Autenticidade x Bom gosto. (Título em haver)

Autor Mensagem
Die Kunst der Fuge
Veterano
# mai/14
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makumbator

Você é um guitarrista que faz slap, né?

makumbator
Moderador
# mai/14 · Editado por: makumbator
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cafe_com_leite
A técnica eu sei que existe, mas com essa sonoridade?

Sim, com essa sonoridade desse vídeo (tendo em mente que são dois instrumentos diferentes). Inclusive no vídeo que você indicou ele comentou sobre o Victor Wooten, citando que é basicamente a técnica dele.

A técnica de polegar duplo por sua vez é ainda mais antiga, e o Stanley Clarke também a usa há décadas.

Aqui um exemplo (do meio para o fim do vídeo o Wooten inclui vários dedos no slap e polegar duplo):

https://www.youtube.com/watch?v=4cpKqUfkbPY

Die Kunst der Fuge
Você é um guitarrista que faz slap, né?

Na guitarra não...hsahsah!

Hawklord
Veterano
# mai/14
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pow até o enduro do atari pode ser um instrumento. aquela fase do breu antes da chegada no enduro é arrepiante.
GENIAL

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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Hawklord
ah meu nao enche o saco

Hawklord
Veterano
# mai/14
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INNARELLI
É sério cara. Achei genial mesmo.

E eu concordo, a fase breu é arrepiante

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14
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O que eu tenho observado, pelo menos no rock, é que, pior do que não conseguir inovar, é não conseguir manter-se à altura do que foi feito no passado, isso sim é preocupante e abominável. Tá cheio de "fritadô" aí, tocando Petrucci, Steve Vai, que não consegue tocar uma Burn, Lazy, ou nem mesmo (PASMEM!!) uma Little Wing...

Isso sim é de perder o sono...

entamoeba
Membro Novato
# mai/14
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A música não está esgotada de jeito nenhum! A combinação de notas da notação ocidental e as possibilidades rítmicas são finitas, mas os timbres são infinitos. Bem como são as formas de construção das narrativas, os climas, as intenções... quantos solos de furadeira vocês já ouviram, afinal?

Ainda nem somos capazes de compreender o que é "gosto" e, por comodidade, temos recorrido ao relativismo. É evidente que o mau gosto existe, como é evidente que uma fatia de pizza é melhor do que cocô.

Existe verdade na estética e ela não se limita ao "gosto ou não gosto". A estética é uma área complexa. Diz respeito ao que sentimos e o que sentimos é muito mais relevante do que costumavam pensar. A estética medeia nossa relação com a cultura, com o mundo exterior.

Nosso raciocínio é pautado em estética. Quando você está lendo uma frase, está também reagindo esteticamente a ela. A heurística é estética pura! Você sente a descoberta, ela não vem em forma de linguagem. Darwin deixou uma pista quando tentou mapear as expressões dos animais. As reações não são binárias. São como matizes cromáticas, onde infinitas combinações são possíveis.

E a música, como toda arte, dirige-se a isso! Por isso que a música é foda!

Lelo Mig
Membro
# mai/14
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entamoeba

Traduz tudo isso aí em música e posta aqui "prá nóis ôuvi"!

cafe_com_leite
Veterano
# mai/14
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Ancient_CTHULU
O que eu tenho observado, pelo menos no rock, é que, pior do que não conseguir inovar, é não conseguir manter-se à altura do que foi feito no passado, isso sim é preocupante e abominável. Tá cheio de "fritadô" aí, tocando Petrucci, Steve Vai, que não consegue tocar uma Burn, Lazy, ou nem mesmo (PASMEM!!) uma Little Wing...

Cara, suas opniões são muito estranhas. Quem disse que um bom guitarrista precisa saber tocar essas músicas que você citou aí? Eu ein.

cafe_com_leite
Veterano
# mai/14
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makumbator
Po, brigadão cara! Só por esta informação esse tópico já a pena ter criado este tópico.



Além é claro da discussão muito interessante que tivemos aqui, que embora já tenha sido muito falada pelo FCC afora, é sempre bom retomar este assunto que é muito complexo.

entamoeba

Também acredito fortemente que a música pode alcançar lugares ainda não descobertos, só precismos acreditar e trabalhar para isso. Nós músicos temos esse dever o/

entamoeba
Membro Novato
# mai/14
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Lelo Mig,

Queria ter competência para sair do lugar comum. Até faço uns sons que julgo interessantes, mas os faço sozinho. O avanço na compreensão da música requer interlocutores engajados, intensidade, vivência em música, e isso está fora do meu alcance!

Sei que escuto tanta coisa de três acordes que não se parece com nada que acho inadmissível pensar que a música está esgotada. Também noto que a maioria das músicas que escutamos por aí não são feitas por pessoas que tem um envolvimento espiritual com a arte. São trabalhos meramente técnicos ou mecânicos, pobres de sentido.

Não pretendo me colocar na posição de um pregador maluco que jura ter acesso privilegiado à verdade redentora. Só estou jogando mais uma ideia na panela que talvez possa ressoar no sentimento de outrem.

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14 · Editado por: Ancient_CTHULU
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cafe_com_leite


Um bom guitarrista DE ROCK precisa...

É o conhecimento básico da história do instrumento, por favor, são as referências que ditaram regra pra tudo o que veio depois no que diz respeito a Hard Rock/Heavy Metal...
Tô falando de GUITARRA ROCK, se a linha do cara for Jazz, aí ele vai ouvir (e tocar) John Coltrane, Miles Davis, Charlie Parker, Allan Holdsworth, etc. (É pra isso que existem os "Standards"). Se for Blues, Robert Johnson, BB King, Steve Ray Vaughan. E se for rock/metal, é Jimi Hendrix, Blackmore, Tony Iommi, Brian May, Michael Schenker. É como querer escrever um artigo científico, sem revisar a bibliografia já existente. Não dá pra criar algo de respeito, sem antes dominar o que já foi feito anteriormente, isso é básico, não sei nem porque estou discutindo isso...


É por parar de estudar o que já foi feito, é que o rock foi decaindo, e foram aparecendo umas "coisas", tipo Metallica, e Guns and Roses... Se alguém ouviu o "tributo" (eu prefiro chamar de insulto) que o metallica fez ao Dio, é de dar pesadelos, músicas dois tons e meio abaixo, sem falar na voz de Fred Flinstones do Hetfield, pobre Dio. Aliás, não existem mais vocalistas de rock atualmente, é uma espécie em extinção, o último que eu tive conhecimento foi o Jorn Lande...

BrotherCrow
Membro Novato
# mai/14
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Ancient_CTHULU
O que eu tenho observado, pelo menos no rock
Um bom guitarrista DE ROCK

Cara, você chegou num ponto que tá na minha cabeça desde que o tópico abriu. Rock é muito, mas MUITO preso ao tradicionalismo. Qualquer coisa que você começa a inventar, já chega um tr00zão from h3ll dizer que não é mais rock.

Aí chega um cara feito o Abasi, que toca demais, mas não é necessariamente inovador (e acho muito bacana ele mesmo admitir nas entrevistas que o som dele é derivativo) e tá 100% dentro dos confins do rock, e as pessoas acham que ele é um grande inovador. Na real, a maioria das composições dele tem estruturas relativamente simples que são feitas pra parecer complexas, e o pau come mesmo é na execução.

Acho que foi o Brian Setzer que disse que um bom jeito de melhorar fraseado é imitar as melodias dos trompetistas, porque eles em geral têm uma base de teoria e uma noção de fraseado muito melhor do que os guitarristas.

E tem muita inovação acontecendo fora do rock. Mas vai dizer isso pro fã de Dream Theater que acha que Liquid Tension Experiment é jazz?

entamoeba
Membro Novato
# mai/14
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Não dá pra criar algo de respeito, sem antes dominar o que já foi feito anteriormente, isso é básico, não sei nem porque estou discutindo isso..

Ancient_CTHULU,

Não é tão básico assim. Aliás, é perfeitamente discutível. Diferentemente da ciência, a arte não visa a precisão. As vezes o contato com o corpo de conhecimento pode coibir a variação! Claro que um guitarrista tem que ter algum tipo de bagagem cultural, mas não precisa ser tão limitante, tão datada!

Notei também que você enaltece Dio e joga Hetfield na vala comum (deve achar Kurt Cobain uma completa aberração, né?). O metal não precisa ser a manifestação de um espírito efeminado. O estilo contempla outras vertentes e a exploração de outros "moods".

Ismah
Veterano
# mai/14
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entamoeba

Defendo a vertente de tocar a música com seu timbre... Iron Maidens toca com um timbre que acho muito mais bonito que o Iron Maiden mesmo... E Dio é a inovação em pessoa... Revoluciona usando um amp Randall todo SS (mosfet), pra tocar HM

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14
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BrotherCrow


Tô querendo dizer que é fundamental conhecer e executar o que já foi feito, por mais eu não conheça as obras do Abasi, uma coisa eu posso afirmar sobre ele, ele deve ter virado o Allan Holdsworth (entre outros do Fusion) do avesso, antes de chegar no som dele. Veja a cadeira das disciplinas da Berklee, entre outros conservatórios, (inclusive o Souza Lima), a transcrição, execução e improvisação em cima de Charlie Parker, Miles Davis é feita durante todo o curso. Não se limita ao rock. Todas as grandes referências, de todos os estilos, sem exeção, estudaram MUITO o que foi feito anteriormente, o Steve Vai transcreveu o Zappa de trás pra frente, o Malmsteen fez isso com o Blackmore, o Petrucci fez com o Morse, o Steve Ray Vaughan fez com o Hendrix, e por aí vai...


entamoeba

Que que o Hetfield tem que se meter a cantar Dio? Socorro. O Cobain eu respeito por conhecer as própias limitações, e não fazer o que não conseguia, (apesar de não ser referência de nada). Eu falo, o último vocal de respeito que eu vi foi o Jorn Lande, que, apesar de ser Barítono, ainda tem o peso, impostação, e potência que o rock exige.

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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olhe para o seu próprio umbigo pra dizer que fulano beltrano sicrano, não tem estudo. posso dizer que me viro bem mesmo sem ter conseguido tocar nenhum sequer cover do legião.

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14 · Editado por: Ancient_CTHULU
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Acho que foi o Brian Setzer que disse que um bom jeito de melhorar fraseado é imitar as melodias dos trompetistas, porque eles em geral têm uma base de teoria e uma noção de fraseado muito melhor do que os guitarristas.



Sim, ouvir o que foi composto para outros instrumentos é uma excelente maneira de estudar o que já foi feito, e utilizar em um contexto diferente. O Allan fez isso com o sax, e o Malmsteen, com o violino. E é exatamente disso que eu estou falando. Na Berklee, o curso DE GUITARRA exige transcrições, e improvisações em cima de temas de John Coltrane, Charlie Parker, Miles Davies, entre outros, justamente por estes serem os "Standards", as referências, não dá pra passar por cima das referências de cada gênero, seja qual estilo vc toque... rock, blues, country, MPB, erudito, jazz, fusion, etc. Isso é inevitável, é essencial, como já disse em outro post, é básico...

cafe_com_leite
Veterano
# mai/14
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Ancient_CTHULU
É por parar de estudar o que já foi feito, é que o rock foi decaindo, e foram aparecendo umas "coisas", tipo Metallica, e Guns and Roses...

Tudo questão de opnião. Apesar de não ser fã de nenhuma das duas bandas, considero-as baita bandas de rock, sobretudo o Metallica que conseguiu trilhar o seu próprio caminho, com influências fortíssimas do heavy metal, claro, mas não mais uma cópia.

Mas confesso que você tem total razão nisso, vendo por este lado:

Tô querendo dizer que é fundamental conhecer e executar o que já foi feito, por mais eu não conheça as obras do Abasi, uma coisa eu posso afirmar sobre ele, ele deve ter virado o Allan Holdsworth (entre outros do Fusion) do avesso, antes de chegar no som dele. Veja a cadeira das disciplinas da Berklee, entre outros conservatórios, (inclusive o Souza Lima), a transcrição, execução e improvisação em cima de Charlie Parker, Miles Davis é feita durante todo o curso. Não se limita ao rock. Todas as grandes referências, de todos os estilos, sem exeção, estudaram MUITO o que foi feito anteriormente, o Steve Vai transcreveu o Zappa de trás pra frente, o Malmsteen fez isso com o Blackmore, o Petrucci fez com o Morse, o Steve Ray Vaughan fez com o Hendrix, e por aí vai...


BrotherCrow
Aí chega um cara feito o Abasi, que toca demais, mas não é necessariamente inovador (e acho muito bacana ele mesmo admitir nas entrevistas que o som dele é derivativo) e tá [i]100% dentro dos confins do rock, e as pessoas acham que ele é um grande inovador.[/i]

Com a parte grifada eu não concordo, pois o som dele tem muito de jazz, de música eletrônica e de ambientalismo e isso não surgiu do rock. Ai você pode me falar de que o que ele faz de jazz é superficial, mas mesmo assim, vem do jazz e ponto. Então o som dele não tem como ser 100% rock.

A respeito de ele não ser um grande inovador, concordo contigo. Mas o que ele já conseguiu fazer no Animals as Leaders pra mim já é admirável e digno de atenção, vejo muitos pontos bem característicos ali.

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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ninguém é autêntico 100% mas quem toca guitarra tem que ter bom gosto? bom gosto ou senso comum? fala alguma coisa que mudou nos último 10000 anos, apenas a civilização com o homo sapiens.
estamos apenas derretendo as calotas e se comunicando sem conteúdo. só isso.

entamoeba
Membro Novato
# mai/14
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Ancient_CTHULU, o rock não exige potência vocal ou qualquer impostação específica. O que você está chamando de "rock" é apenas uma pequena vertente do gênero!

Malmsteen e Vai podem até ter contribuído para o desenvolvimento de técnicas, mas rock tem muito mais a ver com simplicidade do que com a ostentação de recursos exuberantes. Tenho a impressão que o músico ouvinte que envereda por essa praia se fascina mais com a acrobacia aplicada à música do que com a música em si.

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14 · Editado por: Ancient_CTHULU
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o rock não exige potência vocal ou qualquer impostação específica


Putz, nem vou discutir...

Já ouviu esse tiozinho aqui? Ou ele é só uma pequena parte insignificante do Rock? Não precisa de potência e técnica pra cantar isso?

https://www.youtube.com/watch?v=oPmaVT-P5Ds


Malmsteen e Vai podem até ter contribuído para o desenvolvimento de técnicas, mas rock tem muito mais a ver com simplicidade do que com a ostentação de recursos exuberantes.


Contribuíram, escreveram músicas lindas, e tornaram-se referência, assim como Blackmore, Eddie Van Halen, Jimi Hendrix, Johnny Winter, Brian May, Uli Jon Roth, BB King, Buddy Guy, David Gilmour, Tony Iommi, se você quer ignorar as referências, é uma escolha sua, não há nada que eu possa fazer. Engraçado que de todos os músicos que eu citei vc só citou dois, e o resto?

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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Lelo Mig
ele ta falando de uma parada meio estranha que os cara costuma chamar de boniteza.

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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Ancient_CTHULU
já fez sexo na vida?

entamoeba
Membro Novato
# mai/14
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Ancient_CTHULU,

Você está misturando as coisas e "entendendo" tudo errado! Eu disse que o rock não EXIGE potência vocal ou algum tipo específico de impostação.

Exigir v.tr.
3. Ordenar imperiosamente.
4. Prescrever-se.
5. Carecer de, precisar de.

UM exemplo do contrário NÃO REFUTA o que eu estou dizendo! Por outro lado, se eu encontrar um exemplo de cantor de rock que não tenha potência vocal, o seu argumento fracassou. Por que isso?

Empirismo para dummies:

Generalização: Todos os gansos são brancos;
Refutação: a existência de UM ganso que não seja branco.

Coloquei o "entendendo" ali de cima entre aspas porque eu acho que se trata de uma distorção voluntária do conteúdo para que ele se encaixe no seu discurso. Conheço uma infinidade de exemplos de cantores de rock que não tem potência vocal, mas não citarei nenhum, sabe por quê? Porque você também conhece!

Putz, nem vou discutir...

Não discuta, mas não seja tão presunçoso!

cafe_com_leite
Veterano
# mai/14
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já fez sexo na vida?


huahuahuahuahua

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14 · Editado por: Ancient_CTHULU
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INNARELLI

Alto nível os seus comentários... quantos anos você tem?

"Nunca discuta com um idiota, ele te rebaixa ao nível dele, e te vence pela experiência..."


entamoeba

OK then...

INNARELLI
Membro Novato
# mai/14
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Ancient_CTHULU
Pow brother te digo que tenho mentalidade de crianca.

cafe_com_leite
Veterano
# mai/14
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INNARELLI
te digo que tenho mentalidade de crianca.
Uma criança jamais falaria uma coisa dessas: já fez sexo na vida?

Ancient_CTHULU
Veterano
# mai/14
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INNARELLI


De boa cara, contanto que você não seja petista, tá em casa...

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