Glossário Financeiro Mundial - Rato´s Style

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Kensei
Veterano
# mar/08
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Wrvieira
Existem as reservas cambiais, isso é comum, mas se não me engano, o FED não possui, já que é ele o emissor da moeda, DOLAR, isso mudou a partir do tratado de breton woods, antes disso, a moeda tinha que ser lastreada em ouro.

r2s2
Veterano
# mar/08
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Kensei

E como se faz pra enfraquecer uma moeda? (Como acusam o Bush de estar fazendo com o dólar)

r2s2
Veterano
# abr/08
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Bom, a imprensa criou uma demanda e a massa foi toda atrás, por isso só falam de Isabela caiu desmaiada, ou Isabela estava feliz no shopping horas antes de morrer.

Devido a isso quase não vemos discussões sérias sobre a inflação e a taxa de juros, só gente querendo meter medo ou criar outra crise.

Mas e aí? Se o IPCA de março foi menor que o de fevereiro, e ambos estão no centro da meta, pq o BC está falando em aumentar os juros, e que de qqer forma os juros têm que acabar o ano com 13 ou 13,5%?

Rato
Veterano
# abr/08
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Análise do Mercado
O IPCA de março, divulgado hoje, pelo IBGE apontando alta de 0,48% ficou acima da expectativa em torno de 0,35%, quase na mesma linha do resultado de fevereiro quando registrou 0,49%, mas muito acima do mesmo mês em 2007 quando foi de 0,37%.

O número em si, em sua primeira leitura, sugere um fortalecimento à tendência do COPOM elevar a taxa de juro SELIC na próxima reunião do dia 16, aliás, "consensualmente", para o mercado esta é uma decisão "dada" restando somente a dúvida sobre o quanto de alta. Porém, o fator de grande impulsão do índice foi o item alimentos que isoladamente contribuiu com 0,20% dos 0,48% apurados, com grande contribuição do insumo "trigo" que acabou por determinar uma alta de 4,24% no pão francês, e, sabidamente, aumento do juro interno não tem reflexos nas pressões inflacionárias que advém de fatores externos. Para estes, somente o preço do dólar depreciado agrega alguma contribuição.

O IPCA acumula no ano alta de 1,52% e nos últimos 12 meses 4,73%.

Decorrente das mesmas causas, o INPC também divulgado pelo IBGE apontou inflação de 0,51% em março após ter registrado 0,48% em fevereiro. No ano acumula 1,69% e nos últimos 12 meses atinge 5,50%.

A FGV também divulgou a primeira prévia do mês do IGP-M com alta de 0,33%, similar aos 0,34% apurados no mesmo período em março, e também com forte contribuição do item alimentos. O IPA teve alta de 0,26% ante alta 0,52% em idêntico período de fevereiro enquanto o IPC teve alta de 0,40% após ter caído 0,17% na primeira leitura de fevereiro. A causa maior da elevação também foi o item alimentos.

A despeito de considerar-se inócuo um aumento da SELIC para conter elevação de preços de alimentos com preços formados nas bolsas no exterior, fortalece-se a convicção de que haverá alta da SELIC. A questão é quanto?

Este fato provoca uma nova rodada de realização de lucros na BOVESPA, já que, como salientamos ontem, juros em alta não é bom parceiro do mercado acionário. Entendemos que a volatilidade deve ser o perfil dos negócios na Bolsa, alternando movimentos de alta e de realizações de lucros.

No cenário externo, a fala de Ben Bernanke, Chairman do FED, cada vez mais se aproxima da convicção de que o país está em recessão e que esta comprometerá um período, que otimisticamente salienta como o primeiro semestre, e demonstra preocupações com a inflação. A ATA da última reunião do FOMC deixou evidente que há divergências quanto à continuidade de cortes na taxa de juros, embora não tenha sido descartada a possibilidade de mais um na próxima reunião de 30 de abril. Hoje há notícias no mercado americano de que o FED estaria estudando outras alternativas visando restabelecer liquidez, diferente da rotina de cortes na taxa de juro básica, e isto cria expectativas.

O humor no mercado americano tende ao negativo, pois não há clareza qual será o próximo passo do FED e, embora não descartada, não foi fortalecida a convicção de que cortará o juro, e para piorar o clima ocorre uma expressiva alta do preço do petróleo que atingiu os US$ 110,70 após o anúncio de que os estoques americanos tiveram queda expressiva.

Como temos salientado, este será um tempo de "paciência" para que a superação ocorra, mas a natural "impaciência" acaba por determinar volatilidade.

As bolsas americanas abriram "sem tendência", mas em seguida estão se alinhando em baixa, enquanto os "treasuries" recuaram sua rentabilidade nos papéis de 10 anos de 3,56% para 3,52%.

No mercado de câmbio brasileiro a tendência é firmemente de depreciação do preço da moeda americana, independente mesmo do fluxo cambial, estimulado pela excepcional atratividade do ganho financeiro decorrente das diferenças de taxas praticadas no Brasil e nos Estados Unidos, agora com a convicção de que se ampliará, atraindo capitais especulativos, mesmo com a tributação do IOF, e mais e principalmente operações de arbitragens no mercado de derivativos da BM&F, que têm forte influência na formação do preço do mercado físico, e que nem sempre tem correspondência em ingresso de capitais no país.

A queda somente não é maior devido os bancos ainda deterem posição "comprada" no mercado físico, que cria um ponto de "resistência" a queda para evitar prejuízo se negociado muito abaixo de R$ 1,70 e também, por serem os principais "players" de ligação entre o mercado físico e os "derivativos" da BM&F terem a possibilidade de inibir os volumes de arbitragens, que precipitariam a queda do preço.

SIDNEI MOURA NEHME
DIRETOR EXECUTIVO, ECONOMISTA

Rato
Veterano
# abr/08
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e por curiosidade =D

O fluxo líquido de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil somou US$34,6 bilhões em 2007, estabelecendo recorde anual para a série iniciada em 1947. De 1996 a 2000, os ingressos relativos a privatizações foram importantes para o aumento considerável do fluxo líquido de IED, principalmente nos setores elétrico e de telecomunicações. Com o término desse processo e como conseqüência da volatilidade dos mercados (2001 e 2002), com aumento da incerteza quanto à performance macroeconômica, reverteu-se essa trajetória, observando-se declínio na série (Gráfico 1), de 2001 a 2003. A partir de então, começa nova escalada de investimentos, impulsionada pelo forte ingresso ocorrido em agosto de 2004, referente à troca de ações entre empresas residente e não residente, de, aproximadamente, US$5 bilhões, cujos reflexos no acumulado duram até meados de 2005, decrescendo pelos quatro trimestres seguintes. A partir do segundo trimestre de 2006, ocorre novo comportamento ascendente e, a partir de junho de 2007, mês em que ocorreram ingressos líquidos recordes de US$10,3 bilhões, o fluxo líquido acumulado em 12 meses ultrapassa o patamar de US$30 bilhões, acumulando, no ano de 2007, a expressiva cifra de US$34,6 bilhões, entre participações no capital e empréstimos intercompanhia.

Veja a íntegra:

http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/focus/X20080409-Investimento%20Est rangeiro%20Direto.pdf

Kensei
Veterano
# abr/08 · Editado por: Kensei
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Rato
O fluxo líquido de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil somou US$34,6 bilhões em 2007,

Ae Ratão, vc tá no meu mailing?? Após uma sicussão sobre inflação, um peão mandou justamente o pdf focus BC.

r2s2
É complicado.

maggie
Veterana
# abr/08
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Mas e aí? Se o IPCA de março foi menor que o de fevereiro, e ambos estão no centro da meta, pq o BC está falando em aumentar os juros, e que de qqer forma os juros têm que acabar o ano com 13 ou 13,5%?
BC = cagão

r2s2
Veterano
# abr/08
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Rato
O IPCA de março, divulgado hoje, pelo IBGE apontando alta de 0,48% ficou acima da expectativa em torno de 0,35%, quase na mesma linha do resultado de fevereiro quando registrou 0,49%, mas muito acima do mesmo mês em 2007 quando foi de 0,37%.

Mas isso não é alarmante. Nego fala como se houvesse crise de quebrar o planeta.

Kensei
Veterano
# abr/08
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E como se faz pra enfraquecer uma moeda? (Como acusam o Bush de estar fazendo com o dólar)

Acabei de verificar uma pendência hahahahahah

Wrvieira
Veterano
# abr/08 · Editado por: Wrvieira
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Se o Capitão Nascimento fosse Presidente do BACEN...

Diretoria Colegiada do CMN: "Devido a forte demanda, crise do subprime nos EUA, blá, blá, blá (papo de economista), acreditamos que seria prudente aumentar a taxa básica de juros em 0,5%"

CN: "Tá com medinho, tá? Pede pra sair! PAF! Ninguém mexe nessa p*rra!"


Falando sério agora, acho esse medo constante do CMN com relação a volta da inflação meio infundado... Qualquer espirro no mercado e os caras já falam em subir os juros...

r2s2
Veterano
# abr/08
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Wrvieira
Falando sério agora, acho esse medo constante do CMN com relação a volta da inflação meio infundado... Qualquer espirro no mercado e os caras já falam em subir os juros...

Pois é, é hoje.

Só um textículo com mais algumas opiniões.


A escalada dos juros


No final do dia estará definida a nova taxa Selic.

Muito mais do que em outros momentos, há uma ampla confusão de diagnósticos no ar.

De um lado, dados do FGV mostrando que, das sete categorias de produtos do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), apenas duas estão aquecidas: alimentos (impulsionados pela inflação externa) e vestuário (porque acabou a temporada de liquidações). Os dados de varejo do IBGE também mostram certa acomodação, depois da boa performance do ano passado.

O que está ocorrendo é que a alta dos alimentos corrói a renda das classes de menor renda, reduzindo a parcela disponível para consumo. Além disso, outra parcela da renda já está comprometida com financiamentos já contratados.

Com um pouco de paciência, haveria acomodação dos preços sem prejudicar o ritmo de aumento dos investimentos. Mas o Banco Central nunca tem paciência quando se trata de aumentar os juros.

O aumento das taxas futuras de juros – induzidas pela postura do BC – já anulou a introdução do IOF, como agente moderador da entrada de capital especulativo. Com isso, ampliaram os ganhos de arbitragem em outras moedas, não apenas o yen mas também o dólar (tomar empréstimos em dólares, investir em reais, depois sacar ganhando juros e valorização cambial).

Com exceção do IPEA, não há mais resistência, dentro do governo, a essa escalada imprudente dos juros.



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