::: Gravação, mixagem e masterização com equipamento barato | Guia/Dicas :::

Autor Mensagem
Wade
Membro Novato
# nov/15 · Editado por: Wade


Como prometi em um tópico anterior. Estou abrindo aqui uma espécie de guia para aproveitamento de recursos, digamos, "precários" em relação à gravação de música.

Como prevejo que o post será um bocado grande, vou dividir em capítulos pra que a leitura fique mais fácil.

OBSERVAÇÕES

1 - Não existe nenhuma regra absoluta aqui.

Não se trata de um manual. É um guia. E como tal, tem o único objetivo de servir como orientação para aqueles que estão procurando qualquer tipo de orientação. É uma dentre trilhões e trilhões de possibilidades de como fazer as coisas. É a minha forma, não a sua. Ao terminar de ler o texto e assistir o vídeo, você tem três opções: seguir fielmente tudo que ensinei, descartar tudo que ensinei e agregar o que achar necessário, filtrar o que não achar e tirar a sua própria conclusão com a prática. Sugiro a terceira rsrs.

2 - Não, eu não sou nenhuma autoridade no assunto.

Não tenho anos de experiência à frente de um mega estúdio. Não gravei artistas consagrados. Não mixei música pra novela das 8. Nem sequer trabalhei profissionalmente com isso até hoje. Sabe quem eu sou? Um cara que ama música desde que nasceu e que despertou a curiosidade de saber como ela era feita, desde tocar até chegar no meu CD. Um cara qualquer com formação diferente, que trabalha durante o dia com outra coisa que não é música. Um cara qualquer que um dia, há uns 8 anos , resolveu gravar o som da guitarra no computador e de lá pra cá foi procurando saber formas de melhorar esse processo e que somente de alguns meses pra cá saiu da escuridão do "fazer no feeling" pra aprender termos, técnicas, funcionamento das ferramentas e etc.

3 - Não, eu não tenho um estúdio.

Não tenho um estúdio. Não tenho um cômodo da casa com o meu equipamento. Na verdade, eu mal tenho um equipamento. Mas afinal, este é o propósito do tópico, não é mesmo? Mostrar que o importante é não ficar parado. Não importa o que tenha, procure tirar o máximo disso.

4 - Não, equipamentos baratos não são melhores que equipamentos caros.

Eu não me equipei com um gear simples porque eu tive uma epifania onde enxerguei a verdade e ela me disse para desprezar os rios de dinheiro que são gastos em equipamento caro e me contentar com tudo do mais simples. Não. Eu apenas sou pobre rsrsrs. Mas falando sério. Os equipamentos mais caros são mais caros por um motivo. Adquira sempre o melhor que você puder adquirir. Se tiver grana pros parrudos, vai em frente sem medo de ser feliz. Não tem? Então aqui é o lugar.

5 - NÃO, NÃO TEM NENHUMA VERDADE ABSOLUTA AQUI.

Então, por favor, ao pessoal know-it-all, me poupem, please. Falou?

CAPÍTULO 1 - UMA APRESENTAÇÃO

Você caiu agora nesse mundo. Não faz a menor ideia de por onde começar. Pesquisa, pesquisa, pesquisa e faz uma lista do que precisa comprar. Ótimo. Vai na loja e o orçamento total ficou mais ou menos no valor de um apartamento. Ou você é bem de vida e manda passar no débito ou você cai pra trás. Caso seja o segundo cara, você tem um objetivo a seguir: um dia conseguir esse dinheiro pra realizar o sonho. Ok. Isso aí. Trabalho duro, seja lá no que for. Um dia você consegue.

Mas aí você se depara com uma decisão, que é muito importante: e enquanto eu não consigo esse equipamento? O que eu faço?

A: nada.
B: estudo com o que dá agora.

Escolha B, meu caro.

CAPÍTULO 2 - O EQUIPAMENTO

Pois bem. Basicamente o que será preciso para fazer uma gravação regular é:

- Computador
- Interface de audio
- Microfone
- Monitores
- Cabos
- Pedestal
- Pop Filter

Com isso, você já pode dizer pros coleguinhas que tem um mini home studio.
Obviamente, muita coisa pode se somar aí, como mixers, racks, tratamento acústico, difusores, etc, etc. Mas aqui é o básico do básico, lembra?

CAPÍTULO 3 - O COMPUTADOR

Seja desktop ou notebook, deve ter algumas especificações mínimas. Por exemplo, ter entrada USB disponível (se for 3.0 melhor ainda) e processamento suficiente para rodar uma DAW (programa usado para a gravação em si) e alguns plugins.

Utilizo um notebook Asus com processador i5 e 8GB de memóriam RAM e já dá conta do recado. Em projetos carregados com muitas instãncias de plugins começa a complicar. Uns engasgos aqui e ali, mas no final dá pra levar.

CAPÍTULO 4 - A INTERFACE

Um ponto bem polêmico. Os computadores pessoais não são fabricados com o objetivo de gravar som "profissionalmente". Por essem otivo, eles vem equipados com uma placa de audio inferior. Boa o suficiente para reproduzir música aceitavelmente bem. Isso serve para baratear o custo. Para gravar, você vai precisar de uma placa melhor. É aí que entra a interface. Ela nada mais é que uma placa de som que vai ficar fora do seu computador.

No mercado existem muitos, mas muitos modelos disponíveis de muitas marcas e preços. A complexidade também varia. Quantidade de canais, qualidade do conversor, recursos extra (atenuador, pré-amp, fornecimento de phantom power, suporte para MIDI, etc). O preço dessas placas pode chegar a ser alto. Então aqui no clube do pobre, vamos ficar com as opções mais baratas possíveis.

A Behringer é uma marca conhecida por ter uma linha de produtos de entrada com custo baixo e qualidade relativamente boa, pois geralmente são "cópias" de modelos mais parrudos de outras marcas. A linha de interfaces de entrada da Behringer inclui a UCG102 (mais conhecido como Guitar Link, e como o nome sugere, mais voltado para gravar guitarra), a UCA222 (que é uma interface simples com conexão RCA sem pré e sem phantom) e a UM2 (interface mais completa, com conexão XLR, já com pré e fornecimento de phantom).

Eu uso a UCA222 e uso um mixer simples da SKP para fornecer o phantom power e o pré.

CAPÍTULO 5 - O MICROFONE

Outro ponto bem polêmico. Assim como a interface, existe uma gama quase infinita de modelos a se escolher. Basicamente, eles se dividem em dois tipos, dinâmicos e condensadores. Os condensadores geralmente são mais caros, tem uma sensibilidade maior e precisam de alimentação de energia, conhecida como phantom power. Essa alimentação vem pelo próprio cabo do microfone.

Entre os modelos baratos de condensadores, posso citar a linha inicial STD da Arcano, o Behringer C1, o chinoca BM700 e etc. Eu uso aqui o C1.

Observação: Existem no mercado microfones condensadores USB. Eles tem uma qualidade que chega a ser semelhante ao XLR e são muito práticos, pois sua conversão se dá no próprio microfone e a alimentação já é fornecida via USB. Mas ele é indicado para narração, broadcasting, podcast e etc. Para fins musicais, ainda prefiro recomendar um microfone XLR com conversão externa.

CAPÍTULO 6 - OS MONITORES

São as caixas de som por onde você vai ouvir o que está fazendo. Monitores de verdade com fidelidade confiável não vão custar menos de mil reais. Abaixo deles, estão boas caixas de som, que são melhores que as caixinhas comuns de computador. Elas custam de 300 a 800 reais em média. O pessoal recomenda muito para esses casos a linha R1000 da Edifier.

Nesse caso, se faz muito a mixagem por comparação. Você ouve como a sua referência soa nesse monitor e usa aqueles parâmetros como guia.

Aqui eu estou usando atualmente um home theater TRC D-198 e um fone Philips SHL-3060.

CAPÍTULO 7 - CABOS, PEDESTAL E POP FILTER

É importante ter cabos com o mínimo de qualidade, pois isso interfere diretamente no som. Basicamente, vai ser necessário um cabo XLR balanceado para o microfone, um cabo P10/P10 para os instrumentos e um cabo RCA/RCA e um adaptador RCA/P10 caso utilize uma interface simples.

CAPÍTULO 8 - SOFTWARES

Já dentro do computador, vamos precisar de programas para gravar. Eles são chamados DAW. Também precisaremos de alguns plugins VST.

Em relação à DAW, existem várias opções. Eu utilizo e recomendo o REAPER. Mas você pode utilizar a que se sentir mais a vontade. Apesar de interfaces diferentes, elas tem praticamente as mesmas funcionalidades.

Plugins são infinitos. A variedade é realmente assustadora e acaba confundindo. Qual usar? Isso aí só com testes pra ver quais você prefere. Os que eu uso basicamente são: Guitar Rig 5 para simulação de amplificador, Trilian para simulação de baixo e pads, Addictive Drums 2 para simulação de bateria, Pianissimo para simulação de piano, pacote Waves para mixagem e Ozone 6 para masterização.

CAPÍTULO 9 - PREPARANDO O EQUIPAMENTO

Vamos gravar? Para esse guia, utilizarei como exemplo a gravação da demo da música Icarus, da banda Evorto. Para ela, gravei vocal, guitarras e baixo. A bateria foi simulada. Vamos lá.

O microfone é ligado em uma das entradas XLR do mixer. Ativo o phantom power da mesa e o C1 já liga. Na saída da mesa, plugo um cabo RCA L+R que vai direto para a entrada da UCA222. A UCA, por sua vez, é ligada ao notebook via USB.

Para a guitarra/baixo, o adaptador P10 vai no jack da guitarra. O fundo do adaptador recebe o cabo XLR, que vai direto pra entrada da UCA, que vai pro notebook via USB.

CAPÍTULO 10 - PREPARANDO O COMPUTADOR

Antes de gravar, é preciso preparar o sistema para receber o sinal que está entrando.

Antes de tudo, instale o driver ASIO4All. Baixe a versão mais recente aqui: http://www.asio4all.com/
Depois de instalado, reinicie o computador e plugue a interface.

Agora vamos configurar o sistema para reconhecer a interface como fonte do sinal de entrada. Clica no autofalantezinho que fica perto do relógio com o auxiliar e escolhe a opção "Dispositivos de gravação".

Nela, identifique a interface, clique sobre ela com o auxiliar e clique em "Definir como dispositivo padrão".

Clique com o auxiliar em todos os outros itens que aparecem (se aparecem) e clique em "Desabilitar".

http://i.imgur.com/WI0hYGo.png

Agora vamos fazer a mesma coisa, mas ao clicar no autifalantezinho, clique em "Dispositivos de reprodução". Aqui tem uma decisão a fazer. Se for plugar os monitores na interface, marque ela como dispositivo padrão e desabilite o resto. Se for plugar os monitores no próprio notebook, marque a placa de audio do notebook como dispositivo padrão.

Aqui eu utilizo a placa de som onboard mesmo.

http://i.imgur.com/nP5c2LH.png

Agora vamos fazer quase o mesmo, mas no Asio.

Abra a tela de configuração do Asio e clique no ícone da ferramenta para abrir as opções avançadas. Repare que na lista de dispositivos, aparece um "+" ao lado de cada um. Clique no + da interface e vai descer uma listinha com in e out. Deixe ligado o in e desligue o out. Agora clique no + da placa onboard, deixe ligado o out e desligue todos os ins que aparecerem. OBS.: Isso é para o meu caso, onde monitoro pela onboard. Caso monitore pela interface, desligue in e out da onboard e deixe ligados in e out da interface.

http://i.imgur.com/GmeCldW.png

Pronto.

Para tocar com o Guitar Rig standalone, devemos alterar suas configurações. Abra-o e vá em "Audio and MIDI Settings". Na aba "Audio" deixe selecionado o ASIO.

http://i.imgur.com/Qc0XuEo.png

Na guia "Routing", clique em "Imputs" e deixe o In L e In R como sua interface.

http://i.imgur.com/nFEb3L0.png

Na mesma guia, mas agora em "Outputs", deixe o Out L e Out R como a placa onde você vai plugar os monitores. No meu caso, deixo a placa onboard mesmo, pois plugo no notebook, não na interface.

http://i.imgur.com/xaCQUim.png

Agora abra o REAPER.

Vá em "Project Settings" (alt+enter) e escolha o bitrate e o tempo para o projeto. Eu utilizo 48000 e no tempo depende do projeto. Por padrão é 120.

http://i.imgur.com/mo4HJCJ.png

Na aba "Media", você vai setar o bitrate para gravação. Eu deixo em 24bits, apesar da minha interface só gravar em 16bits de acordo com o fabricante. Verifique a sua.

http://i.imgur.com/u6vG5ZM.png

Para gravar, crie uma track e sete ela para gravação (1), em seguida sete ela para monitoração (2) e então adicione os plugins que desejar (Guitar Rig, Amplitube, Bias, etc) no botão FX (3).

http://i.imgur.com/w6DcwfA.png

CAPÍTULO 11 - A MIXAGEM


https://www.youtube.com/watch?v=Bq5LZy_NxAc

CAPÍTULO 12 - A MASTERIZAÇÃO


https://www.youtube.com/watch?v=HOFE9xx-ahI

___________________________________________________

Por hora é isso aí. Perdoem os erros de um inciante nesse negócio de gravar tela rsrs. Qualquer contribuição, fiquem a vontade e qualquer dúvida também, só perguntar.

Valeu. Espero que seja útil pra alguém.

Ismah
Veterano
# nov/15
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Marcando... Preciso de um café pra ler isso tudo rsrs

makumbator
Moderador
# nov/15
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Wade

É uma boa inciativa. Vou fazer pequenos comentários:

Seja desktop ou notebook, deve ter algumas especificações mínimas. Por exemplo, ter entrada USB disponível

Não necessariamente. Se a interface ou qualquer outro hardware não precisar de USB não tem motivo para ser obrigatório (há interfaces de som PCI, thunderbolt, Firewire, etc...)

Também precisaremos de alguns plugins VST.

Mais uma vez não é algo obrigatório. É perfeitamente possível gravar e editar com o que a própria DAW oferece. Cada usuário (e situação) é que pode trazer a necessidade de plugins externos.


Antes de tudo, instale o driver ASIO4All.

Caso o usuário tenha uma interface minimamente decente, o próprio fabricante terá lançado driver específico para ela, logo, a indicação de asio4all (ou semelhantes) para todos os casos não é correto. O mais indicado é primeiro verificar se o fabricante tem driver próprio para seu sistema. Se não tiver (ou ele for problemático) aí sim pode-se recorrer aos emuladores como asio4all.

A vantagem de um driver próprio é que em geral as latências são menores (devido ao acesso direto ao hardware), pode-se acessar todos os recursos do equipamento e em boa parte dos casos são mais estáveis.

Ramsay
Veterano
# nov/15
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Wade

Parabéns pelo tópico!!
Bem completo e esclarecedor. Para iniciantes então é uma mão na roda.
Agora, dá uma editada no capítulo 6 em que a palavra "Monitores" foi grafada errada.
Vc tem 24 horas pra fazer isso, pq após esse período não é mais possível editar.

Wade
Membro Novato
# nov/15 · Editado por: Wade
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makumbator
Boa!

É que a intenção geral seria considerando o "pior" cenário possível. Por exemplo:

Notebook, não desktop. Interface USB simples, não PCI ou fireware. Interface baratinha sem Asio próprio.

Não sei se deu pra entender. Mas sim, caso tenha equipamento que supere as demonstrações aqui, nada disso é obrigatório. Pelo contrário.

Sobre os plugins, concordo. O pacote nativo do Reaper, por exemplo, já tem tudo que é necessário pra fazer uma mixagem básica. Falei dos VSTs porque hoje em dia o uso é amplamente difundido e a variedade é maior.

E também, o texto foi basicamente um apoio para o caso específico que dei como exemplo, que está nos vídeos que seguem :]

Wade
Membro Novato
# nov/15
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Ramsay
Editei lá. Valeu o/

ogner
Veterano
# nov/15
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Wade
Opa! Caprichou, hein!!! Boa!!!

Marcando pra ver com calma...provavelmente no feriado!! Hehe

Valeu!!!

Calime
Veterano
# nov/15
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Wade

Ótima iniciativa, vou ler com calma depois. Será bem útil pra mim, que esse ano comecei com mais afinco esse lance de gravinas.

Ismah
Veterano
# nov/15 · Editado por: Ismah
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Wade
Realmente muito bom, fico feliz que tenha saído algo de tamanha qualidade.

Sobre o visualizador de polaridade, realmente você está correto, a bolinha vertical, serve para indicar a fase, onde ela >0 significa que as ondas estão se somando.
E a bolinha na horizontal indica o LR. Nesse trecho a música parece estar um pouco virada para a R. Nada problemático, mas se perde potência sonora nos médio e agudos.

Um pequeno complemento:

Processamento externo do sinal! As pessoas se esquecem que isso é possível, por exemplo um gate, eq etc, Até as guitarras serem já gravadas "no timbre", ou em linha e trabalhadas separadamente numa pré-mix paralela. São coisas que vai se acabar colocando antes de mixar, e é algo que gera alívio no processamento.

Faz parte do pacote, mas é interessante mencionar o uso de pré-amp externo, como o seu caso é um mixer. Eu ando bem pilhado nessa ideia, pois ela permite uma gama de combinações maior que "all-in one".

E se o vivente tomar gosto das gravinas DIY, isso pode passar para além disso... os pedais de guitarra são bons efeitos baratos para diversos casos. O gate por exemplo, ajuda mui se usado antes de gravar, mas sim, precisa de sabedoria e parcimônia. Exemplo.

Wade
Membro Novato
# nov/15
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ogner
Calime
o/

Ismah
Ótimas dicas. Realmente, o simples uso do mixer já me dá uma vantagem que eu nem tinha intenção de ter. O sinal do mic já entra na daw com umas melhoradinhas de eq pois já faço alguns cortes nele mesmo. Muitas vezes nem preciso mais equalizar a voz dentro da DAW. Isso dá um puta alívio na máquina mesmo.

Calime
Veterano
# nov/15 · Editado por: Calime
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Calime

De fato ficou legal.Comecei de fato a praticar de um ano pra cá, mas leio sobre esse assunto a uns 5 anos já, então já tinha certo conhecimento sobre. A descrição sobre o equipo básico ficou mto legal. Mtas vezes as pessoas não sabem o que de fato é essencial, e ficam paradas até conseguir adquirir o que os "profissionais" acham de é essencial, e que mtas vezes vão alem das condições financeiras da galera. Quando deu esse "estalo" na minha cabeça, larguei mão disso e comecei a fuçar; esperar a condição IDEAL mtas vezes atrasa nossa vida (em qse todos aspectos, não só com gravinas), fazendo-nos perder tempo, que é algo mto precioso. Pense o seguinte: se aprender a extrair algo decente de um equipo simples, qdo tiver um equipo top, vai "nadar de braçada", kkkkkkk....


No mais, na parte de monitores, caso a galera puder, pegue a Edifier R1000 T4. Peguei a minha antes dessa alta maluca do dólar e falo: ótimo investimento, e que dá sim pra ter uma boa noção na hora da mix. Daí é só dar uma variada com o home da sua casa, com caixinhas de pc comuns, som do carro...daí tirar um som meio termo em todos esses meios.

Wade
Membro Novato
# nov/15
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Calime
Edifier R1000 T4

Tava pra pegar um e o preço subiu do nada. Pensei ser o dólar, mas é essa Black Friday. Sobem pra vender pelo preço normal semana que vem. Vou esperar e pego.

Filippo14
Veterano
# nov/15
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Wade
Ótima iniciativa cara!

abração

megafritadormp
Membro
# nov/15
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Ótima iniciativa! Eu também não sou profissional, isso é um hobby meu. Aliás, estou a fim de masterizar umas músicas, quem tiver alguma mix em wav aí, pode mandar para o meu e-mail: mpmegas@hotmail.com, eu não vou cobrar nada, só vou cobrar se você quiser masterizar outra música depois. Valeu!

Ismah
Veterano
# nov/15
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Processamento externo do sinal!

Esqueci de falar... Se usar MIDI, exportar cada track e na hora de mixar trabalhar APENAS com áudio - como você fez.

Wade
Membro Novato
# nov/15
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Sempre foi uma dúvida. Mixar com o midi + simulador na daw ou dar bounce logo e tratar como audio. Já vi pessoas fazendo das duas formas conseguindo resultados excelentes de ambas. Por questão de praticidade, sempre trabalhei com o midi na mix, mas algumas vezes dar bounce me salvou, em relação a uso de máquina e um problema com o tempo do midi influenciando no projeto.

Calime
Veterano
# nov/15 · Editado por: Calime
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Opa, novidades aqui: acabou de chegar aqui um mic condenser bm800 lá dos oriente, rs...Já dei uma bizolhada e vi que aparentemente é a mesmíssima coisa do bm700, mas só terei certeza testando, coisa que só farei daqui umas duas semanas.

Pretendo contribuir aqui nesse tópico, pq qdo procurei algo nessa linha pra comprar e começar minhas gravinas, achei mta informação, mas de forma bem fragmentada, ou coisa de 3 anos pra trás. De lá pra cá, muita coisa mudou, produtos novos(com melhor qualidade e com preços mais acessíveis), vsts com novas funções...

Ter um tópico objetivo e enxuto sobre isso é muito interessante e bem válido. Assim que puder, darei mais contribuições.

Del-Rei
Veterano
# nov/15
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Muito bom, cara. Muito bom mesmo. Parabéns.
Bem completo.
Vou assistir com calma depois.
Valeu!

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# nov/15
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Wade

Sim, eu recomendo gravar e trabalhar em projetos separadas cada track que tiver pré-processamento (pensando em aliviar o processador, já que prático isso não é nem um pouco).

marcelosz
Membro Novato
# nov/15
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Uma dica que acho interessante é utilizar tamanhos de buffer de I/O diferentes na fase de gravação e na hora de mixar. Utilizo normalmente buffers menores (~128) para gravar, e maiores (~512) pra mixar. Dá um baita alívio para a CPU.

Calime
Veterano
# nov/15 · Editado por: Calime
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marcelosz

Com certeza. Acho que isso tem que ser praticamente um padrão, mas é algo que não é tão óbvio pra quem tá começando. Aproveitando esse gancho, uma coisa legal que recomendo e que ao menos pra mim funcionou muito bem é, se vc curte mto esse lance de gravação e pretende se aperfeiçoar continuamente nisso, mesmo que não tenha já os equipos, ou "O" equipo que almeja um dia ter, já de antemão ir lendo manuais, livros, tutoriais, vídeos no youtube dessa área. Dessa forma vc já vai se acostumando e "mapeando", dando uma clareada nas coisas dentro da sua kbça. Essa dica do marcelosz por exemplo, eu já sabia, pq a um bom tempo já me informo sobre o assunto gravação. E tão logo puder, comece a mexer com DAW e gravação simplona mesmo, voz, guitarra em linha....daí vc começa a por em prática.

Wade
Membro Novato
# nov/15
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marcelosz
Exato. Estou fazendo isso atualmente também. Trabalho em 208 pra gravar e 512 pra mixar.

Calime
Ansioso pra ver esses testes aí com esses china. To querendo importar uns equipamentos de lá e daí já coloco uns mics no carrinho.

Joe Gomes
Membro
# dez/15 · Editado por: Joe Gomes
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Ótima postagem, muitos pontos importantes que são uma mão na roda pros iniciantes e hobbystas, parabéns!

Se agrega ao tópico, posto essa apostila sobre gravação caseira de baixo custo feita por um produtor profissional (Paulo Anhaia) que trabalhou com vários artistas grandes, desmistificando vários mitos e passando a gravação passo a passo de cada instrumento (também de baixo custo), a edição, mix e dicas valiosas que ajudam muito, e mesmo assim mantendo uma linguagem simples. Ao menos para mim foi bem útil, e creio que será pra mais gente.

http://pauloanhaia.com.br/?page_id=809

EDIT: Achei interessante colocar a música resultado da apostila nesse post, na minha opinião uma qualidade impressionante, especialmente tendo em conta todos os equipamentos usados (que o próprio autor dá ênfase que o que importa é o fator humano): https://www.youtube.com/watch?v=-XgiaKmhyZ4

Wade
Membro Novato
# dez/15
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Joe Gomes
Po. Ouro.

Valeu pela contribuição.

marcelosz
Membro Novato
# dez/15
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Joe Gomes
Pô cara, excelente essa apostila. Valeu por compartilhar!!!

marcelosz
Membro Novato
# dez/15
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Frases retiradas da apostila do Anhaia:
“Responsabilizar o equipamento pela qualidade de um trabalho musical é o mesmo que responsabilizar o martelo e o pincel pela beleza de uma casa. Se o seu som é bom ou ruim, em ambos os casos, você é o responsável”.

"Outra coisa é que, hoje, a diferença de qualidade entre um equipamento top de linha e um equipamento simples é muito pequena...."

Altamente motivador, e tem tudo a ver com o objetivo desse tópico aqui!

Calime
Veterano
# dez/15
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Joe Gomes

Obrigado por compartilhara conosco. O Anhaia de fato é um profissional extremamente bem gabaritado.

SkyHawk
Membro
# dez/15 · Editado por: SkyHawk
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Não tinha visto o tópico ainda, parabéns !!!! Quando pensei em gravar algo pela primeira vez gostaria muito de ter lido um tópico assim !!! Não que seja experiente, ainda apanho horrores, mas tive que aprender do zero o pouco que sei.

Minha meta para 2016 é justamente aprender a gravar e usar uma DAW direito.

Ismah
Veterano
# dez/15
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Vale a pena criar um link...

http://forum.cifraclub.com.br/forum/16/190048/p1#9140603

marcelosz
Membro Novato
# dez/15
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eBook pequeno mas muito bom lá do cara do The Recording Revolution:

https://s3.amazonaws.com/trr-bonus/The1RuleofHomeRecording.pdf

Segue a mesma linha pretendida aqui: mais com menos, keep it simple, etc etc.

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