Ao vivo e a cores - Como dar um show!

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# ago/13


Apresentação

Galera to sentindo uma falta de algum fórum mais voltado para o som ao vivo... Dia após dia vejo uma pergunta perdida sobre o "ao vivo"...

Não é bicho de sete cabeças, mas envolve muitos poréns, e quem tem banda pequena sofre legal com isso... Primeiro pq o equipamento é pouco, segundo porque não tem grana para gastar 5L de fluido para maquina de fumaça, nem contratar "monstros" para operar PA, retornos e luz - nem menciono pirotecnia e demais... Certas vezes o seu roadie é um amigo do peito, seu familiar, ou um grande fã da banda...

Algumas bandas pecam nas frequências que "causam a "fadiga sonora", que cansam o ouvinte após cerca de 30 min. (muitas bandas deixam de fazer sucesso porque seus músicos gostam de reforçar os médios, tornando-se cansativos (...) )" que o Carlos Adolph menciona no tópico Faixa de Freqüências, Equalizadores, Música, Voz, etc.

Simplesmente porque se baseiam no que um dos músicos ouve - lembrem-se que os médios e agudos não são como os graves que se espalham (omnidirecionais), eles "marcham em linha reta" (direcionais) - o que um mesário (é operador de som, no máximo PA, carvalho!) perceberia facilmente...

Mas com o mesário vem outras coisas como multicabo (5mil um ruim à razoável de 30m), uma segunda mesa para os retornos, salvas raras exceções (alguns modelos digitais que se tornam "portáteis", como a PreSonus Studiolive 32.4.2 AI que pode ser controlada pela família "Ip" da Apple) se faz essencial uma pessoa operando do palco os retornos!

Enfim... É essencial alguns cuidados para fazer o show acontecer...

Quem sou eu?

SEMPRE fui metido, tanto que se os moderadores bloqueassem quem faz spam, eu seria o primeiro colocado provavelmente. Certas vezes, chego a perguntar muitas coisas baseado em teorias, e com baixa probabilidade de tomar estes rumos... Bom, perdão se alguém me odiar, eu gosto pra caramba de vc :P

Estou a uns 5 anos apenas nesse ramo e tenho muito a aprender. Antes de começar a frequentar o FCC, já carregava caixa DE GRAÇA pra algumas bandas, em troca de experiência. Algum ingresso grátis e muita diversão - acreditem eu não recebo muito bem, mas tenho história pra contar...

Comecei a tomar gosto por ser músico quando ganhei um teclado, e em sucessão violão, órgão e piano (básico), baixo, guitarra, gaita/acordeon etc...De um ano a um ano e meio, comecei a produzir música baseado em MIDI, o que me obrigou a entender como funciona o show ao vivo - gravação nunca me interessei... Porque muitas bandas em studio mõe, e ao vivo são ruins pra caramba, pois no studio contratam masters de cada instrumento...

De seis meses pra cá passei a integrar uma banda regional (bailão), como operado de som, mais propriamente operador de palco/retorno. Devido a alguns desentendimentos, acabei por me focar mais fortemente na iluminação - e como eu sempre pensei grande, estou quase saindo da banda, porque meu strobo (piscar as luzes) é coisa de zona, e todas as luzes precisam ter as mesmas corres... mas isso elas fazem sozinhas... então que eu to fazendo ali? FIM DO DRAMA PESSOAL...

Ismah
Veterano
# ago/13
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Live Sound, ou ‘Whaddahell’s a P.A.???

Publicado originalmente no site Rockonline em 15/05/2002

LiveE aí? Sentiram minha falta? Sabe como é, quinhentas coisas diferentes pra fazer, o dia tem apenas 24 horas, a semana tem apenas sete dias e acabei me enrolando e não escrevendo as matérias que gosto muito de escrever para o Vitrine. Peço desculpas a todos vocês e prometo não falhar mais, vocês sabem, promessa é dúvida… Quer dizer, dívida!!!

Na coluna deste mês vamos falar sobre a sonorização de shows, um sistema muito complexo que vem evoluindo cada vez mais.

No início dos tempos, quando a terra ainda era jovem (já ouvi isso em algum lugar…) pouco antes de inventarem a guitarra elétrica (devia ser um tédio fudido…), as apresentações de música eram feitas apenas com instrumentos acústicos, portanto, ou se fazia shows em locais pequenos onde um violão, por exemplo, pudesse ser ouvido por todos da platéia, ou se fazia shows em salas de concerto, onde a acústica ajudava a “espalhar” o som para os ouvintes. Com o surgimento da guitarra elétrica (viver começava a se tornar algo interessante!) surgiram também os primeiros amplificadores (é óbvio!), e com eles os músicos começaram a maratona de volume na qual nos vemos até hoje. Por exemplo, a guitarra ficou mais alta que a banda toda, aí eles tiveram que achar uma forma de colocar um captador no contrabaixo (note que estamos falando em final dos anos quarenta, início dos anos cinqüenta, logo o contrabaixo ainda era apenas acústico), o baterista teve que começar a sentar a porrada na bateria, e os fabricantes de bateria tiveram que começar a pesquisar outros tipos de materiais que dessem mais volume sonoro ao instrumento. Naquela época fazer um show era uma coisa por um lado muito simples, e por outro, muito complicada, já que não havia muito o que pudesse se feito para melhorar o som.

Quando os Beatles tocaram no Shea Stadium em 1965 (lá vem ele falar de Beatles de novo…) eles estavam num estádio, tocando pra uma platéia formada quase que na totalidade, por milhares de garotinhas adolescentes histéricas que berravam sem parar, e os únicos equipamentos que eles tinham eram três amplificadores VOX (dois de guitarra e um de contrabaixo), a bateria do Ringo e dois microfones de voz (e hoje a gente reclama dos locais de show…) e tudo isso saía diretamente nas caixas de som do estádio, sabe aquelas usadas pra anunciar o nome dos jogadores? Com aquele som bonito de vendedor de cândida (“Olha a cândida, água de lavadeira!”). Conclusão, o som ficava uma grande bosta, ninguém ouvia porcaria nenhuma e pouco depois eles entraram num acordo de não fazer mais shows, pois simplesmente não haviam condições técnicas pra isso.

Com o surgimento de bandas como o Cream (até que enfim falou de outra banda!) o power trio formado no final dos anos sessenta por Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker, surgiram os primeiros “paredões” de amplificadores. Os “Marshall” de guitarra (adoro Marshall!) e os “Sun Colliseun” de contrabaixo, começavam uma nova etapa, no volume sonoro dos amplificadores de palco. Tudo certo então? Não, de jeito nenhum! E o batera como é que ficava? Não se ouvia a bateria, porque a concorrência era desleal, nêgo punha cinco “amplis” de guitarra e cinco de contrabaixo e o batera só tinha as mãos pra resolver a coisa… Voz então nem pensar! Até que um dia alguém teve a feliz idéia de colocar uns microfones na bateria e mandá-la para as caixas de voz! (esse cara merecia um prêmio Nobel!) Surgia assim o que é conhecido como P.A!!!

O P.A. (vem de public address, ao pé da letra, “endereço ao público”) é um conjunto de equipamentos formado por vários microfones, uma mesa de som, periféricos (efeitos, compressores, equalizadores, etc.) potências e caixas acústicas. Se você já foi a algum show já deve ter visto um figura com cara de louco no meio do público, com uma mesa cheia de luzinhas coloridas (esse é o tal do “técnico de som”) e outros equipamentos, e uma pilha de caixas que ficam nas laterais do palco. Isso é um P.A., com ele ficou possível “dosar” a relação de volume entre os músicos, e “timbrar” os instrumentos em separado, tornando a experiência de um show, muito mais interessante.

Mas aí surgiu um pequeno problema. Já ficou atrás de uma caixa de som com volume alto? Não experimente aí na sua casa. Já experimentou? OK, ouviu o que aconteceu com os agudos? Eles se foram. Porque as freqüências graves são omnidirecionais, ou seja se espalham pelo ambiente todo, atravessando paredes inclusive, já os médios e agudos são direcionais, e precisam estar direcionados para o seu ouvido. Experimente colocar a mão na frente do tweeter de suas caixas de som. O agudo se foi não é mesmo? Isso torna a experiência de estar atrás, ou do lado de um P.A. (local onde os músicos costumam tocar) extremamente desagradável. A voz, que necessita absurdamente de médios e agudos, parece estar vindo de “algum lugar distante”, não se define direito afinação, muito menos timbre.

Para resolver esse problema foi criado o “sistema de monitor” (o cara que criou isso merecia, pelo menos, dois premios Nobel!!!). Já foi em algum show? (Se não foi, tá esperando o que???) Já viu aquelas caixas que ficam no chão viradas para o músico? (Bruce Dickinson adora cantar pisando nelas!) Pois é, aquelas caixas são chamadas de “monitores” (ou “retorno”). No começo elas eram usadas só para dar um reforço para a voz, mas com o tempo foram criadas mesas especialmente para monitor, que permitem fazer várias mixagens diferentes, assim os músicos podem escolher o que cada um gosta de ouvir em seus monitores! (três prêmios Nobel pra quem inventou a mesa de monitor!!!) Ou seja, o vocalista, se quiser, pode ter apenas a sua voz em seu monitor, enquanto o baixista pode ter um pouco da bateria e das guitarras, o baterista pode ter apenas o contrabaixo e a voz e o técnico pode ficar completamente louco tentando atender a todos ao mesmo tempo…

O equilíbrio entre o P.A. e o monitor é crucial para um bom som no show. Nós falamos sobre a característica omnidirecional dos graves e direcional dos médios e agudos, certo? Ok, e se a voz, por exemplo, estiver muito mais alta no monitor do que no P.A.? Teremos um grande problema, o público estará ouvindo muito mais a voz do monitor do que do P.A. Os graves do monitor, já que são omnidirecionais, estarão indo para o público, enquanto que os agudos e médios não estarão. Isso fará com que a voz fique “opaca”, sem brilho e definição. Existem duas formas de resolver isso, ou você aumenta o volume do P.A., o que pode não ser uma boa idéia, principalmente se ele já estiver assustadoramente alto, ou você diminui um pouco o monitor, o que pode não ser uma boa idéia, por que o pentelho do vocalista pode te dizer: – Eu não tô me ouvindo, eu não tô me ouvindo!!! (vocalistas…). Parece difícil não é mesmo? Seja bem vindo ao mundo maravilhoso dos técnicos de som!

Para resolver esse problema surgiu um outro doido (esse merece pelo menos quatro prêmios Nobel!) que inventou um sistema chamado “In Ear Monitor” (monitor dentro do ouvido), que nada mais é do que um pequeno fone de ouvido, ligado a um sistema sem fio. Agora o músico podia ter a sua mixagem, com os instrumentos que ele quiser, no volume que ele quiser, diretamente dentro de seu ouvido, com a vantagem de que em qualquer lugar do palco ele estará ouvindo o mesmo som, com o mesmo equilíbrio (antes quando ele ficava perto de outro músico era obrigado a ouvir o que o outro músico queria ouvir em seu monitor), de não ter essa “guerra” de volume em relação ao P.A. E do palco ficar bem mais “limpo” sem todas aquelas caixas na frente dele. As coisas vão ficando cada vez mais fáceis! Bandas como Queensrÿche, Metallica e Kiss, já usam esses sistemas a alguns anos.

A dificuldade do IEM (In Ear Monitor) se dá somente com relação a reprodução dos graves, pois os diafragmas dos fones são muito pequenos, mais voltados para a reprodução dos médios e agudos. Assim sendo, alguns músicos apesar de usar o sistema IEM, ainda usam no palco o “side fill” (espécie de P.A. virado pra dentro do palco com uma mixagem geral da banda) pra dar aquele “peso” que falta. Principalmente os bateristas reclamam muito disso (bateristas…). Para eles foi crido um sistema que é uma espécie de “bazuca” de graves que vai acoplado a haste do banco de bateria, esta “bazuca” reproduz a vibração do grave que o baterista sente quando toca o bumbo, por exemplo. Apesar de parecer “meio gay” a idéia de um troço vibrando no teu banquinho, é um sistema muito funcional e várias bandas estão fazendo uso dele.

O que mais falta? Já ouviu falar em P.A. Surround? Pois é, acho que foi o Pink Floyd que no final dos anos setenta começou a fazer experiências ao vivo com o que era chamado de som “quadrifônico”. O sistema quadrifônico envolvia quatro caixas acústicas, com uma mixagem diferente para cada caixa, ou seja, um determinado instrumento poderia ser ouvido em apenas uma caixa, enquanto outro poderia ser ouvido em todas elas, de acordo com o critério do técnico de som, o ouvinte se posicionava no meio das quatro caixas, tendo assim uma noção de som tridimensional. Quem foi ao show do Roger Waters sabe muito bem do estou falando. O sistema quadrifônico foi o precursor do sistema surround, e hoje já existem várias turnês de artistas grandes que contam com o P.A. Em surround.

Viram as dificuldades e a evolução em que chegamos nos últimos anos? Pois é, agora quando for a um show, fique ligado no que está acontecendo na mesa de som, no sistema de monitor e aproveite um pouco mais dessa arte que é fazer um bom “Live Sound”.

‘Best Wishes’, e ‘Keep on Rockin’!!!

Fonte: http://pauloanhaia.com.br em 25 de agosto 2013

Ismah
Veterano
# ago/13
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Como montar um palco

Em ordem prática, e separado por cada instrumento:

Bateria

Cada peça com um mic, 3 mic's pra tudo... Enfim, tem N formas de microfonar a batera, o tutorial do CifraClub é muito bem feito...

Modo comum

Modos alternativos

Bom, terei o método padrão como base. Dos mic's e triggers (sensores), saem cabos - não recordo de ter visto mic's sem fio numa batera - e esses tem alguns destinos possíveis:

Medusa/multi-cabo

Já pensou o nó que dariam 7 à 9 cabos só da batera, cruzando um salão de festas, ou mesmo, um palco?
Para evitar esse nó, criou-se algo chamado multi-cabo, que nada mais é que várias "tomadas" XLR3 (plug de microfone) em uma peça, da qual sai apenas um único fio - ou dois, no caso chamado "geral", onde um vai para a mesa de PA e o outro pra mesa de retorno.
Devido ao formato semelhante a uma medusa, pegou esse nome aqui no Brasil.

No caso do batera usa-se um multicabo que vai para geral apenas - raras vezes saem dois cabos, onde um vai para o geral, e outro para um mixer onde o baterista mesmo faz seu retorno. Ou ainda, se liga direto no geral.

Guitarra

O sonho de qualquer operador é que ela seja em linha, mas nem todos concordam (guitarristas?) devido a perda do timbre o amp etc etc etc...

Em linhas os problemas beiram o zero... simulador de amp se for um set de pedais (pro som não sair abelhudo) e no máximo um direct box (DI) para adequar o sinal à mesa e fim...

Microfonando a história muda... O CifraClub tem um tutorial sobre isso, que deixou bem claro como fazer:

Microfonação de Amp de Guitarra

Mas com um guitarrista mais exaltado, o microfone pode migrar de lugar acabando com a vida de qualquer operador de som... Afinal, o agudo está no centro e o grave na borda de cada falante....

E para finalizar, plugue no multicabo e seja feliz....

claudiobassist
Membro Novato
# ago/13
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Muito legal trazer essas informações, concordo que aqui no fórum não tem um lugar mais específico para falar sobre apresentações ao vivo.
Fiz alguns shows mas todos de pequeno porte (o maior foi para 500 pessoas) além disso nunca trabalhei como roadie , operador de mesa ou algo do genero, logo não sabia de muita coisa ai, achei interessante, valeu mesmo.

Ismah
Veterano
# ago/13
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DI ou Direct Box

Direct Box, também conhecido como DI, é um dispositivo usado para alterar o sinal de saída de uma fonte sonora (uma guitarra, por exemplo), mudando seu nível e impedância, de forma a adequá-lo à entrada da Mesa de Som. São comumente usados para condicionar o sinal do seu instrumento para conectá-lo adequadamente em equipamentos de sonorização (P.A.) ou de gravação.

(...)

Direct Box: Na Prática

Em muitas situações pode ser necessário conectar a guitarra ou o baixo diretamente a mesa de som (mixer), em vez de microfonar o som do amplificador. O problema é que ao se conectar uma guitarra ou baixo diretamente à entrada de um mixer o som não fica bom, pois os captadores comuns geralmente produzem um sinal de nível baixo e possuem alta impedância de saída, incompatíveis com as entradas dos mixers, que geralmente possuem impedância relativamente baixa e esperam sinais de nível mais alto.

Direct Box O que é um Direct Box ?

A incompatibilidade de níveis tende a produzir ruído, pois o pré-amp do mixer tem que compensar aumentando o ganho. Já a incompatibilidade de impedâncias, além de também afetar o nível, pode produzir alterar a resposta de frequências. Por exemplo, ao se conectar uma guitarra diretamente à uma entrada com impedância muito baixa pode não afetar muito o nível, mas causa uma perda na resposta de frequências altas, deteriorando o som original.

Chave de atenuação na entrada: Em algumas situações pode ser necessário pegar o sinal na saída do alto-falante do amplificador, ao invés de microfoná-lo, o que irá requer uma atenuação da ordem de 30 a 40 dB.

Fonte: http://www.mundomax.com.br/blog/instrumentos-musicais/o-que-e-um-direc t-box/ em 25 de agosto de 2013
Baixo

O baixo, como a guitarra, é o sonho de todos os operadores em linha... de preferência direto dos pedais ou na ausências destes, direto do baixo com um DI, e FIM.
O mais comum é dessa forma em performance ao vivo. Mas também pode-se microfonar... O CifraClub mais uma vez fez seu tutorial:

Microfonação de Amplificador de Contrabaixo

Como disse temos duas opções de captura em linha, a maioria dos cabeçotes e alguns cubos de médio à grande porte, tem saída DI, que SUPONHO ser o mesmo sinal que sai do pré-amp - depois do equalizador do amp e etc - para o power do cabeçote/cubo... e este sinal já é "trabalhado" para plugar na mesa, geralmente dispensando o DI externo.

O baixo é um instrumento que no PA costuma embolar ou "abafar" alguns outros instrumentos, ainda mais quando ele é pré equalizado pelo músico... Tirar frequências é fácil, repô-las... nem sempre.

Pessoalmente gosto de microfonar e pegar o DI direto.

Teclado

Esse é o tesão, sinceramente a secretária gostosa e eficiente (nessa ordem)... Alguns dispensam até o DI, jogando o sinal pronto pra mesa.

Os problemas mais graves, são quando o tecladista usa algo parecido com Mark Kelly (da banda de rock progressivo Marillion), no clipe de "Kayleigh", John Lord (Deep Purple) na maioria das vezes, e Jean Michel Jarre sempre...

A solução pode ser um mixer para o keyman e fim... Os 10 ou mais cabos viram um só... Como tudo tem um contra, esse é que se o cara quiser colocar o piano no talo, e o órgão no zero, o operador vai ter que brincar de gangorra...

Ismah
Veterano
# ago/13
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Gaita/Sanfona/Acordeon

Quem souber um método eficaz me avisa. Simplesmente é a maior dor de cabeça, as palhetas ressonam muito facilmente, e isso dá muita microfonia...

Algumas usam captação piezo (como a usada em violão), o que quebra é um boost enorme nos médios... Com microfone, a caca é relativa... Tem vezes que do nada costuma começar a microfonia e o jeito é matar (kill)/cortar/mutar o sinal e rezar que na hora do solo, ela não cause problemas... Pessoalmente eu coloco um DI seja como for a captação...

Sopros

Não não é alguém assoprando! "São os instrumentos que usam o fôlego (sopro) do músico para produzir som." Só as vezes acho que é o inverso...
Entram nessa lista as madeiras (flautas, pífaros, oboés), metais (trombones, trompetes, sax), eu colocaria a gaita de boca, harmônica aqui também...

Microfone na frente, direct box e sejeamos felizes. O tipo de microfone é muito discutível, os direcionais dinâmicos são bons para isso, pois captam muito pouco ruídos paralelos.

Os metais principalmente, tem uma característica interessante - eu nunca reparei isso num outro instrumento ao menos... Alta pressão sonora e as ondas não são equidistantes em amplitude... ou seja, o sinal positivo gerado é maior que o negativo. Ou ainda em termos menos técnicos: a onda "sobe", mas não "desce" o mesmo tanto...

E a gaita de boca eu prefiro usar um mic de cristal (piezo), pois "dá o timbre"... Nunca testei um desses nos sopros, mas deve ser uma experiência à se fazer... Em último caso - show da Velhas Virgens foi assim - Shure 58 Beta... Em último caso pensaria em qualquer outro...

Percussão

Velha receita da bateria, várias maneiras, seja esta qual for, DI depois dos mic's e felicidade total.

Violão

Microfonado ou em linha (todo violão elétrico entra aqui) um DI cai bem... alguns poucos casos, como o do Ibanez Montage, tem captador piezo e magnético, aí é algo a ser estudado, mas creio que só o DI já mate a charada.

Único cuidado seriam os retornos - como qualquer outro instrumento acústico (acordeonistas?), costuma ser campeão de microfonia.

Microfonar um cubo de violão segue os mesmos procedimentos da guitarra... Agora pessoalmente eu nunca vi ao vivo, mas sei que em alguns workshops ou shows de música regional é usado.

Microfonar o violão acústico é comum só no caso do violão clássico, alguma coisa de jazz acústico, samba, bossa nova e semelhantes... Onde o violão quem impera.

O mesmo vale para cavacos, ukuleles e baixos acústicos (tocado em pé) e "baixolões" (semelhantes a um violão).

Tudo plugado na medusa... Outrora, falarei sobre o sinal na mesa...

Ismah
Veterano
# ago/13
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Chegando no multi-cabo

Não é numa ordem qualquer, que se conecta as partes no multi-cabo...
Há um padrão (não tão padrão) internacional, definido por conveniência... Não sei a origem disso, mas "só sei que foi assim", sempre que tratei com sistemas profissionais... E claro que isso não influi no som final, mas de fato é mais organizado e assim facilitando, para a passagem de som - que se dá nessa ordem...

Primeiro a bateria, na orde de bumbo(s), caixa, xipo/hihat, tons, surdos, overheads, pad's, looper...

Em seguida o baixo, a guitarra... aqui em diante começa a variar a ordem, já vi muitas diferentes... seguindo do exemplo acima, violão, sopros(metais, depois madeiras), teclados, gaita/sanfona/acordeon, gaita de boca... Geralmente por último ficam as vozes...

Mesma ordem que se usa no multi-cabo, se usa na mesa... Cabo 1 = Ch 1, cabo 2 = Ch2...

A mesa/mixer e seus periféricos

Aqui o que ocorre é relativo ao "tamanho" da mesa, e seus recursos...
Cada mesa segue praticamente um padrão (que não necessita estar nessa ordem, ter esse nome, ou mesmo ter essa opção) de botões: pré-amp, insert (para inserção de efeitos) ou send/return, low cut (geralmente 30~60Hz), equalizador (paramétrico, semi-paramétrico, 32 bandas na maioria das digitais), aux sends (que envia o sinal do canal para um auxiliar), volume do canal...

no Rack de efeitos, o que tiver aí e muito pessoal... Mas o básico é um compressor (para o bumbo) e algumas vezes vozes e baixo... Equalizador, um stereo, com um canal pro bumbo e o outro canal pro "geral" (se operado PA em mono) ou um mono (ou um stereo com um canal operante para o bumbo), especial pro bumbo, e outro stereo para o PA... Reverb para as vozes e para o geral... CD's da ba... não esse não faz parte

Uma mesa digital top, como a Yamaha LS9, dispensa esse rack em muitos parâmetros... Mas tem alguns operadores que não dispensam o equalizador analógico... eu considero isso psicológico quando se opera uma mesa top...

GuiDensidadeC
Membro Novato
# ago/13
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Ismah
Parabéns pelo post cara! Muito instrutivo. Mesmo não sendo a atividade "fim" de muitos é de extrema importância seu entendimento para sacar o funcionamento de toda a estrutura e não ficar "panguando" enquanto as coisas acontecem.

Abrazz

Ismah
Veterano
# set/13
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Um adendo: Músico mala

Amigos lidar com alguns músicos é difícil, ainda mais quando vc está na equipe técnica, e tem que transformar um par de 6x9" de "300W" (PMPO, claro) em um som de estúdio 8.2 canais... Surround, obviamente
Algumas vezes é realmente psicológico... Já me aconteceu de encostar no botão e receber um positivo, sem mexer nele... Preferi sempre passar os retornos como se passa o P.A.: com ruído rosa, e depois uma faixa "referencial".

Como usava praticamente só as vozes no retorno principal - que mais dá dor de cabeça - passava ele com um áudio de uma moça falando (com sua santa voz aveludada, que dá tesão de ouvir) e como só tínhamos vocais masculinos (um cara de 150kg cantando só como alto) usava uma voz máscula (Cid Moreira) falando/declamando... Algo assim:



Bom, mas depois de torrar vcs com isso tudo, segue o vídeo sobre como, nós operadores de áudio, acabamos por tratar músicas malas...



Ah e pra fechar a semana - na verdade pra começar - eu fui demitido da banda, por um motivo não muito definido... Aparentemente, devido as chuvas, os outros dois carregadores ficaram ilhados, e eu estava doente - de fato, 15 dias de molho - mas não foi o suficiente, para faltar ao serviço... O que fez o dono/motorista e o filho/vocalista "pegar no pesado, aí não dá" - nas palavras do dono/motorista - "pegamos uns guri, daqui de perto"... Coisa que sei que é mentira, e o que me incomoda relativamente... Fica a experiência, "e dá volume!" - Marcelo Silva, operador de áudio...
[ ]'s

Diego_o.0
Veterano
# set/13
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Kkkkkkkk! Curti demais o tópico! Valeu a iniciativa! Fora que o vídeo aí é fera demais, rs! Tem cara que é chato mesmo...

Ismah
Veterano
# set/13
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Bora pro PA!

Depois que todos os instrumentos e vozes estão, equalizadas, comprimidas, moídas, "avolumadas", e exorcizadas... Só nos resta mandar isso para a galera... Mas... Temos duas paradas ainda, antes de sair o som pra galera: o divisor processador/cross-over e os módulos...

Divisores: Processador e Cross-over

Ambos fazem a mesma coisa. Porém o processador é digital (a maioria tem um EQ interno, o que dispensa um EQ para o PA, pois se fazem ali os cortes e atenuações), enquanto o cross-overr é analógico. Alguns de maior porte tem um EQ paramétrico/semi-paramétrico de 3~5 bandas, mas isso é nulo se comparado a um EQ de 31/32 bandas...

Tá mas que isso faz?

Divide (põe o cavalinho). Se obtém maior eficiência de um falante se ele só reproduzir as frequências para o qual foi projetado. Assim costumeiramente se usam filtros (passa banda) para efetuar cortes (alguns fazem o mesmo no EQ) para evitar que se gaste energia além do necessário.

Isto é, para tocar abaixo da sua resposta de frequência, ou acima, ele usará mais energia do módulo (precisará dar mais "gás" pra tocar a mesma coisa, sem o divisor, nos médios, que com o divisor), o que fará o falante tocar menos, em questão de volume, pois parte da energia se perde (porque o falante faz mais força) em forma de calor.

*Se acharem confuso refaço a explicação*

Escolha dos "módulos" (amps)

Aqui vai depender do que vai ter de se "empurrar". Quando se fala em banda, quanto mais compacto, melhor... Por que? Porque é mais rápido de montar, desmontar e transportar... Por isso que grandes bandas usam serviços terceirizados - sonorizações. Bom quanto aos tipos de caixas, teremos um post próprio - talvez eu faça ainda hoje - em sequência. Mas é sempre bom que o módulo tenha potência menor que a dos falantes e mesma impedância - também teremos um post sobre isso.

Num PA com sistema de GRAVES e LA (Line Arrays) de:

Pequeno porte Bandas em geral, comum nos bailes aqui do sul. Geralmente aqui se aproveita toda a potência do equipamento, levando ele quase que ao extremo em certos momentos. Até 2mil pessoas em média.

Falantes

No grave 4 a 8 falantes de 15" ou 18" (mais comum) ou raramente 21", médio 4 a 6 falantes de 8"~12", e agudo 2 a 4 Drivers - popular corneta - de TI - Titânio - de 1" a 2,5" - RARAS vezes vi usarem maior que isso.

Ligando em Stereo

Geralmente os amps tem potências de 5 000W (grave), 3 000 ~ 3 500W (médio), 900W ~1500W (agudo). Onde cada canal corresponde a um lado do pan.

Ligando em Mono

Geralmente dois amps com potências em torno de 5 000W. Um só para o grave (em modo bright) e o outro, uma canal para o médio e outro para o agudo (geralmente com 15%~30% menos ganho que o lado do médio).

Médio porte Grandes shows em locais fechados. Bandas que locam sonorizações - oa maiores shows que fiz findam aqui, foi o show das Velhas Virgens com a Equipe Paradiso (Feliz/RS). De 3 a 20 mil pessoas.

Falantes

No grave 10 a 16 falantes de 15" ou 18" (mais comum) ou raramente 21", médio 8 a 10 falantes de 8"~12" raramente de 15", e agudo 4 a 6 Drivers - popular corneta - de TI - Titânio - de 1" a 2,5" - RARAS vezes vi usarem maior que isso.

Ligando em Stereo (não vi ligarem em mono, até porque precisaria-se de um duplicador)

Geralmente 3 amps por lado, poucas vezes vi 3 para o PA todo. Geralmente os amps com potências de 5 000W (grave), 3 000 ~ 3 500W (médio), 900W ~1500W (agudo). Todos ligados em bright, ou ligados em dois grupos (um grupo por canal) para facilitar no casamento das impedâncias.

Sistemas grandes

Para eventos grandes ao ar livre. Como Rock in RIo, e shows em estádios...

Geralmente se divide em Sub grave, grave, médio grave, médio agudo e agudo - nada impede dos anteriores serem feitos assim, apenas que se precisará mais amp's... Aí é algo complexo... Pois varia muito com o local, e como nunca esteve ao meu alcance um show assim pra 100mil à mais de meio milhão de pessoas... não tenho muito o que declarar... Mas tem PA's que chegam a ter 40 lines... O maior que vi eram 28 de cada lado...

Outras opções que não seja à base de graves + LA

Já vi se usar caixas trio (2 falante10 ou 12 + driver fenólico + 2 twitter) dividindo-se em grave, médio g rave, médio agudo e agudo. Geralmente as lines são suspensas num grid (Q30 é o modelo mais comum, nada mais é uma treliça quadrada de 30x30 cm) e estas podem ser posicionadas sobre as graves ou suspensas. Também já vi "caixas trio" compostas por falante de 15, falante de 8 ou 10 + driver TI.

Também, já vi mandar o(s) BB(s) e o baixo para as graves por uma saída auxiliar e o resto da forma "padrão"... É errado? Não é a forma como o dono do sistema de sonorização achou melhor. De fato, não existe um padrão, e sim uma entre as várias formas de se fazer algo... Algumas "ficam mais comuns", ou seja, ficam mais difundidas no meio. Mas é certo que todas tem seus pós e contras. Equivale a quem gosta e EV e quem gosta de EAW... Eternos inimigos...

OBS.: POR PADRÃO, as LA's são suspensas lateralmente (deitadas!), sendo que o driver, sempre fica para o lado de fora. Nos casos acima, se forem suspensas CREIO que sejam deitadas também, seguindo a ideia dos agudos para fora!

Homem Cueca
Veterano
# set/13
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Aqui vai depender do que vai ter de se "empurrar". Quando se fala em banda, quanto mais compacto, melhor... Por que? Porque é mais rápido de montar, desmontar e transportar... Por isso que grandes bandas usam serviços terceirizados - sonorizações. Bom quanto aos tipos de caixas, teremos um post próprio - talvez eu faça ainda hoje - em sequência. Mas é sempre bom que o módulo tenha potência menor que a dos falantes e mesma impedância - também teremos um post sobre isso.

Mito, uma vez que potências falam Pico e falantes são medidos em RMS (tem suas medidas de pico também). É o tipo da coisa que deve ser medida de acordo com o estilo de som da banda que se fará sonorização e os equipamentos em mãos. Tem de se observar o fator de crista. O dimensionamento do sistema de sonorização obedece o fator de crista.

Se quiser saber um pouco mais sobre isso:
http://www.somaovivo.mus.br/artigos/potencia-uma-coisa-mais-que-compli cada-parte-ii/

Mas facilmente você poderá colocar uma potência de 1000W num falante de 100W se for tocar Jazz nele....

Uma coisa que eu posso te garantir facilmente...você não vai conseguir queimar um falante de 100W colocando uma potencia de 200W nele.

Adendo: Subwoofers, graves são frequencias muito grandes e que, por mais naturais que sejam provenientes de instrumentos musicais, se parecem muito com senóides puras...o fator de crista PARA OS GRAVES é sempre muito baixo. Não aconselho usar um fator de crista maior que 2 para sub's.


O que queima falantes MUITO facilmente são microfonias (elas são praticamente senóides puras, portanto fator de crista 2 a 3...se estiver trabalhando com fator de crista 15, você se fodeu), distorção do sinal (distorção pura, onda quadrada, aquela que você vê o Peak acendendo e não de amplificadores de guitarra) e impedância errada.

Ismah
Veterano
# set/13 · Editado por: Ismah
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Homem Cueca

Não diria "mito", mas opção. Eu particularmente prefiro trabalhar com folga nos falantes, que nunca terei problema.

Uma coisa que eu posso te garantir facilmente...você não vai conseguir queimar um falante de 100W colocando uma potencia de 200W nele.

Pelo simples fator de usar um transdutor com potência menor que o amplificador não. SE:

- não abrir todo o ganho, não terei 200W. Um amp de 200W com ganho em 50% terá aproximadamente 100W;
- usar mais do que um falante de 100W

Desconsidero as demais informações de momento, porque meu objetivo agora é mais prático que teórico. Mas sim, por vias de fato, o que vai ser reproduzido é influente na escolha do equipamento...

Ismah
Veterano
# set/13
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Mito, uma vez que potências falam Pico e falantes são medidos em RMS (tem suas medidas de pico também).

Agora compreendi o que vc quis dizer.

Realmente quando se fala que um amp tem 1000W, são 1000W de pico. Isto é, ele não emite, 1000W o tempo todo, mesmo sendo saturado (ganho em 100%) ele terá pequenas variações de volume (mesmo que poucas, a ponto de não se tocarem). Diferente de um falante, que tem capacidade de trabalho de X watts.

Ismah
Veterano
# set/13 · Editado por: Ismah
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Rock in Rio 2011



O Palco Mundo, onde se apresentaram as atrações principais, ficava um pouco à direita de quem ultrapassava o amplo portão de entrada da cidade do rock. Logo chamavam a atenção as estruturas erguidas especialmente para sustentar colunas de caixas de delay e equipamentos de sonorização. Em frente ao pátio de entrada com os portões, eram duas com nove caixas Norton LS-8. No entorno da plateia do Palco Mundo, outras oito torres davam suporte a mais seis caixas Norton cada uma.

As house mixes de som e luz eram separadas. A primeira ficava à direita de quem estava de frente para o palco². No amplo tablado estavam as mesas do kit básico do palco no Festival, com uma Digidesign Profile e uma Yamaha PM5D³. O som produzido no palco passava pelas mesas na house mix e era enviado para 120 caixas Vertec 4889 e 84 caixas de sub também Vertec 4880A. Este foi o equipamento básico que permitiu a cerca de 100 mil pessoas durante sete dias curtir shows que iam do heavy metal do Motörhead ao pop de Shakira. Tudo construído e planejado de acordo com as condições específicas da Cidade do Rock.

Palco Mundo

Em junho de 2010 já se começava a planejar os preparativos para a volta do grande evento ao Rio de Janeiro, como explica Peter Racy, responsável pela sonorização do Festival. “O planejamento inicial começou há pouco mais de 1 ano, no Rock in Rio Madrid. A conversa esquentou em dezembro de 2010 e janeiro de 2011, com a definição das posições das torres de delay”. Aliás, segundo Peter, um dos pontos altos da produção foi o diálogo com a engenharia. “Não houve limitações”.

Na medida em que se aproximava a data de início de festival, chegavam os riders técnicos das bandas. “Em alguns casos, as equipes técnicas pediam para contatar a locadora diretamente, e estes falavam comigo. A maioria desta comunicação, no entanto, foi centralizada pelo produtor técnico do Palco Mundo, Maurice Hughes”, detalha Racy. O grande desafio do Palco Mundo era a necessidade de pressão sonora e qualidade distribuídos em uma área extensa. Cerca de 40 mil metros quadrados. A escolha para o P.A principal foi pelas caixas Vertec. “É um equipamento que atende bem a vários aspectos do festival”. Entre as qualidades enumeradas por Peter Racy estão a leveza, qualidade de reprodução, potência, robustez e ampla aceitação pelos técnicos.

Na frente do palco, ficaram pendurados os L&R das colunas triplas do PA principal com 18 caixas VT4889 em cada lado da coluna com também 18 VT4880A. “O conceito, que empregamos pela primeira vez em 2002, a pedido do técnico do Back Street Boys, Tim Lamoy, é usar uma coluna de PA para a banda, e uma outra coluna de PA distinta para voz ou qualquer outro elemento que mereça destaque. Com isso conseguimos desafogar todo o percurso do sinal, ganhando uma faixa dinâmica incrível. Isto se traduz em clareza, potência e ausência de distorção e mantemos o sistema todo trabalhando com bastante folga até os alto-falantes das caixas”, expõe Peter Racy. Ainda havia mais um sistema L&R com três colunas com a mesma configuração e modelos de equipamentos, só que com 12 caixas em cada lado.

Ainda que houvesse duas colunas em line array separadas apenas pela de subs, não havia risco de cancelamento quando os sinais eram diferentes. “Como temos sinais diferentes emanando de cada coluna, não temos cancelamentos. Ocorre que alguns técnicos não estão preparados para ‘splitar’ sua mix pela primeira vez durante um festival desta importância, então optam por usar o mesmo sinal nas duas colunas. É claro que ocorre cancelamento nesta situação, mas devido ao posicionamento das caixas, este cancelamento ocorre na região de 160/200 Hz, que acaba não sendo um problema, e eles acabam ganhando SPL, o que todos gostam”, coloca o projetista. Efetivamente, a pressão sonora na housemix ficava por volta de 115dBSPL (ou 99dBA) com picos de 125 dBSPL (115dBA).

A Gabisom não economizou em delays para a sonorização do Palco Mundo. Dentro do objetivo de cobrir o máximo de área com qualidade e pressão sonora, a eficiência do tiro longo das Norton foi essencial. “As LS-8 da Norton tem um sistema long-throw de alta eficiência, de modo que obtemos uma ótima relação entre a potência elétrica de entrada e a pressão sonora na saída. Novamente, trabalhamos com muita folga. O regime de serviço dos equipamentos num Rock In Rio é intenso, e se não usássemos artilharia pesada, ocorreriam várias baixas de equipamento no decorrer do festival, o que não foi o caso. Se houver mudanças para o próximo Rock in Rio, deverá ser em decorrência da atualização da tecnologia, e não em função de qualquer deficiência no desempenho, pois todos os sistemas trabalharam exatamente como previsto sem problema algum”, comemora Peter. Os frontfills foram cobertos também por caixas Norton, mas do modelo LS-4.

Durante o Rock in Rio

Ainda que se trabalhe de forma organizada e com planejamento, há de se ter jogo de cintura. Os pedidos específicos de cada produção, as necessidades específicas dos artistas e outros acontecimentos do dia a dia do evento fazem com que novas soluções tenham sempre que ser buscadas. Um bom exemplo foi o que aconteceu por causa do show do Metallica. Nos primeiros dias do evento, havia subs em stack nas passarelas laterais do palco. A pedido do Metallica, os subs que estavam em stack na passarela foram mudados para o chão, para que não incomodassem o vocalista quando ele usasse a passarela. Foi feito novo alinhamento para acomodar a nova posição de subs. Como não houve prejuízo ao desempenho do sistema, optamos por mantê-los naquela posição durante o resto do festival”, ressalta Peter.

Já o Guns N’ Roses teve um cluster central a disposição com seis caixas Vertec para o último dia por conta da dificuldade que Axl Rose tem atualmente para emitir a voz. Alguns artistas trouxeram suas próprias mesas, como Metallica, Red Hot Chilli Peppers, Shakira, Elton John, Guns N’ Roses e System of a Down. Outros não trouxeram as mesas, mas tiveram centrais customizadas completas, como Stevie Wonder, Lenny Kravitz, Kesha, Motorhead, Jamiroquai e Slipknot. Stevie Wonder pediu três Consoles Digico SD-7, sendo uma no PA e duas no Monitor, todas com capacidade para 112 canais, e periféricos. “Os demais utilizaram as centrais disponibilizadas para o Festival compostas por dois pares de Digidesign Profile e dois pares de Yamaha PM-5D”, confirma Peter. Poucos artistas usaram consoles analógicas, como o Red Hot Chilli Peppers (Midas H3000), Elton John (Yamaha PM 5000), Shakira (Yamaha PM 5000) e Motorhead (Midas H3000), sendo que este último trouxe a sua própria mesa. No meio de tanto trabalho, o som de Kate Perry chamou a atenção de Peter Racy. “Se não me falha a memória, o técnico da Kate Perry optou por utilizar as colunas do PA de uma maneira nova e inusitada: ele quis usar L em uma coluna e R na outra do mesmo PA. O resultado foi até interessante, pois devido ao posicionamento da House Mix, diretamente em frente ao PA-R, acabamos ouvindo tudo (os outros shows) quase em mono, assim (por causa do endereçamento feito por este técnico) tivemos um gostinho de estéreo”, comenta.

Ainda que os in ears dominem cada vez mais a cena, side-fills e monitores de palco ainda são muito apreciados. Para os sides, foram usadas seis caixas D&B J8 por lado processados pelo amplificador da mesma marca modelo D-12. Os monitores de chão eram os D&B M-2, além das caixas Clair Brothers 12AM para os músicos que os pediram. Houve muita variedade nos riders com relação a microfones.

(...)

IN http://www.backstage.com.br/Noticia.php?id=155, 11 de setembro 2013
-------------------------------------------
Que tal?! Dá pro gasto ein :P

Quer gastar/resgatar/treinar o inglês? Tem a versão compelta mas em inglês - to sem saco pra traduzir esse textículo.

http://www.backstage.com.br/newsite/rockinrio.html

Tem essa versão digital que é pesado pra caramba

http://www.backstage.com.br/ed_ant_digital/edicao205.html

OBS Caixas de Delay, aqui são caixas repetidoras, com algum atraso - calculado, milimetricamente em teoria, para que chegue junto com o principal (aquele que sai perto do palco), para apenas reforçar o áudio inicial...

Pessoalmente, gostaria de um dia, fundar uma sonorização que trabalhasse com o sistema de dois PA's, um central para a voz e destaques. Mesmo que em pequenas proporções (até 3 000 pessoas), onde o "externo" estaria em asa (lado de fora da coluna) e o "interno" em 1/5~1/3 pra dentro da coluna.

Ismah
Veterano
# set/13
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PA do Rock In Rio 2011

Que será sexta feira?

Homem Cueca
Veterano
# set/13
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Ismah

Pelo simples fator de usar um transdutor com potência menor que o amplificador não. SE:

- não abrir todo o ganho, não terei 200W. Um amp de 200W com ganho em 50% terá aproximadamente 100W;
- usar mais do que um falante de 100W


Cara...você realmente leu o que eu disse antes? Eu não estou dando uma opinião.

E outra, abrir 50% de ganho do amplificador vai resultar em muito menos que 100W, é só reparar que as marcações geralmente são em decibéis e não watts. Os potenciômetros dos amps são logarítmicos. Se a metade do potenciometro marcar -6dB nós vamos ter 50W...se marcar -12dB, vamos ter 12,5W...isso pra uma potência de 200W. Friamente matemático.

Tem um outro detalhe...cara, microfonias, em sua grande maioria, acabam distorcendo o sinal nos prés ou em qualquer outro barramento da mesa...vira onda quadrada pura, onda quadrada queima falantes que é uma beleza. Você faz o falante trabalhar numa velocidade para qual NENHUM no mundo é projetado...o simples fato de você trabalhar com menor potência que os falantes, não significa que você está imune a queimar os seus falantes. O risco continua quase igual, se der microfonia e distorcer em algum barramento, bau bau...

Dimensionamento, correto, de sistemas de sonorização não é brincadeira.

fernando tecladista
Veterano
# set/13
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ótimo tópico
também sinto falta de um subfórum de som ao vivo

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Os problemas mais graves, são quando o tecladista usa algo parecido com Mark Kelly (da banda de rock progressivo Marillion), no clipe de "Kayleigh", John Lord (Deep Purple) na maioria das vezes, e Jean Michel Jarre sempre...

A solução pode ser um mixer para o keyman e fim..

faltou o rick wakeman

eu já tenho o meu, quando bate o rick wakeman e resolvo levar a tralha toda já levo o mixer que já tem os cabos pre montados e monto o set inteiro
em pouco tempo

outra coisa que deixa o operador da mesa louco é que nem sempre o timbre que sai é de onde você tem a mão do tecladista

na foto que coloquei tem 2 módulos, um ligado em cada teclado
então o timbre em sí que você ouve pode ser o do teclado em sí ou do módulo
ou também as duas mãos no mesmo teclado mas a esquerda tocando no teclado com timbre do módulo e a mão direita no mesmo teclado com timbre dele mesmo
fora as vezes alguma base pré-gravada que pode vir de algum dispositivo de MP3 ou de arquivo midi do próprio teclado

ano passado vi o cara da mesa se perder todo em workshop na expomusic porque não sabia de onde vinha som

então é pra encher o saco de tecladista: compra um mixer nó cego

Ismah
Veterano
# set/13 · Editado por: Ismah
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Homem Cueca

Experiências que não tenho, obrigado por esmiuçar, não tinha conhecimento desse modo operante dessas partes. Fico grato pela cooperação.

Se tudo der certo posto as fotos do Backstage do RiR 2013 ainda essa semana. Como depende de fontes externas, não é tão fácil conseguir. Assim, não esperem um álbum de 500 páginas.

Fernando
Bom (no caso péssimo) exemplo...



Homem Cueca
Veterano
# set/13
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Ismah
Experiências que não tenho, obrigado por esmiuçar, não tinha conhecimento desse modo operante dessas partes. Fico grato pela cooperação.

Se tudo der certo posto as fotos do Backstage do RiR 2013 ainda essa semana. Como depende de fontes externas, não é tão fácil conseguir. Assim, não esperem um álbum de 500 páginas.


Disponha.

A gente só vive se tiver coisas a aprender ainda, ninguém sabe tudo e ninguém sabe nada. Todos temos com o que contribuir de alguma forma.

Legal que tu esteve no backstage do RiR, deve ter sido massa pra caralho! Eu gostaria muito de chegar a fazer algo dessa magnitude, embora som ao vivo, nessa proporção, não seja o meu foco.

Depois posta as fotos e comenta um pouquinho do que foi usado pela galera no RiR, tava gigante a parada.

Afinal, quanto o Muse usou de playback? huahuahuahuahuahuaahua

Ismah
Veterano
# set/13
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Homem Cueca

Legal que tu esteve no backstage do RiR, deve ter sido massa pra caralho!

Eu disse que tinha fotos, não que estive lá. Infelizmente não consegui a tempo.

Amigos são para essas horas, (morra) mas a maioria que está nesse nível, não dispõem de conhecimento extraterrestre, apenas é conhecido no meio.

Depois posta as fotos e comenta um pouquinho do que foi usado pela galera no RiR, tava gigante a parada.


No primeiro RiR, foram 70 000W RMS imagine aqui...

Afinal, quanto o Muse usou de playback?

Todo o disponível

Afinal, quanDo o Muse usou playback?

Cheguei a conclusão que só quando cantavam... Um fã, postou um vídeo destes se apresentando na suíça com o drummer, no bass, o bassman na guitarra e vocal, o frontmann e guitarman, na bateria...

Ismah
Veterano
# set/13 · Editado por: Ismah
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Tipos de microfones

Bom é dispensável dizer que ele influi diretamente no som. Aqui vou tratar dos modelos mais comuns da Shure e dos quais vem quase todos os outros, sendo cópias. Fora estes, algumas poucas marcas tem desenvolvimento próprio de microfones, me lembro de alguns vintage (chamados de microfones de cristal, por usarem captador piezo) da Electro Voice (EV), e os modernos AKG, Sennheinser.


O usuário Christhian fez uma explanação boa sobre os mic's, no tópico Shure Beta 58a, Shure SM58 e AKG D880 da Fê Empürios. Segue um trecho:


SM58: Tem uma melhor captação de médios e agudos (e região intermediária disso). Vc ganha brilho nessa região, mas perde um pouco na frequência mais grave. Porém nada que uma mesa não resolva. Na minha modesta opinião, é o melhor custo benefício dos SHURE. Pouca suscetibilidade a microfonia, por ter uma captação naturalmente mais apurada pra agudos (ou seja, dificilmente saturam muito). (...)

BETA58 (NR ou SM58A ou BETA 58A): É o SM58 melhorado na condição de médios-graves. Tb tem uma captação mais avançada (esse é um Supercardióide, talvez seja esse o motivo de ter melhorado bem os médios-graves). Os modelos sem fio costumam ser os mais comuns em ambientes de alta performance, por ter uma relação de custo X beneficio viável. Eu gosto muito desse microfone. (...)

AKG D880: Já vi, mas nunca usei. O que posso te dizer de AKG é que esta marca é uma das melhores do mundo. Normalmente tem uma captação muito bem balanceada, um corpo bem sólido, o que facilita na manipulação (evita barulhos de pancada no mic) mas tb são muito caros. Normalmente os AKG tem um range de captação maior que os outros - Enquanto a maioria capta entre 5Ohz e 15000 hz, os AKG vão de 20hz a 20000hz. Não sei exatamente o que isso significa na prática, mas com certeza deve ter algo relacionado com a qualidade superior dos AKG.



Para a voz

Gosto de uso geral o Beta58A. MAS se puder colocar um para cada, distribuo assim:

CANTANDO

Vozes masculinas Beta58A
Vozes femininas SM58

FALANDO

PG48 ou o Beta58A. Tenho um clone do PG48 marca diabo, que me custou 30reais, não tem um contra dele, realmente estou surpreso pelo resultado, vou gravar amanhã guitarra com ele,

Intrumentos


Cordas

Acústicos como violão aço/nylon, dobro, 12 cordas, viola etc, vai o mesmo da voz.
Se for microfonar um cubo de guitarra ou violão, respectivamente SM57 e SM58. Se for guitarra ou violão de 7 cordas ou afinação grave (C para baixo) um Beta57A cai bem.

O baixo acústico, prefiro puxar em linha (captação piezo + DI) e o elétrico em linha depois do pré (Loop + DI ou na saída DI do próprio cabeçote/combo).
Se for pra microfonar (nas horas \m/ é a melhor coisa), um Beta52A (melhor para baixos elétricos de 4 cordas) ou PG52 (também pro baixo acústico de 5 cordas, ou com afinação mais grave) num/no falante de 15" e um Beta57A para os falantes de 10" (também pro baixo acústico de 4 cordas)

Metais

Beta58A (geral) ou o SM58 (jazz, clássica - pois geralmente vem mais agudos).

Bateria e percussão

- Tons um Beta58A cai bem (pois atenua-se os agudo já ali)
- HH e Overhead SM137 - primeiro condensador que menciono
- Caixa SM57
- Bumbo grande (acima de 20") PG52 e bumbo pequeno (abaixo de 20") Beta52A

Nota: Usei os dois num bumbo de 22", o PG52 tem um som mais grave, enquanto o Beta52A tem um som mais médio, independente do tamanho da peça, num lado voltado ao acústico fica ideal, por parecer mais natural.

Ismah
Veterano
# out/13 · Editado por: Ismah
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Meu mega tópico anda meio parado pro causa que estou estudando pro ENEM.

Mas não pude deixar passar batido uma coisa que encontrei. Trata-se da lista de exigências feitas pela banda The Mighty Pirates, uma banda de Reggae, e ao que me parece de origem alemã. Achei MUITO bem elaborado a solicitação destes.

Patch list

Bassdrum AKG D112 / C5600
Snare SM57
Hihat AKG C1000
Timbale SM57
HiTom SM57
MidTom SM57
floorTom AKG D112
Overhead L AKG C391B
Overhead R AKG C391 B
Bassguitar AKG D112 or DI Box
Keyboard L DI Box
Keyboard R DI Box
Keyboard L DI Box
Keyboard R DI Box
Guitar 1 SM 57/ Beta 57
Trumpet SM 57
Sax 1 Beta 5
B Voc (KeyB)
B Voc (drms) SM 58
Leadvoc SM 58 or equal


Minimum requirements

Apropriate front of house (FOH) P.A.
Mixer (Soundcraft, Midas, Yamaha...) min. 22 chan. + 2 stereo effect returns
Parametric EQ's: pro channel (sweep mid+high)
Monitor mix (separate podiummix if possible) min. 6 lines
TC electronic M1 or M2000, YamahaSPX 990 (Reverb)
TC electronic D2, YamahaSPX 990 (Delay)
Compressor dbx (L V) insert chan 22
Compressor dbx (B V) insert chan 21
Compressor dbx (B V) insert chan 20
Compressor dbx (B V) insert chan 19
Compressor dbx (Sax) insert chan 18
Compressor dbx (sax) insert chan 17
Compressor dbx (Trump) insert chan 16
Compressor dbx (bass) insert chan 10
6 Gates (Bassdrm, Sn, Timb, Htom, Mtom, Ftom) insert chan. 1, 2, 4, 5, 6, 7
31-bands stereo equalizer for FOH
31-bands stereo equalizer for each monitor line
Talkback function
Lights (min. 8x Par 65=4 kW in small places) with different color filters


Não é solicitado algo sem pé nem cabeça, mas é extremamente completo (isso que me fez postar aqui), mostrando uma forma menos centrada (sou aficionado por microfones Shure e os vintage da EV)

Ismah
Veterano
# nov/13 · Editado por: Ismah
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Sistemas alternativos ao PA

Galera voltando a otópico, este findi tive o prazer de tocar com uma das bandas que sou fã, e que tem história pra contar: Os Atuais (Tucunduva/RS).

Eles tem a 20 anos um PA da EV. Segundo eles, na época custaria o equivalente a 400mil reais hoje.

Ele é composto por 6 caixas MTL4 (120Kg cada) e 2 caixas médio agudo (creio ser 2x15" + 2 Drive fenólico + Twitter - pesa apenas 150Kg)...

Eles montaram 4 MTL4 (uma sobre a outra) com uma médio agudo em cima.

Aproximadamende 1500~2000 pessoas prestigiaram o show, com sobra de SPL.

Simples, pesado, e eficaz.

Contrário disso, para um público de 500~1000 pessoas, usamos um PA GA de 8 T18 e 8 Line Array 2x10 + Drive Ti. Com um SPL adequado ao evento, mas ao meu ver limitado a 1 500 pessoas.

Darlan Felix
Veterano
# nov/13
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Tópico sensacional. Parabéns!

Ismah
Veterano
# nov/13
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Não é certo (que convenci minha namorada) que teremos artigos sobre iluminação cênica DMX etc, mas a princípio vou postando o que eu sei (básico).

DMX 512

É um padrão de dados, que permite controlar até 512 ações (diz-se 512 canais). Podemos usá-lo para fazer uma cirurgia, operar uma máquina, ou controlar luzes num palco. Cada grupo de 512 canais, caracteriza em um universo, algumas mesas controlam mais de 6 universos.

Essas ações se distribuem pelos fixtures, que nada mais são que as máquinas controladas. Elas podem usar um ou dois canais (Mini brut) ou 16 ou mais canais (moving heads e painéis de led). Se forem mais que 32 fixtures, ou mais de 500m de ligações (soma das distâncias entre os cabos), precisará de um spliter ou buffer - para compensar a perda de sinal.
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Tomemos por exemplo uma Mini Brut. Ela tem um canal (que comando on/off), podemos endereçar ela no canal 1. Se formos adicionar mais uma, poderemos colocá-la no canal 1 também (ambas operarão como uma só), ou no canal 2 (vão operar como duas máquinas).

Continuo amanhã ou segunda, mais tardar terça - não sei quando terei tempo esse findi.

Ismah
Veterano
# nov/13
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É enorme as possibilidade de luz, e a única coisa que não pode faltar é a FogMachine (máquina de neblina, na tradução literal, ou máquina de fumaça, no bom portguês), sem ela a luz não aparece no ar - salvo alguns feixes de laser - só aparecem onde a luz bate... Geralmente no chão.
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Os fixtures são muitos. Cannon (canhões) par, par led (led par é o termo correto, mas já vejo bastante essa grafia), canhão seguidor, moving cannon, moving heads, scanners, lasers, multi luz, barras led...

Cannons/Canhões par (lâmpada amarela + filtro de luz para dar as cores) ou par led (led de diversas cores ou de cores) não são nada mais que lâmpadas, entretanto, não lançam a sua luz em todas as direções, e sim em uma única, sendo geralmente fixo num único ponto. Os Moving Canons nada mais são que canhões par led misturados com uma moving head. Ou seja eles podem ter seu foco alterado para outro ponto, sem ação humana.

Ismah
Veterano
# dez/13
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OBS.: As luzes fixas são conhecidas também como washers.
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Iluminação Cênica

Isso é um tanto complexo. Cada profissional de cada área da ultilização de iluminação (teatro, dança/ballet, show musical de diversos estilos, boates...) tem sua preferência...

O Teatro e o ballet, geralmente exigem 3 luzes no minimo (esquerda, direita e de cima) para iluminar os bailarinos como um todo. E nada de muitas cores, o máximo é um branco somado a mais uma cor.

Uma balada eletrônica (principalmente de Techno e semelhantes), pede pouquíssima luz, nada é o mais indicado, apenas com fachos laser, e movings com o foco bem concentrado, e algumas luzes causando efeitos (mini brut, strobo, ou canhões fazendo esse efeito).

Enquanto um show de rock pesado é comum trabalhar cores escuras no palco (vermelho e azul), com muitos efeitos de strobo.

A ideia básica da iluminação em um show pode ser vista de duas formas: iluminar o palco, e causar efeitos. O primeiro faz com que o artista seja visto, o segundo que ele seja performático.

Um vídeo que exemplifica BEM o que uma iluminação bem feita causa, em termos de performance:



Ismah
Veterano
# dez/13
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Notem como o artista recebe destaque, e a luz ajuda na performance.



Ismah
Veterano
# dez/13 · Editado por: Ismah
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Detalhe sobre endereçamento DMX:

Algumas fixtures mais antigas, ainda tem o sistema DIP, de 10 pinos.

Cada pino tem o dobro do valor do anterior:

1 - 1
2 - 2
3 - 4
4 - 8
5 - 16
6 - 32
7 - 64
8 - 128
9 - 256
10 - 512 (alguns casos ele ativa o Dimmer, ou alterna entre o modo automático e DMX)

Para chegar no canal 7 eu aciono os pinos 1, 2 e 3 (1 + 2 + 4 = 7), e assim por diante. No caso de alguns canhões, é preciso acionar o pino 10 para ativar o Dimmer.

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