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O pianista Veterano |
# abr/04
Olá meus amigos. O objetivo desse tópico é esclarecer algumas dúvidas que sempre surgem àqueles que não tem contato direto com música erudita. Portanto, crei esse tópico para esclarecer a todos, na medida do possível.
Todos que tiverem alguma informação útil, postem e completem cada vez mais esse tópico. Mas por favor, sem bagunças aqui, tentemos criar uma "apostila" feita por todos, com linha do tempo, biografias, características de épocas, instrumentos e etc.
Vou começar com uma linha do tempo aqui em baixo e amanhã, se der, coloco briografia de Bach, Mozart e Beethoven.
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O pianista Veterano |
# abr/04 · Editado por: O pianista
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Séc XIV
IDADE MÉDIA
Guillaume de Machaut - França (1330 - 77)
Guillaume Dufay - Bélgica (1397 – 1474)
Séc XV e Séc XVI
RENASCIMENTO
Josquin Deprez – França (1440 – 1521)
Alexander Agrícola – Bélgica (?) (1446 – 1506)
Giovanni Palestrina – Itália (1525 – 94)
Cláudio Monteverdi – Itália (1567 – 1643)
William Byrd – Inglaterra (1543 – 1623)
Séc XVII
BARROCO
Henry Purcell – Inglaterra (1659 – 95)
Antonio Vivaldi – Itália (1678 – 1741)
Jean-Philippe Rameau – França (1683 – 1764)
Johann Sebastian Bach – Alemanha (1685 – 1750)
Domenico Scarlatti – Itália (1685 – 1757)
Georg Friderich Händel – Alemanha (1685 – 1759)
Séc XVIII
CLASSICISMO
Cristoph Willibald Gluck – Alemanha (1714 – 87)
Joseph Haydn – Áustria (1732 – 1809)
Wolfgang Amadeus Mozart – Áustria (1756 - 91)
Ludwig Von Beethoven (*) – Alemanha (1770 – 1827)
PRÉ - ROMANTISMO
Ludwig Von Beethoven (**)
Carl Maria Von Weber – Alemanha (1786 – 1826)
Franz Schubert – Áustria (1797 – 1828)
Gioacchino Rossini – Itália (1792 – 1868)
Séc XIX
ROMANTISMO
Vicenzo Bellini – Itália (1801 – 1835)
Hector Berlioz - França (1803-69)
Johann Strauss I - Áustria (1804 - 1849)
Mikhail Ivanovich Glinka - Rússia (1804 - 1857)
Felix Mendelssohn - Alemanha (1809-47)
Frederik Chopin - Polônia (1810-49)
Robert Schumann - Alemanha (1810-56)
Franz Liszt - Húngria (1811-86
Richard Wagner - Alemanha (1813-83)
Giuseppe Verdi (1813-1901)
Charles François Gounod - Rússia (1818 - 1893)
César Franck - Bélgica (1822-90)
Bedrich Smetana – Boêmia( ***) (1824-84)
Anton Bruckner - Áustria (1824-96)
Johann Strauss Jr - Áustria (1825-99)
Séc XIX
ROMANTISMO TARDIO
Johannes Brahms - Alemanha (1833-97)
Camille Saint-Saëns – Franca (1835-1921)
Max Bruch – Alemanha (1838 – 1920)
Modest Mussorgsky - Rússia (1839-81)
Peter Ilyich Tchaikovsky - Rússia (1840-93)
Edvard Grieg - Noruega (1843-1907)
PÓS - ROMANTISMO
Antonin Dvorák – Boêmia (***) (1841-1904)
Nikolai Rimsky-Korsakov - Rússia (1844-1908)
Leos Janácek – Bohemia (***) (1854-1928)
Edward Elgar - Inglaterra (1857-1934)
Giacomo Puccini - Itália (1858-1924)
Gustav Mahler - Áustria (1860-1911)
ROMANTISMO MODERNO
Richard Strauss – Alemanha (1864-1949)
Carl Nielsen - Dinamarca (1865-1931)
Jean Sibelius - Finlândia (1865-1957)
Sergei V. Rachmaninoff - Rússia (1873-1943)
IMPRESSIONISMO
Claude Debussy - França (1862-1918)
Maurice Ravel - França (1875-1937)
MODERNISMO
Arnold Schoenberg - Áustria (1874-1951)
Béla Bartók - Húngria (1881-1945)
Igor Stravinsky - Rússia (1882-1971)
Anton Webern - Áustria (1883-1945)
Edgar Varése - França (1883-1965)
Alban Berg - Áustria (1885-1935)
Sergei Prokofiev - Rússo (1891-1953)
Séc XX
CONTEMPORÂNEA
Henry Cowell – EUA (1897 – 1965)
George Gershwin - EUA (1898-1937)
Dmitri Shostakovich - Rússia (1906-75)
Olivier Messiaen - França (1908-92)
Pierre Schaeffer – França (1910 - 1995)
John Cage – EUA (1912 – 1992)
Benjamin Britten - Inglaterra (1913-76)
Iannis Xenakis – Romênia (1922 – 2001)
Gÿorgy Ligeti – Hungria (1925 - )
Luciano Bério – Itália (1925 – 2003)
Karlheinz Stockhausen - Alemanha (1928- )
Henri Pousseur – Bélgica (1929 - )
Obs: * - 1ª e 2ª fase / ** - 3ª fase / *** - atual República Tcheca
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Comanche Veterano |
# abr/04
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Bom trabalho cara!
Parabens por coletar esses dados _o/
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CIRO Veterano |
# abr/04
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O pianista
Villa-Lobos também faz parte do período contemporâneo, certo?
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paulao_jazz Veterano |
# abr/04
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O pianista
Aeee, cara, parabens, vc é o cara!!! Esse topico vai me servir de ponto inicial de pesquisa, valeu!!! :)
E vc citou uns compositores que deveriam ser mais conhecidos por aí...
Giovanni Palestrina
Hector Berlioz
Anton Bruckner
Edvard Grieg
Edward Elgar
Benjamin Britten
cantei coisas desses caras que me arrepiaram!
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nukebass Veterano |
# abr/04
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Pô cara... massa, mas você esqueçeu nomes IMPORTANTÍSSIMOS do século XX como Edgard Varése(importantíssimo para a música eletro-acústica), Arnold Shöenberg(Pai do Serialismo), e Gustav Mahler(esse do século 19, mas de enorme influência para o século que se seguiria)... entre outros.
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JediKnight Veterano |
# abr/04
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É como ele disse, completem as informações
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maggie Veterana |
# abr/04
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Opa, tenho um material aqui. Se der posto ainda hoje.
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Olá meus amigos
CIRO
Villa Lobos é moderno mas não inclui seu nome nessa lista, aí é uma linha do tempo apenas de compositores Europeus, salvo algumas exceções norte-americanas. Em breve vou montar uma linha do tempo basileira.
nukebass
Meu caro, citei o nome de todos eles, vide pós-romantismo e modernismo. Schoenberg não é tido como contemporâneo pelos musicólogos mais atuais.
Só faltou o Varése, esse sim foi erro meu, pode de fato ser considerado um nome de grande influência para a música eletro acústica. Daqui a pouco coloco o nome dele.
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nothing else matters Veterano |
# abr/04
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O pianista
grande trabalho!!!!
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CIRO Veterano |
# abr/04
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O pianista
ah...entendi...mas você fez um bom trabalho...parabéns!
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nukebass Veterano |
# abr/04
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O pianista
Bom... na hora que eu li eu não vi... das duas uma:
1. ou na hora que li eu não enxerguei os nomes...
2. ou depois que você leu meu tópico você foi lá editar...
De qualquer forma, um bom trabalho.
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O pianista Veterano |
# abr/04
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nukebass
Apenas coloquei o nome do Varése. O resto já estava lá.
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LeandroDoria Veterano |
# abr/04
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Primorosíssimo trabalho, O Pianista!!
Parabéns!!
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LeandroDoria Veterano |
# abr/04
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Vc conhece um pianista q toca na MecFM? Acho q é Nikita Magalhoff? (acho q já te perguntei isso! hehehe)
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Agente Smith Veterano |
# abr/04
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FADASSO!
VALEU PIANISTA!
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Valeu pelos elogios pessoal. Vou ver se hoje a noite ou amanhã posto mais coisas aqui.
LeandroDoria
Isso mesmo, não tenho nenhum gravação nem nada com ele mas é um nome bastante conhecido.
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Casemiro Veterano |
# abr/04
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Muito bom mesmo. Bom pra fazer pesquisas.
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Instrumentos
Partindo desde a época medieval até os mais modernos, falarei dos principais instrumentos solistas e de orquestra. Não vou me ater a explicação de detalhes que apenas técnicos dos instrumentos irão entender mas falar de forma geral, porém esclarecedora.
Instrumentos de teclado
Clavicórdio – Antecede a espineta e o cravo, é pequeno, com poucas corda, que eram feitas de latão e logo pouco som. Foi muito utilizado no séc XV, com composições ainda na renascença e barroco.
Espineta – Antecede o cravo e o piano. A fim de produzir mais som, um músico do final do séc XV e começo XVI, faz um instrumento idêntico ao clavicórdio mas com dimensões maiores (de 1m a 1,70m) o que produzia um som mais alto.
Cravo – Antecede o piano, passa a ser usado após a espineta na renascença. É muito utilizado nesse período e principalmente na música barroca, com grandes mestres como Bach, Händel e Purcell. Por ter um som mais alto que o da espineta, começa ser usado em concertos com orquestras de época. No período clássico, ainda será muito utilizado por Mozart e Haydn em sonatas. A partir daí, passa a ser substituído pelo piano. Terá nova importância (mas não tão influente) na música moderna do neo-barroco.
Pianoforte – Criada por volta de 1700, seu primeiro nome foi “gravicembalo col piano” ou seja, cravo com som suave e forte. Foi considerado o pai do piano que conhecemos hoje, por passar a usar cordas percutidas e não pinçadas. Alguns compositores fizeram poucas músicas para ele, por ser considerado imperfeito. Dentre eles, cito Bach, Händel e Rameau.
Piano de mesa – Ficou em uso durante muito tempo, principalmente nos EUA. Foi o sucessor do pianoforte e sua característica geral, é ter mais oitavas que seu antecessor, cordas mais longas e grossas, que permitem mais som, cordas cruzadas e pedais. Teve importantes composições, como as sonatas e concertos de Mozart, Haydn e Beethoven.
Piano de armário – Por ocupar menor espaço que o piano de mesa, passou a ser usado em todo mundo, até hoje. Sua maior evolução, foi a grande precisão, que permitia que a mesma tecla fosse tocada várias vezes. Depois surgiram os pedais para esse piano também e 3 cordas sendo percutidas por um mesmo martelo. Apesar de alguns ainda possuir alguns problemas, esse piano evoluiu muito e é usado até hoje, desde o período romântico. Possui um repertório imensurável
Piano de cauda – Surgiu junto com o pianoforte mas só passou a ser utilizado no romantismo, quando teve seus melhores aperfeiçoamentos. Uma tábua harmônica maior, com um sistema de martelos reforçado. A principal característica deste piano, é não precisar de molas e mecanismos para fazer a marteleira voltar ao seu lugar depois do toque, a grávidade já a puxa naturalmente. O som sai mais limpo, forte e brilhante.
Órgão - Sendo também o instrumento com maior ligação à música sacra, teve grande importância no barroco e romantismo. Existem deiversos tipos órgãos e estes tem um funcionamento muito complexo para ser dito em poucos linha como um piano ou violino. Recomendo o seguinte site para entedimento de um órgao:
http://www.brasounds.hpg.ig.com.br/funcionamento.html
PS - O autor utiliza muitos termos técnicos e dúvidas podem surgir, nesse caso recomendo que as tire com alguém mais especializado. Posso tentar responder algo também, na medidade do possível. :)
Instrumentos de Corda
Violino – Sua descendência é muito remota, sendo considerados os seus pais a rabeca antiga, a rabeca e a viola. O violino é o instrumento soprano da família das cordas e seu sistema de construção não é tão complexo quanto um instrumento de teclado. Em geral, são 4 cordas afinadas sobre uma caixa oca, passadas pelo cavalete e presas às cravelhas. Óbvio que existe toda uma arte para fabricar um violino de qualidade como um Stradivari. O violino em especial, tem um sono agudo mas belo e redondo. Tem um repertório vastíssimo.
Viola – É considerado o pai do violino, foi muito utilizada até o séc. XVI, quando passou a ser substituída pelo violino gradualmente. É um pouco maior que o violino, por isso produz sons mais graves. Normalmente sua partitura é escrita na clave de Dó de 3ª linha. Hoje em dia desempenha importante papel na orquestra e como solista mas mesmo assim a maioria dos concertos são escritos para violino ou Cello.
Cello – Sucessor da viola também, considerado o tenor da família das cordas. O músico toca normalmente sentado este instrumento, com o mesmo entre as pernas. Tem um vasto repertório e possui a maior tessitura dos instrumentos de corda e também a maior variedade de dinâmicas (forte e pianos).
Contrabaixo – Sendo o baixo da família das cordas, possui uma tessitura muito grave, o que não permite um trabalho solo com grande massa orquestral. São poucos os concertos e solos para esse instrumento na música erudita. No séc. XIX, fazia o mesmo som que o cello, só que oitava abaixo. Teve mais importância em obras pós-românticas e modernas e mais ainda no jazz.
Sopros - madeiras
Flauta – É também a soprano da família das madeiras. Existem dois tipos de flautas: doces e transversais. O primeiro tipo, foi muito utilizado até séc. XVII, quando foi substituída pelo segundo, que utiliza um sistema de chaves e tem maior dinâmica e volume para interagir com a massa orquestral. Possui um enorme repertório que inclui desde peças medievais, até modernas.
Oboé – Apesar de não possuir um tessitura tão grande, esse instrumento se situa como o contralto das madeiras. Tem um belo som quando tocado na região mediana e um som fino e áspero no agudo. Utiliza o sistema de palheta dupla e começou a ser utilizado no barroco.
Clarineta – Sucessor do chalumeau, é o tenor das madeiras. Tem um timbre muito característico. Até a nota dó central, um som mais encorpado e doce e acima disso mais agudo e fino. A habilidade do clarinetista está em não permitir que se perceba esses dois timbres diferentes. Existem ainda clarinetas baixo, contrabaixos e sub-contrabaixos, que soam uma, duas e três oitavas abaixo da norma respectivamente. Começou a ser mais tocada no séc XVIII.
Fagote – Apesar uma tessitura vasta, é o baixo das madeiras. Possui uma construção parecida com a do oboé e esses podem ter um som parecido no agudo. Não foi muito utilizada no séc. XVII, sendo seu repertório escrito mais do séc. XVIII em diante. Existe ainda o contra-fagote, que soa uma oitava abaixo da fagote normal.
Sopros - metais
Trompete – Possui “parentes” muito antigos, do tempo do Egito e Grécia mas a versão mais recente só surgiu no séc. XV aproximadamente. Passou a ser utilizado no barroco e é até hoje o instrumento soprano dos metais. Possui um volume sonoro bem alto e um timbre muito fino e estridente no agudo.
Trompa – A contralto dos metais tem um timbre mais aveludado que o trompete e um tubo muito maior, de aproximadamente 4m, fazendo sua tessitura ser também muito grande. Sua construção mudou muito ao longo dos anos e o instrumento que antes acompanhava uma soprano no barroco, hoje em dia é capaz de passar o volume de uma orquestra. Teve vital importância no romantismo, em especial com Wagner e Richard Strauss. É um instrumento de extrema dificuldade de execução.
Trombone – Conhecido também por trombone de vara, por ter uma vara que amplia ou diminui o tubo, fazendo soar as notas. É o tenor dos metais e tem uma tessitura principalmente mediana. Tem uma tradição muito antiga, vinda das trombetas do Romanos e Egípcios. No romantismo incorporasse o trombone baixo a orquestra, que soa uma oitava abaixo do trombone tenor.
Tuba – É o baixo dos metais e foi feito no séc XIX para se suprir a necessidade de um baixo nos metais (tal como o fagote era nas madeiras). Tem tessitura muito grave e é também muito utilizada em bandas marciais. Existem ainda a tuba Wagneriana, que é uma mistura de trompa e trombone, muito bem bolada e souzafone, ao qual o instrumentista literalmente encaixa o instrumento em seu corpo, não tendo que carregar tamanho peso.
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Quando ao texto acima, possíveis erros principalmente de gramática podem ser encontrados. Me perdoem, meu corretor de Word está falhando. E quando aos outros instrumentos, como Harpa, percurssão e até um resumo do órgão, vou ver se faço para semana que vem.
Abraços
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O pianista Veterano |
# abr/04 · Editado por: O pianista
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Gêneros Musicais
Afinal o que é suíte, prelúdio, noturno? Aqui vou explicar todos os principais gêneros, em ordem alfabética, dentro da música erudita.
Abertura – Feita para orquestra, para anteceder uma suíte ou ópera. Pode apresentar temas, que depois voltarão a aparecer no decorrer da obra. A partir do classicismo, passou a ser escrita de forma avulsa e ter uma importância muito maior.
Bagatela – É uma pequena peça musical, sempre de objetivo despretensioso e ligeiro, que é tocada ao piano.
Balada – Vem do sentido de bailar do séc. XIII, quando os trovadores dançavam e cantavam acompanhados de seus instrumentos. A partir do romantismo, passou a denotar peça instrumental, de forma livre e extensa, sem divisões de movimentos.
Balé – É a arte de colocar música em gestos e movimentos. O balé como o conhecemos atualmente, surgiu por volta do séc XVII. Normalmente é dividido em atos e cenas, embora existam diversos balés sem interrupções.
Cantata - Música feita para ser cantada, em oposição a tocatta (música tocada). A partir do séc. XVII, passa a ter estrutura árias e coros, ligados por recitativos, sempre feitas para solistas, coro e orquestra. Normalmente fala de temas morais, ligados a religião.
Cantochão – É o canto litúrgico da igreja Católica, também conhecido por canto gregoriano. Possui apenas intervalos consonantes, não apresentando melodias difíceis de serem cantadas. O motivo disso, era que devia-se prestar atenção ao texto que se cantava e não às dificuldades técnicas da música.
Capricho – Peça de caráter virtuosístico, com efeitos surpreendentes e escrita em métodos originais.
Estudo – Obra feita para aprimorar a técnica do instrumentista (virtuose). No romantismo, em especial com Chopin, passa a ter grande ligação com as qualidades artísticas e interpretativas do músico.
Interlúdio – Pequeno trecho musical, tocado entre duas partes de efeito maior, feito para a ligação de ambas.
Marcha – Peça musical destinada para acompanhar os movimentos naturais do andar humano, quase sempre ligado ao sentido militar. Tem um ritmo muito característico, muitas vezes marcados pela tuba.
Missa - Um dos gêneros mais antigos conhecidos pelo homem, vem desde o séc. VI. De caráter litúrgico, é a cerimônia tradicional feita pelos católicos. Composta para solistas, coro e orquestra, possui a seguinte estrutura básica: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei.
Noturno – Obra de caráter meditativo e tranqüilo e como o próprio nome diz, muitas vezes tocada de noite, por não possuir pontos de dinâmica muito fortes. Seu surgimento foi por volta do séc. XVIII, no pré-romantismo.
Ópera – É considerado o gênero mais completo das artes em geral, por abranger a música, a escrita e a encenação. Teve sua origem por volta do séc. XVI e tem a seguinte estrutura: abertura, que pode apresentar temas que serão expostos depois e subdivisão em atos e cenas. Sempre é feita para solistas, coro, orquestra e as vezes um narrador. Dependendo do sucesso da ópera, pode-se escrever uma suíte da mesma, que descrevo abaixo.
Oratório – Apesar de existirem oratórios sacros e profanos, esse segundo é mais raro. Pode ser dito como uma ópera não encenada, feita para solistas, coro e orquestra. Mas isso não é uma regra e existem oratório encenados. Sua principal diferença, é tratar de temas religiosos e litúrgicos e não temas heróicos, como na ópera. É estruturado em ária e coros, ligados por recitativos.
Poema Sinfônico – É uma obra livre, baseada em um programa, num caso um poema. Esse poema, vai ditar o desenvolvimento da música e esta irá ilustrar tudo o que ocorre no poema. É muito livre e por isso não tem uma estrutura maior e rígida. Surgiu no começo do romantismo, descendente da música de programa do classicismo.
Polonaise – Obra que representa toda a tradição polonesa, normalmente contendo trechos mais dançáveis. Teve seu surgimento no romantismo, com Chopin, inovador em tantos outros gêneros.
Prelúdio – Até o início do barroco, introdução feita pelo instrumentista antes de tocar uma peça maior, se caracterizava por ser feita puramente de improviso. Passou a ser escrita no final do barroco e no romantismo, a ser uma peça avulsa.
Rapsódia – É uma fantasia sobre um determinado estilo de escrita ou gênero musical. Feita para qualquer instrumento, pode apresentar diversos temas ao decorrer da obra.
Réquiem – Também conhecida como a missa dos mortos, sempre de caráter fúnebre. Escrita para homenagear os mortos, tem a seguinte estrutura: Introitus, Sequentia, Offertorium, Sanctus, Benedictus, Agnus Dei e Communio
Rondó – É uma forma musical e não exatamente um gênero mas merece um destaqte especial. Se caracteriza por possuir um tema principal, que sempre volta após a exposição de temas secundários e contrastantes: A – B – A – C – A – D – A – E etc. O tema principal sempre se sobressai sobre os demais. Passou a ser utilizado como forma livre no classicismo mas muitas vezes finaliza sonatas e sinfonias.
Serenata – Desenvolvida no classicismo, tem caráter leve e dançante mas não é formada apenas por danças como na suíte, apresenta mais trechos abstratos. É escrito para voz ou pequena orquestra.
Sinfonia – Possui a estrutura da sonata, que explico abaixo mas feita para orquestra sinfônica e com quatro movimentos: allegro, adágio (mais lírico e meditativo), um scherzo ou minueto e um finalle, quase sempre mais majestoso e rápido que o Allegro inicial.
Sonata – Gênero escrito para um ou mais instrumentos solos, que possui a seguinte estrutura: A – B – A (tema – desenvolvimento e reexposição). Sempre são apresentados por volta de três temas. No classicismo, passou a ter três movimento característicos: allegro – adágio –allegro, cada um dentro dessa estrutura. O último movimento muitas vezes apresentar a característica de um rondó.
Suíte – Coleção de danças numa única peça. Surgiu por volta do séc. XVI e a partir do romantismo, passou a ser a reunião de trechos musicais de determinada obra, sempre uma ópera ou um bailado. No barroco, tinha a seguinte estrutura:abertura, allemande, sarabanda, polonaise, bourrée e minueto (todos esses, danças caraterísticas).
Valsa – Surgiu no romantismo, por volta do séc. XIX e foi como uma evolução do antigo minueto. Se caracteriza por ter um compasso ternário e poder variar desde andamentos lentos até muito rápidos mas sempre de caráter dançante.
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AzUoS_nd_Keyboards Veterano |
# abr/04
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Pianista, vc está de parabéns cara...
Está me ajudando muito... Isso aí!!!
Valeu
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crowley666 Veterano |
# abr/04
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O pianista
aproveita e tira uma duvida minha: qual a diferença de orquestra, orquestra sinfonica, sinfonia, etc....
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Orquestra sinfônica é uma formação de vários músicos, precisamente nipes de cordas, sopros metais, madeiras e percurssão, podendo ter outros instrumentos.
A diferença entre sinfônica e filarmônica, é que a primeira é mantida por fundo estatal e a segunda fundo privado.
Sinfonia é um gênero musical e não tem nada a ver com formação de sinfônica ou filarmônica.
Explicado ae?? Qualquer coisa pergunta.
Abraço
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crowley666 Veterano |
# abr/04
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O pianista
ah tá, valeu!
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Gabriel_Bp Veterano |
# abr/04
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Pianista. Tá de parabéns cara! eu tava fazendo umas pesquisas sobre esses assuntos aí nas enciclopédias do meu avô :) mas ainda bem que tu resolveu meus problemas. valeu cara!
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crowley666 Veterano |
# abr/04 · Editado por: crowley666
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O pianista
me veio outra duvida, fuga eh um dos generos? assim como suite, bagatela....
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O pianista Veterano |
# abr/04
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crowley666
Fuga é um gênero musical, só que é um dos mais complexos possíveis. Por mais que eu tente explicar com menos detalhes, ficaria algo extenso e cansativo. Por isso recomendo este site:
http://www.allegrobr.com/biblioteca/artigo.php?id=27
Este link leva para a bioblioteca, exatamente na parte em que o autor dá uma "introdução" do que é a fuga, como se forma.
Aproveite e conheça o fórum de lá, é um dos melhores de música clássica no Brasil.
Abraços
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O pianista Veterano |
# abr/04
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Andamento
Andamento é uma expressão que delimita a velocidade e o tom interepretativo que devem ser usados na obra. A velocidade varia muito do intérprete mas existe uma margem, digamos que um padrão (não obrigatório). Segue abaixo os andamentos e sua médias de semínimas por segundo:
Largo - 30 a 50
Larghetto - 50 a 60
Lento - 60 a 70
Adagio - 70 a 80
Adagietto - 80 a 90
Andante - 90 a 100
Andantino - 100 a 110
Moderato - 110 a 120
Allegretto - 120 a 130
Allegro - 130 a 140
Vivace - 140 a 160
Presto - 160 a 180
Prestissimo - 180 a 200
Andamento maiores e menores que a média, podem usar as seguintes expressões:
Molto (Muito)
Più (Mais)
Ma non troppo (Mas não muito)
Poco (Pouco)
Assai (Bastante).
Já essas outras expressões indicam a emoção que o intérprete deve usar: (mas também podem mudar a pulsação):
Maestoso (Majestoso)
Appassionato (Apaixonado)
Con brio (Com ímpeto, brilho)
Grazioso (Gracioso, leve)
Cantabile (Cantável, melodioso)
Scherzando (Brincando)
Con fuoco (Com ardor, com paixão)
Brillante (Brilhante)
E esses usados após uma mudança de andamento no meio da música:
L'istesso tempo (No mesmo tempo)
Tempo I ou Tempo Primo (No andamento do início)
É bom lembrar, que várias obras depois de Beethoven (que foi o primeiro a fazer tal prática, com a invenção do metrônomo, por um amigo seu), começaram a vir com a pulsação escrita e que deve ser seguida pelo intérprete à risca. Qualquer valor de pulsação, antes de Beethoven, foi colocado como média por um revisor e não pelo compositor.
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Al Majíd Veterano |
# abr/04
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O pianista
Muito bom o seu trabalho.
Parabéns!!!!
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