainda tem quase 25 minutos, não vou assistir nunca. hahahahaha

Essa discussão entre modelling x SS x tube é tão extensa, tão maçante, com tantas variáveis que fica complicado. O que eu posso afirmar é que hoje eu tenho o Fender Twinolux e peguei os patches (pagos, muito bem feitos) deste amp para o Kemper e para mim soa em gravação bem próximo, mas bem próximo mesmo; o som do Polytone (SS) eu não troco por nenhum valvulado.

strks
Veterano
# jan/15
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Enriquecendo o tópico https://www.youtube.com/watch?v=PMe8AYCSrN4
nesse canal há algumas comparações entre as simulações de um mustang e o modelo original, vale a pena conferir, muita gente se engana.

guizimm
Veterano
# jan/15
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Depois de tudo eu ainda acho que valvulado é o que há, pelo menos pro lado mais rock/blues

Alex guitar man
Veterano
# fev/15
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MMI

Eu queria saber essa essência do som do polytone, o que ele tem?

É possível descrever? me intriga toda vez que você fala sobre ele.

E o Kemper não entrega esse som?

Del-Rei
Veterano
# fev/15
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Opa.... Rsrs... Apesar do papo já bem debatido, depois vou assistir ao vídeo e comento, rs.
\m/ \m/

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# fev/15
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Del-Rei
Apesar do papo já bem debatido, depois vou assistir ao vídeo e comento

[2]

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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Alex guitar man
Eu queria saber essa essência do som do polytone, o que ele tem?

O melhor som limpo que já criaram é essência suficiente pra você?

MMI
Veterano
# fev/15
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Alex guitar man

É um amp feito para jazz, som limpo, gordo, aveludado. Headroom ilimitado, reverb perfeito. Pense em Jim Hall e George Benson, numa fase mais antiga, década de 70/80. Ele faz um crunch jazzístico muito bom também.

Eu tenho alguns patches comprados do Polytone, inclusive um que eu mexi e fiz um "profiling". Mas a graça do Polytone é tocar nele propriamente, para gravar eu nem costumo usar o Kemper nesse tipo de som. Comprei também uns patches do Twinolux para ter os amps disponíveis no Kemper também. Fiquei impressionado com alguns desses profilings, ele realmente traduz o som do amp.

nichendrix
Veterano
# fev/15
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Polytone, Pritchard, os finados Lab Series, são SS que na boa, fazem qualquer um pensar 1000x antes de falar que valvulado soa melhor que solid state.

Sempre vejo o pessoal falando do som de Fender do B.B. King, mas tem 40 anos que ele só toca com um Lab Series Lab5 solid state, muito eventualmente se o amp dá defeito ou a casa é muito grande e há um Twin Reverb Silverface dando sopa ele bota o Fender junto.

Pritchard pega a idéia dos Lab Series, que é ter o som limpo dos Solid State, bem a lá Polytone e a distorção a lá valvulado e traz pra realidade dos anos 2000, são amps que na boa, se eu não soubesse que não tem válvula, morria dizendo que o drive é valvulado.

Polytone nem precisa falar pode ir atrás de 9 em cada 10 velhinhos tocando encurvadinho com uma archtop de 17" que provavelmente atrás dele vai ter alguma das variantes do Polytone Mini-Brute.

A razão é muito simples, valvulados são péssimos em dinâmica e de som limpo, a compressão da válvula sempre vai limitar a resposta dinâmica do valvulado que nunca vai conseguir reproduzir sons muito baixos ou muito altos fielmente, também são limitados em termos de resposta de frequências, já que não são muito lineares, elas reproduzem muito bem médios e alguma parte dos graves e agudos, mas o som sempre se degrada nas pontas do espectro.

Isso é ótimo se o tipo de música não exige esse tipo de resposta como é o caso do rock and roll e de boa parte da música mais pop, mas não é o caso para quem toca algum tipo de música onde há a necessidade tanto de uma maior amplitude de resposta de frequências quanto de resposta dinâmica, como é o caso do Jazz, Bossa Nova, Música Erudita, Música Latina e Africana em geral -- embora eu argumente que em qualquer situação onde se precisa de um som realmente limpo, essa é meio que a regra, é só ver que muita gente mesmo no rock/metal quando precisa de um som realmente limpo pluga direto na mesa e se muito passa por um preamp para microfone.

Alex guitar man
Veterano
# fev/15 · Editado por: Alex guitar man
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Eu queria poder tocar em um desses... mas esses amps eles tem uma timbragem própria entao? Eles tem uma pré equalizacao fixa no pré?

alguem ja plugou uma guutarra nesses tao falados HIFI valvulados?

Ja ouvi falar em ligar as hollowbody em amplificadores de violão, mas isso nao funciona com guitarras solidas?

Entao o George Benson gravou com a guitarra plugada no polytone e ele microfonado?

MMI
Veterano
# fev/15 · Editado por: MMI
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Alex guitar man

mas esses amps eles tem uma timbragem própria entao?

Tem, todo amp tem na verdade. Mas esse talvez seja bem específico.

Eles tem uma pré equalizacao fixa no pré?

Não. Tem controles um pouco diferentes dos habituais, mas tem controles sim.

alguem ja plugou uma guutarra nesses tao falados HIFI valvulados?

Ele é um amp de guitarra! George Benson e Jim Hall, entre outros plugaram guitarras.

Contudo eu entendi, você se refere a tele, strato, Les Paul... Sim, nada impede e dá para timbrar, claro. Mas o som dessas guitarras são mais associadas a rock/blues/country e para isso muita gente vai falar que prefere um Twin - até pelas limitações que o nichendrix descreveu.

Leia uma entrevista com o George Benson que ele fala de amps (veja, ele assinou com a Fender, envolveu $$$$, tanto que ele quer lançar acessórios, cabos...)

MF: George, what can you tell us about the new Fender amp that bears your name?

GB: Fender asked me, they said, “What's your favorite amp? I think we know what it is. I think you play Polytone.” I said, “I do. I've been playing Polytone for years.” So they ask, “What is it you like about Polytone?” I said, “Because it makes the guitar sound natural.” It does not hype the high end or the low end. Just has a very natural sound.

I said, “But you know, I know what Fender is and why they do what they do, but as a jazz player, these are the things I look for.” They said, “Well, maybe we can contour the electronics to give you what you need.” I said, “Let's see what it is we can do.”

When I told them what I liked, first thing they did was start juggling around some tubes. When they hit a certain sound I said, “Hey, man, I like that.” I've got clarity and I've got low end and high end where it's supposed to be. Real low end and real high end, not overhyped. Plus it gave me some headroom that I didn't have before. With Fender, once you turn up to two or three you are too loud, you know [laughs].

Then we had to deal with the cabinet, the material we used on the cabinet, the cosmetics of the amp. The weight of the amp we wanted to keep to a minimum. I said, “You know something? When I was a kid, it didn't make no difference that this amp weighed almost a hundred pounds, but today, [laughs].” So they said, “You know something? We could bring that down because the speakers we're using now are different. We can use a different speaker.” So we cut the weight probably in half. You know how good that is for cats like myself? There’s a lot of cats who play restaurants, night clubs, and all kind of odd gigs here and there, you know what I'm saying?
(fonte)


Alex guitar man
Veterano
# fev/15 · Editado por: Alex guitar man
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MMI

Porque ele tem dois "on"?

Viu, meu ingles não esta bom, se entendi bem, após a fender mexer na eletrônica do amp, usando diferentes válvulas até que ele gostou, o fator que incomodou foi o peso do amplificador? Especificamente o gabinete?

francisco2004
Veterano
# fev/15
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Timbre clean de valvulado é a coisa mais fácil de reconhecer. Nos drives, quanto maior o ganho do pré, mais difícil fica distinguir um de outro, ainda mais se o SS tiver uma valvulinha no pré.

Aquele primeiro Fender era uma caricatura grosseira de clean valvulado. Aquela não-linearidade com que o valvulado clipa e comprime em diferentes harmônicos é muito difícil de reproduzir.

O clean do meu Dr. Drive vai um pouco além daquele primeiro Fender toscão, mas ainda assim é fácil reconhecer que falta um power valvulado, pois ele soa magro, não sei explicar. Ele tem uma compressãozinha e um clipping difícil de reproduzir com SS, mas ainda assim é fácil reconhecer que não tem a complexidade de um timbre all-tube.

Eu não conheço SS tops mesmo, do tipo que custam mais do que um valvulado de entrada, mas ainda estou para conhecer um SS que faça cócegas num valvulado em termos de riqueza de harmônicos e possibilidades de dinâmica que o valvulado oferece.

MMI
Veterano
# fev/15
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Alex guitar man

Tem 2 on para inverter a polaridade e eliminar hum.

Ele teve que acertar o som. Depois pensaram na cosmética e manter o peso num mínimo.

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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Alex guitar man
alguem ja plugou uma guutarra nesses tao falados HIFI valvulados?

Hi-Fi valvulado eu só conheço som normal, pra ouvir música, mas talvez falte um complemento do que falei antes sobre não linearidade e a relação entre válvula e solid state nesse ponto.

Válvula e transistor,em essência, fazem a mesma coisa e de maneira muito similar (ao menos para aplicações em som), o que muda é eficiência e os outros requisitos pra fazer eles funcionarem. Por exemplo, teoricamente toda válvula (ao menos a válvula ideal eletronicamente), quando usada pra som, tem a resposta de frequência e dinâmica bem próxima já que os pontos onde a válvula ideal é realmente muito não linear estão além da capacidade de audição humana, logo seria possível fazer um valvulado linear, com muito headroom, com virtualmente nenhuma distorção e basicamente qualquer característica que um transistor usado em áudio teria.

Uma válvula num circuito ideal funciona muito próximo do que um transistor funciona, logo, em circuitos ideais, válvula e transistores teriam o som bem próximo, virtualmente igual.

Só que pra isso acontecer, você precisaria de transformadores, resistores, capacitores e demais componentes eletrônicos com capacidade muito superior à potência exigida, é só ver a diferença de voltagem entre o trafo do estágio de saída e potência que você consegue com eles, você tem um transformador na faixa de 400V para conseguir 50W de potência, há variações significativas para mais e para menos dependendo do projeto, mas a relação em geral é de pelo menos 4-8x a potência que se quer no estágio de saída e isso é apenas um componente, se você pensar nos demais você tem uma ideia de como um valvulado é ineficiente. Logo ter um amplificador de áudio de alta fidelidade com válvula significa que você tem ter um sistema sempre hiperdimensionado em relação ao resultado final.

Se pensar bem a maioria das características que nós guitarristas adoramos nos valvulados, como compressão, distorção, harmonico, etc, são decorrentes de defeitos no projeto, em geral a maioria dos projetos amplificadores de guitarra até os anos 60 tinha transformadores subdimensionados, então o trafo tem que trabalhar no limite o que causa o sag (compressão), isso reduz a resposta dinâmica, por isso quando você toca com menos força as notas saem mais pronunciadas, mas se toca com muita força, elas não saem tão pronunciadas assim e por isso esses amps distorcem power tão facilmente.

Mesmo projetos posteriores, dos anos 70 em diante que tem trafos muitas vezes cavalares (existe amp da virada dos 80 pros 90 com trafo entregando mais 700v) , não só são ineficientes, mas são feitos para enfatizar esses defeitos da válvula, já que por essa época já se tinha formado a concepção estética de que esse som é desejável.

Obvio isso tem outras consequências, como aquecimento, peso (quanto maior o trafo, mais pesado ele é), etc.

Em contrapartida um transistor consegue eficiência máxima (incluindo a linearidade) com uma quantidade muito pequena de energia, você precisa de um transformador pequeno, capacitores e resistores pequenos e conseguem com isso uma eficiência muito, mas muito maior mesmo que as válvulas. Logo, você tem o mesmo resultado com um conjunto muito menor, mais leve e consumindo muito menos energia.

Essa linearidade dos transistores é muito mais importante para outros tipos de aplicações, como equipamento de radiodifusão, teledifusão, computadores, radares, etc. -- imagina o trabalho que dá fazer manutenção num computador digital valvulado com milhares e milhares de válvulas? -- que operam num espectro muito maior e pra quem a linearidade e a eficiência energética é muito mais importante.

Outro fator a se considerar é o econômico, pelo preço duma válvula você consegue comprar vários milhares de transistores e o mesmo vale pra todos os outros componentes do projeto. Logo se de meados dos anos 60 em diante quase todos podiam ter TV, Rádio, Toca Fitas, som estéreo e afins em casa é por causa dessa eficiência econômica.

Outra vantagem é o tamanho, compara o tamanho dum radio valvulado com o de um mp3 dos pequenininhos que também tem recepção AM/FM, a diferença de tamanho e peso é absurda? Só para uma comparação, o tranfo do menor amp que eu tenho, o Jet City Picovalve de 5W, pesa fácil uns 2 quilos ou mais, se você pegar qualquer amp SS de 250W e abrir, tem um trafozinho de no máximo uns 300-400g, e só falamos aqui dos trafos.

Ja ouvi falar em ligar as hollowbody em amplificadores de violão, mas isso nao funciona com guitarras solidas?

Amp de violão é igualzinho a amp de guitarra em praticamente todos os aspectos, o que tem de diferente é que é muito mais linear e algumas sabichonices no EQ pra o som ficar mais próximo do acústico. Logo dá pra ligar sim, quem usa Guitarra da Godin com Midi até prefere ligar ela em amp de violão ou na mesa.

Entao o George Benson gravou com a guitarra plugada no polytone e ele microfonado?

Exatamente.

Viu, meu ingles não esta bom, se entendi bem, após a fender mexer na eletrônica do amp, usando diferentes válvulas até que ele gostou, o fator que incomodou foi o peso do amplificador? Especificamente o gabinete?

Exatamente, como falei acima, a maioria dos problemas que se tem com válvulas podem ser contornados, mas em geral o projeto é mais caro e mais complexo, então se pensar que com transistor se consegue a mesma coisa com menos dinheiro e com projetos mais simples, pode-se dizer que o valvulado é um produto inferior (embora o som possa ser o mesmo).

Da mesma forma é possível fazer um circuito SS soar exatamente igual uma válvula, com não-linearidade, sag, compressão, distorção, harmônicos pares sobrando e tudo que você quiser, mas aí é o tipo da coisa, o projeto fica muito mais difícil.

Só pra começar enquanto você tem que conhecer algumas centenas de válvulas para conseguir fazer o que quiser, se contar só as úteis para áudio isso se reduz pra algumas dezenas, já transistores você tem milhares e milhares de tipos diferentes, de materiais diferentes, etc, então pra você saber qual vai dar por exemplo uma resposta sonora similar a uma 6L6 você já teria que ter um conhecimento muito maior, mesmo que a única diferença fosse essa.

Então apesar de existir os Pritchard, Evans, Quilter, Lab Series que são amps SS cujo drive não perde nada prum valvulados, é meio que remar contra a maré, você tem que pegar e pesquisar um universo muito grande de possibilidades de componentes e de projetos pra reproduzir os defeitos das válvulas num SS, no fim o preço sai basicamente a mesma coisa ou maior (o Pritchard mais barato da ultima vez que vi era 2000 dólares, os Evans não saem por menos de 1200-1500 dólares e por aí vai), logo, na maioria dos casos seria muito mais simples e até barato comprar um valvulado que hoje em dia existem boas opções a partir de 300 dólares, como os Vox, Fender e os Jet City

francisco2004
Timbre clean de valvulado é a coisa mais fácil de reconhecer. Nos drives, quanto maior o ganho do pré, mais difícil fica distinguir um de outro, ainda mais se o SS tiver uma valvulinha no pré.

Isso depende muito, mas muito mesmo, um valvulado com muito headroom e um bom SS são muito mais próximos entre si do que um SS distorcido e um valvulado distorcido. Aliás a principal diferença de som mesmo aparece quando você distorce um SS comum, que não foi feito pra distorcer, é clara a qualidade sonora superior do valvulado, compara o som de um Roland JC-120 Jazz Chorus, que é um amp de 1200 dólares, ele distorcido e comparando com um valvuladinho de 0,5W e não tem nem risco de o valvulado perder isso, mesmo custando só 200 dolares.

Ele tem uma compressãozinha e um clipping difícil de reproduzir com SS, mas ainda assim é fácil reconhecer que não tem a complexidade de um timbre all-tube.

Compressão e clipping de pré é muito fácil de reproduzir em SS, o problema mesmo é o estágio de potência que comprime muito mais e a distorção ao invés de suja como a de pré é bem nítida e clara. Ambas são possíveis de se conseguir com SS, mas a de power dá muito mais trabalho pra conseguir, a de pré é muito mais simples.

Eu não conheço SS tops mesmo, do tipo que custam mais do que um valvulado de entrada, mas ainda estou para conhecer um SS que faça cócegas num valvulado em termos de riqueza de harmônicos e possibilidades de dinâmica que o valvulado oferece.

Cara tem SS que custa mais cara que muito valvulado de boutique e eu já tive a sorte de tocar em alguns, mesmo que não tenham sido muitos. E na boa, no que cada um faz de melhor é difícil bater, nenhum valvulado é tão bom quanto um SS pra sons limpos, embora seja possível chegar lá, é impraticável, tanto que no mercado pra áudio, virtualmente não existem, salvo um ou outro cara que faz isso por encomenda, mas é uma encomenda na vida e outra na morte porque não é muito prático, um SS top de linha sai muito mais barato.

Da mesma forma qualquer SS que tenha realmente o som distorcido de um valvulado, custa muito mais que a maioria dos valvulados, então também é impraticável, existe alguns como os Evans ou os Pritchard ou Quilter mas o mais barato deles é quase a mesma coisa do preço de um Twin Reverb nos EUA, os tops de linha das marcas de SS top custam fácil mais que um Mesa/Boogie Road King II. A opção se quiser um que soe como valvulado barato é tentar garimpar um Lab Series vintage, mas mesmo eles estão cada vez mais difícil de encontrar por menos de 1000 dólares, que é 50% mais caros que um Deluxe Reverb.

No fim faz mais sentido economicamente pegar um SS com distorção a la valvulado porque o peso é muito menor menor, além do que um SS que distorce como um valvulado consegue o mesmo resultado em volumes muito menores, logo tem muito mais público do que para valvulados de alta fidelidade.

E você não deve gostar de Pantera ou Metallica, já que o Dimebag praticamente só usava Randall SS como amp e o Kirk, James e Trujillo usam eles com muita frequência.

nichendrix
Veterano
# fev/15 · Editado por: nichendrix
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No fim o que realmente importa é a mão, nesse video o B.B. toca em um dos 7 Lab5 dele tem outro guitarrista tocando com um Fender valvulado, mas ninguém tenta imitar o som dele, né?.... kkkkk



Então se o piloto é o B.B. King, pode botar até caixa multiuso Fram que ele dá um jeito de achar o som dele... kkkk

Ele fala um pouco das preferências dele, como por exemplo, o fato de que se ele não puder levar um Lab5 e a casa tiver disponibilidade pra ter um Twin Reverb, ele acha bom porque tem o som previsível.



No fim, nem acho que essa seja a melhor opção pra amps SS, eu gosto mesmo é dos sons que eles dão que os valvulados não dão, e nisso os Polytone são os amps a serem imitados.

francisco2004
Veterano
# fev/15 · Editado por: francisco2004
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nichendrix
Isso depende muito, mas muito mesmo, um valvulado com muito headroom e um bom SS são muito mais próximos entre si do que um SS distorcido e um valvulado distorcido.

Pode ser, cara. Fui procurar uns vídeos dos tais Polytone no youtube e encontrei esse aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=R87-4sMbeF4

Num teste cego, talvez eu dissesse que esse clean é de valvulado. Tem uma compressão bacana mesmo, mas fica meio aquele som de coito interrompido... se tu sentar a mão, parece que vai clipar, mas não clipa hehehe. Mas para quem não quer clipar nunca, é legal.

Compressão e clipping de pré é muito fácil de reproduzir em SS, o problema mesmo é o estágio de potência que comprime muito mais e a distorção ao invés de suja como a de pré é bem nítida e clara. Ambas são possíveis de se conseguir com SS, mas a de power dá muito mais trabalho pra conseguir, a de pré é muito mais simples.

Mesmo esse Fender modernoso do vídeo inicial do tópico não conseguiu superar o meu Me*deoro Dr. Drive de 10 anos. Mas ok, chegou perto, então concordo com você que seja possível reproduzir. Já a compressão de power é bem mais difícil e esse Polytone se sai bem, ao menos no clean.

Cara tem SS que custa mais cara que muito valvulado de boutique e eu já tive a sorte de tocar em alguns, mesmo que não tenham sido muitos. E na boa, no que cada um faz de melhor é difícil bater, nenhum valvulado é tão bom quanto um SS pra sons limpos, embora seja possível chegar lá, é impraticável, tanto que no mercado pra áudio, virtualmente não existem, salvo um ou outro cara que faz isso por encomenda, mas é uma encomenda na vida e outra na morte porque não é muito prático, um SS top de linha sai muito mais barato.

Eu vejo o clipping como um recurso a mais que um valvulado dá. Com o tempo, ao ficar mais familiarizado com o seu amplificador, você pode controlar na intensidade da palhetada para clipar ou apenas comprimir um pouco. Eu tinha um Meteoro Falcon 50G que tinha um clean parecido com esse polytone do vídeo (quando eu tocava em casa, em volume médio/baixo), mas com as válvulas quentes e sentando a mão na guitarra, ele saturava um tantinho que era o suficiente para evidenciar a assinatura de um valvulado.

O que eu quero dizer é que a versatilidade de um valvulado ainda me parece maior do que um desses SS que não clipam. Mesmo tocando jazz, deve ser um saco nunca ser surpreendido com um harmônico que sai fora da curva e distorce.

Da mesma forma qualquer SS que tenha realmente o som distorcido de um valvulado, custa muito mais que a maioria dos valvulados, então também é impraticável, existe alguns como os Evans ou os Pritchard ou Quilter mas o mais barato deles é quase a mesma coisa do preço de um Twin Reverb nos EUA, os tops de linha das marcas de SS top custam fácil mais que um Mesa/Boogie Road King II. A opção se quiser um que soe como valvulado barato é tentar garimpar um Lab Series vintage, mas mesmo eles estão cada vez mais difícil de encontrar por menos de 1000 dólares, que é 50% mais caros que um Deluxe Reverb.

Fui procurar esse Pritchard... não curti muito não. Não pagaria um preço premium por um desses nem a pau. Aliás, lembra muito o som que eu tirava no meu (já vendido) Laney TF320, 2x12", da época em que não tinha mil efeitos built-in. O Laney tinha um clean bonitaço para SS mais ou menos com o volume na metade. Timbre brilhante e gordo, mas muito linear.

No fim faz mais sentido economicamente pegar um SS com distorção a la valvulado porque o peso é muito menor menor, além do que um SS que distorce como um valvulado consegue o mesmo resultado em volumes muito menores, logo tem muito mais público do que para valvulados de alta fidelidade.

É, fica aquele sonzinho previsível, o que pode ser uma vantagem para quem busca essa estabilidade.

E você não deve gostar de Pantera ou Metallica, já que o Dimebag praticamente só usava Randall SS como amp e o Kirk, James e Trujillo usam eles com muita frequência.

Para falar a verdade, não é a minha praia não. Uma das minhas principais influências (não que eu chegue perto do que ele tocava) é Stevie Ray Vaughan. Fico imaginando Lenny sendo tocada num SS desses... poderia ficar bonito, mas iria faltar alguma coisa.
https://www.youtube.com/watch?v=3dBRp6LQcOg

nichendrix
Veterano
# fev/15
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francisco2004

Acho que você entendeu tudo errado, mas neste exato momento estou com sono pra caramba, então depois respondo, só vou falar uma coisaa... kkkk

Mesmo tocando jazz, deve ser um saco nunca ser surpreendido com um harmônico que sai fora da curva e distorce.

Na verdade não, a maioria do pessoal que toca jazz, musica latina, musica africana, e basicamente qualquer estilo que não tem nenhuma relação com o rock and roll e derivados, enfim pra todos esses estilos distorção, apesar de ser aceitável aqui e acolá é considerado como um mal a ser combatido, logo ser surpreendido por um harmônico fora da curva que distorce é o pavor da maior parte desse povo, assim como não conseguir tocar bem baixo e bem alto e isso ser reproduzido fielmente. Em essência para a maioria dos estilos guitarra deve ter uma resposta mais orgânica, mais próxima da resposta dum violão e não rosnar com um fuzz from hell.

Eu não concordo muito com isso, tanto que um dos sons de Jazz mais lindos que já ouvi é uma gravação de 5 Jams entre o Charlie Parker e um monte de figurões do jazz na época como Oscar Peterson no Piano e o Barney Kessel na guitarra, nessas gravações ele usa um set-up totalmente atipico já que ao invés da 350 com captadores Charlie Christian, ele usa uma uma Gibson ES-175 com P-90s (ao menos na foto da contracapa ele aparece com uma 175) plugada em um Gibson GA-20 e dá pra ver que em alguns pontos ela distorce um tequinho quando ele toca mais forte e eu acho esse som um tesão, tanto que dos 6 amps que tenho, o que eu gosto mais de tocar jazz é um Marshall JTM de 60W, que não é a mesma coisa, mas fica bem perto desse som no canal clean.

Um exemplo desse som está aqui:


Mas no fim, distorção é um defeito da de qualquer coisa que amplifique o som, inclusive válvulas, só aconteceu de algumas pessoas gostarem pra caramba desse defeito.

Alex guitar man

O vídeo é bem repetido, mas mostra bem algumas das opções do Polytone Mini-Brute III



MMI
Veterano
# fev/15 · Editado por: MMI
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francisco2004

O Polytone mais específico para guitarra é o Mini Brute 2, não que os outros não funcionem, mas este é o cara a ser batido.

Concordo com o nichendrix, talvez você não tenha entendido direito. Em todo caso, eu não vejo como avaliar o som de um amplificador por Youtube, ainda mais com um vídeo como este gravado com som da câmera/celular. São coisas que não dão para se ter muita ideia, só mesmo sentando ao lado e tocando por um bom tempo para observar o que pode fazer um amp desses. Desculpe, mas a não ser que seu Laney seja excepcional e bem modificado, não dá para comparar com um Pritchard. A não ser que seja para fazer um vídeo no Youtube, aí dá para fazer até um Meteoro Atomic Drive soar melhor que um Dumble.

Mas sendo realista... Se o que você procura limita a um som SRV, tem que procurar equipamentos similares aos que ele usou. Concordo que é lindo, curto muito, mas não chamo isso de clean bom (é um clean excelente para essa praia, mas tem sujeira demais).

Alex guitar man
Veterano
# fev/15
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MMI
nichendrix

Pera ai..

vamos ver, um amplificador transistorizado para um "verdadeiro clean" possui um timbre mais Real e exato do que sai do jack na guitarra, evitando acrescentar harmônicos ao som, tendo uma boa linearidade na dinâmica em que a guitarra é tocada, com um headroom muito bom, mantendo o som sempre uniforme, e uma resposta igual para toda a faixa de frequência da guitarra?

Enquanto amplificadores valvulados procuram dar um "clean" bem característico a guitarra, mudando o timbre original, acrescentando harmônicos ao som, comprimindo, e se clipar "benção", tudo isso, apenas, defeitos da amplificação valvulada primitiva(Rs, pois hoje existe os grandes HIFI valvulados que nunca tive a chance de testar)

E os SS baratos do mercado (o meu FM25r por exemplo), buscam imitar o clean de valvulado, tentando acrescentar os defeitos das valvulas a amplificação transistorizadas, onde o headroom vai embora logo no pré ao dar uma palhetada forte (fato, Sad but true), sem falar de outros fatores de um circuito que foi fabricado e colocado no mercado sem sair do rascunho..

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