Duvidas sobre amplificadores para os mestres do fórum.

Autor Mensagem
Drinho
Veterano
# jun/15 · Editado por: Drinho


Queridos amigos guitarristas.

Eu não entendendo nada da parte eletrônica da coisa mas existem alguns fatores que me deixam encafufado e eu gostaria muito de uma explicação.

Porque existem amplicadores que soam tão claros, cheios e organizados mesmo sendo high gains (como o custom audio od100 ou o modelo do pedrone baseado em soldano)
Assim como amplificadores que soam tão claros e cheios mesmo sendo low gain (como um fender ou dumble style)

E existem amplificadores que praticamente só fazem barulho de maneira irritante, incompreensivel e borrada e você diminuindo a quantidade de distorção o som parece um pato morrendo (como a maioria dos amps que tem no mercado)

o que diabos precisa ter no amplificador pra ele soar grande, claro e bonito com frequencias acentuadas, sustain, corpo, personalidade, organização, sem que eu precise perder 3 horas com atenuadores, loops, 10 canais e equalizdores parametricos?

o que faz um amplificador ser mais sensível ao seu controle seja de pegada ou volume do instrumento do que outros?

Lelo Mig
Membro
# jun/15
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Drinho

Muito longe de ser mestre...menos, bem menos, mas vamos lá....rs. (Obs: de forma bem simplificada).

1- E mais importante de tudo. O PROJETO.

Um engenheiro eletrônico especialista em áudio (assim como um médico, não basta ser graduado, têm de ser especialista na área), sabe, em tese, como um circuíto se comportará só pelos cálculos e diagrama.

2- Análise de comportamento.

Em tese é uma coisa, na prática a coisa muda e apresenta variantes. Este bom engenheiro, quantifica e qualifica as possibilidades de porque seu protótipo não soa como o projeto e avaliando possibilidades e variantes promove substituição de alguns componentes, recalcula outros e etc.

3- Qualidade das peças utilizadas.

Como todo "insumo", existe matéria prima de melhor qualidade, com melhor controle de qualidade e cuidados na fabricação. O "construtor" não constrói estes componentes, ele trabalha, via de regra, com componentes existentes no mercado, e como em tudo, há de melhor e pior qualidade.

4- A construção.

Com bom componentes, nada adianta uma construção meia boca. É necessário cuidados especiais, precisão, organização, limpeza e etc. Não adianta botar um motor de Ferrari num Fusca. A fabricação tem de honrar o projeto.


Basicamente, é isso. Por incrível que pareça é muito parecido com a cadeia químico farmaceutica na fabricação de remédios (dada as devidas proporções, claro).

SpectrosGuitarman
Veterano
# jun/15 · Editado por: SpectrosGuitarman
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Drinho
acho que o Lelo Mig falou quase tudo, eu acrescentaria mais uma coisa:

5- Mercado
Não adianta voce fazer um amp maravilhoso hoje, que soe lindamente e amanha o mercado muda, vem ai uma banda que re-defina todos os parâmetros do que é som maneiro e não é. La pros anos 60, amp que distorcia era amp ruim.
Vai que num futuro próximo, a percepção musical geral mude e os "patos morrendo" ganhem o mercado?

Não sei se foi bem essa a sua pergunta, ou se você queria detalhes de circuitaria, mas cara, é uma somatória de fatores... Não da pra dizer que é só determinado componente. Muito do projeto de um amp se baseia em filosofias, escolas e convenções.

A grosso modo, se vc explodisse um amp em pequenos pedaizinhos, a cadeia de sinal seria dessa forma

Guitarra - Pre-amplificador -> equalizador -> Power -> Autofalantes
Qualquer amplificador no mundo segue essa estrutura.
Voce pode acrescentar coisas no pré, pode mudar o tipo de equalizador, pode utilizar variações para que o power interfira no sinal ou torna-lo apenas um multiplicador o que foi feito nos estágios anteriores, enfim, n fatores

Projeto é uma coisa maravilhosa cara, por isso sou projetista (infelizmente não de amps, mas conta também), kkkkkk

nichendrix
Veterano
# jun/15
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Drinho
o que diabos precisa ter no amplificador pra ele soar grande, claro e bonito com frequencias acentuadas, sustain, corpo, personalidade, organização, sem que eu precise perder 3 horas com atenuadores, loops, 10 canais e equalizdores parametricos?

Se quer som limpo, começa com muito headroom, se que distorção de power, potencia muito baixa (1-5W), se quer distorção de pré (mesa boogie e afins), precisa de muito sinal de entrada e pouca distorção de power.

O resto já falaram.

Agora é de se pensar que muitos dos sons mais foda de guitarra foram feitos com amps pequenos ou mesmo em linha, então é algo que depende mais do piloto do que carro. Se botar o Clapton pra tocar numa caixa amplificada Frahn ele ainda vai ter um timbre do capeta.

Drinho
Veterano
# jun/15 · Editado por: Drinho
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É uma coisa muito estranha.... E creio que a questão do piloto faz o maior sentido....

Porque eu toquei em vários aplicadores tops ou supostamente tops.... E em boa parte deles eu não tirei som de nada....

Fargen, two rock, od100, bludotone, soldano, blackstar s1, orange e blackfaces, de diversas potencias com muito pré ou pouco pré assim como muito power ou pouco power, com eq praticamente no meio. Em todos esses eu tirei sons que eu julgo bons, claros e grandes, com boas vozes, agradáveis para mim e para quem estivesse do lado, independente do estilo tocado.


Agora cara....os últimos Marshalls, laneys, boogies, peaveys, meteoros, carvins é impressionante só saia som de moleque em banda de hardcore... E eu queria saber se a culpa é só minha ou se tem fatores determinantes nos aparelhos. Porra, mesa boogie é supostamente bom e eu não sei tirar som dessa jossa.

NATAN P.D.S.
Membro Novato
# jun/15
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É difícil encontrar amplificadores bons pq os engenheiros sabem que guitarristas usam pedais e pedaleiras;
projetar um amplificador com um um sansamp gt-2 embutido, por exemplo custa caro

Hitman
Veterano
# jun/15
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NATAN P.D.S.
É difícil encontrar amplificadores bons pq os engenheiros sabem que guitarristas usam pedais e pedaleiras;

Nao sei nao cara... Apesar de eu ter pedal, gosto do meu som 90% das vezes com guitarra cabo e amp, mais nada e nao sou o unico nao..

Drinho
Porra, mesa boogie é supostamente bom e eu não sei tirar som dessa jossa.
Digo por experiencia, tendo dois mesas ao mesmo tempo. Mesa Boogie nao eh algo que se timbra em loja ou no estudio de ensaio, etc. Levei semanas pra achar timbre que me agradou em um dos amp e o outro desencanei antes de conseguir timbra-lo, e olha que fiquei com ele por quase dois meses.



Quero acompanhar essa conversa...

Drinho
Veterano
# jun/15
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O meu caso é guitarra direto também... Não por achar pedal ou pedaleira pior, apenas por não ter saco de ligar...
Sendo guitarra direto dependo mto do AMP ser inspirador pra mim kkkk

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jun/15
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Hitman
qual mesa boogie você teve? eu mexi em 3 até hoje. um foi o mesa boogie triple rectifier, amp não cabeçote, e tinha achado ruim demais, muito sujo e sem definição. sai com péssima impressão dele. Outro foi um pequeno, acho que mark I e também não me agradou. Ano passado fiz um ensaio com um mesa boogie dual rectifier roadster e adorei o amp. Nunca tive muitas oportunidades para mexer nele mas parece que alguns modelos não são simples de timbrar.

Hitman
Veterano
# jun/15 · Editado por: Hitman
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Drinho
Eu enjoo rapido do efeito. Gosto do som nu e cru!! haha

Luiz_RibeiroSP
Triple recto em combo? acho que esta enganado cara. Acredito que nao tem ele em combo, porem posso estar errado.

Possuo ainda hoje o Roadster e o outro foi o Mark V. Ja toquei em various outros duals e triples. Depois que se pega o jeitinho deles, nao fica taaaao complicado. Mas Mesa no geral eh chato pra cacete timbrar...
O Mark V mesmo mandei embora so conseguindo timbrar o primeiro canal. Os outros dois so me davam dor de cabeca. Eu SABIA que o timbre estava la, mas era muito, mas muito dificil chegar la...
Eu vendi mais porque sao dois amps relativamente caros e parecidos demais pra eu ter naquele momento. Vendi mais porque nao fazia muito sentido te-los, nao por desgosto. Ainda quero ter outro Mark num futuro nao tao distante.
De qualquer forma, acho que o Roadster eh o "hidden gem" da linha dos rectifiers. Muito versatil e nao da dor de cabeca como o Road King.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# jun/15
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Hitman
Verdade, acho que me enganei. Faz muito tempo que mexi com esse amp, foi em 2000 e mesa boogie não era famoso como hoje, pelo menos pra mim :)
No final acabamos ficando com o que podemos pagar e manter, eu sempre sonhei em ter uma pilha de marshall igual Slachiii, mas espaço, ouvido pra suportar o barulho e $ não são suficientes. hoje tenho um AX84 que montei e ja é o suficiente pra acabar com minha audição sonora, dentro da minha casa.

SpectrosGuitarman
Veterano
# jun/15
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Luiz_RibeiroSP
Cara, nada a ver com a discussao ai, mas como é o ax84?
Eu queria montar um pra mim, usar ele como plataforma de testes...
Tem vídeo? Vc comprou aquele kit dele ou arranjou os componentes por aqui?

JJJ
Veterano
# jun/15
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Acrescentando alguns poucos centavos a tudo que já foi falado...

Muitas vezes o ampli simplesmente não "casa" com a guitarra... O ampli X fica maravilhoso com uma Strato, mas se colocar uma Lespa não soa bem - ou vice-versa. Acontece.

Muitas vezes o ampli que está com o som meio xoxinho, se ganhar um simples booster na frente, já vira um ampli dos sonhos! Há que se testar essas alternativas...

Finalmente, o local onde o ampli está também é determinante. O ampli tem que "casar" com a acústica do lugar.

Drinho
Veterano
# jun/15
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Eu SABIA que o timbre estava la, mas era muito, mas muito dificil chegar la...

É.... eu senti isso com o royal atlantic....

tipo, cara esse amplificador é muito foda mas eu não to sabendo usar que raaiva!

boblau
Veterano
# jun/15 · Editado por: boblau
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Drinho

o Lelo Mig definiu muito bem as necessidades de um ampli para que ele seja muito bom.

Com relação aos seus relatos e dos outros colegas, o que fica é uma realidade que o SpectrosGuitarman colocou.

Amplis de guitarra bons mesmo, são aqueles que o mercado reconhece, principalmente os amplis que os grandes guitarristas usam. Desta forma eles se tornam icônicos. E por consequência, caros.

Usei muito Marshall. E funciona assim: Um JCM 800, um Plexi, um Superlead, um JTM 45 são icônicos porque soam muito bem. Tem tudo o que vc pede acima. O resto da linha está abaixo disso em suas faixas de preço (começando com os JCM 900 que estariam numa nota 9). Na Fender acontece a mesma coisa, com os Twin, Bassman, Vibrolux, etc. Aí vem o resto da linha. Vox, Mesa, Randall, etc. todos seguem esta linha.

O que diferencia? O mercado. O cara quer tocar num Marshall, mas só quer pagar R$ 500,00. A Marshall faz o melhor que pode para entregar um ampli de R$ 500,00. Pode-se dizer que seria um tiro no pé do ponto de vista de marketing, pois uma marca consagrada lança uma linha barata - mas se ela não fizer, alguém vai lá e faz...

Onde entram os amplificadores hand-made? Eles preenchem esta lacuna mercadológica entre uma fortuna para ter um ampli top de linha, e ter o som dele a um custo razoável. E fazem um trabalho notável. Por que? Porque se não fizerem, não vende. Ampli hand made meia boca ninguém compra.

Indo um pouco pelo lado técnico, o que diferencia bastante um ampli com a dinâmica que você está pedindo e de um que tem um som, digamos "padronizado" é a compressão do sinal. Com isto os projetistas não precisam colocar componentes com mais folga e melhores, pois sabem que o sinal da guitarra não irá ultrapassar limites que poderiam prejudicar componentes. Aí a dinâmica fica "comprimida" dentro desta faixa e embola tudo. Mas é um Marshall??? Pois é.....

Aí nada mais interfere no som - captador, pegada, madeiras, cordas, pontes, etc. Vira uma coisa só.

nichendrix
Veterano
# jun/15
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Luiz_RibeiroSP
Em 1999 existiam poucos rectos em formato combo, Recto-verb, Trem-o-Verb, Blue Angel e o Maverick. Pra mim o Blue Angel e o Trem-o-Verb são os melhores amps que a Mesa já fez na história dela, com uma menção honrosa para os Mark IIc e Mark III.

nichendrix
Veterano
# jun/15 · Editado por: nichendrix
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boblau
Usei muito Marshall. E funciona assim: Um JCM 800, um Plexi, um Superlead, um JTM 45 são icônicos porque soam muito bem. Tem tudo o que vc pede acima. O resto da linha está abaixo disso em suas faixas de preço (começando com os JCM 900 que estariam numa nota 9).
Na Fender acontece a mesma coisa, com os Twin, Bassman, Vibrolux, etc. Aí vem o resto da linha. Vox, Mesa, Randall, etc. todos seguem esta linha.

Sinceramente aí tem um monte de opinião e muito pouco fato cara.

Marshalls, especialmente os anteriores a 1981 são amps que não foram feitos necessariamente para soar bem, eles são basicamente modificações do projeto dos Fender Bassman, Champ e Deluxe pra dar o que se queria na época, potência e distorção fácil. Eles não eram amplificadores lá muito confiáveis e davam defeito por qualquer coisa, mas tinham uma vantagem também eram muito fáceis de modificar.

Essa tendência a dar defeito e a facilidade de modificar é o que contribui pra você quase nunca achar um Marshall vintage que seja totalmente nas especificações do projeto deles. Por exemplo, quando a Marshall fez o Reissue do JTM45/100 para a edição Jimi Hendrix, só acharam 2 amps no mundo inteiro que ainda eram 100% originais para estudar, já que o Jimi não modificava os amps, só trocava as valvulas EL34 por 6550 quando estava nos EUA (além de deixar o bias lá em cima pra saturar mais), um desses 2 amps foi vendido uns anos atrás num leilão por 100 mil dólares. A mesma coisa acontece com os Plexi 1959, a Marshall achou uma meia duzia stock pra poder tentar reconstruir pra linha Hand Wired e quando decidiram lançar o signature do Randy Rhoads, tiveram que ir atrás do amp original, porque apesar das modificações dele terem sido feitas em fábrica, eles nem sabiam o que tinha sido feito de fato.

Outra coisa é que essas marcas não trabalhavam com o conceito de linha de produto até meados dos anos 80. Na boa, não tinha uma linha de Fenders ou de Marshalls que era de mais qualidade e de menos qualidade, eram basicamente feitos pelas mesmas pessoas, com basicamente os mesmos componentes e a qualidade variava horrores tanto pros componentes quanto pela construção dos amps.

Quem começou o conceito de linha dos Marshall foi o JCM800, nem tanto porque queriam criar uma linha, mas porque o fim do contrato com o distribuidor forçou eles a diferenciar os 2003 de 1981 em diante dos fabricados entre 1978 e 1981. Pouco depois a Marshall começou a lançar diferentes versões dos JCM800, mas por questões obvias ainda mantinha o 1959 em linha até 1985 aproximadamente, já que era o irmão famoso dos JCM800.

O que diferenciava os modelos de Fender até os anos 80 era basicamente a potência e alguma ou outra diferença minima no circuito, por exemplo, os combos black face tinham canal vibrato, mas para alguns existiam as versões em head que em geral não tinham vibrato no canal 2 porque eram feitos tanto para guitarristas quanto baixistas.

A Fender começou a trabalhar com o conceito de linha nos anos 80, quando passou parte da produção pro Japão, o Paul Rivera projetou duas linhas de amps para a Fender, uma Solid State fabricada no Japão e uma Valvulada fabricada nos EUA. Antes disso você pode pegar os catálogos da Fender que todos listavam os amps por potência e eventualmente pela opção de falantes.

De qualquer forma os problemas de qualidade de construção das duas marcas (entenda qualidade como a capacidade de produzir dois amps do mesmo modelo de forma que eles soem praticamente iguais), só foram realmente resolvidas nos anos 90. Nos anos 80 os Marshall ainda variavam pra caramba e os Fender japoneses SS eram bastante regulares, mas os valvulados variavam pra caralho de unidade pra unidade. Os primeiros valvulados da Fender que eram realmente tinham essa qualidade na produção foram os Blues Deluxe e Blues Deville e depois os offshots deles a linha Hot Rod.

A linha Reissue sempre foi criticada por não ter exatamente o som dos originais, não porque tivesse menos qualidade, ou porque fossem piores, mas porque ao contrário da Marshall que o departamento que projetava os amps era uma bagunça, a Fender tinha os projetos de todos os circuitos e sabendo das variações, decidiu lançar todos os reissue com as especificações de circuito, como hoje componentes e industrialização permite que eles saiam iguais um ao outro (ao menos tão iguais quanto é possível se chegar), não se consegue os sons dos originais com esses amps. A verdade é que ninguém faz idéia de como deveria soar um Bassman, Vibrolux, Deluxe ou Twin vintage porque cada um deles soava diferente um do outro. Tanto que o Keith Richards persegue os Tweed Twin fabricados no mesmo dia que o dele, porque depois de muito testar, viu que eram muito diferentes entre si.

Indo um pouco pelo lado técnico, o que diferencia bastante um ampli com a dinâmica que você está pedindo e de um que tem um som, digamos "padronizado" é a compressão do sinal. Com isto os projetistas não precisam colocar componentes com mais folga e melhores, pois sabem que o sinal de da guitarra não irá ultrapassar limites que poderiam prejudicar componentes. Aí a dinâmica fica "comprimida" dentro desta faixa e embola tudo. Mas é um Marshall??? Pois é.....

Sinceramente, qualquer pessoa que fale de valvulado e diga que eles tem uma boa dinâmica, não sabe o que é compressão, porque a principal característica do som de amp valvulado é justamente ter uma compressão violenta que não deveria ter, especialmente com distorção.

Isso inclusive é a grande diferença dos Mesa/Boogie, tanto que o Randall Smith, que odeia esse som comprimido de valvulado, projetou os Mesa pra na medida do possível distorcer apenas o pré, justamente para diminuir a compressão neles.

Drinho
Veterano
# jun/15
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Indo um pouco pelo lado técnico, o que diferencia bastante um ampli com a dinâmica que você está pedindo e de um que tem um som, digamos "padronizado" é a compressão do sinal. Com isto os projetistas não precisam colocar componentes com mais folga e melhores, pois sabem que o sinal da guitarra não irá ultrapassar limites que poderiam prejudicar componentes. Aí a dinâmica fica "comprimida" dentro desta faixa e embola tudo.

AHHH será que é isso?

Porque cara... esse negócio da potência eu percebi que não fazia muito sentido....

Levando em consideração minhas experiências com os aparelhos de 100w

custom audio od 100, fender twin e orange rockerverb 100

independente da posição dos volumes os amplificadores soavam extremamente domáveis, gostosos, inspiradores, na jazz ou no rock, sons lindos de guitarra..... e sem ensurdecer ninguém, e com a parada alta era lindo também, melhor ainda.... mas a sensação era de bom... eu tenho esse ampli na minha mão... eu quero esse som que tá na minha cabeça, eu procuro e acho...

os outros eu não sei, ah eu quero um som limpo, ai o limpo era uma porcaria com qualquer jogo de pré e power possível....
eu quero um blues .... som magro, feio, estridente.....

eu quero rock dos anos 70 ... som magro feio e estridente...

eu quero hardrock e metal .... uma vespa de incomodar qualquer um....

eu falei bom to lascado porque os amplificadores que eu gostei em sua maioria custam uma fábula.....

ogner
Veterano
# jun/15
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Olha, nao sei se alguem comentou!
Mas ja li que em alguns circuitos os trafos fazem um diferença grande, timbristica ate!!

Aguardemos confirmaçoes!!
E se de fato isso ocorre; como diabos um trafo pode influenciar
Em frequencias?!?! O.o

Hitman
Veterano
# jun/15 · Editado por: Hitman
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nichendrix
existiam poucos rectos em formato combo, Recto-verb, Trem-o-Verb, Blue Angel e o Maverick.
Exato!

ogner
Uma epoca atras li bastante sobre o assunto.
Realmente eh uma modificacao comum, Principalmente em Marshall reissue..

A esperando alguem mais estudado no assunto para comentar!

nichendrix
Veterano
# jun/15
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ogner
Hitman

Trafos fornecem energia pra válvulas, esse fornecimento pode ser melhor ou pior dependendo da qualidade/construção do trafo. Se ele não está dimensionado adequadamente ou não entrega a corrente da forma que deveria ser, a voltagem cai quando o sinal é muito forte, o que causa o famoso Sag. Também tem transformadores, especialmente os ruins que não conseguem entregar correta consistentemente, então a voltagem fica oscilando ao invés de ficar no valor especificado ou muito próximo dele. Enfim existem várias formas como trafo pode influenciar o timbre, já que eles quem fornecem a corrente necessária pra válvula funcionar, se ele entrega o que a válvula precisa, ela funciona como deveria, se não, ela sai fora dos parâmetros normais.

Numa comparação bem grosseira, imagina olhar pruma luz incandescente e ver ela funcionando da forma correta, depois ver ela oscilando, e ver ela em picos ou quedas de tensão/fase. A mesma coisa acontece na válvula dependendo do que está rolando no trafo. Por exemplo, a única forma de conseguir o som famoso dos Marshall dos anos 60 e 70 é usando trafos que entreguem um pouco mais de voltagem do que a voltagem nominal das válvulas, mas que não sejam muito lineares nessa resposta, assim você tem a válvula distorcendo e um amp em que se tem saga mais fácilmente.

nichendrix
Veterano
# jun/15
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Drinho
fender twin [...] independente da posição dos volumes os amplificadores soavam extremamente domáveis, gostosos, inspiradores, na jazz ou no rock, sons lindos de guitarra..... e sem ensurdecer ninguém

Acho que você já está surdo, Fender Twin é um animal de alto já com o volume no 2.

Drinho
Veterano
# jun/15 · Editado por: Drinho
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nichendrix

Não é possível, ou eu to surdo o amplificador tava com problema.....
Eu não percebo esse volume diabólico todo....

eu percebo isso com cabeçotes distorcidos em caixa de 4x12

se bem que a Dra. Carla minha médica de ouvidos e nariz me disse que minha produção de cerume é além do normal o que pode prejudicar em alguns momentos minha percepção auditiva....

ogner
Veterano
# jun/15
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Drinho
Cara, eu ia comentar em outro topico ae, sobre potencia de amp q tava rolando, mas preferi nao falar. Hehehe

Vc é surdo!

Ahuehaejaheu

ogner
Veterano
# jun/15
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nichendrix
Valeu velho!! Bem simples e obvia ate a explicaçao mas eu nao sabia!! :)

Drinho
Veterano
# jun/15
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ogner

cara eu juro por deus!

eu só considero algo extremamente alto quando dá pontada no ouvido e eu só percebi isso com cabeçotes enormes em caixas 4x12 com o volume no fim.....

quando eu pego amplificador de 20 watts pra tocar eu nem faço muita cerimonia... eu já rolo até o final e saio tocando.....

ogner
Veterano
# jun/15
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Drinho
Acho q vc precisa ir no MMI( dr. Mauricio)
Hehehehe!!

Drinho
Veterano
# jun/15
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ele mexe com essa parte? se for vou ter que marcar uma consulta.....
eu vou falar pra vocês de coração, eu estourei um twin reverb com o cubo na minha cara na crocodile com uma fender 63 e sai de lá fascinado e feliz com o som.....
eu juro pela minha mae... nao é conversa fiada nao!

não sai reclamando do barulho....

kkkkk


vai entender né.....

nichendrix
Veterano
# jun/15 · Editado por: nichendrix
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Drinho
eu só considero algo extremamente alto quando dá pontada no ouvido e eu só percebi isso com cabeçotes enormes em caixas 4x12 com o volume no fim.....

Mais uma prova que você está surdo, porque pontada no ouvido é o sinal que seu ouvido está sofrendo danos imediamente, quase sempre irreparáveis. O MMI é otorrino, ele pode te explicar isso 1 milhão de vezes melhor que eu.

quando eu pego amplificador de 20 watts pra tocar eu nem faço muita cerimonia... eu já rolo até o final e saio tocando.....

Outro indício que você provavelmente não tem mais a percepção normal porque um amp de 20W no talo é mais ou menos a mesma coisa que um de 50 no 9,5 ou um de 100 no 8,5. A relação potência e volume percebido não é linear, por exemplo, um amp de 100W vai ter mais ou menos o dobro do volume de um de 10W, pra você ter o dobro de um de 20, são algo em torno de 200W.

ogner

Cara, até onde eu sei qualquer diferença em timbre por conta do trafo é relacionada a isso, mas sempre tem os caras que dizem que fio de ouro é melhor que de cobre que consegue perceber o 0,000000000000000000000001% de diferença, etc.


Drinho
ele mexe com essa parte? se for vou ter que marcar uma consulta.....
eu vou falar pra vocês de coração, eu estourei um twin reverb com o cubo na minha cara na crocodile com uma fender 63 e sai de lá fascinado e feliz com o som.....
eu juro pela minha mae... nao é conversa fiada nao!

não sai reclamando do barulho....

kkkkk


vai entender né.....


Você é surdo e não sabe, na Two Tone nunca rolou nem de botar amp de 5W no talo sem aquele piqueiro de guitarra começar a soar a A em ressonância com a que está sendo tocada.

Drinho
Veterano
# jun/15
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nichendrix

entao eu to surdo.... vou marcar uma consulta...

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