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Ismah Veterano |
# mai/17
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Del-Rei
Tu trouxe dois pontos interessantes a tona... E é agora que vou ser crucificado, mas não é pessoal, nem a ti nem a ninguém, são reflexões que vem "do carinha do som"... De modo geral, posso resumir em mais frieza e ceticismo na hora de tocar...
#1 - Soa bem ou soa como tu deseja quando em baixo volume?
Pode soar estranho a princípio, mas é de se pesar isso. Na situação de mix da banda, em contexto ideal, ou seja estúdio, como é que soa meu instrumento?
E como que soa? Como é a curva desse timbre? Como reproduzir o que tenho na cabeça, o mais fielmente possível em qualquer amp? Ou ao menos o melhor que der? O que eu quero, é realmente o que eu preciso? Ou o que eu quero é só o que eu estou habituado?
Tem muito timbre que sozinho é excelente, no contexto da banda é uma (insira um palavrão). Tem o caso oposto, e que geralmente vem de profissionais, lembra das tracks isoladas? A discussão foi ferrenha, tu foi um dos que mais impostou a ideia de serem gravadas por outros. Tudo bem, é viável, mas novamente, se tratou a música como dogma: se está 1% diferente do tradicional, está indiscutivelmente errado. Isso não é nada científico, sugiro que pense na navalha de Occam.
#2 - Realmente tu gosta do som de amp Marshall ou tu gosta da logo?
Esse é um dos mais recorrentes, o cara quer tirar coquetel de frutas de pedra pomes, porque fulano que ele curte - e as vezes não tem nada a ver com o som que ele vai tirar na hora - usa pedra pomes... Po cara, eu amo de paixão Fender com pouco drive, to tocando 90% do tempo com um Vox SS, que tem mais cara de JTM45, do que qualquer das simulações que eu já toquei...
Rafael Tune
Se não tivesse vantagens, ninguém comprava, logo não se fabricava. Um SS é fácil e barato de fazer... A manutenção é nula, no máximo revisar capacitores a cada 5 anos... Mas se criaram vários e vários mitos em torno da coisa toda...
Se o sonoridade que tu esperava saiu do amp de 150W, ótimo. Se não, começa a tentar apontar o que tava errado, eu sou o que tá puxando a frente, mas não sou o único habilitado pra falar.
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HortaRates Membro |
# mai/17 · Editado por: HortaRates
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Ismah Ok, essa discussão de que watts são watts e que não faz sentido falar que dois amplificadores de 30w (por exemplo) vão entregar potências diferentes só por causa da tecnologia empregada na amplificação já está batida. Foi ótimo um tópico que vai direto ao ponto pra derrubar esse mito de cara.
Mas como já foi discutido aqui, é muitas vezes desejável que em um amplificador valvulado ocorra a distorção do estágio de potência, o que, por sua vez, é abominável em um amplificador solid-state.
Se a potência rms de um amplificador for medida em relação à uma certa quantidade de distorção (acho que normalmente é expresso em % da Total Harmonic Distortion, ou THD, correto?), e os resultados forem os mesmos para ambos amplificadores, então obviamente estes entregarão a mesma potência na saída. Mas ao se aumentar a distorção, ou seja, o % do THD, a onda na saída do amplificador começa a se distanciar de uma senoide e aproximar-se de uma onda quadrada. Desta forma, o cálculo de potência RMS também é alterado, e evidentemente a potência na saída será maior, pois a saída permanecerá mais tempo no valor de pico. Neste caso, há de se argumentar que um amplificador valvulado consegue entregar sim mais potência RMS na saída que um SS, pois é aceitável distorção na saída do primeiro enquanto isso é intolerável no segundo. A questão é: Isso é quantificável de forma não experimental? Existe um valor bem conhecido de distorção máxima que amplificadores valvulados entregam na saída que ainda geram um som agradável aos ouvidos? E principalmente: Essa diferença na saída acarreta de fato em mais volume?
Bom, se eu estiver errado em algum conceito gostaria que me corrigissem para que eu pudesse aprender cada vez mais também hehehe
Um abraço!
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# mai/17
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HortaRates Não é apenas o taxa de distorção, mas o TIPO da mesma gerada pelas tecnologias SS e termiônica que faz a diferença... Abç
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Del-Rei Veterano |
# mai/17
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Ismah Entonces... Hehehehe.
#1 - Soa bem ou soa como tu deseja quando em baixo volume?
Não sei se você percebeu, mas essa frase soa sem sentido, rsrs. Considerando que som bom ou ruim é absolutamente pessoal, então, nesse caso, "soar bem" eu considero o mesmo que "soar como eu desejo". Logo, tanto faz, pois o som me agrada, e isso que importa, rsrs.
lembra das tracks isoladas? A discussão foi ferrenha, tu foi um dos que mais impostou a ideia de serem gravadas por outros.
Meu ponto na discussão não era exatamente se soavam bem ou mal quando isoladas. Mas sim o fato de terem coisas ali inaudíveis na música original, mesmo forçando muito a barra.
A timbragem geralmente soa diferente quando isolamos a track, já constatei isso diversas vezes aqui nas minhas humildes gravações. Chega a assustar a diferença, rs. Mix é mix, track é track.
E aí, a timbragem tem de ser diferente pra cada situação. É o velho papo do camarada que timbra o equipo lindamente no quarto, mas chega no ensaio/show, o som não corta a mix. Aí vem a frustração.
#2 - Realmente tu gosta do som de amp Marshall ou tu gosta da logo?
Esse é um ponto interessante. E tenho que concordar que a logo tem um peso enorme. Apesar de o único Marshall que eu tive ter sido um tosco MG15, sou fã do timbre Marshall.
Meu amp principal hoje é um baseado em Marshall. Mas por que não comprei um Marshall, oras? Porque tenho notado (inclusive nos que toquei) que atualmente os amps não soam como soavam os antigos. Pode ser um papo de sutilezas sonoras, mas percebi diferenças. Então, comprei um que eu considero um "Marshall melhorado", não só a timbragem que remete ao que quero, como recursos.
Pra você ter ideia, quando comprei meu Tubemeister18, minha intenção era comprar o Marshall DSL-15. Cheguei na loja certo do que iria levar... Mas quando testei o Marshall... PQP! Que merda! Procurei algo mais próximo do meu timbre idealizado e levei o Tubemeister18. Não era o ideal, mas era o mais próximo. E claro, depois acabei vendendo.
Atualmente lançaram o Grandmeister Deluxe 40, e cara, pelo que ouvi, creio que me atendesse. Mas não estou mais procurando amps, estou satisfeito. Até teria outros, se tivesse grana pra torrar. Mas seria mais por questões de fetiche, rs.
Po cara, eu amo de paixão Fender com pouco drive (...) que tem mais cara de JTM45, do que qualquer das simulações que eu já toquei...
Faz todo sentido, visto que a Marshall começou sua história copiando um Fender, rsrs.
Um aceno de longe!!!
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GabriaTzzz Membro Novato |
# mai/17
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Alguém poderia explicar como funcionam os amp blackstar da serie HT ? Tenho um HT 5 que diz ser 2 válvulas em push pull não saquei direito isso , dizem que esses HTs tem muitas partes SS alguns gringos dizem até que são híbridos e que são falsamente lançados como valvulados . Já ouvi dizer algo parecido dos jcm 900 alguém saberia explicar esses conceitos ?
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Ismah Veterano |
# mai/17 · Editado por: Ismah
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HortaRates
Esse assunto é deveras complicado, quem explana essa coisa toda é Fourier, eu mesmo prefiro não tratar a fundo, pois estou começando a estudar isso, e já to patinando no lugar porque falta conhecimento de matemática - preciso dar o braço a torcer e aceitar o que me disseram: entre numa faculdade... rsrs Estou pisando em ovos, mas vou tentar responder conforme o que eu sei HOJE, e isso significa incerteza em várias coisas... Da mesma forma isso aqui é só a espuma numa xícara grande de café. Se concorda com isso, pode seguir a leitura...
Vou abrir um tópico explanando o que é overdrive, clip/distorção etc... Mas já são quase 5hs escrevendo este post, fica pra outra hora... Vou jantar e revisar o post...
Analizando um sinal...
Para analisar um sinal, a única forma que conheço é passar ele para um domínio discreto. Literalmente digitalizar ele, o que significa meio que quantificar amostras, por unidade de tempo... E termina aqui o que eu sei rsrsrs É difícil entender, porque tudo vai acabar se resumindo na transformada rápida de Fourier (FFT), e eu só sei que ela existe...
Total Harmonic Distortion, ou THD
THD não é a única forma de distorção. Ele só indica a quantidade de harmônicos que o amp forma, ou seja a distorção harmônica - CREIO que com se deva por ressonâncias do próprio circuito...
Do ponto de vista técnico, distorção é a diferença na forma de onda que entra e que sai. Amplitude, harmônicos, fase e blá blá blá... Mas o que realmente importa são os harmônicos, pois eles que geram as modificações na forma de onda... A fase até importa, entra em campo o efeito Hass e blá blá blá, mas nunca li sobre isso falando em amplificação DE ÁUDIO (RF é outro papo), até porque deve haver microssegundos de diferença entre os pontos extremos...
Um site legal! Na página em questão se fala do conteúdo harmônico de diversas waveforms
http://www.dspguide.com/ch13/4.htm
ao se aumentar a distorção, ou seja, o % do THD, a onda na saída do amplificador começa a se distanciar de uma senoide e aproximar-se de uma onda quadrada
Bem, não podemos comparar um Fusca e uma pera. Logo se tiver distorção de 5% num, preciso ter distorção de 5% no outro para poder comparar. Certo?
Mas não vamos entrar no quesito CLIP, vamos ficar só na natureza de cada circuito por hora. Já dá para ter ideia porque é descabida a comparação...
Bem, um valvulado produz majoritariamente harmônicos pares, supondo que estejam em fase, os picos NÃO se coincidem no domínio do tempo Veja no Gráfico #1.
Todavia uma série harmônica tem metade da tensão (-3dB) e um quarto da potência (-6dB), cada vez que a frequência dobra. Ficando o gráfico real assim:
Gráfico #2
Somando apenas a fundamental e a segunda harmônica, já vemos que a resultante dessas somas harmônicas, NÃO é uma onda quadrada, e sim uma sawtooth, talvez mais conhecida como dente de serra por aqui.
Gráfico #3
NOTA: Alterou-se a escala do tempo para melhor visualização, em relação a gráficos anteriores.
ENTRETANTO... ! Amplificadores SS, apresentam harmônicos ímpares. Estes tem suas cristas e vales alternadamente alinhados e desalinhados sucessivamente, em relação a fundamental (setas vermelhas).
Gráfico #4
Novamente, a teoria é que os harmônicos tenham uma queda de -3dB na tensão e consequentes -6dB na potência.
Gráfico #5
Ao se somar surgem cancelamentos e somas parciais, ou somas destrutivas e construtivas, o que vai enquadrando a onda final... Também fica nítido se somando só a primeira harmônica ímpar...
Gráfico #6
E vai cada vez ficando mais evidente ao se somarem outras harmônicas ímpares...
Gráfico #7
Um gráfico que recebi pela primeira vez do Carlos Adolphs via alFace está na vertical no link abaixo. Em AZUL temos a wave form resultante da soma dos 5 harmônicos ímpares e sua fundamental.
Ignorem o gráfico vertical, ele não é prático, é só teórico. Pelo que entendi quem vai e volta é o tempo quando a tensão avança de -X para +X.
https://giant.gfycat.com/SpiritedBountifulAcaciarat.webm ____________________________________
Note-se que a tensão vai caindo no caso dos harmônicos ímpares, todavia ARRISCO a dizer que a potência PODE ser constante ou até aumentar. E no caso da dente de serra, eu ARRISCO a dizer que a potência PODE aumentar. Não faço ideia de como calcular em nenhum dos dois casos a potência, já que o conceito é de 1kHz sobre uma carga linear, equivalente a nominal do amp. Então, como diz o Homero Sette, "o que não se pode calcular,a gente mede".
Ok! Agora vamos achar grana para comprar o gerador de função, o osciloscópio, tempo para bolar como medir isso, tempo para fazer e executar o projeto (não confio cegamente em simulação rsrs). Até se alguém quiser bancar eu faria, ou se alguém com o equipo se interessar em fazer ótimo... Sei de gente do fórum com capacidade, equipamento, e que talvez até fez o teste, mas por motivos comerciais-industriais, não o divulga.
Além de que a precisão do teste, está subordinada a precisão do equipamento, que está subordinada ao preço pago por ele...! Já dá para entender porque não tem engenheiros dedicados a estudar guitarra...
Até tempo eu tenho, mas cá entre nós que há coisas mais importantes do que findar essa briga eterna, que no fim tende a cair na premissa de "eu gosto de X", o que joga por terra toda teoria explanada.
Quem quiser tentar calcular a potência das diversas forams de onda, CREIO que deve estar explanado como no papper abaixo fornecido pela UNIFEI. Eu por hora fico só na parte de senoidal.
http://www.elt09.unifei.edu.br/roteiroslab/rms.pdf
MAS, PORÉM, ENTRETANTO...!
Com base no papper "Alto-falantes e caixas acústicas, características e utilização" (link abaixo) escrito pelo Carlos Silva e o Homero Sette, para a extinta Eletrônica Selenium, e encontrado no site da Studio R, uma onda triangular tem -5dB de potência que uma onda quadrada, e uma onda senoidal tem -3dB de potência que uma onda quadrada, logo...
Tudo que eu deduzo acima sobre potência, perde o sentido. PORÉM NÃO SEI AFIRMAR se uma onda triangular seja o mesmo que uma onda dente de serra! Novo hiato!
http://www.studior.com.br/semea.pdf
Lembrando que isso é a distorção harmônica NATURAL, pelo tipo de cada circuito... Quando a coisa distorce no sentido de overdrive, clip/distortion e fuzz, CREIO que é preciso medir tudo, pois CREIO que se saia da dita zona linear - que é previsível matemáticamente - o que a engenharia não estuda (até onde eu conheço).
Novamente: Vou abrir um tópico explanando o que é overdrive, clip/distorção etc... Mas já são quase 5hs escrevendo este post, fica pra outra hora... ____________________________
Quanto as somas de senoidais....
CREIO que a fórmula para somar 2 senoidais de tensões e frequências diferentes. Vou confirmar isso mais a frente. Vale dizer que a fórmula está simplificada, a fórmula real é outra, BEM mais complicada, e envolve muitas variáveis que para simples entendimento...
V(t) = V' * sen ( F' ) + V" * sen ( F" + α )
Onde:
V(t) = tensão final (de pico, em V) V' = tensão (em V) da senoide 1 F' = frequência (em Hz ou rad/s) da senoide 1 V" = tensão (em V) da senoide 2 F" = frequência (em Hz ou rad/s) da senoide 2 α = ângulo de defasagem (em graus) da senoidal 1 para a 2
1 Hz = 1 rad/s, há casos que é mais fácil usar um ou outro. Quando não me pergunte, ouvi de um engenheiro isso e então aceitemos apenas.
Aplicando a equação para a soma acima do Gráfico #3 eu terei
V(t) = 1V * sen ( 1000Hz ) + 0,5V * sen ( 2000Hz + 0 ) V(t) ≅ -1,16... V 0,14...V abaixo do que o scope do Proteus mostra.
Como a tensão varia de positiva pra negativa, ela é vetorial, indiferente se resultar em um valor positivo ou negativo.
Note que é trigonometria pura e aplicada, então se tu odiava o Pitágoras na escola, melhor desistir agora... E eu mesmo me perguntava para que servia aquilo (apesar de adorar), e meu queixo caiu completamente quando descobri isso. Não faz ainda bem sentido como um triângulo e uma onda podem se relacionar. Talvez por isso que dizem que os opostos se atraem hehehehe _____________________________
É bem interessante o trabalho que rola no canal Me Salva!, ensinando muita coisa mastigada em todas as áreas, sem cobrar um tostão. Novamente, não consigo aceitar como desculpa, dizer que não temos oportunidade, mas isso é outro papo...
No canal há uma série (link abaixo) só sobre sinais senoidais. Já aviso que é conteúdo voltado para o ensino superior! Logo nós meros mortais, patinamos, e patinamos MUITO, várias vezes e várias vezes, pois estamos meio que caindo de paraquedas nas situações...
https://www.youtube.com/watch?v=_s78no54if0&list=PLf1lowbdbFID8tHj_YBB WiFP496sl4IqS
Mais avançado tem um paper da UNIP, que é de onde tirei a equação apresentada.
http://adm.online.unip.br/img_ead_dp/20744.PDF
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Ismah Veterano |
# mai/17
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Del-Rei
Eu fui propositadamente paradoxal! hehehe
A questão que estou dizendo, é que sonoramente uma amp de 100W, com volume no 1 (teóricos 10%, ou seja 10W) não soa como um amp de 10W. Entonces... a frase faz sentido. Não é pecado nenhum o músico não saber o que quer, tanto é que qualquer cara meio famoso tem um tech particular.
A função do músico é ser criativo, usar a sensibilidade, transmitir ideia - resumidamente "tocar e cheirar droga" (Lisciel). A função do tech é saber o que cada região de frequência contém da sonoridade do instrumento em questão como um todo, e fornecer os meios para o músico-artista se expressar da melhor forma. É um tanto fantasioso falando assim, mas é o melhor caminho.
De resto, acho que se falou bastante, e novamente ão foi pessoal - apesar que tu levou aparentemente um pouco para tal lado. ;)
sou fã do timbre Marshall
Sendo paradoxal: o que é timbre de Marshall? JCM800? E o JTM45 não é Marshall? E o Bluesbraker?
Ou no meu caso, o que é Fender? Os Twin? Então o Bassman 5F6 não é Fender? Ou seria Fender o FR212? hehehehehe
atualmente os amps não soam como soavam os antigos lançaram o Grandmeister Deluxe 40, e cara, pelo que ouvi, creio que me atendesse
Novamente sendo paradoxal: ouviu os antigos e o Grandmeister aonde? Gravações? Então ouviu a microfonação dele, logo, não faz sentido querer um se não puder captar ele bem...
Sendo simplista, descartando variáveis muito pequenas como pegada, guitarras, cabos etc, precisaria do mesmo mic para chegar o mais perto daquele timbre, e uma resposta fiel no PA - culpe o técnico de som se isso não acontecer hehehe.
Faz todo sentido, visto que a Marshall começou sua história copiando um Fender Não sei se me entendeu, mas eu tenho um Vox, e acho que ele soa mais como JTM45 que as simulações de JTM45 que toquei, quando comparados ao JTM45 realmente...
GabriaTzzz
Tu nem sabe... Entra um sinal baixinho da guitarra e ele amplifica o sinal para empurrar o AF/os AF da caixa ligada a ele... Hehehehe
Ironia a parte, não sei se o choro é pelo mesmo motivo, nos dois casos... Sei que o JCM900 tem partes do circuito chaveadas, bufferizadas, pré-amplificadas e blá blá blá por transistores. Mas precisaria estudar a fundo o esquemático de cada um. Não é EXATAMENTE tão simples quanto parece falar de um amp específico, ainda mais com tantas funções como o Marshall.
O HT5 em específico... Se fala um pouco dele no tópico abaixo, onde já se dissertou anos atrás sobre...
http://forum.cifraclub.com.br/forum/10/318827/#9002584
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Del-Rei Veterano |
# mai/17 · Editado por: Del-Rei
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Ismah
A questão que estou dizendo, é que sonoramente uma amp de 100W, com volume no 1 (teóricos 10%, ou seja 10W) não soa como um amp de 10W. Entonces... a frase faz sentido.
Cara, continua sem sentido, rsrsrs. A minha colocação foi muito simples: O amp me agrada mesmo com o Master pouco aberto. Simples assim.
Você, por ser roadie e técnico de som, se apega aos detalhes técnicos, teóricos, que pros músicos não importam muito. E às vezes, acabam até atrapalhando. Não entro no mérito se o amp está ou não em seu desempenho/aproveitamento ideal... Caguei pra isso, sério. Soou bem, agradou meus ouvidos, tá valendo! :)
Querer empregar regras técnicas como verdades absolutas em ocasiões em que o que importa é o gosto pessoal, é inútil.
Além do mais, entrando na questão teórica (que você adora, rsrs), a relação entre potências não pode ser considerada dessa forma. Veja:
Um amp de 10W só seriam teóricos 10% de um amp de 100W se o de 10W estivesse com o Master no 10. E na boa, um amp de 10W com Master no 10 soa bem mais alto que um amp de 100W no 1.
Eu entendo que as pessoas busquem amps de maior potência por considerarem que têm mais "punch". Mas na boa, a maioria esmagadora não passa do 1,5 ou 2 se usarem 100W.... Cadê o punch aí?
Até mesmo se você considerar os guitarristas profissionais, tocando em estádios abertos, não precisam de mais de 15-20W num amp, pois nessas condições os shows são microfonados. Joga tudo lindamente no PA e retorno. Só acharia válido a alta potência em um show grande, não microfonado, onde o cara precise de um clean cristalino em altíssimos volumes. Mas aí é uma situação específica que quase ninguém se encaixaria.
Um aceno de longe!!!
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Ismah Veterano |
# mai/17
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Del-Rei Não entro no mérito se o amp está ou não em seu desempenho/aproveitamento ideal...
Isso mostra que tu é um grande músico, e bastante profissional... Disse em algum lugar acima: tem coisas mais importantes que emitir 140dB SPL @ 1m com 4 AF's, como a curva de resposta - aka timbre...
Talvez não estou sendo claro ao ser subjetivo. Então vamos ser objetivos... Supondo que seu timbre dos sonhos seja extraído de um 5150 de 150W com volume no 1. Ao precisar de mais volume, acaba mudando toda a sonoridade em função de características físicas e do circuito. Se por algum acaso trocar de amp também desceu pelo ralo. E cá entre nós, não é fácil a logística de um valvulado de 150W !
Então, acho que é interessante pro músico entender só o básico do que é seu timbre (no sentido de equalização), para poder reproduzir isso nas diversas situações... Entendendo a curva de respostas da parada toda, dá para transferir isso para um amp menor...
Por exemplo, meu 100B eu uso assim
Volume (ganho) 12hs Bright ON Agudo 13hs Médio geralmente 10hs, as vezes no 0 Grave 10hs Master 9hs ~ 10hs
Se eu puser o master a 12hs, sobra grave pra caramba (talvez por ser um amp de baixo), e preciso fechar mais o grave pra 9hs
a maioria esmagadora não passa do 1,5 ou 2 se usarem 100W.... Cadê o punch aí?
Damping factor ou fator de amortecimento.
Gosto muito dessa definição
"Quando o alto-falante deixa de receber o sinal de um determinado som, seu cone tende a continuar vibrando na frequência daquele sinal que já não está mais sendo produzido, até "parar". Se viesse outro sinal, iria "pegar" o cone ainda vibrando indevidamente e misturaria tudo. Pois bem, se o sistema for bem "amortecido", o cone rapidamente parará de vibrar sem sinal, reduzindo as interações indevidas entre os sinais."
In https://www.htforum.com/forum/threads/damping-factor-alta-corrente-e-c ontrole-dos-graves.8739/#post-155644
Ou em termos técnicos, é a relação entre a impedância de entrada e saída (Zin / Zout = DF), que resulta em melhor controle sobre a excursão do cone.
Em todos os casos, isso muda na resposta dos transientes, e dos graves ficando firmes ou boomy. Nas palavras do Pedrone "ou firme ou com som de barril". 100W valvulados implicam em 4 Válvulas na saída, que estão ligadas em série-paralelo, ficando o dobro de uma só quando em AB push-pull (PP). 2 válvulas são metade de uma, pois estão ligadas em paralelo... Existem casos de duplo triodo em PP, como o HT1 citado acima...
Até mesmo se você considerar os guitarristas profissionais, tocando em estádios abertos, não precisam de mais de 15-20W num amp
Pois é! Mas a maioria dos guitarristas desse nível tem 40 anos, tocam desde 25~30 anos atrás. Gente que cresceu com um amp berrando pra caramba na bunda, porque não tinha recursos para monitoramento de qualidade. Sem papas na língua, consoles digitais são uma realidade a pouco mais de 15 anos...
Como que se vai tirar isso dos caras sendo que fazem assim por quase toda a carreira?
Jogar nos floor monitors e side funciona, mas é preciso se habituar, e na real, quanto menos coisas no monitor mais limpo o som que sai dele, então se o cara canta e toca já fica "marromeno". Tem certos problemas também, pois a guitarra tende a ressonar mais fácil - ainda mais se tu for o Tony Iommi. Tem quem conseguiu se habituar e usa amp só no backstage, as vezes até apontando pra cima (pessoal do country, jam bands, e bandas de apoio usam mui)...
Mesmo as bandas de médio-grande porte, também nem sempre são head liners, então nem sempre dá para levar seu back line, nem ter o back line a seu gosto em festivais. Nessas, tem muita banda que toca com ear geralmente, e as vezes acaba tocando no osso do peito... Pra nós o mais acessível de se informar sobre essa realidade, é o Kiko no Megadeth. Vale a pena assistir o cara, mesmo que (como eu) tu não goste do trabalho dele, é preciso reconhecer que é um baita profissional.
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Del-Rei Veterano |
# mai/17 · Editado por: Del-Rei
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Ismah Então, acho que é interessante pro músico entender só o básico do que é seu timbre (no sentido de equalização), para poder reproduzir isso nas diversas situações...
Isso eu já acho que seria obrigatório para qualquer um que se considere minimamente guitarrista, haha. Mas creio que com o tempo, esse tipo de coisa vai sendo assimilado automaticamente.
Se eu puser o master a 12hs, sobra grave pra caramba (talvez por ser um amp de baixo), e preciso fechar mais o grave pra 9hs
Exato. Aliás, o Master aberto gera graves que EQ nenhuma seria capaz de reproduzir (tem a questão física do deslocamento de ar, pressão, etc). E quando falo que o amp em volumes baixos me agrada, óbvio que não estou igualando a um som com o Master bem aberto, ou que aquele volume baixo é meu ideal de timbre. Claro que não.
Pois é! Mas a maioria dos guitarristas desse nível tem 40 anos, tocam desde 25~30 anos atrás (...) Como que se vai tirar isso dos caras sendo que fazem assim por quase toda a carreira?
Concordo. Dificilmente alguém está disposto a mudar um costume, e tende a olhar com preconceito coisas novas. Principalmente se considerarmos que a maioria dos sons digitais começou soando que nem peido. Mas eu vejo que as novas gerações estão tendo muito mais afinidade com o digital, e tem muita coisa boa sendo lançada.
Eu mesmo... Outro dia peguei o delay Timeline, e na boa... Tem que fazer quase um curso pra entender e acessar todos os parâmetros de ajustes daquilo ali. Provavelmente um guitarrista de 12-15 anos desvendaria tudo aquilo com os pés nas costas em cerca de 10min. E assim vai sendo feita a reciclagem das tecnologias, através das gerações.
Tem quem conseguiu se habituar e usa amp só no backstage
Cara, outro dia assisti a um show do Metallica (em março, no Lollapalooza, acho - deve ter no Youtube), e não havia amps no palco. Só umas caixas que pareciam uma espécie de retorno, sei lá. Puta que pariu, que visual horrível. Palco vazio. Visualmente, não curti. E sou do tempo em que o amp era parte do cenário, hehe. Não precisa aquela parede exagerada de amps, mas precisa do amp, microfonado, e tal... haha. Fetiche.
Mesmo as bandas de médio-grande porte, também nem sempre são head liners, então nem sempre dá para levar seu back line, nem ter o back line a seu gosto em festivais. Nessas, tem muita banda que toca com ear geralmente, e as vezes acaba tocando no osso do peito...
Já fiz muito show assim, inclusive sem passar som e e ainda sem retorno. E na maioria das vezes, nesses casos, o som no palco está um lixo. E aí entra a mágica do técnico de som, que tem que arrumar a bagunça toda, equalizar tudo e conseguir fazer o público receber um som decente do PA.
Como nem todo técnico de som é mágico, ou não está muito preocupado, algumas vezes o som pro público fica uma merda. E na maioria das vezes, o público leigo não tem noção da importância do técnico, e de cara julga que o som da banda é embolado porque a banda é ruim. Foda, rsrsrsrs.
Nos nossos shows mais importantes, sempre levamos nosso técnico, que já conhece o som da banda. Bem mais fácil.
Um aceno de longe!!!
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Ismah Veterano |
# mai/17
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Del-Rei Principalmente se considerarmos que a maioria dos sons digitais começou soando que nem peido. Mas eu vejo que as novas gerações estão tendo muito mais afinidade com o digital, e tem muita coisa boa sendo lançada.
A questão nem é digital vs analógico. Dá para usar tudo analógico, dentro de um case fechado (iso box) pra ter som em linha... To falando de ter um amp berrando ao pé do ouvido... Mesmo caso a outras coisas, como wireless e tal...
Banda média em diante o músico toca e faz sala, o resto é pra nós técnicos. E funciona assim a muito tempo, e dá certo! O músico tocando bem, e tendo um timbre razoável, o resto se resolve fácil...
assisti a um show do Metallica (...) e não havia amps no palco
Divirta-se
https://www.youtube.com/watch?v=LkLL4snr-W4
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Ismah Veterano |
# mai/17
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o público leigo não tem noção da importância do técnico, e de cara julga que o som da banda é embolado porque a banda é ruim
O técnico É PARTE DA BANDA. Se não for tratado assim, a banda só tem o que merece.
o Master aberto gera graves que EQ nenhuma seria capaz de reproduzir
HUMMMMM não rsrs Simulações estão aí pra isso. Dá para contornar de boa, e é essa a questão... O eq do amp não fica a coca toda, se consegue chegar bem perto. Mas dá para puxar num eq "perfeitamente", sim. Algumas bandas médias usam, justo para poder ter uma certa linearidade sonora em palcos variados... O show do Metallica acima devia estar na mente de cada músico que toca rock... Não usaram amps porque é uma bosta, os monitores estão no chão para afastar mais dos músicos (melhora a difusão, e faz drive+AF soar como uma coisa só).
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Del-Rei Veterano |
# mai/17
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Ismah A questão nem é digital vs analógico.
Hoje pode não ser, mas quando começou o digital, os guitarristas da época (e era desses que estávamos falando) não aceitaram tão fácil, visto a sonoridade sofrível. Os que aceitaram, provavelmente foi pela praticidade ou encomomia financeira. Estamos num processo de transição em que possivelmetne o digital vai ser maioria num futuro próximo.
To falando de ter um amp berrando ao pé do ouvido..
Eu ainda sou do tempo em que o amp precisa estar no palco, hehe.
HUMMMMM não rsrs
HUMMMM, sim, rs. Na boa, não rola ajustar EQ pra igualar a um Master aberto. Tem a questão do volume mais alto que a EQ não consegue da mesma forma. Com a EQ dá pra tentar minimizar a falta do peso e dos graves, mas não fica igual. Não mesmo. Existe o peso que só se chega com volumes altos, rs.
Um aceno de longe!!!
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Ismah Veterano |
# mai/17
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Não posso te forçar a crer em mim. Todavia, se partir do pressuposto de que a equalização flat, é a curva de Fletcher-Munson, já temos um começo. Ok, existe a manipulação de fase que o EQ trás, e blá blá blá... Mas dá para ter a mesma sonoridade sim...
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Ismah Veterano |
# jun/17
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Bem, eu andei bastante ocupado, tive problemas pessoais, e blá blá blá, que me levam a concluir que eu sou um bebê chorão...
Lá em cima me perguntaram sobre as diferenças entre usar diversos tipos de onda para medir a potência. Eis bem, que cheguei a resposta "reolhando" um vídeo (beijo na bunda Lisicel!) nada a ver com o tema, para ajudar nosso colega nivek com a questão de compressor...
A resposta é simples: CÁLCULOS!
Uma senoidal tem uma equação bem simples: Sen(x) ou no formato internacional, e mais usual em engenharia, Sin(x)
Já uma onda quadrada, tem uma fórmula bem mais complexa:
n=+∞ Σ 1 / ( 2n + 1 ) * sin [( 2n + 1 ) * n] n=0
Isso resulta em
sin(x) + 1/3 sin(3 * x) + 1/5 sin(5 * x) + 1/7 sin(7x) + ... 1/n sin (n * x)
Bem, mas poderíamos falar de que se deveria usar outra forma de onda quando se fala de áudio e blá blá blá blá blá blá blá...
Ok, mas temos que entender que de 90 pra cá, está cada vez mais fácil se obter esses resultados, mas quando os padrões foram estabelecidos, lá nos idos de 1900 e antigamente, NÃO ERA ASSIM FÁCIL...! Era um tempo que se precisava resolver quase tudo em lápis e papel. Também vale lembrar que o mesmo cálculo usado em amplificação, pode aparecer em outros lugares, e provavelmente são anteriores a amplificação em si, como as transformadas de Fourier que são anteriores a 1830(!)...
Ainda vale considerar que um circuito não cai do céu pronto, ele precisa ser projetado, e isso significa CALCULAR A (insira um palavrão) TODA, ainda que com calculadora, é de modo mais ou menos manual, não se aperta um botão e o circuito é criado... Temos realmente circuitos as pencas prontos, e praticamente não se projeta NADA NOVO em grande parte dos casos. Mas com certeza, sempre se pode remodelar estes circuitos, e quando se mexe digamos no transistor, CI, válvula etc, deve-se (em teoria) recalcular algumas coisas, para que se tenha o funcionamento ideal.
Em guitarra, a troca de válvula é comum, e trás outra sonoridade. Só que ali não se busca LINEARIDADE, se quer realmente que soe diferente...!
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krixzy Veterano |
# jun/17 · Editado por: krixzy
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