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Ken Himura Veterano |
# abr/07
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autores de peças curtas, sem profundidade e burocráticas, como de fato é o caso de Telemann,
Discordo totalmente. Telemann é um os mais expressivos do barroco.
Bach era apreciado mais por sua capacidade de improvisação do que por suas obras. Enquanto Telemann era auto-didata totalmente, e criou a maior obra musical da humanidade. Coisas belíssimas, todos os tipos de instrumentos, danças, andamentos etc. É um compositor e tanto. Claro que tem coisa chata, Bach também tem. Mas, chamar Telemann de medíocre é, no mínimo, burrice.
O Barroco tem grandes nomes, não apenas JS Bach. Tem ainda Vivaldi, Corelli, Haendel, Porpora, Tartini, Christian Bach, Telemann, entre outros.
É um período riquíssimo, e não se resume só à obra de JS Bach.
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pianoid Veterano |
# abr/07
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Ken Himura
chamar Telemann de medíocre é, no mínimo, burrice
Não chamei de medíocre, chamei de burocrático. E não, não é a maior obra musical da humanidade apenas por causa de seu tamanho. Foi essa minha comparação com bilheterias...
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_music_4_ever_ Veterano |
# mai/07
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pianoid
Fala isso porque é pianista, pouco conhece do Barroco. Embora eu adore J.S. Bach e o considere o maior compositor de todos os tempos, não concordo quando diz que o resto não presta...Vivaldi também tem bom material assim como Handel, Buxtehude, Pachelbel...Não tão entusiasmantes, não tão profundos, não tão dramáticos e didácticos como Bach, mas ainda assim são bastante bons. Bach foi buscar o seu inegualável estilo a algum lado...Vivaldi era o seu compositor preferido!
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_music_4_ever_ Veterano |
# mai/07
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pianoid
Compositores prolíficos em sua maioria são autores de peças curtas, sem profundidade e burocráticas
Bach foi bastante prolífero! O seu trabalho resultou em mais de 1127 obras...e em matéria de profundidade ele vende!
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pianoid Veterano |
# mai/07
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_music_4_ever_
não concordo quando diz que o resto não presta
por favor, aponte em que parte do texto eu digo isso. obrigado.
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pianoid Veterano |
# mai/07
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_music_4_ever_
Bach foi bastante prolífero!
eu disse, em sua maioria... :)
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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Não tão entusiasmantes, não tão profundos, não tão dramáticos e didácticos como Bach, mas ainda assim são bastante bons.
Haendel foi, na minha opinião, o melhor barroco. A única parte ruim de seu trabalho foram as obras que ele teve que compor sob encomenda e pressão, para ganhar dinheiro. Mas, no geral, ele tem obras belíssimas.
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TG Aoshi Veterano |
# mai/07
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pianoid
musical não é necessariamente um filme
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Ken Himura
arte ruim de seu trabalho foram as obras que ele teve que compor sob encomenda e pressão, para ganhar dinheiro
Engraçado, com Bach é justamente o contrário: ele compunha para ganhar dinheiro e sustentar a família numerosa. Era um artesão da música e após produzida uma peça, era descuidado com a mesma... muitas de suas melhores obras são música de rotina, feitas para o culto luterano ou para agradar os nobres.
TG Aoshi
musical não é necessariamente um filme
é, mas ainda é o mesmo, exceto que não está em filme. :)
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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pianoid
Mas, por incrível que pareça, em seu tempo, Bach era mais apreciado por seus improvisos que por suas obras. Seu nome só ficou forte depois, no Romantismo, quando começou o "credo" Bachiano, ehehehehe. Outra coisa engraçada é que Bach e Haendel eram contemporâneos, nasceram relativamente perto, com pouquíssima diferença de idade entre eles e nunca se encontraram!
Mas ele foi um grande músico.
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pianoid Veterano |
# mai/07 · Editado por: pianoid
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Ken Himura
Bach era mais apreciado por seus improvisos que por suas obras.
E o que são suas obras senão improvisos mais elaborados registrados para a posteridade poder apreciar?... :)
Seu nome só ficou forte depois, no Romantismo, quando começou o "credo" Bachiano
Não se pode negar a forte influência que sua obra singular o Cravo Bem Temperado teve sob os compositores posteriores, inclusive nas obras tardias de Mozart e Haydn e muito sobre Beethoven. Beethoven disse várias coisas impressionantes a respeito dos Bach e mais particularmente em relação à citada obra ele disse: "Sempre que me vejo sem idéias (musicais) retorno ao Cravo Bem Temperado." Então, tá falado...
Ele foi ressucitado entre o grande público, mas os músicos o tinham sim como constante fonte de inspiração...
De fato, nunca ter se encontrado com Haendel foi um dos fatos de que Bach mais se arrependia. Mas era chegado do Telemann...
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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E o que são suas obras senão improvisos mais elaborados registrados para a posteridade poder apreciar?... :)
Comentário de fanático este seu, me perdoe. As obras de Bach não eram tão apreciadas quanto sua capacidade de improvisar, até em cima delas. Todos os grandes do barroco são mestres na arte do improviso.
Não se pode negar a forte influência que sua obra singular o Cravo Bem Temperado teve sob os compositores posteriores,
Não em todos, e não tão forte. Foi mais forte no início do modernismo, quando teve aquele sentimento de volta às origens, onde todo mundo voltou a tocar barroco - Villa Lobos e Prokofiev, por exemplo. Mozart foi claramente influenciado por Christian Bach, que tem um estilo diferente do do pai. Haydn foi influenciado por Porpora e Carl Phillip Emmanuel Bach - esse sim, mais parecido com seu pai. Beethoven era apaixonado pela música de Mozart, Haydn e Bach. E por aí segue.
Bach influenciou, mas não deve ser endeusado, é desrespeito com o próprio, que levou uma vida dura e teve várias dificuldades para fazer o que fez. E achar a raiz de tudo em Bach é fácil, é que nem achar padrões (lembra daquela história do 11 de setembro?? Tudo quanto é lugar tinha uma profecia falando que as torres íam cair, até na fonte Wingdings).
Também é fácil achar padrão nas músicas (as de concerto, basicamente) de hoje, puxando pra Tchaikovsky, que puxa Beethoven, que puxa Mozart, que puxa Bach, que puxa Vivaldi, que puxa Palestrina hahahah.
Eu só acho que Bach deveria ser levado a sério como artista, não como enviado de Deus e senhor do conhecimento musical universal.
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Ken Himura
Comentário de fanático este seu, me perdoe.
Não, não perdoo. Quis dizer que toda obra envolvendo variações sobre um ou mais temas de uma forma ou de outra (chaconnes, variações, sonatas etc), seja de Bach, Beethoven ou quaisquer, começou a vida como improvisos livres sobres os temas. Depois de muito improvisar, o compositor vai elaborando melhor a estrutura e as ligações entre as passagens. É essa a origem da maioria das obras daqueles compositores, não somente Bach: no improviso.
Em minha opinião, Bach o compositor não era tão apreciado pq sua complexa trama contrapuntal não caía bem nas mãos dos músicos de então, já então acostumados à maior simplicidade do rococó. Por outro lado, Bach o improvisador era simultaneamente o compositor e o músico executando e obviamente essa combinação eram bem superior à primeira... fora politicagens etc.
Não digo que tudo tem raíz em Bach, mas negar a incrível influência que o Cravo Bem Temperado teve é ingenuidade (pra dar o troco).
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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Quis dizer que toda obra envolvendo variações sobre um ou mais temas de uma forma ou de outra (chaconnes, variações, sonatas etc), seja de Bach, Beethoven ou quaisquer, começou a vida como improvisos livres sobres os temas. Depois de muito improvisar, o compositor vai elaborando melhor a estrutura e as ligações entre as passagens.
Isso não é regra. Cada um compõe do jeito que acha melhor. Nem tudo é feito no improviso e eu conheço muita gente que não compõe por improviso.
Bach o compositor não era tão apreciado pq sua complexa trama contrapuntal não caía bem nas mãos dos músicos de então, já então acostumados à maior simplicidade do rococó.
Rococó é um pouco mais tardio, no final da vida dele. Haendel também era bom em polifonia e era bem aceito pelo público.
O que aconteceu foi que endeusaram Bach no final do século XIX, e hoje nós vemos todo mundo falando só dele, como se fosse superior. Acho isso extremo desrespeito com todos, principalmente com o próprio Bach.
mas negar a incrível influência que o Cravo Bem Temperado teve é ingenuidade (pra dar o troco).
Eu não neguei em momento nenhum. Mas ele só é mais relevante para cravo ou piano.
Considero o Cravo Bem-Temperado muito importante (inclusive meu grande ídolo - Franz Liszt - o sabia de cor), porém Bach não é o Deus supremo da música, ou o imperador do Barroco etc; como muitos colocam em todos os lugares.
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Sobre o endeusamento, concordo com vc. Mas a razão para Bach ter sido endeusado é bem fundamentada: através do CBT, Bach influenciou Haydn, Mozart e Beethoven (o alto classicismo vienense) e ainda mais os românticos tardios, com suas formas mais livres e texturas contrapuntais.
É nesse sentido que Bach é superior a Telemann, Haendel, Vivaldi, Corelli, Scarlatti e todos os outros: influência. Não que sua música seja inerentemente superior ou que fosse um deus.
Sua influência foi até mesmo superior à de Haendel por um motivo simples: música para teclado ganhava proeminência entre amadores burgueses querendo um passatempo doméstico e muitas casas tinham cravos e pianofortes. Bach foi praticamente o pai do toque moderno ao teclado e a importância maciça que esse instrumento ganhou junto com a aparição de tratados importantes como o CBT acabaram por selar sua influência nas gerações seguintes. Haendel praticamente não escreveu para teclado e após sua morte, sua influência musical diminuiu ao passo que a de Bach aumentava, inicialmente entre músicos apenas.
Bem, até agora só falei de influência, mas outra característica em que Bach se sobressaía sobre os demais era sua imensa capacidade de criar ricas tramas contrapontísticas (uma das razões maiores aliás para os Iluministas odiarem Bach). Eu já ouvi bastante Haendel, Vivaldi e Corelli e, em minha humilde opinião, nada deles chega perto à forma como Bach engedra suas tramas sem fim... é o tipo de coisa que só encontrou rival à altura no Beethoven tardio.
E por último: o rococó não se iniciou tão no fim da vida de Bach. Já em pleno amadurecimento artístico, os músicos com que trabalhava, seu público e seus filhos achavam sua música "dura" de ouvir e tocar. Rococó, ou "estilo galante" se iniciou lá nos 1720's, vide abaixo...
http://en.wikipedia.org/wiki/Galante_music
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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Sua influência foi até mesmo superior à de Haendel por um motivo simples: música para teclado ganhava proeminência entre amadores burgueses querendo um passatempo doméstico e muitas casas tinham cravos e pianofortes.
E harpas, violas da gamba, flautas, alaúdes etc. Tudo isso sempre foi retratado junto, em pinturas e relatos.
Mas a razão para Bach ter sido endeusado é bem fundamentada: através do CBT, Bach influenciou Haydn, Mozart e Beethoven (o alto classicismo vienense) e ainda mais os românticos tardios, com suas formas mais livres e texturas contrapuntais.
Então por que não endeusam Schöenberg? Ou Wagner? Ou Bartók?
Vai dizer que o Mikrokosmos não têm importância parecida com o CBT?
E volto a repetir, Haydn foi influenciado por CPE Bach, não JS. Parecido não é igual.
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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The Galante Style was the equivalent of Rococo in music history, too, between Baroque and Classical, and it is not easy to define in words. The rococo music style itself developed out of baroque music, particular in France. It can be characterized as intimate music with extremely refined decoration forms. Exemplars include Jean Philippe Rameau and Louis-Claude Daquin.
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Ken Himura Veterano |
# mai/07 · Editado por: Ken Himura
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Haendel praticamente não escreveu para teclado e após sua morte, sua influência musical diminuiu ao passo que a de Bach aumentava, inicialmente entre músicos apenas.
Sim, escreveu bastante para teclado. Só que também escreveu bastante para orquestra também. Óperas, concertos grossi, oratórios etc.
Handel has generally been accorded a high esteem from fellow composers,
both in his own time and since.
Bach apparently said "[Handel] is the only person I would wish to see before I die,
and the only person I would wish to be, were I not Bach."
Mozart is reputed to have said of him "Handel understands effect better than any of us.
When he chooses, he strikes like a thunder bolt",
and to Beethoven he was "the master of us all",
and emphasised above all, the simplicity and popular
appeal of Handel's music when he said
"go to him to learn how to achieve great effects, by such simple means".
Citações como essas só servem pra mostrar que citações históricas não podem ser usadas como evidências!! ;P
Porque todo mundo fala bem de todo mundo!
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Ken Himura
Então por que não endeusam Schöenberg? Ou Wagner? Ou Bartók?
Wagner, sei não, hein? Tem certeza que não é endeusado?
Mas nos outros dois casos o motivo é óbvio: sua música é coisa digna de um demônio, não de um deus... ;)
citações históricas não podem ser usadas como evidências!! Porque todo mundo fala bem de todo mundo!
é verdade! Afinal, pra que bater no presunto, né? É mais divertido bater em quem está vivo, como Bach ou Mozart em suas épocas...
Vai dizer que o Mikrokosmos não têm importância parecida com o CBT?
Nunca ouvi falar! brincadeirinha, é do Bartók, né? é, certamente foi bastante influente entre os vanguardistas da primeira metade do século passado. Felizmente, porém, eles mesmos não foram muito influentes no cenário mundial da música, com praticamente todos abandonando atonalismo, serialismo e outras tendências suicidas...
Haydn foi influenciado por CPE Bach
Eu sei. E Mozart por JCB. Mas é fato que ambos, em suas obras tardias, foram incorporando cada vez mais da rica trama contrapuntal de Bach, tal como presente no CBT. Mozart, em particular, chegou a travar contato com alguns motetes de Bach e, maravilhado, minuciosamente estudou as partituras.
Por essa época, Bach pai começava sua ascenção cult entre os compositores, até chegar às salas de concerto algumas décadas mais tarde, por Mendehlson...
E harpas, violas da gamba, flautas, alaúdes etc
Nenhum instrumento dos quais ganhou a predominância que o pianoforte ganhou. Haendel escreveu para teclado, mas são poucas e obras irrelevantes no repertório de maneira alguma influentes como o CBT.
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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Haendel escreveu para teclado, mas são poucas e obras irrelevantes no repertório de maneira alguma influentes como o CBT.
Então, Bach só tem influente assim o CBT. E a toccata e fuga 565. =P
Nunca ouvi falar! brincadeirinha, é do Bartók, né? é, certamente foi bastante influente entre os vanguardistas da primeira metade do século passado. Felizmente, porém, eles mesmos não foram muito influentes no cenário mundial da música, com praticamente todos abandonando atonalismo, serialismo e outras tendências suicidas...
O Mikrokosmos é usado até hoje em quase todas as faculdades do mundo. Aborta todas as possibilidades que o piano oferece. É um dos livros de piano (com seus 6 volumes) mais completos que existem.
Mas nos outros dois casos o motivo é óbvio: sua música é coisa digna de um demônio, não de um deus...
Depende de como você enxerga Deus. Deus, pra mim, adora temas fúnebres em escala menor (ou atonal ou até politonal), com seqüências de trítonos e relaxamentos. =]
Uma coisa é certa - todo mundo gosta de falar da morte. Olha a quantidade de músicas que abortam esse tema! Hahahaha
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pianoid Veterano |
# mai/07 · Editado por: pianoid
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Ken Himura
Então, Bach só tem influente assim o CBT
Sem dúvida alguma! Sua única obra realmente influente e pedra fundamental das geniais composições de Mozart e Beethoven. Acha pouco? Já viu? São dois volumes recheados de prelúdios e fugas em todos os tons maiores e menores e revelando a incomparável inventividade contrapontística Bachiana...
E a toccata e fuga 565
Ela não é influente, é famosa. E, além do mais, estudiosos hoje acreditam se tratar de uma obra erroneamente atribuída a Bach, ou no máximo, uma adaptação deste para o órgão de uma peça originalmente para violino...
Aborta todas as possibilidades que o piano oferece
eu também considero os modernistas abortos da natureza... ;)
É um dos livros de piano (com seus 6 volumes) mais completos que existem
Novamente a questão de números. Acho que minha analogia com bilheterias já é suficiente. Eu nunca ouvi Mikrokosmos em rádios ou programas de música erudita, mas constantemente ouço os estudos de Chopin ou Liszt e, claro, as muitas educativas peças de Bach, a despeito de não serem tão "completos" ou o que for.
O problema dos modernistas é a complexidade pela complexidade. Música tem que dizer alguma coisa, não ficar soltando disparidades sobre o nada...
Deus, pra mim, adora temas fúnebres em escala menor (ou atonal ou até politonal), com seqüências de trítonos e relaxamentos
satanista! :D
todo mundo gosta de falar da morte. Olha a quantidade de músicas que abortam esse tema!
Abordam! Mas eu diria que é muito maior a quantidade de músicas que abordam a alegria de viver. Mozart só tem um Requiem, mas muitas peças em tom maior de caráter festivo. Chopin era bastante melancólico e tuberculoso, mas só ousou flertar com a morte diretamente em sua famosa sonata fúnebre, optando ao invés pelas velozes mazurkas ou soturnos noturnos.
Os modernistas (e tmb metaleiros), por outro lado, contando apenas com barulho, não podem realmente descrever em música as emoções humanas de caráter positivo, fixando-se portanto em sentimentos sombrios e lúgubres... triste, não? ;)
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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Eu nunca ouvi Mikrokosmos em rádios ou programas de música erudita
Eu já! ;P
O problema dos modernistas é a complexidade pela complexidade. Música tem que dizer alguma coisa, não ficar soltando disparidades sobre o nada...
Há inúmeras fugas de Bach que são assim, um verdadeiro pé no saco! ;PPP
Os modernistas (e tmb metaleiros), por outro lado, contando apenas com barulho, não podem realmente descrever em música as emoções humanas de caráter positivo, fixando-se portanto em sentimentos sombrios e lúgubres... triste, não? ;)
Villa Lobos, Cláudio Santoro, Ligeti e Piazolla são lúgubres??
A morte é tratada na música desde sempre, é uma das maiores temáticas usadas, assim como o amor.
Ei a gente tá debatendo coisas sem sentido aqui já XD
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Ken Himura
Há inúmeras fugas de Bach que são assim, um verdadeiro pé no saco!
sacrilégio! teje excomungado! :P
Villa Lobos, Cláudio Santoro, Ligeti e Piazolla são lúgubres??
Villa e Piazolla não.
Ei a gente tá debatendo coisas sem sentido aqui
papo de botequim é sempre proveitoso. :)
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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pianoid
Hahahahahaha
Cláudio Santoro é grande! =p
Um dos maiores que surgiram aqui! \o/
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pianoid Veterano |
# mai/07
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Ken Himura
Cláudio Santoro é grande!
é, eu cheguei a puxar meu velho pra um concerto de música atonal do Santoro em minha época de adolescente em busca de raízes. Felizmente, essa fase já passou.
sou mais Villa, Mignone e Ernesto Nazareth...
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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pianoid
Eu gosto mais de Santoro do que do Villa hehehe. Tem umas jogadas orquestrais (e pra violino e viola também) que são muito bonitas.
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Enéias Veterano |
# mai/07
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O pianista
Vc conhece H.A. Fischer, luthier almeão?
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pianoid Veterano |
# mai/07 · Editado por: pianoid
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Ken Himura
Cada um compõe do jeito que acha melhor. Nem tudo é feito no improviso e eu conheço muita gente que não compõe por improviso.
cacilda! Como é que não vi essa aqui?! então, retomando nosso papo de botequim, mais uma rodada, por minha conta! :)
Eu sei de quem exatamente vc está falando que não compõe músicas a partir de improvisos: os serialistas, não é? Como Webern, Lygeti, Santoro ou Guerra-Peixe, né?
Pq, de fato, é impossível improvisar em cima de uma sequência rígida de notas ou intervalos... aí o compositor tem que ser um matemático e deixar a emoção de lado e assim, temos a música fria e alienígena daqueles insanos modernistas...
Fora esses e compositores medíocres em geral, toda música é feita na base do improviso... uma boa coisa que o jazz trouxe de volta exatamente na época em que os acadêmicos guardiões da tradição clássica esqueciam...
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Ken Himura Veterano |
# mai/07
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pianoid
Sim sim, tem essa galera, mas também tem coisa tonal também.
Compor é que nem escrever um livro; tem gente que sai largando e vai moldando, tem gente que só começa depois de pensar em tudo, tem gente que pega um trecho e desenvolve por cima dele etc.
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hiroko_hime Veterano |
# set/07
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Pianoid e Ken Himura, me perdoem pela intromissão no papo de boteco, mas voltando um pouco pro tópico original proposto pelo pianista...resolvi postar umas coisas sobre orquestra, algumas dúvidas q surgem sempre q falo q toco em orquestra e tb pra todo músico novato que queira se situar. Algumas informações: Primeiro, (já foi dito no fórum, mas dada a péssima mania da gente nunca ler tudo, é sempre bom repetir...) Orquestra Sinfônica e Filarmônica. Sinfônica se refere a consonância dos sons, então basicamente orquestra sinfônica é um grupo de músicos que tocam (harmonicamente) juntos. A palavra filos se refere à amigos, assim orquestra filarmônica é uma orquestra mantida por um grupo interessado na mesma, ou seja, por iniciativa privada (dentre os membros pode até haver políticos), por causa disso, com o tempo, associou-se o termo sinfônica à orquestras mantidas por governos, as estatais. Porém em essência, elas são basicamente a mesma coisa pois todas são sinfônicas e no que diz respeito ao som não há diferença alguma.
O tamanho de uma orquestra Isto varia principalmente de acordo com o repertório, por exemplo, uma peça de Wagner pode exigir mais de 100 músicos. A média geral é de 80 músicos (vejam bem, a média, não é necessariamente uma regra).
Composição da orquestra A orquestra é dividida em 4 naipes principais ou famílias de instrumentos: cordas(1ºs violinos, 2ºs violinos, - em alguns casos até 3ºs - violas, violoncelos, contrabaixos, harpas, piano) madeiras (flautas, flautins, oboés, clarinetes, clarinete baixo, fagotes, contrafagotes, corne-inglês) metais (trompetes, trombones, trompas, tubas) e percurssão (tímpanos, triângulo, caixas, bumbo, pratos, etc) As cordas são o maior naipe, geralmente seu número é maior que o dobro de músicos. Por exemplo, uma orquestra com 80 músicos pode ter mais ou menos 50 cordas. Sempre existe alguém que é o responsável pelo naipe, no caso dos metais é o trombone e no caso das madeiras é o oboé. Cada naipe "secundário" das cordas tem seu chefe de naipe, por exemplo, há um chefe de naipe para 1ºs e um para 2ºs violinos, um para as violas, etc. Porém, no caso dos violino, o chefe de naipe dos 1ºs violinos é o que se chama spalla.
Quem é esse spalla? Spalla vem do italiano e significa ombro. É o violinista mais próximo do maestro, tem como função dar suporte ao maestro em ensaios e apresentações, é ele quem afina a orquestra antes da entrada do maestro. Ele é subordinado somente ao maestro (e é o segundo maior salário de uma orquestra, ;-). Um cargo de bastante responsabilidade. O que faz o maestro? Figura surgida no Romantismo e também chamada de regente (tem uma piadinha que quando o cara não consegue tocar nada dão dois pauzinho pra ele e põe ele no fundo da orquestra tocando tambor, e se mesmo assim não funcionar, tira um e põe ele na frente da orquestra), bom piadas a parte, quando eu entrei na escola de música, o maestro estava dando bronca em todos os músicos, pois ninguém olhava pra ele, furiosos ele perguntava: O que vocês acham que eu estou fazendo aqui? E eu pensava: eu não faço a menor idéia! Pra quem não quer pagar o mico q eu fiz de perguntar, o regente tem como função a interpretação das peças (2 maestros diferentes podem levar a orquestra a tocar a mesma música de formas bastante distintas) o que é fundamental, pois é isso que faz com que a orquestra seja diferenciada (Além, é claro, da afinação e etc). O maestro também faz com que todos toquem no mesmo tempo mantendo a harmonia, o andamento, a dinâmica e a uniformidade. Imagine se cada músico de uma orquestra de 80 tocasse uma fermata em um tempo diferente?!
Bom, se alguém achar algum erro ou quiser complementar as infos...seria ótimo...
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