Música X Família + Vida - Desabafo e pedido de ajuda

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Jazz_Metal
Veterano
# out/10 · Editado por: Jazz_Metal


Esse post é um desabafo e ao mesmo tempo um pedido de orientação para quem tenha passado por situação parecida ou quem leia a história e ache que tenha alguma coisa pra falar.

Vou começar pedindo desculpa aos membros por nunca ter participado do fórum, pois nunca achei que pudesse ter contribuído com algo e ao mesmo tempo, sou um dos poucos (imagino eu) que segue à risca a orientação de usar a busca, tanto que se olharem sou usuário a menos de uma ano, mas já conheço o fórum a, pelo menos, 3.

Espero que tenham paciência de ler, pois por ser um drama fod* que estou vivendo, não vou tentar resumir, mais uma vez desculpem e obrigado aos que conseguirem chegar até o final.

Vou contar como cheguei até aqui (minha trajetória na música/guitarra) e o que está acontecendo, vamos lá.

Tenho 26 anos e tive minha primeira aula de violão aos 10 (1995), nessa época eu até demonstrava ter algum talento, pois novão, com a mente, músculos, nervos e tendões "zero" eu evoluía bem rápido dentro da proposta do curso (que era desses "tiozões da vila" que ensinam a mulecada a tocar, quem manja??). Ele passava folhas com as escalas maiores e menores harmonizadas (em forma de acordes, é assim que se fala mesmo??) e tinha que decorar todos os nomes dos acordes e as suas posições básicas, pois então tinha dias em que em uma aula de 45 minutos eu conseguia decorar 3 folhas dessa. Uma pena minha "mulequice" ter deixado isso durar apenas 3 meses, pois por uma penca de motivos eu fui obrigado a largar a aula.
Continuei praticando por um tempo, porém o resultado da soma, falta de dinheiro pra substituir cordas quebradas, não saber afinar o violão, e coisas de família do tipo "toca tal música" (que obviamente eu não sabia, pois o tiozão só tinha me ensinado Asa Branca e Encosta Sua Cabecinha No Meu Ombro e Chora) ou "você não percebe que esse barulho tá enxendo o saco?" me fez abondanar de vez até então. Só um pequeno adendo sobre as escalas, é que eu tinha decorado todas, mas não sabia o que
significava nem, por exemplo, porque um acorde era maior e outro menos ou diminuto, quem dirá os com sétima, sustenidos e bemóis...

Ainda em 1995 fiz minha primeira composição (essa a gente nunca esquece), ia ter uma festa de dia das mães na escola e eu me ofereci a professora pra fazer uma música para as mães, a letra realmente foi eu quem fez (coisinha idiota, mas eu tinha 10 anos, relevem), a progressão de acordes não lembro da onde roubei, era "A C#m Bm E" a música inteira, enfim a escola inteira vaiou pois outros três coleguinhas que eu chamei pra cantar comigo não cantaram com aquela vontade e ninguém deve ter ouvido nada direito além de, provávelmente, o violão estar desafinadíssimo. Mas teve um lado bom da história, ou melhor 3. O primeiro e mais gostoso, digamos assim, é que no mesmo ano tinha um festival de artes na escola em que lá fui eu com a cara e a coragem de novo tocar e cantar a música do dia das mães (o festival era em novembro ou outubro, rsrs), dessa vez não teve vaias (apesar de não termos recebido nenhum voto) e no meio da apresentação, quando olhei pro lado morrendo de vergonha de olhar pra frente uma mina mais velha, organizadora e da categoria "dá pra encarar" estava, eu diria, balbuciando a música.
Segunda é que um dos coleguinhas que cantou a primeira vez na vida comigo, hoje é vocalista de sua própria banda e o terceiro é um dos outros coleguinhas vai vir no próximo passo da história (vocês vão ver) como primeira grande insentivo musical, ou seja, nos três quesitos eu devo ter "tocado" eles de alguma forma e a idéia da música, creio eu, além de se expressar é tocar as pessoas com o seu som, mesmo que seja uma música de dia das mães.

Na 8ª série, já em 98, já não pegava mais no intrumento desde o abandono e num lindo o dia um daqueles coleguinhas de 95, leva um violão pra escola e mostrou pra mim que era capaz de fazer o "ímpossível" com um instrumento na mão, ele tocava nada mais nada menos que Faroeste Caboclo, I Saw You Saying e Gimme o Anel no violão, esse foi o primeiro Hendrix da minha vida. Mas mesmo pasmo como vocês não podem imaginar como eu estava, eu consegui descobrir "o segredo do sucesso", as revistinhas.
Ahhhh MUleke!!! Acho que não deu 1 semana e eu já tinha umas 10 revistinhas e nem 1 mês e eu tocava a "epopéia moderna de 2
acordes", Daniel na Cova dos Leões, Ainda é Cedo, Jackie Tequila e afins. Só que se não tivesse alguns poréns não seria eu e dessa vez foram: eu conseguia tocar todas aquelas músicas, mas eu não entendia como um "gênio" conseguia inventar/descobrir que a sequência "Dm C Am" se encaixava tão bem, eu ficava imaginando como o cara ficava tanto tempo tentando várias combinações até descobrir que aquela era a perfeita pra situação e a mais FDP, eu tocava aquelas músicas, mas eu gostava de Metallica, Iron, Megadeath, Mayhem, Dark Throne, Slayer, Immortal, Black Sabbath e etc. Obviamente, coisas impossíveis de serem tocadas por mim, além do principal, essas bandas tem uma coisa em comum nas suas músicas, o solo. Então vocês imaginem, se eu não entendia da onde vinha a divina inspiração pra sequência de 2 acordes da faroeste caboclo, imagina o solo de Seek & Destroy (que hoje eu consigo tocar os 3 primeiros, é o tempo passa...hehehe) eu imaginava que o solo era uma coisa do tipo
"17-16-15-14-13-12" na "velocidade da luz" indo e voltando, pra cima e pra baixo, pra direita e pra esquerda, mas não mais numa inpiração divina, mas sim num pacto fudid* com o demo, que me fascinava tanto e ao mesmo tempo me frustou tanto, mas tanto que eu abandonei de novo.

Foi até 2003 pra eu voltar novamente, mas o processo começou em 2001 quando eu entrei pra um time de futebol amador ou
semi-semi-semi-profissional, depende do ponto de vista, e lá eu conheci um Deus, o cara sabia afinar o violão de ouvido, mas isso era besteira, pois ele conseguia tocar ONE no violão. CARALH*... como alguém pode fazer isso? Eu não tinha coragem nem de perguntar nada pra ele, nem dizer que eu tb sabia tocar, pois o medo de passar vergonha era enorme. EU admirava, mas só admirava. Até que um belo dia acabamos tocando juntos, foi minha realização, tocar com um cara tão bom, dois violões juntos,
afinadinhos, tudo soava perfeito, provávelmente pela qualidade do cara e ele me deu a dica, ou melhor, as dicas "você tem que fazer uns bicordes" e "você tem que aprender escalas". E como uma das dicas mudou minha vida, os bicordes, já que escalas não
deu pra bater o olho e sair tocando. Como era fácil tocar daquele jeito, dava pra tocar tudo que eu já sabia e deu pra, literalmente, triplicar o meu reportório. Eu me via "tocando pra caraleo", parecia que ninguém podia me segurar. O Rappa, Nirvana, Planet Hemp, Charlie Brown, IRA, Paralamas, Blur, Rage Against, Semisonic, For Whom The Bell Tolls, Nothing Else Matters mas os solos ainda eram um problema, eu parava todas as músicas no solo e falava a frase que virou meu jargão "aí vem o solinho". Rolou até um luau, eu e um camarada no violão e meu primo (que vai aparecer em breve na história) no vocal. Esse dia foi o meu ápice, tínhamos um repertório de umas 25 ou 30 músicas ensaiadas, tudo que a galera gostava de ouvir e nesse dia, imagino eu que por causa da música, eu peguei uma mina gata, eu sei a idéia não é essa, mas com 18 anos vocês querem o que? Lembrando que eu já tocava entre 40 e 50 músicas, mas não sabia o que estava fazendo.
Só que dessa época em diante começou o problema que vai mudando de cara e de jeito de se expressar, mas que se estende até hoje (que eu não citei até agora, apesar de ter avisado que é um post de desabafo, mas eu vou chegar lá). Começaram as cobranças da minha mãe e namorada da época como "esse negócio de só ficar tocando e ensaiando o dia inteiro não dá camisa pra ninguém". O pior é que minha trabalhava em dois empregos, minha namorada trabalhava e estudava e eu só no violão o dia inteiro, só queria saber daquilo e somado a outros motivos ela deu uma bota em mim. Fiquei desconsolado larguei tudo de novo e fui atrás de trabalhar e estudar, mandei plugarem meu cabo na matrix e não desplugar mais. Virei um tiozão, sério e
responsável, aquele cara que não tinha hora de durmir nem de acordar, que acabou ficando "famoso" na vila por ser o "cara do
violão" não existia mais, trabalhava, negava qualquer oportuniade de emoção, não fazia mais nada, trabalhava, estudava e dormia, enfim uma noção distorcida do que é responsabilidade e agora, do outro lado da balança, mostrando que não sabe medir as coisas o famoso 8 ou 80. Mas obviamente, de uma forma ou de outra, quilo tudo ainda existia dentro de mim.

O tempo passou, muito tempo e chegou novembro de 2009. Nem eu mesmo sei como foi, apesar de tão recente, mas eu tive a idéia
que eu nunca tinha tido antes, a mais óbvia, a mais correta e que nunca passou pela minha cabeça. Procurei um professor de verdade, que me tornasse capaz de tocar as músicas da minha raiz, as que eu sempre gostei e nunca pude tocá-las de verdade mesmo, além de, devido a tranformação eu virei um cara estudioso e dedicado, hoje eu destrincho qualquer assunto que me interessa, ou seja, queria aprender a tocar e saber o que significa o que eu estou fazendo em quanto toco. E isso fez uma
reviravolta na minha vida, eu aprendi as benditas escalas e evoluí, pelo menos, 2 anos em 4 meses, já que eu já tinha independência nos dedos, já dominava uma gama interessante de acordes, já tinha mesmo sem saber, as cadências na minha mente, as tenções, resoluções e o principal, talvez a única coisa boa que eu tenho, minha mão direita é um absurdo, pois já tinha tocado uma caralhada de coisas diferentes, rápidas, devagares, dedilhadas, segurança com a palheta, rítmo, suíngue. Então abafar as cordas foi uma consequência natural, palhetadas "cavalgadas" a lá The Trooper, só pra baixo estilo Master of Puppets ídem e cheguei a 6 notas por bit a 120 bpm rapidinho, apesar que agora já tá ficando difícil evoluir mais.

Aí começa a parte do pedido de ajuda, numa troca de idéias com um outro primo meu, que diz amar a música como eu amo e engana na batera, decidimos alugar umas horas de estúdio pra brincar, chamamos o outro primo (o do vocal no lual) e pra nossa
surpresa, ficou muito bom (visto que nenhum nunca tocou em banda, não tinha baixo e batera nunca fez 1 aula sequer). Na segunda vez as namoradas foram assistir (esposa, no caso do batera) e tb ficaram impressionadas. Daí em diante todos envolvidos, "músicos" e namoradas, começaram a escolher músicas e todo mundo se divertindo à vera. E vocês devem estar se perguntando aonde está o problema, eu digo. Eu sempre falei uma frase, que alguém já deve ter dito, que é "em certas ocasiões
da vida, a maior virtude do homem é a ignorância". O conhecimento me fez mal, além de ser leonino, em pouquíssimo tempo eu já não suportava tocar as músicas dos outros, eu não
suporto não ter a minha própria voz, por isso sem falar nada pra ninguém comecei a compor os meus riffs e as minhas progressões, depois de um tempo comecei a colocar o assunto na pauta, aos poucos todo mundo foi aceitando e ficando animado, quando ouviram perceberam que não era qualquer porcaria, lógico não é nenhuma obra prima, mas com toda certeza não é lixo. E vocês devem saber que quando você chega num ponto desses, a pessoa não está querendo ficar tocando músicas próprias no estúdio pro resto da vida, só que todos (menos eu e o primo do vocal) estão encarando dessa forma. É lógico que eu quero me
expressar, quero outras pessoas ouçam o que eu tenho pra dizer, mas não é a idéia deles e eu nem imaginava. Tenho/temos 3 músicas prontas com letra e instrumental "em cima", mais duas instrumentais e mais uns 7 ou 8 riffs pra serem trabalhados, não me gabando, mas tudo feito por mim. Só que no último ensaio o primo batera falou assim, "quero deixar bem claro que pra mim isso é um passatempo, não é por nada (fez um gesto com as mãos de empurrar alguma coisa), mas eu não vou me dedicar a
isso". Pra mim foi como se ele viesse com um pedaço de pau e batesse nos meus dois joelhos ao mesmo tempo com toda a força.
Pior que quando fui conversar com a minha namorada (desabafar), ela pensa diferente, mas igual a ele. Acha que eu me dedico de mais a uma coisa inútil e que não tem paciência de saber/ouvir/presenciar que eu dedico 4 horas por dia a isso e só fica falando em casamento e que quando a gente casar eu vou ter que rever essas coisas.

Eu sei, eu exagero, mas o que eu posso fazer se eu não consigo pensar em outra coisa o dia inteiro? No trabalho, em casa, no ônibus, na rua, tomando banho e até em sonhos?? Sei que de certa forma me atrapalha, mas eu não sou capaz de controlar minha cabeça e coração. E os fantamas do passado (aqueles que citei antes) começam a atormentar.
Hoje estou no que muitos diriam ser o emprego da vida, todo mundo lá tem anos de casa, são estabelecidos, casados, formados, tem filhos, casa e carro. Mas isso não me anima como a música.

O que fazer mediante a tudo isso?

Lembrando que não quero passar a imagem de gênio incompriendido ou não descoberto. O que eu sou é MUITO esforçado.

strks
Veterano
# out/10
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Hmm

Zep Rose
Veterano
# out/10 · Editado por: Zep Rose
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Jazz_Metal

bem foda a história ._. eh ateh dificil comentar a respeito disso, mas viver da musica cara, bem ou mal, só viver, eh algo meio que inexplicavel... algo bom...

Curly
Veterano
# out/10
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acho que teu talento é mais para escritor do que pra músico, hehe...

DraKo
Veterano
# out/10
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Cara se vc ker viver de musica na minha opinião você tem que se aperfeiçoar, aulas ou ate um conservetorio ai sim seria uma boa caso contrario pode dar muito errado

cristian1990
Veterano
# out/10
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dificil opinar, pq é a sua vida nao eh como opinar que guitarra vou compra essa ou a outra.

Mas na minha opinião, acredito que vc continue tocando em banda, continue compondo, se o batera nao esta afim de algo serio, chame outro que queira algo serio, e vai tocando, porem não largue o emprego continue tbm trabalhando , tem qe conciliar os dois emprego e a banda, pq ser der certo vc larga o emprego se nao der certo pelo menos vc tem emprego, o sonho de muitos eh viver de musica, mas tem que ter os pés no chão, e a sua segurança financeira é o seu emprego.

Em relação a namorada, converse com ela, e tbm tenha um tempo para namorar, nao fique 4 horas tocando guitarra, toque 2 e as outras duas saia com ela, se mesmo assim ela pega no seu pé, nao tem jeito, vc tem que estar com alguem que saiba da sua paixao pela musica, é como o futebol, mas em vez de joga a peladinha de fds vc vai fazer show de fds e a pessoa que esta com vc tem qeu compreender isso, se nao compreender tem que deixa para lah, mas voltou a dizer tenha tempo para ela tbm .........

ate mais

FAP
Veterano
# out/10
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Cara, li tudo o que você escreveu aí, e meu conselho é conseguir conciliar bem as coisas. Tipo, eu me vejo um pouco em você, também sou muito apaixonado por música, penso em fraseados o tempo todo (até em sonho haha), tenho certa facilidade no aprendizado e por isso até já pensei em largar tudo pra me dedicar à música, etc.

Entretanto a vida não é brincadeira, e como eu to passando por algo parecido, eu diria que parar num domingão à tarde, sentar e pensar bem num bom plano não seria uma má ideia. E digo plano mesmo... analisar as prioridades, levantar pontos positivos e negativos, etc. Principalmente você que tem uma namorada, pretende formar uma família, tem um bom emprego e tal.

Nesses casos é até difícil comentar alguma coisa. Eu sei que o fato de não ter incentivo é praticamente uma porrada na cara. Mas por outro lado, iniciar uma carreira musical também deve ter muitos momentos desanimadores. E outra, exige mais sorte do que talento, então outra dica seria começar a formar relacionamentos com pessoas da área. O famoso networking ajuda em qualque profissão.

Enfim, quem sou eu para dar minha opinião xD acho melhor aguardar o pessoal mais experiente comentar.

Feliphph
Veterano
# out/10
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Cara, se você quer viver da música, já tem composições, você deve enconrtrar uma galera que pensa do mesmo jeito, se juntar e joga suas músicas na internet para o púlblico que curte.Não importa se vida, família atrapalham.Muitos dizem que a vida é feita de oportunidades, mas isso não é verdade, é você que cria sua oportunidade, e se você quer SER isso, vai enfrente.
Em relação a namorada, é muito dificil falar, pois já que isso é uma coisa delicada, como não tenho senhuma esperiencia em relação a isso, espero que outra pessoa que passa por essa situação possa falar.

Abçs

Casais
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

Cara para mim o cristian1990 já disse tudo, não sendo necessário mais palavras, apenas a sua reflexão. Boa sorte!

Ivan C.
Veterano
# out/10
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chega a ser comovente a história, amigo, faça oque sua mente achar correto, faça oque tu gosta, não oque te obrigam.

Bombastik
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

não dá pra resumir isso aí não?

Rafa-Ban
Veterano
# out/10
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incrível como no meio de tantos tópicos repetidos,banais,consumistas e bestas surge um interessante...
é um discurso meio batido....mas quem nascce pra alguma coisa sente isso dentro de si,martelando o tempo todo,foi assim com Senna por exemplo...na minha opinião,a felicidade tem que depender mais de si mesmo do que dos outros,entaõ se seu batera não quer levar a sério,troque de batera,se sua namorada não te apoia,talvez ela não seja a pessoa certa pra vc....acho que o mais importante é ter coragem de fazer o que se gosta,mas com os pés no chão,as vezes eu penso que o fracasso não é pior que o arrependimento e a frustração...

ohm777
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Mas não rola tempo nem pra você levar a música só como um hobby?
Ou voce não quer levar só como um hobby?

Desde que comecei a faculdade estou tocando bem menos do que eu deveria e gostaria... é complicado...
Pelo menos você tem um bom emprego né.

ohm777
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Fiquei curioso, posta uns sons teus aí...

Dylan Thomas
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
E vocês devem saber que quando você chega num ponto desses, a pessoa não está querendo ficar tocando músicas próprias no estúdio pro resto da vida...

Cara, isso tem a ver mais com uma produtora que divulgue seu trabalho do que com sorte. Ninguém vai bater na porta do estúdio procurando vc. Se vc acredita no seu trabalho vai fundo, é isso o que importa. Eu acho foda alguém chegar à velhice sem ter nada fora do normal para se orgulhar, tipo contar uma história muito louca para seus netinhos e no fim dizer "vcs tão vendo, o avô de vcs fez isso, o avô de vcs era fodão!" Ah, só pra lembrar, o grande Roy Buchanan foi divulgado pra valer mesmo só depois dos 30.


É lógico que eu quero me
expressar, quero outras pessoas ouçam o que eu tenho pra dizer, mas não é a idéia deles e eu nem imaginava.


Vc não precisa da crítica alheia ou notoriedade para se desenvolver. Há e houveram vários músicos geniais que nunca tiveram o mínimo reconhecimento. Franz Schubert por exemplo: um monstro prolífico que morreu na miséria sem reconhecimento algum. E mais, nunca esteja satisfeito com o próprio trabalho, pois essa é uma condição essencial para o crescimento.

Muitas pessoas são obcecadas pela música, isso é algo normal. Se quer reconhecimento, além de seu talento, vc vai ter que meter a cara nesse lance de divulgação (que eu particularmente acho um puta saco), ou investir uma grana numa produtora.
Quanto à namorada tb é foda velho! Já perdi uma por causa desse lance com a guitarra. Mas a decisão em relação à ela cabe a vc. Vc vai ter que procurar músicos tão obcecados quanto vc. Não tem jeito, mas tem vários por aí.

No mais, é por aí!
Flw!

AlanGilmour
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Cara..eu tenho exatamente a tua idade. Acredite, eu aprendi as notas básicas num violão do meu pai, todo fudido, que me atrapalhou durante uns 5 anos o aprendizado.

Ninguém me incentivava pra estudar música, até hoje eu busco estudar sozinho e não consigo me dedicar o quanto eu gostaria..mas é aquela história...trabalho, esposa, faculdade, etc...

Mas o momento mais feliz da minha vida foi o primeiro show da minha banda...cerca de 150 pessoas, só os amigos, tocamos bem, foi um dia perfeito cara...acredite...isso vai acontecer contigo, continue estudando música, e tenha em mente que "cada um tem suas próprias circunstâncias na vida".

Tinha amigo meu que tinha guitarra desde os 8 anos, o pai e mãe incentivando, pagando conservatório...talvez eu nunca consiga tocar como eles, como o Marcos De Ros, como o meu professor de guitarra...mas cada vez que consigo tirar um solo do Pink Floyd eu me sinto feliz...cada vez que vou a um show e a música me toca eu sinto que não estou desperdiçando meus dias...Eu comprei minha primeira guitarra com 23!!! Fiz o primeiro show sabendo apenas 2 shapes da escala pentatônica menor...mas a música tá dentro de mim...assim como está em ti cara...eu SEI o que é bom o que é ruim musicalmente...eu tenho noção do quanto tenho que estudar...é por ae cara....não desanima....a música aproxima as pessoas, quebra barreiras sociais, e muda o nosso mundo interior...eu acredito na música...sempre vou acreditar...

RMafe
Veterano
# out/10
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Pow muito esforçado é pouco. 24 horas tocando?
24 horas só nisso? Sono , comida e ,principalmente, violão?

Cara, é o segundo tópico estilo música vs vida( não estou reclamando). A não ser q vc esteja compondo em tds horas, e treinando aprendendo coisas novas, não tem como seu violão ser problema p vida em geral.

Agora, se vc estiver compondo e/ou aprendendo coisas novas a td momento, segue nessa aí e registra suas ideias entaum.

Greggio
Veterano
# out/10 · Editado por: Greggio
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Jazz_Metal

amigo vou comentar so essa parte:

só fica falando em casamento e que quando a gente casar eu vou ter que rever essas coisas.


é isso mesmo meu amigo

por experiencia própria, casamento é mais doação e entrega que soma ou acrescimo... pense bem pq qdo a gente casa a vida passa a ser outra, os seus passatempos e hobbies tem que se ajustar a nova vida...
Pense nisso

elyts
Veterano
# out/10
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Eu até tentei ler...











onda, sei lá velho, tanta falar ae com teus familiares, fala que é isso que te importante para tu, agorta precisa ter talento, para largar coisa certa , para algo tão dificil,

flws

Jazz_Metal
Veterano
# out/10
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Obrigado pela atençãod de todos. Só uma coisa, pareceu que a galera não entendeu direito, mas eu não quero largar tudo pra viver disso, seria mais ter um lugar pra tocar 2 vezes por mês. O tópico foi mais pela questão de que as pessoas à minha volta não apoiam e/ou não estão afim. E de como após os últimos acontecimentos, eu pensei em largar tudo de verdade, nunca mais voltar, mas de como eu não consigo. É capaz que eu fique até doente se fizer isso. É exatamente como eu indaguei, o que eu posso fazer se eu não consigo pensar em outra coisa em nenhum momento?

Sobre dispensar o batera, é meio óbvio que essa é a única opção, mas por outro lado tem (ou tinha) o lance familiar, entendem? Fora que musicalmente, nós temos uma afinidade espantosa, a gente se completa tipo por intuição. Mas eu tenho a conciência de que vamos ter que achar outro que esteja afim das mesmas coisas.



Rafa-Ban
É exatamente assim que eu penso cara, só acrescentaria uma frase, "a vida é curta".

ohm777
Posso postar as duas primeiras, se você desconsiderar que foram gravadas com celular e isso faz a bateria parecer latas de Nescau sendo socadas com um cabo de vassoura.

Dylan Thomas
Nem tanto a questão da critica alheia e nem notoriedade. Seria me expressar mesmo, como quem troca uma idéia com os camaradas sobre temas variados, saca? Ou como fazemos no fórum, como estamos fazendo agora.


AlanGilmour
Valeu pela força, brother.

Greggio
É fod*. Tenho noção disso que você falou, deve ser por isso que eu desconverso tanto quando esse assunto entra na pauta "aqui em casa".

rafael_cpu
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

Cara, é a vida... o que mais vou dizer...?

Boa sorte aí.
T+

P.S. Li todo seu post e os demais também.

Gaia0007
Veterano
# out/10
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Cara, sinceramente, só aguentei ler o texto inteiro porque me identifiquei com a história, apesar de ser 10 anos mais nova que você. xD

Comecei a tocar num projeto do governo, de graça, FDS, na escola. Era violão clássico, aprendi basicamente a ler partitura (somente as notas. As pausas, escalas, por que Dm com Am fica legal e tal, nao sei até hoje) e uns 2 meses depois o projeto acabou.

Um garoto de 14 anos, na época, começou a ir em casa me dar 1 aula por semana. Ele tocava/toca super bem. Com ele fui até o arpejo, entre períodos de abstinência da música (o maior deles foi de 1 ano. Quando peguei novamente o violão não lembrava nem Asa Branca) e tempos de grande esperança em tocar.

Bom, passados anos "no quarto", à portas devidamente fechadas, para não irritar minha mãe com o barulho, consegui "ter uma banda". Foi a melhor coisa que já fiz na vida ! Eu achava incrível os elogios dos meus parceiros, principalmente os metaleiros que adoravam quando eu tocava Nothing Else Matters, One ou até mesmo Pitty. =D Diziam até que eu cantava bem, o que ajudava um pouco a enganar minha timidez.. rs

Bom, por questões de falta de instrumentos e esforço mesmo da galera (só pra ter uma noção, metade da banda era metal e a outra "pop") a banda acabou. Hoje um dos garotos tem uma banda com bateria, guitarras, baixo [...] e eu estou na fase responsável que você citou, estudando o dia todo, de vez em quando brincando no violão.

Mantenho apenas algumas gravações na internet, covers e até um palco aqui, só como hobby mesmo. E assim que puder, vou comprar minha guitarra, nao sei quando, mas vou! Eu adorei aquela época...

Portanto, acho que se você gosta mesmo e ainda tem o apoio do seu primo, não desista do que gosta. Não precisa largar tudo pra seguir na música, mas faça umas gravações legais... A gente vê tanto caso de sucesso por aí, o seu pode ser o próximo. =)

Iii, escrevi demais.. shaush

TerraSkilll
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Que história, hein?!

Mas, no fundo, recai na velha questão: largar uma vida "comum" para viver de música ou não?

Essa é uma escolha demais pessoal, e, como você mesmo comentou, é algo que você quer mesmo fazer. Fico feliz por você ter suas músicas e gostar delas, e querer vê-las sendo divulgadas.

Se esse é seu desejo, e creio que seja, vá em frente. Meu conselho é: planeje o que vai fazer. Defina metas, e lute para alcançá-las. Para um músico de alto nível, sua técnica e conhecimento musical devem ser ótimos, e seu empenho "memorável". As pessoas "não te levam a sério" (isso é relativo, mas tudo bem) porque você ainda não foi capaz de convencê-las de que pode sim dar certo. Toda profissão tem disso, a música só é talvez um pouco mais afetada. Quando decidi trabalhar com computadores, tive de convencer, a mim mesmo e a outras pessoas (meus pais, principalmente), que daria certo. É a mesma situação, apenas num nível diferente.

Sendo sincero, minha posição em relação à música é similar ao do seu baterista. Música pra mim é um hobby (embora seja um hobby em que eu gaste uma boa grana), e não vai além disso. Já deixei isso claro para as pessoas com quem toco, e se vier a fazer sucesso, vai ser por mero acaso, não por eu ter corrido atrás.

Quanto à sua namorada, é ela a pessoa que mais tem de ser convencida de que pode dar certo. Perceba que é necessário você saber o que ela teme em relação à essa carreira de músico: se é o futuro financeiro de uma família que está no começo ou o simples fato de que você pode ter de ficar muito afastado dela, ou mesmo exposto à um público interessado em você (ciúmes, em outras palavras).

Abraço.

ohm777
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Então... se você tem alguma pretensão de ser músico cara, meu conselho é que monte um home-studio (hoje em dia com conhecimento é possível fazer gravações de boa qualidade sem gastar tanto dinheiro) e comece a produzir seus sons.

Você falou que o batera inclusive não quer se dedicar muito. Hoje em dia os bons VSTs de bateria dão um resultado melhor que muitos "bateristas" por aí.

ohm777
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal
Obrigado pela atençãod de todos. Só uma coisa, pareceu que a galera não entendeu direito, mas eu não quero largar tudo pra viver disso, seria mais ter um lugar pra tocar 2 vezes por mês. O tópico foi mais pela questão de que as pessoas à minha volta não apoiam e/ou não estão afim. E de como após os últimos acontecimentos, eu pensei em largar tudo de verdade, nunca mais voltar, mas de como eu não consigo. É capaz que eu fique até doente se fizer isso. É exatamente como eu indaguei, o que eu posso fazer se eu não consigo pensar em outra coisa em nenhum momento?

Então o problema maior e de relações pessoais pelo que entendi.
Se a música te dá prazer e não causa mal a ninguém não deixe ser dominado e imponha suas vontades cara!

rcagliari
Veterano
# out/10
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Não se engane: a tua namorada te deu uma bota porque VOCÊ É CHATO PRA CARALHO!

De Ros
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

Li todo o teu post. Não me identifiquei com quase nada porque acho que fui mais decidido que você em vários aspectos. Fiz muito tempo de aula, o que facilitou muito a minha vida.

Nos primeios meses de aula eu já tocava essas musiquinhas mais simples, conhecia essas revistinhas, sabia como tocar power chords, varios solinhos e outras coisinhas assim. E não era porque eu tivesse algum "talento especial" ou nada disso. Eu decorava e o professor me corrigia, simples assim. Tanto que demorei mais de 2 anos para conseguir finalmente afinar meu violão (com aquele diapasão-apito, uma coisa horrorosa).

Então, fica uma dica para os iniciantes - não caiam no papo de que ser auto-didata é lindo, porque, ou tu é um pequeno gênio precoce, ou não vai dar muito certo...

Voltando ao teu caso, vejo três caminhos para ti:

1) Largar tudo, viver na frustração de não haver tentado, passar por algumas depressões e seguir a vida como um cara triste.

2) Continuar indeciso (demorar 14 anos para voltar a fazer aula, se não é indecisão, é coisa bem pior) e daqui a uns 20 anos entrar num estudio para gravar a tua primeira música, e ainda por cima, mudar a letra no ultimo take...

3) Planejar. Decidir finalmente o que tu quer e definir os meios de chegar lá. Tudo com metas e objetivos bem traçados. Tudo com data de realização. Sem precisar abrir mão de emprego, namorada ou qualquer outra coisa. Só abrir mão da indecisão.

Eu, por exemplo, teria um milhão de coisas para reclamar. Tu não faz ideia de quantas coisas injustas eu passei e quantas vezes tentaram (e alguns conseguiram) me enganar. Mas tu não vai saber nunca dessa histórias, porque, ao invés de me queixar delas, eu estou planejando e fazendo o meu futuro.

Não deixe para os outros decidirem quem tu vai ser ou fazer, porque eles vão decidir que tu seja o mais mediocre possivel, que tu trabalhe para comprar o que eles tem para vender e para que tu faça o que eles quiserem.

Planeja o teu futuro de um modo coerente. Se tu planejar ser o melhor guitarrista do Brasil em um ano, tu não é nada coerente, melhor ir pelo caminho 1 ou 2...
Agora, se teu plano é gravar tuas músicas em janeiro, e o teu batera topar, não precisa trocar de batera por enquanto.

Para fazer um myspace, colocar uns videos no youtube, começar alguns contatos (depois das músicas gravadas), tudo isso é de graça. Não sabe fazer? Mais alguns itens para a tua lista de planejamento (aprender a fazer um myspace, etc...).

Eu escolhi a opção numero três há muitos anos. E você?

Rabbit
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

Velho eu acho que ficar choramingando não é útil não. Estou falando com respeito claro!

Todo mundo tem dificuldades, essas que você falou ai, pra mim, não são nada demais. Me pareceu que você escolheu esse rumo.

Se quer levar a sério, tome aulas e leve a sério. E mostre as pessoas que estão ao seu redor que você está levando isso a sério. Se você não levar a sério acho difícil os outros levarem.

Outra coisa. Vai ver eles têm razão. Vai ver o que você acha que está compondo e que está saindo muito bacana, não está muito bacana nos ouvidos dos outros.

Queria eu ter a oportunidade de fazer aulas quando era novo.

Vagabond
Veterano
# out/10
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pelo menos foi o baterista que não quis, é mais fácil de achar outro

claudio.oc
Veterano
# out/10
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Jazz_Metal

Eu passei por algo parecido, mas não na musica e sim na minha vida profissional. Sempre fiu empreendedor e todos achavam que eu devia ter um emprego fixo, fazer concurso, etc.. Sabe o que eu fiz ? Segui meu coraçao e minhas intuiçoes. Faça o mesmo, e se esforçe, porque o resto deus te encaminhará. E vá com fé.
Abs.

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