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Mensagem |
eutoco_frauta
Veterano |
# out/08
Gostaria de saber a opinião de vocês: existe muito apadrinhamento na escolha de músicos para as grandes orquestras (sinfonicas/filarmonicas)?
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Ken Himura
Veterano |
# out/08
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eutoco_frauta
QI é um "conhecimento" básico em qualquer área da vida. =p
Mas sempre há chances. O jeito é tocar MUITO, mas MUITO mesmo, principalmente porque em provas de orquestra sua habilidade conta mais que seu currículo.
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_music_4_ever_
Veterano |
# out/08
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Penso que sim, como em tudo na vida.
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_music_4_ever_
Veterano |
# out/08
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Há sempre aqueles filhos de grandes músicos ou primos amigos dos filhos de grandes músicos...
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Sir PH
Veterano |
# out/08
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Sempre há, mas com certeza as habilidades musicais contam muito mais, haja vista oque aconteceu com a reforma, quando o Covas estava no governo e o Maestro John Neschling fez uma limpa geral. Como tinha muito musico brasileiro panzé, que não procurou se especializar, a gringaiada, ou mesmo os brasileiros que estavam no exterior aproveitaram a chance de ocupar as vagas. Mas vale falar de novo.... sempre rola um apadrinhamento com certeza.
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Ken Himura
Veterano |
# out/08
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Como tinha muito musico brasileiro panzé, que não procurou se especializar, a gringaiada, ou mesmo os brasileiros que estavam no exterior aproveitaram a chance de ocupar as vagas.
Isso é o que ele conta.
Na verdade, o que rolou foi que a galera se recusou às normas dele e meteu o pé dali. Muitos foram pra USP, pro Theatro Municipal de SP e pra OSB, entre outras.
Como tava faltando músico, ele "importou" uma cacetada de gente de lugares recém falidos (ex repúblicas soviéticas e pedaços da Europa Oriental) e os empregou, sob regime autoritário de mão fechada - quem desse um pio tava expulso.
Não nego que é uma bela orquestra sim e que o Neschling fez uma boa adminstração de recursos, mas vide o caráter e as brigas na vida do maestro. Principalmente naquela com sua "cópia" mais jovem e talentosa - Roberto Minczuk. Ou a "organização" do Concurso Internacional de Piano. Ou as recentes investidas pra tirar ele de lá.
Esse caso aí é bem mais fundo do que o pessoal do staff diz a todos.
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Luiz Almeida
Veterano |
# out/08
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Acho que apadrinhamento nessa área não dá certo, exeto se o cara tiver talento.
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Alvaro Henrique
Veterano |
# out/08
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O que acontece é o seguinte: uma grande orquestra (London, Berliner, Wiener, Scalla, etc.) já tem uma concepção de som formada e que é um patrimônio daquela orquestra há décadas. Mais que repertório e prestígio, as pessoas compram ingressos e gravações dessas orquestras para ouvir aquele som.
Não pode ser admitido nesse grupo um músico que não compartilha dessa concepção de sonoridade. Então não tem nada de esquisito notar que foi aprovado na seleção um músico que já foi orientado por quem toca ou já tocou naquela orquestra.
No Brasil, infelizmente a gente ainda não tem nenhuma grande orquestra. Mesmo a OSESP, a mais importante do país, é na verdade uma orquestra média. Talvez a única orquestra do país em que é possível identificar quem está tocando só de ouvir três acordes é a Orquestra de Mato Grosso, até porque é a única orquestra que usa viola de cocho.
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Ken Himura
Veterano |
# out/08
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O que acontece é o seguinte: uma grande orquestra (London, Berliner, Wiener, Scalla, etc.) já tem uma concepção de som formada e que é um patrimônio daquela orquestra há décadas. Mais que repertório e prestígio, as pessoas compram ingressos e gravações dessas orquestras para ouvir aquele som.
Deve ser por isso então que a Berliner contratou ano retrasado 3 jovens de 17 anos do interior da Venezuela.
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Alvaro Henrique
Veterano |
# out/08
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O pessoal aqui da Alemanha está super encantado com o trabalho da Venezuela.
Há umas três semanas ouvi a Berliner na casa dela, e no palco não vi ninguém que aparentasse menos de 25 anos, no entanto. Só um fagotista tinha possibilidade de ser latino. Será que foi pra Berliner mesmo, a do Karajan, hoje sob direção do Rattle, ou pra outra orquestra na cidade? Tem mais umas três grandes em Berlin, além de orquestras de igrejas, jovens, de cachê, estudantis, etc.
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Ken Himura
Veterano |
# out/08
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Alvaro Henrique
Foi a Berliner mesmo.
Poxa, você acha que algum maestro insano colocaria um jovem de 17 anos pra tocar com a profissional? Isso não acontece em lugar nenhum do mundo.
Eles foram contratados, tocam com a "orquestra B" e tão estudando com bolsa integral numa universidade (não lembro qual). Que eu me lembre, na reportagem, era um contrabaixista, alguma outra corda e um sopro. Ainda falava do Dudamel como exemplo também.
O pessoal aqui da Alemanha está super encantado com o trabalho da Venezuela.
É o único lugar do mundo que consegue bater de frente com a China.
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