Gibson mal feita? Ou eu que não entendo mesmo?

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silasamilcar
Veterano
# fev/14
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Só por curiosidade. O corpo dessa guitarra é escavado? Tenho uma Gibson LesPaul Studio Vintage Mahogany com o corpo escavado e é uma guitarra maravilhosa. Perfeita mesmo. Porém, por ter o corpo escavado não confio de submetê-la a pancadas por medo de ver um buraco pelo corpo. Não terá sido isso que aconteceu com a tua?

Nefelibata
Veterano
# fev/14
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silasamilcar

Desculpe, mas o que uma coisa tem a ver com a outra?

silasamilcar
Veterano
# fev/14
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Nefelibata
Se a guitarra dele fosse escavada as laterais são mais finas e poderia ter ocorrido algum evento que teria ocasionado a abertura na lateral... Mas depois vi os outros post e acho isso pouco provável.
Me ocorreu algumas outras hipóteses para isso ter acontecido. Já tive outras Gibsons, conheço amigos que tem e trabalhei em lojas de instrumentos musicais e sempre são guitarras impecáveis quanto à construção. Não duvido ue possa ter uma ou outra que possam apresentar defeitos. Mas é difícil disso acontecer.
Uma coisa que pode ter acontecido também é que tenha adquirido uma Gibson falsificada. Não estou dizendo que seja... mas é uma hipótese...
Se fosse eu enviaria a guitarra para a Royal. Guardaria a nota fiscal e toda a documentação da guitarra e já que gastara uma grana na compra iria tentar para ver se iria funcionar, senão o Código de Defesa do Consumidor é claro. Troca. A Royal sempre foi uma empresa honesta e nunca vi problemas com ela, enquanto fui vendedor.
Eu tentaria a sugestão deles.

Del-Rei
Veterano
# fev/14
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NeoRamza
Eu acho que se eu mandar esse guitarra pra royal eles vão levar em um luthier, o luthier deles vai dizer a mesma coisa e eles vão acabar me devolvendo a guitarra do mesmo jeito, e eu vou ter gastado mais de 300 reais com correios atoa e ainda ficado vários dias sem a guitarra.
Acho que vou ficar com ela assim mesmo. Que que vocês acham?


Cara, o nosso código do consumidor prevê que se você enviar o produto pra reparo, em 30 dias (que é o prazo máximo estabelecido) eles devem optar por;

- reparar o produto;
- trocar o produto por outro igual ou similar;
- devolver o dinheiro;
- oferecer um percentual de ressarcimento caso você opte por ficar com o produto danificado.

O que muita gente não sabe é que.... No caso de um vício oculto (aquele defeito não-aparente, que somente se mostra depois de um certo tempo de uso do produto), o prazo começa a contar a partir do momento em que esse defeito é constatado.

No caso, seu prazo de garantia seria a contar da data que você descobriu essa fenda bizarra na guitarra. E como estamos falando de um bem durável, o prazo de garantia é de 90 dias a contar da ciência do vício oculto.

Caso eles não queiram resolver seu problema com alguma das opções acima, você pode acionar a justiça, tranquilamente. Se foi defeito na fabricação mesmo, tu tem tudo pra reparar isso aí.

Um aceno de longe!!!

NeoRamza
Veterano
# fev/14
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james.gurley
Fala NeoRamza, beleza? Então cara, como a sua guitarra com o acabamento simples é uma Gibson, você tende a acreditar que isso se trata de uma qualidade, em detrimento da Epiphone que parece de "plástico". O acabamento "simples" das Tributes foi feito para diminuir os custos da guitarra, por isso são mais baratas que uma Standard. Uma LP Standard também tem "tanta tinta que nem aprece que é feita de madeira".

Eu não cheguei a tocar em outra que não fosse mas eu vi de perto standards e traditional, e aí que o negócio piora pro lado da epiphone mesmo. A pintura é 10x melhor que a da tribute, mas mesmo assim não fica com aquela aparência de ser feita de plástico.

NeoRamza
Veterano
# fev/14
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silasamilcar
Só por curiosidade. O corpo dessa guitarra é escavado?
Você quer dizer chambered? Se for sim.
poderia ter ocorrido algum evento que teria ocasionado a abertura na lateral
não tem marcas não. Tudo indica que foi problema de nivelamento mesmo.
Uma coisa que pode ter acontecido também é que tenha adquirido uma Gibson falsificada.
Cara, tirando esse problema o resto é de ótima qualidade, principalmente o som. E eu abri as tampas de traz e está escrito gibson nos knob. Sem contar o número de serie que foi conferido pela royal.

Del-Rei
Caso eles não queiram resolver seu problema com alguma das opções acima, você pode acionar a justiça, tranquilamente. Se foi defeito na fabricação mesmo, tu tem tudo pra reparar isso aí.

Pois é, isso implica em gastar e esperar muito tempo, principalmente se tiver que acionar a justiça. Ainda estou pensando se peito isso ou não.

Rei Arthur Pendragon
Veterano
# fev/14
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NeoRamza
Qual o seu modelo? Se for 60s e 50s é chambered. A 70s é a técnica de weight relief das Standard (pesa um pouco mais, já comparei).

NeoRamza
Veterano
# fev/14
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A Gibson acaba de responder meu e-mail. Falaram para eu entrar em contato com a Royal. Já que essa foi a instrução da própria Gibson, vou seguir né.

rafael_cpu
Veterano
# fev/14 · Editado por: rafael_cpu
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Del-Rei
Cara, o nosso código do consumidor prevê que se você enviar o produto pra reparo, em 30 dias (que é o prazo máximo estabelecido) eles devem optar por;
- reparar o produto;
- trocar o produto por outro igual ou similar;
- devolver o dinheiro;
- oferecer um percentual de ressarcimento caso você opte por ficar com o produto danificado.


Na verdade, amigo Del-Rei, a empresa tem o direito e o dever de reparar o produto em até 30 dias. Não o fazendo no prazo, abrem-se as alternativas ao consumidor. É este quem escolhe.

Abç

NeoRamza

Amigo, entre em contato e tente a via.
É o melhor caminho neste momento. Mas documente tudo.
Boa sorte!

T+

Del-Rei
Veterano
# fev/14
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rafael_cpu
Não o fazendo no prazo, abrem-se as alternativas ao consumidor. É este quem escolhe.

Exato.

NeoRamza
Quando entrar em contato com a Royal, não deixe de frisar que foi a Gibson quem lhe orientou a entrar em contato com eles.

Um aceno de longe!!!

vintagentleman
Veterano
# fev/14
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james.gurley

Fala NeoRamza, beleza? Então cara, como a sua guitarra com o acabamento simples é uma Gibson, você tende a acreditar que isso se trata de uma qualidade, em detrimento da Epiphone que parece de "plástico". O acabamento "simples" das Tributes foi feito para diminuir os custos da guitarra, por isso são mais baratas que uma Standard. Uma LP Standard também tem "tanta tinta que nem aprece que é feita de madeira"

Não sei se é o seu caso, mas o pessoal costuma associar equivocadamente as linhas Standard da Gibson e da Fender a guitarras mais econômicas, quando na verdade são os padrões da marca, as referências. Abaixo delas têm as econômicas, acima delas os produtos premium.

Uma Gibson LP Standard para um usuário profissional normal é uma ótima guitarra, que vai bem do estúdio ao palco. E costuma ter acabamento de um nível que torna difícil achar um defeito.

Estamos falando de uma guitarra de US$ 2.800,00 nos EUA. É dinheiro aqui. É dinheiro lá também.

Uma Standard não perde para Epiphone alguma. Talvez empate com uma Elitist, vá lá...

Claro que se você é um expert tipo o MMI... Aí vai complicar. Vai virar uma guitarrinha honesta, e tal. Mas quantos têm esse nível de exigência?

silasamilcar
Veterano
# mar/14
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NeoRamza
Cara agora eu fiquei confuso, se a guita fosse de corpo sólido tudo bem ela ter esse problema de colagem em peças do corpo... mas pelo que sei de fabricação desse tipo de guitarra (Chambered), o corpo só tem colagem no tampo. O corpo é escavado em uma peça única. Pelo menos a minha é assim. não há emendas, a não ser do tampo. Achei estranho. Algum luthier pode me falar se estou mesmo certo?
Mas espero que você consiga ter sua guitarra de volta sem atropelos... Afinal de contas é uma p... duma guitarra não é?
Abraço!

MMI
Veterano
# mar/14
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vintagentleman

Claro que se você é um expert tipo o MMI... Aí vai complicar. Vai virar uma guitarrinha honesta, e tal. Mas quantos têm esse nível de exigência?

Ixi... É uma boa guitarra, pode não ser excelente, mas é boa. kkkkkk


silasamilcar

Algum luthier pode me falar se estou mesmo certo?

Não sou luthier, mas está errado. Eu já estive numa fábrica deles e já vi, mas neste vídeo dá para ver perfeitamente. Inclusive ele diz que os corpos são feitos de 2 ou 3 partes.

Eu tenho 3 Gibson Les Paul: a R56 não dá para ver a emenda porque ela é all gold. A Dark Fire, apesar de ser pintada de preto na parte de trás, dá para perceber nitidamente a emenda. A R59 a emenda é muito dificil de perceber, tem que procurar e prestar atenção, mas a emenda está lá. Desculpe, mas sua guitarra deve ter uma emenda também...

NeoRamza
Veterano
# mar/14
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É, com certeza tem emenda. Até custom shop tem emenda, por que que tribute não teria? Mas posso dizer que é muito dificil de ver. Eu so consegui ver uma das emendas porque abriu. Eu ainda tento ver a continuação da emenda que gerou o rachado e não consigo. Numa standad então deve ser quase impossível, ou eu que tô muito ruim das vistas.

MMI
Veterano
# mar/14 · Editado por: MMI
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NeoRamza

No video dá para ver a máquina que seca a colagem do corpo (devia ser muito bem feita, só não digo porque aconteceu isso de abrir). É difícil realmente de ver. Na minha R9 um luthier bastante experiente me mostrou, mas é por um detalhe, quase imperceptível. Você não está ruim das vistas... kkkk

Del-Rei
Veterano
# mar/14
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MMI
Ixi... É uma boa guitarra, pode não ser excelente, mas é boa. kkkkkk

Rs... MMI jogando areia na nossa sopa e acabando com nossos sonhos, hahaha. (brincadeira... rs)

Cara... Sobre o vídeo que você postou. Engraçado ver que junto com tanta tecnologia envolvida na construção das guitarras, a forma como instalam o binding ainda é quase pré-histórica. Deve dar um trabalho bizarro fazer aquilo. Por outro lado, aquela espécie de câmara que faz um scam e checa os trastes é sensacional.

Nesse vídeo fica muito claro que há chances ENORMES dessas guitarras, mesmo sendo da mesma categoria, virem com boas diferenças entre elas. Muita coisa é feita manualmente. Se o processo fosse todo via máquina, ainda assim teria chance de haver diferenças (e até defeitos), mas sendo manual então, putz.

Umas dúvidas...
Não entendi o porque de pegarem um bloco único de madeira, cortarem e depois colarem novamente para fazer o corpo da guitarra. Qual a razão disso? Eu achei que houvesse as emendas por serem pedaços diferentes de madeiras. Mas não são...

Outra... Jurava que os processos de criarem buracos e câmaras nas guitarras fossem pra economizar madeira.... rsrsrs. Pelo visto também não é. É para ficarem mais leves mesmo???? Achei que isso fosse a maior balela... rs.


Na minha R9 um luthier bastante experimentado me mostrou

Esse negócio de falar inglês demais não dá certo... rs.
:)

Um aceno de longe!!!

MMI
Veterano
# mar/14
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Del-Rei

Esse negócio de falar inglês demais não dá certo.

Desculpa a nossa falha...


MMI jogando areia na nossa sopa e acabando com nossos sonhos, hahaha. (brincadeira... rs)


Não é isso... Desculpa a nossa falha (2).

É que quanto mais a gente anda, mais longe a gente enxerga, rs.

Você falou na variabilidade que deve ter notado nessas guitarras, notou observando o processo produtivo e tocando nelas. Conforme vai tocando em um montão de guitarras, vai vendo que que aparecem diferentes, e é bastante evidente - antes que falem que isso é papo de "ouvido de ouro". Inclusive quando se fala em guitarras antigas e vintage, tem melhores, vão "outstanding to regular" (mania de falar inglês que você falou... huahuahuahua), de maneira muito evidente. Algumas empresas, na média, partem de um nível mais alto, mesmo das Custom Shop. Inclusive uns luthiers nacionais! Mas entram outros fatores na conversa, não vem ao caso... Mas falando de guitarras vintage, nota-se claramente que muitas vintage excelentes não "nasceram" em tão boa forma.

Mais ainda, apesar de estarem falando muito de Gibson aqui, a Fender é bem mais acentuada nessa questão. A maioria da Fender novas (MIA, MIM, Custom Shop) saem, digamos numa nota 6-7. Algumas marcas, a maioria é 8, eventualmente beliscam um 9, como a Nash. Já as 10 são absolutas exceções, para mim foram 2 entre as vintage que experimentei.

Isso leva a uma breve explicação... Vamos "chutar" que experimentei 1.000 guitarras strato, para dar um número redondo. Digamos que 200 foram ruins, 700 foram regulares, normais. Depois disso, das 100 que se destacaram, já começamos a falar de uma ocasião em 10. Assim vai até chegar, nessas 2 que falei, são absolutamente anormais, um achado, praticamente uma em mil se não for mais. E isso acaba que alimentando o sonho (meu também), quem sabe um dia eu chego nelas! kkkkkkk

Engraçado ver que junto com tanta tecnologia envolvida na construção das guitarras, a forma como instalam o binding ainda é quase pré-histórica. Deve dar um trabalho bizarro fazer aquilo. Por outro lado, aquela espécie de câmara que faz um scam e checa os trastes é sensacional.

Muita coisa por lá é antiga, outras são modernas.

Você sabe que a Gibson comprou a Epi muito para aprender e dominar a fazer tampos laminados. Na fábrica de Memphis, a mesma máquina da década de 40 (portanto, antes de comprar a Epi) é a que faz todos os tampos das semis. Ao lado do cara fazendo esse trabalho de binding, está uma CNC fazendo braços.

Essa câmara que você viu é a Plek. Essa máquina é sensacional, só que o chato aqui acha que apesar de fazer um ótimo trabalho nos trastes, tem gente que faz isso na mão melhor.


Não entendi o porque de pegarem um bloco único de madeira, cortarem e depois colarem novamente para fazer o corpo da guitarra. Qual a razão disso?

Depende do lote, são diferentes sim os blocos. Não sei a respostas, mas suponho que tudo vem da disponibilidade e padronização. Tem umas histórias do Ted McCarty sobre as dificuldades e soluções das madeiras quando construiram as primeiras...

Jurava que os processos de criarem buracos e câmaras nas guitarras fossem pra economizar madeira.... rsrsrs. Pelo visto também não é. É para ficarem mais leves mesmo???? Achei que isso fosse a maior balela... rs.

Sim, é um trabalho extra e não há economia nenhuma nisso. Só se mogno pesado for mais barato, o que não sei dizer, apesar que com certeza aumentar a faixa de densidade permitida para a construção com certeza barateia. Mas só para botar lenha nessa fogueira e dar mais dados para a sua reflexão, alguns instrumentos premium, como a Benedetto Pat Martino (não deixa de ser uma Les Paul), os caras se dão o trabalho de fazer o trabalho de "chambered", sem necessidade NENHUMA de fazer economia.

Valeu

FBlues_rock
Veterano
# mar/14
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MMI
Aproveitando a boa discussão, sobre a questão da influência da madeira no timbre (deixemos a polêmica de lado), como o "chambered" influenciaria, positiva ou negativamente, já que evidentemente interfere na vibração do conjunto?
No caso da Benedetto (eis mais um sonho de consumo), imagino que tenham instrumentos para públicos diferentes (sem abrir mão da qualidade da marca), daí talvez oferecerem mais essa opção...

vintagentleman
Veterano
# mar/14 · Editado por: vintagentleman
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Del-Rei

Rs... MMI jogando areia na nossa sopa e acabando com nossos sonhos, hahaha. (brincadeira... rs)


Cara... Isso aí já era previsto rsrs

Se puder um dia adquirir uma LP STD compre cara.
Para nós é muita máquina... De sonhos mesmo...

Claro que independentemente da marca ou modelo, um instrumento deve ser testado antes de ser chamado de nosso... rsrs

Mas fora isso, essa guitarra só é contra-indicada para quem sofre de Síndrome Auditiva Áurea ou SAA rsrs

E comentários como esse meu aí também já eram previstos rsrsrs

MMI
Veterano
# mar/14
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FBlues_rock

Polêmica!!!! hahahahaha

O problema é ir do 100 ao zero no mesmo instrumento. O pessoal da polêmica diz que num violão a madeira influencia 100%, já numa sólida é 0%. A verdade é que é menor, mas não zero. O problema é que no que diminui, a influência, para alguns de fato acaba por não ser tão significante para determinadas pessoas e estilos - isso me referindo só ao corpo, o braço é bem mais importante. Até o tipo de tensor faz diferença significante.

A Gibson começou a fazer os furos inicialmente para reduzir o peso, conhecido como "weight relief", os 9 buracos que eles dizem, "holes are strategically placed in the lower bouts on the bass-side of the guitar", isso nos anos 80. Mas se cavidades no lado grave da guitarra começam a aproximar no sentido de uma semi, então começaram a desenvolver a ideia. Vieram as "chambered", onde inicialmente deixaram ela praticamente ocas, como nos modelos 2008. Acho até óbvio que leva a propriedades acústicas e dizem que o pessoal que toca muito alto nota mais feedback nelas. Veio então em 2012 o "modern weight relief", dizem que o corpo é menos ressonante e propenso a feedback. Dizem que os corpos com weight relief, especialmente as formas mais recentes, leva a guitarra a ter mais ressonância e sustain. Isto tudo você encontra facilmente buscando no google ou na própria Gibson, acho que não precisava eu dizer aqui.

O que eu posso dizer é que EU não tenho uma opinião certa sobre isso. Como você disse,
evidentemente interfere na vibração do conjunto
e acho que nem se discute isso. Eu já tive Les Paul de tudo que é tipo, só nunca tive esse "modern", mas já experimentei. A questão é que eu tenho convicção que cada madeira (mesmo da mesma espécie) tem características próprias como densidade e ressonância. Para eu ter certeza ou colocava uma fila de guitarras sólidas e outra fila de "ocas"para tirar a dúvida ou então se pudesse ter a impossível chance de experimentar uma sólida e depois ser feitos os buracos para ver a diferença (lembrei de uma guitarra que a Gibson fez para revendedores, especial para que os captadores fossem encaixados e trocados facilmente para que fossem escolhidos). Só que as melhores LP que toquei eram vintage, não sei como essas aí vão envelhecer.

Quanto à Benedetto, eles são uma fábrica, com um compromisso muito forte com a qualidade. Essas guitarras são oferecidas assim, não oferecem LP sólidas. O foco deles é guitarra jazz, um pouco diferente para o que a maioria que compra uma LP procura. O Bob Benedetto continua a trabalhar lá, orienta o pessoal, mas as feitas por ele são raras hoje em dia. Então acho que o forte deles não é essa LP, são as archtops que posso garantir que são espetaculares. Mas outros mitos ainda estão na ativa, como Manzer, Monteleone, mas se é para sonhar, eu sonharia com Erwin Somogyi (pois é, o preço dele começa, para os modelos mais simplesinhos, em 30 mil dólares).

EduJazz
Veterano
# mar/14
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Como alguns sabem, eu acabei de pegar uma LP custom (Dunamiz). Eu tinha a opção de fazer com weight relief, o que ia aumentar em 10% o preço da guitarra.

Não fiz por convicção, por querer uma guitarra "vintage", mas com certeza, se a gibson faz, não é por economia!

vintagentleman
Veterano
# mar/14
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Galera,

Prefiro simplificar as coisas:

1. Quem vai passar duas horas ou mais tocando de pé sabe a diferença que faz uma guitarra chambered...

2. A Gibson entende muito e domina totalmente a técnica de construção de guitarras;

3. Se a Gibson diz que, com técnicas construtivas modernas consegue compensar as perdas em parâmetros sonoros desejáveis em seus "santos do pau-oco", eu acredito;

4. Minha LP é chambered. É muito leve e confortável. Das minhas seis guitarras é a mais leve. Por outro lado provavelmente é a que faz mais som, inclusive desligada...

EduJazz
Veterano
# mar/14
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vintagentleman

1. Quem vai passar duas horas ou mais tocando de pé sabe a diferença que faz uma guitarra chambered...

A minha não é chambered, e pesa MUITO. Não poderia concordar mais.

Del-Rei
Veterano
# mar/14
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MMI
Essa câmara que você viu é a Plek. Essa máquina é sensacional, só que o chato aqui acha que apesar de fazer um ótimo trabalho nos trastes, tem gente que faz isso na mão melhor.

Não duvido disso. Só que, creio eu, se todas fossem feitas manualmente, teríamos 2 hipóteses: Ou seriam mais caras, porque requer uma mão de obra qualificada... Ou colocariam uns candangos medianos pra fazer a análise e a qualidade seria inferior... Eu acho. Provavelmente algumas guitarras, mais caras, devem ter esse processo feito manualmente, né?

MMI
vintagentleman
Eu tenho uma Traditional 1960 que era um modelo exclusivo da SamAsh.
E, apesar de eu ser bem ogro pra diferenciar boas guitarras, me lembro que precisei pedir pra trocar algumas vezes, porque as 2 primeiras não me agradaram, em termos de confortabilidade pra tocar. Não sei se era porque podiam estar desreguladas... Sei lá. E o sustain, tive a impressão de ser melhor. Também não sei se foi impressão apenas...
Mas o fato é que eu não gosto de testar guitarras em lojas, porque geralmente estão desreguladas. Cordas altas... Acho péssimo.

E ela é com o tal o "weight relief" com os 9 buracos. Só que de longe é bem mais pesada que minha Epiphone Standard, que supostamente é de mogno (oi?) maciço... rs.

Pra ser bem sincero, acho difícil esses 9 buraquinhos fazerem diferença no peso da guitarra, mesmo depois de um show de 2h... Digam aí, rs. Creio que talvez a chambered faça diferença sim... E o "modern weight relief" possa também, porém, mais sutil..... Não sei... rs.

Um aceno de longe!!!

vintagentleman
Veterano
# mar/14
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Del-Rei


Cara, a minha é chambered, originalmente igual a essa aqui, só que eu mudei captadores.

As outras LP com técnicas de redução de peso eu não conheço. Só de ouvir falar. A minha é leve e confortável. Duas horas vai de boa...

james.gurley
Veterano
# mar/14
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Eu não cheguei a tocar em outra que não fosse mas eu vi de perto standards e traditional, e aí que o negócio piora pro lado da epiphone mesmo. A pintura é 10x melhor que a da tribute, mas mesmo assim não fica com aquela aparência de ser feita de plástico.

Bom, opinião é opinião. Não vejo grandes diferenças entre uma Epiphone Standard e uma Standard nova, em termos de aparência da acabamento. A diferença surge mais com o tempo, uma vez que a Epiphone é com acabamento e poly e a Gibson em nitro.

A R59 a emenda é muito dificil de perceber, tem que procurar e prestar atenção, mas a emenda está lá. Desculpe, mas sua guitarra deve ter uma emenda também...

Cara, você tem certeza que tem emenda. Fui na fábrica da Fender, e me surpreendi que a boa parte dos corpos eram feitos com 3 madeiras. O que eu sei é que, depois de pintada, fica muito difícil de visualizar emenda na madeira. Mas sei também que os gringos juram que as Standards deles são feitas de uma única peça de madeira.

vintagentleman
Veterano
# mar/14
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james.gurley

Até onde eu sei quando os caras não falam nada, sempre tem emenda no corpo. Até em guitarras bem caras tem no mínimo duas peças. Essas STD Fender e Gibs sempre tem peças que são coladas compondo o corpo...

Quando calha de fazerem guitarra de corpo single piece of wood eles sempre fazem o maior alarde disso, e cobram beeem mais caro, por exemplo no caso das Suhr...

Drinho
Veterano
# mar/14
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Caramba...

Pesado isso hein cara?

Drinho
Veterano
# mar/14
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Caramba...

Pesado isso hein cara?

NeoRamza
Veterano
# mar/14
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Acredito que as emendas sejam feitas por ser difícil encontrar árvores com troncos tão largos quanto uma guitarra. A árvore teria que ser cortada mais velha, o que deixaria a madeira muito mais cara. Apesar de no video eles cortarem a madeira, isso não significa que aquele bloco daria para fazer um corpo inteiro. E acredito que eles cortam a madeira para que o corpo seja feito de pedaços iguais, ou pelo menos para que as partes tenham tamanhos proporcionais. Por exemplo, se hipoteticamente, a largura de uma guitarra é 44cm e a madeira geralmente vem em pedaços de 40cm eles não vão colar um pedaço de 4cm num pedaço de 40cm. Eles vão cortar duas madeiras de 40cm em pedaços de 22cm, e colar um pedaço de 22 no outro, para manter uma proporcionalidade.

Cortar a madeira para depois colar é um trabalho a mais, e a fabrica não iria fazer isso se não fosse realmente necessário.

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