O que os músicos eruditos acham dos VSTs que tentam substituir orquestras e corais?

    Autor Mensagem
    Henrique Leal
    Veterano
    # nov/08


    East West Quantum Leap Symponic Choirs,
    East West Quantum Leap Symponic Orquestra, são os meus focos na pergunta..

    O que vocês acham da introdução desses recursos em estúdio?

    Entendo que não há problemas a apresentação ao vivo da orquestra, mas obviamente percebe-se que perde-se uma parcela dos ganhos neste meio.

    [Nem sempre claro, uma banda de Metal Sinfônico (como eles mesmo se definem) Nightwish, contratou a orquestra(filarmônica ou sinfônica?) de londres para gravar seu ultimo CD.. diz ter gasto 500.000 euros para o contrato, logo a diferença tem pois com uma média (chutando alto) de 10.00 euros conseguiria bons resultados também com as VSTs.]

    Bem... se quiserem dissertem sobre o assunto... gostaria da visão do pessoal que está no ramo.

    makumbator
    Moderador
    # nov/08
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    Henrique Leal

    Toco contrabaixo acústico em orquestra sinfônica e de cordas(e uso VSTis em estúdio também). E não vejo problemas ao usá-los. Principalmente, porque nem o melhor VSTi, com a melhor edição, no melhor equipamento, soa como uma orquestra de verdade(nem precisa ser excelente, pode ser uma orquestra média).

    Pode ser que no futuro a coisa se aproxime mais, mas atualmente, ao se ouvir um VSTi de orquestra "sozinho", ou seja, sem estar mascarado por outros instrumentos reais(como bateria, baixo elétrico, guitarra, etc...), nota-se calaramente que não é um grupo real(pelo menos para qualquer um que já tenha ouvido uma boa orquestra ao vivo ou bem gravada em disco). Mas dentro do contexto de uma mix que envolve outros instrumentos(reais), um VSTi de orquestra consegue se passar como real, mas isoladamente, ainda não é o caso.
    Mas não tenho nada contra. Em composição de trilhas de cinema(dos grandes filmes), é comum o compositor trabalhar com VSTis até chegar na versão final(após mostrar ao diretor e demais envolvidos nas decisões artísticas do filme). Mas após tudo decidido, é comum que se grave o mesmo material com uma orquestra real. Justamente porque ainda não se pode ter a mesma qualidade apenas com os VSTis

    Lucas_fms
    Veterano
    # nov/08
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    makumbator

    Esse negócio de VSTi é engraçado hahaha

    Eu, como sou totalmente leigo em matéria de música erudita não consigo notar tão claramente as diferenças de uma orquestra real para uma VSTi (mas sei, lógicamente, que a diferença está na naturalidade da execução, nas articulações e etc...). Apesar de já ter assistido a alguns concertos. Não consigo, por exemplo, ouvir a uma trilha de filme e dizer se a orquestra é real ou não.

    Mas sou guitarrista, toco guitarra há sete anos e percebo claramente as diferenças de uma guitarra VSTi para uma real.

    Após algum tempo ouvindo opiniões sobre esse assunto cheguei a conclusão de que todo VSTi é maravilhoso, contando que ele não simule o instrumento que você toca hahaha.

    Por exemplo, baixistas adoram VSTi de batera, guitarra, piano, orgão, orquestra e etc... Mas fecham a cara ao ouvir o nome Broomstick, Trilogy ou Hardcore Bass.

    Não é preconceito, o que acontece é que você quando estuda um instrumento passa a conhecer todas as nuances dele.

    Henrique Leal
    Veterano
    # nov/08
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    makumbator
    Mas não tenho nada contra. Em composição de trilhas de cinema(dos grandes filmes), é comum o compositor trabalhar com VSTis até chegar na versão final(após mostrar ao diretor e demais envolvidos nas decisões artísticas do filme). Mas após tudo decidido, é comum que se grave o mesmo material com uma orquestra real. Justamente porque ainda não se pode ter a mesma qualidade apenas com os VSTis

    Aí tocou num ponto legal! Utilizar a VST como ferramenta para melhor demonstrar o que quer com sua música, fazer uma "demo", digamos assim; vendo deste ponto.. é ótimo

    Lucas_fms
    Não é preconceito, o que acontece é que você quando estuda um instrumento passa a conhecer todas as nuances dele.
    Realmente, uma coisa é só ouvir... outra é ouvir e também tocar... aí é só tentar copiar um trecho do que está sendo tocado para matar a charada se é o não VST, acho que niso vc está bem certo, e deve valer para todos instrumentos...

    Jabijirous
    Veterano
    # nov/08
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    o músico continua com sua vida, acorda cedo para dar aula, depois tem ensaio com a orquestra, e por ai vai!! isso não vai mudar em NADA!!! voce não vai na cidade da música para ouvir midi, voce vai ver o músico e ouvir o músico tocando a música!! o sample sempre toca igual!! o músico não!!

    makumbator
    Moderador
    # nov/08
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    Lucas_fms

    Eu, como sou totalmente leigo em matéria de música erudita não consigo notar tão claramente as diferenças de uma orquestra real para uma VSTi (mas sei, lógicamente, que a diferença está na naturalidade da execução, nas articulações e etc...)

    Pois é, é exatamente isso. No caso de música sinfônica, como são muitos tocando, os ataques nunca são matematicamente perfeitos e iguais(como no VSTi), há diferenças de micro afinação(entre os instrumentos e ao longo da execução de cada intrumentista), barulhinhos diversos, diferenças de vibrato, e milhares de outros pequenos detalhes...
    E nem o melhor reverb de convolução consegue imitar os inúmeros reflexos e "defeitos" da audição no ambiente real. A questão do reverb é ainda mais aparente em música sinfônica de VSTi(quando sozinho na mix, sem mascaramento).


    Mas sou guitarrista, toco guitarra há sete anos e percebo claramente as diferenças de uma guitarra VSTi para uma real.

    Exatamente! Para quem conhece bem aquela sonoridade, o VSTi AINDA não engana!

    Após algum tempo ouvindo opiniões sobre esse assunto cheguei a conclusão de que todo VSTi é maravilhoso, contando que ele não simule o instrumento que você toca hahaha.

    Hhahsa...penso assim também!

    Por exemplo, baixistas adoram VSTi de batera, guitarra, piano, orgão, orquestra e etc... Mas fecham a cara ao ouvir o nome Broomstick, Trilogy ou Hardcore Bass.

    Eu sou um desses baixistas...e entendo quando um baterista(por exemplo) diz que o VSTi X ou Y tal não é como uma bateria real.

    Não é preconceito, o que acontece é que você quando estuda um instrumento passa a conhecer todas as nuances dele.

    Mais uma vez concordamos! Não é picuinha com o VSTi(como alguns podem pensar), mas é que quem toca e está acostumado a ouvir muito e com intimidade determinado instrumento, ainda não pode ser enganado nem pelo melhor VSTi do mesmo. Claro que misturado na mix, e bem editado, a gente sabe que fica "legal", mas mesmo assim, ainda não"real" a ponto de confundir um especialista!!!!

    Claro que no futuro, tudo isso pode cair por terra. Mas só me convencerei disso, quando um instrumento virtual soando isoladamente conseguir enganar sem nenhuma dúvida um bom instrumentista ou especialista daquele instrumento em questão. Nesse dia, o instrumento virtual soará realmente como o instrumento do mundo físico...

    TG Aoshi
    Veterano
    # nov/08
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    Acho extremamente válido, afinal, não é qualquer um que dispõe de uma orquestra, que pode ser usada a torto e a direito (hueheu! =p).

    E um VST nunca vai ser substituto pra orquestra de verdade. Se nem mesmo uma gravação em disco está a altura de uma orquestra tocando ao vivo, quem dirá de uma virtual.

    Henrique Leal
    Veterano
    # nov/08
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    E um VST nunca vai ser substituto pra orquestra de verdade. Se nem mesmo uma gravação em disco está a altura de uma orquestra tocando ao vivo, quem dirá de uma virtual.

    Massa!... agora falou tudo!

    makumbator
    Moderador
    # nov/08
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    TG Aoshi

    Pois é...ninguém nunca achou estar ouvindo uma banda, orquestra ou qualquer grupo musical realmente ao vivo ao se escutar uma gravação(mesmo gravações super hi-fi reproduzida em equipamente de audiófilo). Portanto, não seria um instrumento virtual, que iria conseguir reproduzir e controlar todas as variáveis envolvidas em um mero som de instrumento no espaço físico, quanto mais na interação entre vários deles(se paramos para pensar, a natureza é de uma complexidade absurda mesmo no menor dos eventos).

    Pelo menos não conseguiremos isso com a nossa capacidade computacional atual...quem sabe nos futuros computadores quânticos a coisa melhore?

    Lucas_fms
    Veterano
    # nov/08
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    makumbator

    É isso mesmo!

    Mas mesmo assim eu ainda dou graças a deus todos os dias por este tipo de tecnologia estar se desenvolvendo e por ter chegado no ponto que está. É maravilhosa a sensação de ter uma banda inteira na sua mão. Estar controlando tudo, moldando tudo, poder sentar de madrugada e botar a banda inteira pra tocar como você quer.

    Claro que no futuro, tudo isso pode cair por terra. Mas só me convencerei disso, quando um instrumento virtual soando isoladamente conseguir enganar sem nenhuma dúvida um bom instrumentista ou especialista daquele instrumento em questão. Nesse dia, o instrumento virtual soará realmente como o instrumento do mundo físico...

    É, essa é uma tarefa BEM difícil, já que só um instrumento real soa como um instrumento real. Por mais que as técnicas de sampleamento e de execução desses samples se desenvolvam a cada dia.

    Um fator que é essencial e ajuda muito no desenvolvimento dos VSTi é o avanço das tecnologias de processamento e armazenamento dos computadores. Já que o instrumento real soa diferente a cada toque, tem suas imperfeições e tem variaveis aleatórias que influem na sonoridade, só um mega-processador, um mega-HD e uma mega-memória para armazenar e reproduzir a quantidade de samples que se fazem necessárias pra aumentar a fidelidade do VSTi.

    _music_4_ever_
    Veterano
    # nov/08
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    Apesar de haverem VSTis mt bons, continuo preferindo o real...

    Porque a Música não é só o que está escrito. Nunca poderá ser totalmente confiada às máquinas.

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