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rcardo_lemos Veterano |
# jul/06
E ae!
Naum consegui explicar no titulo do topico oq eu quero
Mas eh isso... vi a seguinte frase num topico d guitarra ae
"Eu toco jazz bem porque a única coisa que fiz nesses últimos anos foi tocar jazz, todos os dias. E eu sei exatamente como cada uma das 12 notas soa sobre um acorde de Dó maior."
Aí comecei a pensar... por exemplo.... Em uma musica em Mi menor... o Sol eh a terça menor, o Si eh a quinta e o Ré, a setima menor, ok... Vcs pensam nas notas em si na hora de toca-las ou vcs pensam nos graus da escala para adquirir tal sonoridade pretendida? Por exemplo:
Ah, agora vo toca a 4a aumentada pra da uma sonoridade mais blues
Ah, agora vo toca o La# pra da uma sonoridade mais blues
Sei la, agora tah me parecendo meio inutil essa duvida mas eh isso
Flww
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
posso dizer isso bem particularmente (até porque nunca a felicidade de ter aulas de teoria) e toco da minha maneira (talvez por isso até alguém ache errada de forma mais didática) mas eu SEMPRE, sempre MESMO, toco a partir de desenhos, e associo sonoridades com desenhos. Quando falam em graus eu chego ao ponto de ter que parar pra pensar, pra ter certeza de que nota estão se referindo.
sempre desenho o campo harmonico mentalmente enquanto improviso, e dependendo do som que quero fazer sei que desenho tenho que seguir, mais ou menos, pra ter a sonoridade que busco. aí claro, sempre vario de acordo com o que me vem na cabeça na hora.
toco direto com um guitarrista que estudou mais com "graus" e direto temos algum problema de comunicação por conta disso, eu mostro o desenho que estou fazendo e ele me fala em graus.
não sei se respondi exatamente tua pergunta, mas trabalho 100% com desenhos, independente do modo da escala.
como me acho com mais facilidade com escalas de desenho "menor" chego a transpo-las, por exemplo, se for um D#, eu penso no desenho de um Cm, o que visivelmente acelera meu raciocino pra improvisar, pura questão de gosto.
outra coisa que eu aplico são meus "standards particulares". por exemplo, estou tocando sozinho, viajando em casa e brincando tiro um som que me agradou em especial, tenho varios assim, tento memorizá-los, e quando acho que vai cair bem em um improviso, traspunho o lick pro tom e uso, claro, nao de maneira exagerada, cansativa ou repetitiva... muita coisa invento na hora, só por imaginar que tal som saia bonito.
de certa forma concordo com o que foi dito no forum de guitarra, acho que é preciso conhecer bem a sonoridade do seu instrumento, de maneira profunda e que consiga se expressar nele com a mesma facilidade que fala.
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rcardo_lemos Veterano |
# jul/06
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Caraca..... eu toco MUITO parecido com vc! Huahuahu
Soh naum entendi uma coisa...
Quando falam em graus eu chego ao ponto de ter que parar pra pensar, pra ter certeza de que nota estão se referindo.
toco direto com um guitarrista que estudou mais com "graus" e direto temos algum problema de comunicação por conta disso, eu mostro o desenho que estou fazendo e ele me fala em graus.
Como assim?
Pelo menos agora eu naum me sinto tao anormal xD
O pessoal naum gosta desse jeito neh? Vira e mexe ouço neguin mete o pau nesse modo de "ver" a musica heheh
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NESCAU Veterano |
# jul/06
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eu esqueço oq eu estudei e deixo a criatividade fluir...
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
um exemplo que mesmo tive esses dias com essa pessoa:
um dos meus "standards" é, por exemplo em uma música de uns 150bpm fazer um desenho bem simples, subindo a escala com 4 notas por corda em fusa com tapping (parece meio estranho, mas é bem simples). pego a 9ª, tonica, 2ª, 3ª e vou subindo. ele me pediu o "desenho" disso, e eu fui desenhando no braço pra ele, mas ele não sacou, aí passei por graus (como descrevi acima).
cara, eu não me acho nada melhor que ninguém por isso, mas estudei meus 4 anos sozinho e por não ter um professor sempre me corrigindo e dizendo o que melhorar acho que desenvolvi uma maneira bem particular de tocar. Podem achar que estou me gabando por isso, mas creio até que desenvolvi mais minha personalidade no instrumento por conta disso, errar, nao saber como arrumar, nao saber como tocar, tocar errado, e ter que me corrigir sozinho, por isso acho que principalmente quando se estuda sozinho se tende a desenvolver nao da maneira mais didática, mas sim da mais prática, como é visivelmente "nosso" (hehe) caso. Queria eu poder pagar por aulas agora.
NESCAU
eu dificilmente penso "agora vou usar um cromatismo em Em da tonica pra 9ª porque dentro dessa harmonia la la la", eu meio que "sinto" se vai ficar bonito ou não, pode parecer muito errado. Eu queria ter os dois, MUITA teoria e MUITO "feeling de execuçao" (vamos chamar assim), acho que os dois sao fundamentais, mas me viro como posso, e ninguém sem vira tendo só um ou outro, nao da maneira que eu julgue bem. Principalmente em Jam sessions de ensaios (sem apresentaçao) eu nao tenho medo de errar, ou sair fora, prefiro arriscar experimentar, e nessas loucuras sim, erro, mas sempre sai algo que gosto de ouvir denovo depois.
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Tiago_df Veterano |
# jul/06
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É complicado dizer o q se pensa (pq é um improviso!), é só colocar tudo o q vc aprendeu (ou pelo menos o q se lembrar na hora) para os dedos!
Se vc só sabe o modo jônio, sole em cima deste modo e assim por diante, depois vai perceber q foram feitas frases que nunca imaginaria que teria feito!!!!!!!!!
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
ah, sobre isso
Quando falam em graus eu chego ao ponto de ter que parar pra pensar, pra ter certeza de que nota estão se referindo.
por exemplo, se estivermos tocando e tu me disser "faz um groove com 5ª, 3ª, 7ª e 8ª", meu raciocínio vai ser mais lento do que se me disser "faz esse desenho". estou bem acostumado com essa de desenhar, mas me viro com os dois.
outra, errado ou nao, eu já baixei métodos de "desenho de pentatonica", que o cara visualizava o campo harmonico da penta de diversas formas e tinha maneiras diferentes de desenhar. Apesar de usar penta só em casos mais específicos (acho muito igual a sonoridade, na maioria das vezes, ou eu mesmo que nao sei usar bem), achei bem interessante o método.
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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ah, outra:
tinha outro metodo, esse do garry willis, que ele ensinava a "cantar" (literalmente) o groove e era também muito bom, te dá outra visao. Se os caras escrevem, cantam, abanam, rebolam ou fazem o que quiserem com as notas, nao vejo nada de mal em desenhar. tem um ensinamento bem sarcástico "os fins justificam os meios". se vai matar o papa pra salvar o mundo ou se vai desenhar pra ter uma sonoridade boa no fim das contas, nao que eu tenha algo contra o papa, mas acho que é mais ou menos por ai que tem que pensar (na música, hehe).
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Blue Jazz Veterano |
# jul/06
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O Pastorius dizia que um baixista deve ter a melodia da música que estiver tocando DEBAIXO dos DEDOS... o resto é saber as escalas e os arpejos que podem ser utilizados em cima dos acordes e suas extensões, além de variar sempre ritmicamente e nunca se esquecer de criar uma "melodia" forte, com um começo marcante, um auge e um final matador.
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leomezz Veterano |
# jul/06
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Por acaso pensamos nas palavras que usamos para formular as frases para nos comunicar uns com os outros? Não. Apenas deixamos fluir o nosso vocabulário. Assim é que vejo a música. Temos um vocabulário musical, assim como o alfabeto, e nos comunicamos uns com os outros em determinados graus de complexidade, visando transmitir uma mensagem, comunicar uma idéia.
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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leomezz
perfeito.
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Fabio Giavoni Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
não pense em nada, tudo q vc aprendeu está no seu subconsciente e vc vai acabar usando. apenas sinta a música e deixe fluir, não se preocupe ond seus dedos vão, ponha as mãos no seu instrumento e ponha pra fora o q vc estiver sentindo
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Vibrato Veterano |
# jul/06
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eu esqueço oq eu estudei e deixo a criatividade fluir...(2)
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rcardo_lemos Veterano |
# jul/06
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Huahuahu pode cre
Eh q as vezes sei lah... eu improviso na maioria das vezes dentro dos shapes dos modos gregos... aplicando os desenhos e repousando nas notas em que dao a sonoridade que estou pretendendo, ou viajando msm.. mas muitas vezes naum tendo a MENOR noçao de qual nota que estou tocando, apenas da sua posiçao na escala (como no 2o exemplo do meu topico lah em cima... o meu caso eh o 1o exemplo)
Aí fiquei filosofando se eu tava num caminho errado
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AnDerSon_BoLLo Veterano |
# jul/06
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leomezz
perfeito.(2)
rcardo_lemos
Soh digo uma coisa... naum se pode eh ficar preso nos desenhos... crie os seus proprios memorizados e tem que rolar akeles não memorizados tb... tem q rolar akela onda de você estah tocando fazer uma onda super massa... e nem se lembrar mais como foi...hi... criatividade = conhecimento + subconciencia... trabalhando juntos você nem sente que tem que se lembrar do desenho tal escrito no caderninhu da hello kitty de sua irmã...hihi...
Agora rola uma onda tb... que todo músico tem um pensamento de vidente, parece que agente sabe como vai sair o som da escala que vamos fazer daki à uns 2 segundos... eh onda vei... e tb agente sente o que a música pede, entra em contato com o pensamento vidente e ai jah foi... eh vei, eh muita onda... somos paranormais...hihi
Feeling é o que há!!!
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isaqueras Veterano |
# jul/06
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Olha... é meio difícil falar sobre improviso.
Eu como não tenho muita teoria, simplesmente deixo fluir a criatividade, adquirida tocando durante anos e ouvindo os bons.
Me lembro que antes de tocar com um cara fera que me ensinou que o bom mesmo era improvisar, mostrar o que vc é capaz, por diversas vezes, acompanhei uns bluzeiros e achava entediante manter uma base pros caras se acabarem de solar.
Daí comecei a fazer uns groove no meio dakela gritaria toda (guitarra).
Fui mandado embora kkkkkkk!
Mas pelomenos fui realizado.
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Kamui_Sakeu Veterano |
# jul/06
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Nossa, q tópico legal, parabéns galera! As vezes tópicos como esse acrescentam muito mais em nossa musicalidade do que apenas postar uma tab ou uma teoria, talvez por ser muito mais algo filosófico do q apenas...lição de casa hehehee.
Queria apenas deixar um comentário sobre o que o camarada falou sobre ter aprendido sozinho, tocado errado, percebido os erros e os arrumado. Logo q ele falou isso lembrei do samurai Musashi, que nunca teve realmente um professor de esgrima e se tornou um dos melhores da época dele, ele treinava sozinho e semrpe costumava ter adversários q usavam outras armas além da espada, ele tb desenvolveu um estilo próprio, usando as duas espadas samurai ao mesmo tempo (por regra 'vc usava ou uma ou outra), o fato dele ter criado o seu estilo sem tabus permitiu ele de ser muito melhor. Acho q conceitualmente podemos aplicar isso nas nossas vidas hehhee.
Nossa, viajei...mas...po, acho q naum foi inútil! Ontem fiz pratica de banda na escola de musica, tive altas ideias pra tocar...não executei pq ainda estamso começando e tal, mas é legal q naturalmente ideias vão aparecendo, eu vou voltando pra casa cantando linhas de baixo q eu nem sei tocar nele ainda hehehhee, dahora!
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WormKrash Veterano |
# jul/06
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Kamui_Sakeu
cara, não acho que tu viajou, pelo contrário, acho que foi muito boa essa comparaçao. O guitarrista que toca comigo é cheio de ensinamentos orientais e coisas desse tipo, volte e meia larga uns também, hehe.
eu realmente queria poder fazer aulas, acho que ia ser muito produtivo, principalmente pra algu´me ver a maneira que me desenvolvi e acrescentar o que falta (sempre falta), mas enquanto isso vou ficar dando uma de Samurai também.
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rcardo_lemos Veterano |
# jul/06
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Essa de cantar o groove eh boa tbm... Muitas vezes me vem uma ideias lokas na cabeça, mas nos piores lugares (como antes d durmir ou tomando banho, ou mesmo em busao hauhauh)... Aí eu tento memorizar pra chega na hr d tocar eu desenvolver... mas sempre esqco, pqp hauhauh...
Nessa d cantar a linha d baixo vc memoriza heheh, além d t desenvolver pra caralho a percepçao musical (eu acho q eh isso), pq ai vc vai saber a nota q vc tah pensando e passar pro seu som na boa ou no minimo sem ter q ficar chutando dmais huahuhu
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Kamui_Sakeu Veterano |
# jul/06
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é mesmo cara, eu sempre tive essa facilidade de cantar os grooves...e não é de agora...desde q comecei a curtir musica e não só ouvir sem compromisso (desde os...hummm 14 anos...tenho 20) eu invento na mente linhas de baixo, riffs de guitarra, introduçoes e até vocais hehehee...só q nunca manjei nada pra passar pros instrumentos e nunca tive banda pra poder experimentar...
o esquema é me dedicar ao baixo e tentar uam bandinha :D
Mas é isso ae cara, o esquema é tentar aprender a base e semrpe inovar com seu estilo proprio :D
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eltonbass Veterano |
# jul/06 · Editado por: eltonbass
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eu esqueço oq eu estudei e deixo a criatividade fluir... (2)
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isaqueras Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
Pow bicho nem lembra essa parada de memorizar...se eu fosse guitarrista tv perdido...nunca 1 solo sai igual ao outro.
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zegotinha Veterano |
# jul/06
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as vezes só de escutar musica ja é um puta estudo, você escuta sons de intervalos diferentes, hora que vê seus improvisos tem uma cara daquilo que você mais escuta, parece que soua no subconcinte, hora que vê tu ta transpondo para seus solos, licks, grooves, etc....
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AnDerSon_BoLLo Veterano |
# jul/06
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zegotinha
eh ideia mesmo
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zegotinha Veterano |
# jul/06
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rsrs logico que nun se pode usar isso como desculpa esfarrapada pra não estudar hehe
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eltonbass Veterano |
# jul/06
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Desenhos.. e, "experiencia", tipo sei o q vai cair bem naquela nota... não nas doze, maaaaaass em algumas...
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jessbass Veterano |
# jul/06
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No meu caso conta muito o estado de espirito, como estou me sentindo, durante um periodo eu fiquei com alguns problemas pessoais com minha namorada, e estava todcando em uma banda Fusion , na hora do improvisso a galera reclamava muioto de min, por causa do resultado que causava.... bem é isso mesmo eu acho q conta muito a maneira q vc esta se esta se sentindo bem e tudo mais......
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Leorocker56 Veterano |
# jul/06
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Kamui_Sakeu
Ótima comparação com o Musashi, o baixista da minha banda falou tanto deste cara que até quero ler a sua biografia, e vive comparando nossa evolução com alguns trechos de sua história e outras filosofias orientais.
Eu particularmente sempre fiquei numas de fazer uns desenhos que eu queria pra que o solo fosse bacana, mas foi só agora que eu começei a me soltar mais sem pensar, e minha guitarra parece fluir mais, a banda toda tá curtindo o som dizendo que está mais livre e tamos criando nossa identidade. Procuro agora praticar mais isto, buscando o equilibrio entre livre improviso com um "pré-planejamento".
Ótimo tópico
Valeu
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_BLACKMORE_ Veterano |
# jul/06
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rcardo_lemos
Como vcs "pensam" na hora do improviso?
sinceramente eu naum penso .. eu toco o que gostaria de ouvir .. um pouco de velocidade ... feeling ... agito ... soh isso ( se bem q num toco bosta nenhuma comparado com muitos do fórum!!)
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AllanGouveia Membro |
# fev/14
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Galera, eu ia criar um tópico com o tema perecido, mas como já existe esse, vou dar um up!
Eu toco em igreja a um bom tempo (cerca de 4 a 5 anos), e o que mais rola é solo de improviso para ministração (é uma espécie de prelúdio)... Com esse convívio diário com a improvisação, eu acabei desenvolvendo bem e diria até que sou bomzinho em improviso hehe!
Mas como sou auto-didata, eu tenho que me matar de estudar e procurar coisas e técnicas novos para aprender todos os dias... É aí que vocês entrem na história... hehe
Eu quero expandir meu modo de "pensar" na hora da improvisação e queria saber como cada um de vocês pensam na hora do improviso... Porque assim eu poderia talvez extrair um pouco do pensamento de cada um de vocês... eu tenho minhas características musicais, mas é sempre bom expandir e saber mais sobre a forma de pensar de cada músico!
E aí, como vocês pensam na hora do improviso? Vamos lá, galera, conto com vocês! :D
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