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JJJ Veterano
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# abr/20
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metade do nariz dela é de uma pessoa e metade
Desvio de septo mega top blaster level, mas tem solução. Se continuar na Globo, não dou dois anos pra ela estar com o nariz certinho.
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renatocaster Moderador
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# abr/20
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brunohardrocker
A conclusão "isso não explica o eleitorado lá fora", é uma dedução com base na baixa popularidade que essas pessoas que retiraram o apoio ao governo, possuem.
Na verdade, esse era o único ponto que interessava saber a concepção. E sim, são pessoas ou personagens que, apesar de terem ajudado a angariar um número de votos considerável, não conseguiriam sozinhos reverter o quadro, até pq hoje são chamados de traidores e oportunistas pelos populares.
Acho que um baque bem maior na popularidade e consequentemente perda de capital eleitoral do Bozo para 2022 seria com a eventual saída de alguns ministros do governo, por exemplo. Moro, agora o Mandetta, o próprio Guedes. Esses caras tem muito apoio da população média.
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entamoeba Membro Novato |
# abr/20
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Primeira-ministra da Finlândia.
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fgr Veterano |
# abr/20
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Eita
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Drinho Veterano |
# abr/20
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Lelo Mig Membro
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# abr/20
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Drinho
Resumindo:
pode ser isso + pode ser aquilo + pode ser aquilo outro = não dá em nada!
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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brunohardrocker A conclusão "isso não explica o eleitorado lá fora", é uma dedução com base na baixa popularidade que essas pessoas que retiraram o apoio ao governo, possuem. A conclusão "o eleitorado brasileiro ainda demonstra um massivo apoio ao Bolsonaro" é observável no noticiário. Não precisa ser maioria. Basta ser massiva para significar algo em uma eleição. Os 46% do primeiro turno dificilmente cairão para 5%. É mais provável que caia para 30%, por baixo, e 30% é uma votação expressiva numa eleição pluripartidaria como a brasileira.
Sou obrigado a concordar com vc nessa. O salvador da pátria sempre foi uma figura muito forte no Brasil e não deixou de ser, enquanto o Bozo seguir mantendo esta imagem junto ao eleitorado a queda na popularidade permanecerá gradual, mas de leve.
Partindo da esquerda, vejo o CIRO em uma constante (e morna) campanha, mas sem emplacar muito avanço até agora. Creio que o capital eleitoral que ele já tinha tenha se alterado pouca coisa desde a última eleição, pra mais ou pra menos. Mas pro Ciro ter alguma chance até 2022 ou tem que começar a falar mais "povonês" e ser mais pop star, ou vai chegar em 2022 com seu público já cativo. Poderia surgir um apoio da ala do PT menos lulista, não necessariamente dissidente do partido ou do lulismo, mas por uma simples mudança de estratégia. Tudo muito incerto.
Deixando o PT de fora da equação, não há de fato um cirismo expressivo. A grande maioria dos eleitores do Ciro, me permitindo partir de meu sentimento de eleitor, não tem esse sentimento de salvador da pátria, mas de terceira via, fora do "bolsonaropetismo". Contudo, embora eu gostaria de estar errado, o fenômeno eleitoreiro do populismo no Brasil parece ser ainda um paradigma difícil de superar nesta década. Se o Ciro não conseguir surfar essa onda, vai avançar muito pouco.
Do lado da direita, boto minhas fichas numa traição do Moro até 2021, que sirva para descreditar a imagem de político mais honesto do Brasil na qual o Bozo ainda se ancora. Até agora o Moro tem se mostrado um perfeito pau mandado. Mas isto bem pode ser uma estratégia para lançar suas investidas num momento mais oportuno. Moro me cheira como um rato que só dá as caras quando os fios do telhado já estão quase todos ruídos e o incêndio está prestes a começar.
Das duas uma. Ou ele se contenta com a vaga no STF, e faz o jogo do Bolsonaro até obter sua premiação, ou está de olho mesmo é na presidência e vai cometer a trairagem em algum momento mais próximo da futura eleição presidencial. Pra mim, fazendo uma análise mais fria, de dentro do governo o único que tem condições de emplacar um embate com o Bozo é o marreco de Maringá. Nem o canalha do Guedes consegue tanta projeção. Esse xadrez está nas mãos do marreco.
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brunohardrocker Veterano |
# abr/20
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Pigeonsslayer
Sobre o Ciro, eu não vejo outra forma de alavancar popularidade, se não, que o Lulla faça esse trabalho nos seus redutos eleitorais. Ter o Lula como padrinho é se queimar de um lado e surfar numa onda por outro. Mas é a aposta com risco de ganhar. Parece que sozinho o Ciro não conquista os votos do nordeste. Se for pensar, o Haddad teria menos popularidade que o Ciro. Fez 47 milhões de votos graças ao nome do Lula.
Acho que podemos admitir que quem compreende mais o eleitorado brasileiro não é intelectual. É Lula e Bolsonaro. Eu não sei qual era o segredo do FHC para ter feito voto.
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JJJ Veterano
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# abr/20
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brunohardrocker Eu não sei qual era o segredo do FHC para ter feito voto.
Não é segredo, foi o plano Real...
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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brunohardrocker Sobre o Ciro, eu não vejo outra forma de alavancar popularidade, se não, que o Lulla faça esse trabalho nos seus redutos eleitorais. Ter o Lula como padrinho é se queimar de um lado e surfar numa onda por outro. Mas é a aposta com risco de ganhar. Parece que sozinho o Ciro não conquista os votos do nordeste. Se for pensar, o Haddad teria menos popularidade que o Ciro. Fez 47 milhões de votos graças ao nome do Lula. Não sei se tudo depende disto. A engrenagem que rodou nas eleições de 2018 pode ter um dente quebrado na de 2022. O que eu quero dizer com isto? uma parte dos petistas pode entender que, se houvesssem estrategicamente apoiado o Ciro, talvez o resultado de segundo turno teria sido diferente. Já li reflexões de petistas neste sentido em redutos digitais que frequento. Não sei o quanto essa reflexão vai contabilizar em votos, no entanto.
Acho que podemos admitir que quem compreende mais o eleitorado brasileiro não é intelectual. É Lula e Bolsonaro. Eu não sei qual era o segredo do FHC para ter feito voto.
Sim. Novamente, o populismo ainda é forte aqui e somente há poucos anos começaram esforços mais contundentes por parte da academia de desconstruir esse fenômeno. O combate ao populismo ainda está na infância, quando muito na adolescência, enquanto o populismo já enraizou por gerações. Exemplo, há lulistas roxos desde os anos 80 que permanecem firmes até hoje. E há lulistas de 20 e poucos anos. Da mesma forma, uma boa parte dos tiozões bolsonaristas de hoje foi ferreamente lulista até a última década. E uma grande parte do apoio bolsonarista está na faixa etária dos 18 aos 35 anos. Mudaram se os pop stars, mas o populismo continuou em voga.
O que eu penso que aconteceu com o FHC foi o seguinte. O povo vinha do fracasso e frustração com o governo Collor, outro populista. Muita gente votou no Fernandinho por ser galã. Uma outra parte mais misógina do eleitorado brasileiro gostou da conhecida fala "homem que é homem tem que ter aquilo roxo". Naquele momento, talvez a população tenha dado um certo break no populismo tradicional e pensado em dar um voto mais técnico. Foi feita muita chacota com o fato do brasileiro médio ter votado no Collor por ser o riquinho galã. Talvez tenham pensado, se no galã não deu certo, vamos tentar no "intiligente".
No entanto, apesar de que naquela época eu estava ainda no início da minha adolescência (no primeiro mandato do FHC eu tinha 12 anos), lembro bem que a campanha dele era daquelas típicas de pegar bebezinho catarrento te pobre na rua, abraçar o ambulante barbudo e sem banho, beijar a tia pelancuda e suada vendedora de pastel, balançar bandeirinha tucana em caminhada, carreata, tudo aquilo manjado que político faz.
Uma coisa que me lembro fortemente foi que os marketeiros do PSDB conseguiram criar um ar de charme em torno do FHC por ser o presidente intelectual que o Brasil precisava. Me lembro bem que o povão o exaltava por ser sociólogo, sem nem entender muito bem o que um sociólogo faz. Hoje em dia, por ser um intelectual da área de humanas, provavelmente seria desmoralizado socialmente, visto que o bolsonarismo elegeu como escória o pessoal de humanas.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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JJJ Não é segredo, foi o plano Real...
Acho que o povão nem entendia o que viria a ser isso. Por outro lado, o nome foi inovador, pra quem vinha de Cruzeiros, Cruzados, Cruz credos, tudo um fracasso só, daí: Plano Real, olha só que "homi inventivo, caba da peste" bom de criar plano, homem de Deus.
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Lelo Mig Membro
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# abr/20 · Editado por: Lelo Mig
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Pigeonsslayer
Com relação ao populismo concordo. O brasileiro, pobre ou rico, intelectual ou analfabeto, tem fetiche por um Salvador da Pátria... o homem, justo, bom, honesto, macho, cristão, fodão, que vai acabar com toda a corrupção e criminalidade. (Hoje a bandeira anti criminalidade é o carro chefe).
No tempo do Collor/FHC, a bandeira era um pouco diferente. O grande vilão há décadas era a inflação e a corrupção. O fenômeno Collor foi muito parecido com Bolsonaro, um desconhecido que nunca fez porra nenhuma, ficou conhecido como "Caçador de Marajás" e herói anti corrupção.
FHC, lembro bem, eu já era adulto, foi o contrário do Bolsonaro... ou seja, já que populistas e sindicalistas só estão fazendo merda vamos votar num intelectual, rico, elite e cheirosinho (apesar de ser ateu e meio comunista).
O Brasil tentava vencer a inflação desde os anos 50, ninguém conseguiu, nem os milicos empurrando tudo quanto é número ruim prá baixo do tapete e endividando cada prega de um brasileiro com o FMI.
Neste aspecto, FHC foi genial. Quando fez o plano real (nós estávamos acostumados com estes planos, já haviam ocorrido uns 200), ninguém botou fé, achou que era só mais uma tomada na tarraqueta como outras... mas desta vez deu certo, o resultado foi rápido e FHC se fortaleceu.
Depois vêm Lulla, surfando na onda de estabilidade e, já que a inflação estava derrotada, Lulla repetiu o discurso de acabar com a corrupção e incluiu o discurso de inclusão social.
Assim como levou décadas para vencer a inflação, a corrupção é o inimigo mais velho a ser vencido. Mas, diferente, a inflação realmente queriam vencer.
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JJJ Veterano
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# abr/20
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Pigeonsslayer Acho que o povão nem entendia o que viria a ser isso. Por outro lado, o nome foi inovador, pra quem vinha de Cruzeiros, Cruzados, Cruz credos, tudo um fracasso
Cara, o povão podia não entender o conceito, mas entendeu a diferença entre o salário derretendo ao longo do mês e uma inflação próxima a zero.
Pouco importa o quanto FHC foi, de fato, "pai" do Real. Claro que ele foi importante no processo, mas o que mais importou foi que ele conseguiu colar esse rótulo em si mesmo.
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Lelo Mig Membro
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# abr/20
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JJJ
"Pouco importa o quanto FHC foi, de fato, "pai" do Real. Claro que ele foi importante no processo, mas o que mais importou foi que ele conseguiu colar esse rótulo em si mesmo."
Ele não é o pai ou a mãe... mas foi fundamental no processo.
Sabemos, eu e você, e outros da galeria dos tiozões, que o Plano Real foi um conjunto de reformas econômicas implementadas no Brasil, em 1994, no governo de Itamar Franco, cujo objetivo principal era combater a hiperinflação, depois de 13 tentativas fracassadas de planos econômicos desde 1979.
Fernando Henrique Cardoso é credibilizados pelo sucesso do Plano Real, porque ele foi responsável por reunir a equipe econômica que construiu o plano: Pérsio Arida, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pedro Malan, Edmar Bacha e Winston Fritsch, foram os grandes responsáveis pela formulação do Plano Real, mas FHC que montou o time e foi o técnico.
O grande mérito do Plano Real foi diagnosticar corretamente as causas do problema e observado outras experiências históricas. (até o processo inflacionário da Alemanha nos anos 20 foi estudada).
A molecada não lembra ou não sabe que foi criado um Fundo Social, antes, para poder executar o Plano Real e ele foi dividido em três fases, executadas em tempos pré determinados até a mudança da moeda.
Foi um puta de um plano e o ateu maconheiro tem muito mérito nele, independente de qualquer outra coisa.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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Lelo Mig
O brasileiro, pobre ou rico, intelectual ou analfabeto, tem fetiche por um Salvador da Pátria... o homem, justo, bom, honesto, macho, cristão, fodão, que vai acabar com toda a corrupção e criminalidade. (Hoje a bandeira anti criminalidade é o carro chefe).
Por isso eu falei acima pro hardrocker, que a meu ver o maior opositor pro Bozo na próxima eleição é o Barnabé de toga. Ele passou ileso pela vazajato e, se brincar, perante uma boa parcela da população ainda saiu fortalecido daquele episódio.
No tempo do Collor/FHC, a bandeira era um pouco diferente. O grande vilão há décadas era a inflação e a corrupção. O fenômeno Collor foi muito parecido com Bolsonaro, um desconhecido que nunca fez porra nenhuma, ficou conhecido como "Caçador de Marajás" e herói anti corrupção.
Lembro desse mote.
FHC, lembro bem, eu já era adulto, foi o contrário do Bolsonaro... ou seja, já que populistas e sindicalistas só estão fazendo merda vamos votar num intelectual, rico, elite e cheirosinho (apesar de ser ateu e meio comunista).
Pra quem era meio comunista, FHC jogou muito bem o jogo do mercado. E hoje uns bolsonaristas insistem em colocá-lo como esquerda. Veja como as coisas podem se inverter sem nexo ao longo da história.
Depois vêm Lulla, surfando na onda de estabilidade e, já que a inflação estava derrotada, Lulla repetiu o discurso de acabar com a corrupção e incluiu o discurso de inclusão social.
Na inclusão social não se pode negar, o Lula foi bem sucedido. E nem estou falando de bolsa família, minha casa minha vida, nada disso não, mas durante o governo Lulla o Simples Nacional possibilitou a muitos brasileiros com algum ofício técnico a chance de virar o seu próprio patrão. Essa foi uma ótima forma de inclusão social, pelo emprego e renda, cujos efeitos permanecem até hoje. Quanto a corrupção, já sabemos.
JJJ Cara, o povão podia não entender o conceito, mas entendeu a diferença entre o salário derretendo ao longo do mês e uma inflação próxima a zero.
Pouco importa o quanto FHC foi, de fato, "pai" do Real. Claro que ele foi importante no processo, mas o que mais importou foi que ele conseguiu colar esse rótulo em si mesmo.
Sei disso. Eu me referi à campanha. Durante a campanha duvido que mais de 20% da população tenha manjado qual era realmente o plano. Mas a execução, realmente deu certo. Foi um governo às minguas em termos de inclusão social, mas tratou o problema da inflação que já era um gargalo há décadas.
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Lelo Mig Membro
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# abr/20
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Pigeonsslayer
"Pra quem era meio comunista, FHC jogou muito bem o jogo do mercado."
O Lulla também, depois.
Essa é a esquerda brasileira que teve que fazer o jogo para poder estar no poder... amenizar o discurso... FHC virou liberal... Lulla, o Lullinha paz e amor que não ia mais dar calote no FMI e tomar a Rede Globo.
Fora que os caras ficaram mais velhos e foram vendo que aquele comunismo marxista, que idealizavam quando jovens, não deu certo em lugar nenhum, descambou para ditaduras violentas e regimes totalitários criminosos.
"Na inclusão social não se pode negar, o Lula foi bem sucedido".
Sem dúvida, seu governo foi muito bom neste aspecto. Lulla perdeu a mão não pelo lado social, mas justamente pelo lado da elite.
Inchou demais a máquina pública, gastou dinheiro prá caralho em programas sem objetivo ou de objetivos obtusos, financiando um monte de inutilidades... tudo isso mais o aumento da criminalidade gerou um efeito radical contrário.
A classe média ascendente começou a não tolerar mais ser assaltada no farol, e mesmo, que alguns tenham consciência de que o bandido é uma vítima social, cansou, se ligou no foda-se, não quer mais pagar a conta da pobreza.
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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Lelo Mig
Concordo com essa sua análise.
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brunohardrocker Veterano |
# abr/20
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https://scontent.fops1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/93842655_5292991944273 62_2468909306691452928_n.jpg?_nc_cat=105&_nc_sid=8024bb&_nc_ohc=8aCADT Li2SsAX_gvRLZ&_nc_ht=scontent.fops1-1.fna&oh=245ec5bf1f52313e96f39d2db b3fc7de&oe=5EC53601
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JJJ Veterano
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# abr/20
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Pigeonsslayer Sei disso. Eu me referi à campanha. Durante a campanha duvido que mais de 20% da população tenha manjado qual era realmente o plano.
Cara, o plano foi o trunfo da campanha. Você está incorrendo num equívoco que é bastante comum a quem não viveu a época: o plano real não foi feito no governo FHC, mas no anterior, de Itamar Franco, onde FHC foi um dos ministros da fazenda (Ricupero e Ciro foram outros).
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fgr Veterano |
# abr/20
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JJJ Exato. Lembrando que já no final so gov FHC o plano Real já estava "morrendo" até chegar a turma do Lula e enterrar de vez.
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Drinho Veterano |
# abr/20 · Editado por: Drinho
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O plano real foi praticamente um milagre econômico feito por gênios sábios para controlar a inflação causada por eles mesmos.
O governo gostava de gastar dinheiro, mas não tinha dinheiro. Por não ter dinheiro, imprimia dinheiro. Entenderam que imprimir dinheiro não dava certo e passaram a arrumar dinheiro de outro jeito, se endividando.
O país continua gastando mais do que ganha, o povo continua na merda e todos viveram felizes para sempre.
http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/FGV_938087953dcc15dfaabad32520492fc e
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Pigeonsslayer Membro Novato |
# abr/20
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JJJ Cara, o plano foi o trunfo da campanha. Você está incorrendo num equívoco que é bastante comum a quem não viveu a época: o plano real não foi feito no governo FHC, mas no anterior, de Itamar Franco, onde FHC foi um dos ministros da fazenda (Ricupero e Ciro foram outros).
Eu sei destes detalhes, sobre o FHC e o Ciro terem sido ministros do Itamar, mas durante o governo Itamar, considerando que ele pegou já do impeachment do Collor, houve tempo para realmente implementar o Real e apresentar resultados, ou foi feito só planejamento e a formatação das ações? Fico um pouco confuso só nesse ponto. Eu me lembro que antes da troca definitiva da moeda existiu a UFIR, quando o trabalho de controle da inflação ainda estava em curso. Eu lembro que era um sistema de conversão em que uma proporção de dinheiro valia x UFIR. E a taxa de conversão variava diariamente (acho que sim). Lembro que minha mãe me mandava no mercado e falava: "se sobrar dois centavos, pega o troco". A minha dúvida é, o Real, enquanto moeda corrente já estabilizada aconteceu de fato ainda no governo Itamar ou já em 95 no primeiro ano de mandato do FHC? Mas eu concordo com você, o Real teve impacto forte na eleição do FHC. Só não sei se o povão entendia bem como o plano funcionava.
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Lelo Mig Membro
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# abr/20 · Editado por: Lelo Mig
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Pigeonsslayer
"A minha dúvida é, o Real, enquanto moeda corrente já estabilizada aconteceu de fato ainda no governo Itamar ou já em 95 no primeiro ano de mandato do FHC?"
Vamos por partes:
Itamar Franco assumiu a presidência num momento crítico; a inflação chegou a mais de 2.000% em doze meses. A maior da história.
Itamar convocou FHC para o Ministério da Fazenda para traçar um plano para combater a hiperinflação. Parece que FHC já estava estudando isso há bastante tempo, por isso Itamar o chamou.
FHC montou uma equipe (que já falei lá em cima) elaboraram o plano e fez o seguinte:
1- Ajuste Fiscal: Equilibrou as contas do governos através de um arrocho orçamentário, gastando menos e recolhendo mais grana através de impostos.
2- Implantou a URV (unidade Real de Valor), fundamental prá bagaça dar certo. Era uma "moeda virtual", atrelada ao dólar. Os preços foram convertidos em URV e convertia-se para Cruzeiro Real na hora de pagar. Na prática parece não fazer sentido, mas essa mutreta que só economista entende, foi fundamental até frearem a desvalorização da moeda.
3- O Real foi implantado em 1 de julho de 1994. A população brasileira tava acostumada a trocar de dinheiro toda hora, então nem ligou. Mas, o fato de saber antes, não ter confisco de nenhuma espécie e estar habituada aos valores da URV, a coisa foi muito sussa.
Uma inflação de 900 e lá vai fumaça por cento caiu para menos de 20 porcento até o início de 1995, claro que FHC foi eleito.
Nunca mais tivemos inflação superior a 20%, a média fica geralemente abaixo dos 5% e independente de qualquer coisa nenhuma medida de inclusão social (Bolsa Família, Vale Leite, Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida e etc), teriam sido possíveis com as inflações que tínhamos antes. FHC foi fundamental nisso, e gostem ou não dele, neguinho têm que aplaudir o ateu maconheiro e foda-se.
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fgr Veterano |
# abr/20
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E Lula que falou pra imprimir mais dinheiro pra superar a pandemia!! kkkk
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entamoeba Membro Novato |
# abr/20 · Editado por: entamoeba
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"imprimir dinheiro"
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52212033?fbclid=IwAR3hhaClvHE40o tQE_XhMDgUFoEZrGDu8l6xkRU-PAQiuXv-A8thhclIh4w
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Lelo Mig Membro
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# abr/20
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fgr entamoeba
Meirelles manja, mas, não sei não...prá mim os caras querem ver o Bolsonaro sifuder de uma vez...kkkk
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fgr Veterano |
# abr/20
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Lelo Mig Meireles é ligado ao PT. E assim como o Lula, ele sabe exatamente o que deve ser feito! Merda.
Meireles é conceituado mas tá longe de ser alguém com a verdade. Imprimir dinheiro é o caminho mais fácil.
A única coisa que eu tiro o chapéu pro Meireles é que ele pulou fora do governo PT antes de tudo desabar. Correu feito um doido dos convites da Dilma.
Tirando isso, Brasil foi o pais do BRICKS que menos cresceu.
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fgr Veterano |
# abr/20
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Pra não ser completamente injusto. Ele ajudou o Temer e fez um trabalho de limpeza de merda incrível! Não sou economista mas acho que ajustar algo que tá muito ruim pra ficar menos pior é mais fácil que implementar um plano.
Aconteceu com o FHC. Ele deu manutenção no plano Real e no segundo mandato já estava meio desdando.
Meireles tem uma visão de investidor, banqueiro. Não sei a capacidade dele como economista político e posso estar sendo injusto com o cara.
De qualquer forma, eu acho o Guedes muito mais ousado que ele. E acho que antes da epidemia, precisavamos dessa ousadia e arrojo.
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entamoeba Membro Novato |
# abr/20
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fgr De qualquer forma, eu acho o Guedes muito mais ousado que ele
Acha? Por quê?
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Lelo Mig Membro
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# abr/20
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fgr
"De qualquer forma, eu acho o Guedes muito mais ousado que ele."
Cara, o Guedes não fez poha nenhuma até agora a economia no governo Bozo tá uma bosta... tanto é que o Bolsonaro tá apavorado com a Covid porque agora que vai fuder tudo de vez.
O Guedes mesmo reconheceu que as coisas não aconteceram como planejado e até andou elogiando o Lulla.
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