Guitarra feita por luthier vale a pena?

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JoeCruzGuitar
Veterano
# mai/07
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Se vale ?

Pra mim sim !!!

Tenho 3 atualmente, duas da Cast (Josino Saraiva) e uma da N.Zaganin (Marcio Zaganin)

Sou um sujeito feliz demais com elas heheheheh

paulgilbert
Veterano
# mai/07
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Sou um sujeito feliz demais com elas heheheheh

é isso que importa

eu não vejo necessidade

tenho uma les paul, uma strato, e uma strato moderna (floyd 2hb), estou satisfeito com elas, não mudaria nada

eu só não mando fazer uma guitarra porque iria mandar fazer igual as de marca
=/


a única coisa que eu pretendo fazer, talvez até pedir pro torresmo fazer, é colocar um top de algum maple bonito na minha jackson, e tirar a tinta da lateral, e pintar o top de azul transparente

JoeCruzGuitar
Veterano
# mai/07
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paulgilbert

Depende cara, alias tudo depende hehehe

Se a idéia é ter uma réplica identica a uma original, eu acho muito melhor comprar a original. Até pq se enjoar, vai vender muito mais facil. Mas já vendi handmades tambem, demora mais, mas vende, não vejo muito problema nisto.

A unica exceção para este meu comentário acima, é se a original custa R$ 8000 e a réplica feita por um excelente luthier custar R$ 4000. Ai pelo lado financeiro da coisa vale a pena.

Uma das que tenho não fui eu que mandou fazer, comprei em loja, é uma Les Paul feita pelo Josino Saraiva. Mogno no corpo e braco, dois humbuckers do tipo PAF, braco colado, tarrachas tulipa, ponte stop tail piece. Ou seja, tudo como manda o figurino se não fosse por um detalhe, o shape do braco é diferente do de uma les paul convencional. É um pouco mais fino e plano, que no final das contas para mim se traduz em melhor tocabilidade (pro meu gosto pessoal).

Seria complicado encontrar uma LesPaul de marca com esta caracteristica, pq a grande maioria se baseia no shape da gibson mesmo.

Não fui eu que mandou fazer como disse acima, mas gostei bastante da guitarra.

Acho que quem manda fazer tem que se basear no preco, e numa possivel customizacao do instrumento, é essa a graça da coisa.

Além do mais importante, mandar fazer num bom luthier.

r2s2
Veterano
# mai/07 · Editado por: r2s2
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Tem que lembrar que no preço das guitas de luthier, tem certas coisas que não tem como deixar mais barato. Na minha guita, só as ferragens e o elétrico custaram quase 1400 conto apenas nos seguintes itens:

Floyd Gotoh - 450
Tarraxas gotoh - 110
2 Sem mordanca - +- 600 contos
Trem-setter - 140 conto
Superswitch - 60 conto
-----------------------------
Total = 1360

paulgilbert
Veterano
# mai/07
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pra você mandar fazer uma é bom você nem pensar muito na grana

pense no resultado final e tals...


mas eu me conheço, com certeza melhor comprar coisas de marca para futura venda,

agora meu proximo objetivo quem sabe é um violão yamaha tr00

thomazchaves
Veterano
# mai/07
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com certeza, tem um cara daqui de minas o Fábio César Luthier que é muito bom e seus preços são bem mais em conta do que os caras de São Paulo.
o cara trabalha com madeiras antigas. Ele colocou um jacarandá de 100 anos na escala de uma guitarra que ele fêz pra mim

Sugiro vc converir a página do cara:
www.fabiocesarluthier.4444mb.com

um abraço

kikamiu
Veterano
# jan/08
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Gente!
Ser um Luthier é o meu sonho no momento! Aprender e reformar um violino. Mas não tenho habilidade manual, será q é possivel aprender mesmo assim?

Ismah
Veterano
# mar/16
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Essa discussão rolou por um tópico aqui, mas eu perdi o link :(

Segue uma opinião análoga, do porque pagar 10mil numa guitarra de renome, tem mais valor agregado e maior vantagem comercial que uma de luthier, idêntica, mas custando uma fração do valor.



Filippo14
Veterano
# mar/16
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Ismah

Reamentte, para um estúdio comercial, eu nunca compraria um Pedrone, TMiranda, Dunamiz ou NZaganin, mas quando pensamos na parte do músico ou artista independente, faz total sentido essas marcas acima.


Fiquei meio "ofendido" que ele falou isso por ter coisas nacionais dessas marcas, mas faz muito sentido o que ele falou, um estúdio precisa de status, tem que se vender, ele está certíssimo.


Abração

Ismah
Veterano
# mar/16
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E isso se estende a músicos visando mercado profissional. "Ohhh ele usa um Marshall/Fender/Gibson"... Mesmo que seja um instrumento/amp entrada de linha, isso importa para muitos contratantes, muitos ouvintes...

boblau
Veterano
# mar/16
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A minha interpretação é de que ele está orientando a estúdios pequenos que estão começando, que para referência e melhor marketing, marcas de renome ajudam a vender o estúdio, mas que ele, como já tem um nome e tradição, pode se dar ao luxo de usar equipamentos sem renome, que na realidade não faz nenhuma diferença na venda e sim no som e no custo do estúdio.

O custo de um equipamento feito "à mão" pode ser menor ou maior do que um de renome, isto depende muito da intenção da compra pelo músico e da maturidade deste músico.

Fui na última sexta feira num show do Djavan e pude estar muito próximo dos músicos e dos seus equipamentos. A maioria dos instrumentos eram nacionais.... e quem vai dizer que foi lá para ver o Carlos Bala numa Ludwig? Ou o Marcelo Mariano tocando num Fender? Que nada, era Odery e Tagima mesmo. Ah mas os caras são endorsers.... e daí? Bom para eles, não? O João Castilho tocando com Penta Switch, Music Maker e guitarras e violões de luthier.

Portanto, não vejo que instrumentos de luthier tenham que ser desvalorizados. Eles não tem o mesmo mercado de um instrumento de marca e nem a mesma liquidez. Mas para um músico, talvez isto não seja o mais importante.

Calime
Veterano
# mar/16
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Concordo em partes; se ele está se referindo a um contexto de studio que pretende ser profissional, e crescer, esse lance de nomes e marcas fazem todo sentido. Pro músico que já sabe o que quer, tem vivência no meio e não pensa em ficar de troca-troca, nada melhor que algo feito à seu gosto.

Ismah
Veterano
# mar/16
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boblau
Mas para um músico, talvez isto não seja o mais importante.

Depende se ele for profissional ou artista.
Para o profissional, que vive da música, isso é primordial. Para o artista, tanto faz, ele tirando som de um pau com cordas basta. É essa a diferença.

Calime
Por aí, mas entra a questão do apelo visual. Começo a entender porque muito nego pede pra por a logo de Fender/Gibson, ou de uma marca de renome no amp, em alguns momentos isso importa.

Uma analogia... Aqui no sul temos muitas bandas (um dono que administra, e músicos contratados), com ônibus próprio, geralmente de 3 ou 4 eixos (por causa de capacidade de carga máxima), plotado e tudo más, para transporte da banda e palco, PA e equipamento. Em alguns lugares, o contratante quer ver isso. Se tiver carreta (umas tem). ele ainda paga mais, sem chorar nada. Se é uma banda que aluga sonorização, nem chance de tocar lá.

boblau
Veterano
# mar/16
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Ismah

Depende se ele for profissional ou artista.Para o profissional, que vive da música, isso é primordial. Para o artista, tanto faz, ele tirando som de um pau com cordas basta. É essa a diferença.

????

Alô? Eu falei músico..... música=arte..... profissional=aquele que é remunerado pelo seu trabalho.... músico é um artista profissional.... tem até carteirinha da OMB.....

E eu dei três exemplos, e poderia dar mais uns 100, que não tem nada de primordial em se tocar com marcas e grifes.

Vou respeitar a sua opinião, porque vc pode estar em um ambiente onde tocar com marcas e grifes ainda seja um tabu, mas com certeza isto não é a realidade no mercado da música como um todo.

Mas achar que artista não é um profissional, aí já meio esquisito - o que o artista vai fazer com a arte dele? Tocar para os amigos e parentes no Natal, aniversários e churrascos? Ou ele vai vender, ser remunerado pela sua arte? Neste último caso, ele será um profissional....

Iversonfr
Veterano
# mar/16
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Ismah
E isso se estende a músicos visando mercado profissional. "Ohhh ele usa um Marshall/Fender/Gibson"... Mesmo que seja um instrumento/amp entrada de linha, isso importa para muitos contratantes, muitos ouvintes...

Exatamente. Eu só acho estranho porque quando você tem um handmaker americano, o equipamento dele é chamado de "boutique" e custa o dobro de uma marca de renome.

Quando você tem a mesma coisa aqui no Brasil, é chamado de "handmaker" e tem que custar a metade do que custa a mesma marca de renome.

Ismah
Veterano
# mar/16 · Editado por: Ismah
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boblau

Artista é o cara que toca de graça se ninguém pagar pela arte dele, mas ele acredita na sua forma de expressão. E que alguém vai valorizá-la algum dia. Ganhar dinheiro com isso, é secundário, o interesse é se expressar, e o faz com amor. É a mulher que transa contigo porque te ama.

Músico profissional é o cara que toca pra quem pagar melhor. Ganhar dinheiro é primordial, ele precisa sobreviver, e tá se f***ndo pro tipo de música que está tocando, se isso promove cultura e blá blá blá. É a mulher que transa pro dinheiro contigo.

OBS.: Os termos tu pode mudar como quiser. Pra mim dizer que sou ciclista amador, não é vergonha, afinal, pedalar não é minha profissão. Alguns se ofendem.

Cheguei a esse consenso conversando com o Jorge Anielo.

Calime
Veterano
# mar/16
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Ismah

Exato. Por isso continuo afirmando que sob a ótica do músico, nada melhor que um instrumento feito sob medida pra ele.

Esse assunto, como eu disse antes, pode ser analisado por diversas óticas, e conforme cada caso e necessidade.

Calime
Veterano
# mar/16
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Iversonfr

Exatamente. Eu só acho estranho porque quando você tem um handmaker americano, o equipamento dele é chamado de "boutique" e custa o dobro de uma marca de renome.

Quando você tem a mesma coisa aqui no Brasil, é chamado de "handmaker" e tem que custar a metade do que custa a mesma marca de renome.


Isso aí deve-se, acredito eu, que a mentalidade do brasileiro (com exceções): lá fora, quem quer esse tipo de instrumento, visa se diferenciar dos demais; aqui, apesar de já ter evoluído, com alguns visando isso tbm, ainda existe aquele negócio de deslumbramento com instrumentos de marca, alguns chegam a contratar para fazer cópias de instrumentos "de marca"(acho isso tão nonsense), pq não podem pagar pelo instrumento renomado.

É por isso que curto tanto instrumento hand made; a relação custo beneficio, ao meu ver e para minhas aplicações, é altíssima.

Ismah
Veterano
# mar/16 · Editado por: Ismah
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Iversonfr

Porque não é um instrumento nosso. Não pertence a nossa cultura. Nem temos tradição nele.
Que grande nome, que ficou famoso tocando guitarra temos, e que usou um instrumento nacional? Nem o Chimbinha!

O mais longe que um guitarrista brasileiro foi, acho que é o Celso Bluesboy tocando com BB King, e que lembro ele usava Fender Stratocaster.

Kiko Loureiro, Edu Ardanuy, Cacau Santos e essa turma ainda são novos, E não são absolutamente nada se comparados ao Hendrix, Malmsteen, e a febre do Van Halen... Quem é Hélcio Haguirra contra Saul Slash Hudson?!

Agora vamos falar de viola. Tem caras excursionando o mundo com uma viola, tocando Tião Carreiro. Até o Raul nosso maior rockstar, tem mais a ver com viola de 6 cordas (aqui chamado violão), que com guitarra como ela ficou famosa: com drive! E onde mais no mundo se toca viola como aqui? Onde mais se tem modão?

Veja bem, que há uma confusão de termos, simplesmente porque as pessoas não sabem o que falam. Na minha concepção:

-> Handmaker se refere ao artesanal, sob encomenda, tipo o que o PeterCornish faz, geralmente peças únicas.
-> Boutique, se refere ao produto seriados, que o Mike Fuller (Fulltone) faz, com uma pequena manufatura em linha, posta a venda.
-> Handmade é sinônimo de manufaturado.

Iversonfr
Veterano
# mar/16 · Editado por: Iversonfr
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Ismah
Handmade é sinônimo de manufaturado.

Entendo as traduções, só não entendo qual a diferença prática real de um Dr.Z para um Pedrone que faça o primeiro valer horrores mais, de um Lindy Fralin para um Malagoli, etc. Talvez Dr.Z não pois tem muito nome, mas deu pra entender a ideia. Qualquer ampli americano handmade bate facilmente a casa dos U$2500.

Outro exemplo é um cara que sigo no youtube, Gelvin Guitars. As guitas dele vão de U$2 a 3mil, e apesar de eu acreditar que sejam muito boas mesmo, o que aconteceria se o Ivan da Music Maker, Igor Petinatti aqui de Americana ou o Celso da Dreamer cobrassem R$8 a R$12 mil numa guitarra? Morriam de fome, isso sim. E posso dizer que as guitarras desse pessoal são coisa finíssima, tive 2 dreamers e já tive a oportunidade de tocar em guitarra Music Maker de um amigo.

Falo isso pois curto muito guitarra de luthier, minhas 4 são assim. Recentemente comecei a tentar/precisar vender elas, resolvi despachar duas. Uma acabei desmontando e vendendo as peças separadas pois valiam mais do que queriam pagar na guitarra inteira. Perde-se muito dinheiro com isso aqui, não tenho dúvida alguma. E fazer um instrumento pensando em "morrer com ele" como eu fiz é muita inocência, sempre haverá possibilidade de vender, ou porque enjoou, ou mudou o gosto, ou por necessidade. Handmade é muito bom sim, mas além do motivo do vídeo, tem a parte financeira que pra mim pesou demais. Se o dinheiro não for problema, eu recomendo sem dúvida alguma. Nunca fiz as guitas pensando em vender, mas chegou a hora e me ferrei. Se fosse uma Fender seria justamente o contrário, com certeza valeria mais do que custou. Nossa falei demais. Abs!

boblau
Veterano
# mar/16
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Ismah

Realmente impossível discutir nestes termos. Achar que artista coloca a sua remuneração como item secundário é uma visão um tanto diferente. Ser artista é uma escolha, algo que se acredita ser aquilo que vai ser a vida. E para viver, no mundo atual, a remuneração pelo seu trabalho é primordial, não secundário.

Vc pode ser médico por amor
Vc pode ser engenheiro por amor
Vc pode ser político por amor
Vc pode ser músico por amor

Daí a interpretar que a sua música será a arte e se alguém quiser pagar por ela é secundário, vc coloca o músico em uma posição profissional muito desconfortável.

Na minha opinião, baseado nos músicos que eu conheci, não encontro em ninguém esta maneira de pensar. Mas é somente a minha opinião é haverá dela quem discorde, graças a Deus.

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