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Jhenrique Vst Membro Novato |
# jan/18 · Editado por: Jhenrique Vst
Fala pessoal, tudo bom!?
Então, sou do interior de SP, hoje moro em Londrina, e, Deus lá sabe como, adquiri um sotaque caipira, muito muito caipira! Do tipo baiano/nordestino. De verdade. NÃO É EXAGERO.
Talvez tenha sido muito uso de aparelho, sei lá.
Mas e agora, como faço pra recuperar meu sotaque paulistano-sulista?
PS: Também quero aprender a cantar. Será que vou direto num professor de canto ou devo passar antes num fonoaudiologo?
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Lelo Mig Membro
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# jan/18
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Primeiro comece obtendo conhecimento correto:
Sotaque "Caipira" é justamente o de quem é do interior de São Paulo. Caipira é um termo comum a quem é do interior, em especial da roça, em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso.
Desta feita, sotaque Baiano/Nordestino, não é sotaque caipira.
Segundo, geralmente se adquire sotaque pelo convívio, ouvindo muito os falantes locais e interagindo com eles. Ninguém desenvolve sotaque "do nada" ou usando aparelho.
Então, provavelmente, você não adquiriu sotaque e sim defeito na dicção e articulação, isso sim, em tese, poderia ocorrer por uso de aparelho.
Procure um fonoaudiólogo.
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Ismah Veterano |
# jan/18
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Jhenrique Vst quero aprender a cantar. Será que vou direto num professor de canto ou devo passar antes num fonoaudiologo?
Raul também deveria ter procurado um fono... E a Pitty então? Puta sotaque nordestino, e horrível de ouvir...
"Coé", que droga tu usou cara?
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Beto Guitar Player Veterano |
# jan/18
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O cara é do interior de SP, mora no Paraná e diz que tem sotaque caipira da Bahia? (isso sendo que na Bahia não existe sotaque caipira, existe apenas sotaque baiano.)
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Wade Membro Novato |
# jan/18
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Mas hein? Sotaque não se "pega" assim instantaneamente não, jovem. A não ser gente imbecil que fica forçando.
E sotaque nordestino não é "sotaque caipira".
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entamoeba Membro Novato |
# jan/18
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É que em São Paulo tudo que é depreciativo é associado ao nordeste.
A cidade é muito diversa, é claro. Tem pessoas incríveis por lá. Mas pega como amostragem aquele sujeito mediano que trabalha em escritório, de camisa social e gravatinha, para ver como a coisa é feia!
É por ter vivido isso de perto que o sotaque do paulistano é o que me causa um certo asco - quanto mais forçado, pior. Nada calculado, é involuntário mesmo.
Contudo, reproduzir o sotaque do paulistano é fácil. É só falar com o R caipira por um tempo e depois ficar com vergonha disso. Fazendo isso e enfatizando as sílabas tônicas do gerúndio, já tá com meio caminho andado.
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makumbator Moderador
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# jan/18 · Editado por: makumbator
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Após algum tempo da minha mudança de Brasília para São Luís-MA meu sotaque mudou levemente (e isso as pessoas de Brasília sentiram quando conversava com elas). Aí quando vim pra Juiz de Fora aconteceu coisa parecida. Após alguns anos eu perdi a forma de falar de São Luís e comecei a falar mais como um carioca do brejo (ou seja, de Juiz de Fora).
Tudo isso é leve, mas as pessoas percebem, e a gente mesmo nem nota a mudança.
entamoeba
Mas o sotaque paulistano é diferente do sotaque do interior do estado. Na capital o R não é tão rolado como nos caipiras.
Beto Guitar Player (isso sendo que na Bahia não existe sotaque caipira, existe apenas sotaque baiano.)
Tem sotaque do interior da Bahia sim. Os sertanejos falam de maneira diferente que o pessoal da capital
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Beto Guitar Player Veterano |
# jan/18
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Tem sotaque do interior da Bahia sim. Os sertanejos falam de maneira diferente que o pessoal da capital
makumbator
Eu nasci e morei na Bahia por 10 anos. Confesso que nunca fui em Salvador (nasci na região da Chapada Diamantina), mas nunca percebi diferença de sotaque entre regiões diferentes. Entretanto o que muda com certeza é o grau de instrução intelectual, extensão do vocabulário, etc. Alguém que mora no sertão usa dialetos diferentes com certeza, mas não necessariamente por diferença de sotaque. De qualquer maneira, uma pessoa fala diferente da outra, mesmo que morem na mesma rua.
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makumbator Moderador
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# jan/18
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Beto Guitar Player
Meu pai trabalhou na Bahia por uns 5 anos um pouco antes de se aposentar. Ele ficava transitando entre o sertão e a capital (o trabalho propriamente dito era no interior mas a administração em Salvador). Segundo ele, as diferenças são perceptíveis (além é claro das diferenças que você citou: vocabulário, níveis de instrução e variações de pessoa para pessoa).
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entamoeba Membro Novato |
# jan/18 · Editado por: entamoeba
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makumbator Mas o sotaque paulistano é diferente do sotaque do interior do estado. Na capital o R não é tão rolado como nos caipiras.
Justamente! Ele é um R de quem tem vergonha de falar o R caipira. Desconfio que a formação do sotaque do paulistano tem muito a ver com a negação do sotaque do interior do estado.
Para o meu ouvido, o R paulistano é um R que é colocado com muito esforço. Sobra aquela trepidação na ponta da língua. Se o R que eu falo é uma semifusa, o do paulistano é uma colcheia. É uma afirmação da negação ao sotaque caipira!
O R caipira é com a língua mais atrás (sem duplo sentido), o R da capital é com a ponta da língua próxima aos incisivos. Já o R carioca/português é escarrado. Acho que só temos esses três.
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Ismah Veterano |
# jan/18 · Editado por: Ismah
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Os sertanejos
Tem sertão na Bahia?
(and now... Run toooo theee hiiiiiills, ruun for your liiiiiv's)
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makumbator Moderador
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# jan/18
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entamoeba Justamente! Ele é um R de quem tem vergonha de falar o R caipira. Desconfio que a formação do sotaque do paulistano tem muito a ver com a negação do sotaque do interior do estado.
Na origem pode ter sido isso mesmo que aconteceu.
Ismah Tem sertão na Bahia?
(and now... Run toooo theee hiiiiiills, ruun for your liiiiiv's)
Hahahah! Boa lembrança! vamos começar a treta!
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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entamoeba makumbator
"Desconfio que a formação do sotaque do paulistano tem muito a ver com a negação do sotaque do interior do estado."
Desculpem amigos, mas isso não procede. Sou paulistano de nascimento e vivo, hoje, no interior há algum tempo.
E não é por ser paulista, não trata-se de defender meu Estado, mas, apenas passar a afirmação correta.
O sotaque característico de "esticar o R" em palavras como porta, verde, e etc. típico do caipira, nasceu na capital, antes da chegada dos imigrantes. É o resultado do português colonial + o tupi guarani.(segundo o professor Manoel Mourivaldo Almeida da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo).
Ele foi "levado" para o interior pelos Bandeirantes. São Paulo praticamente nasceu na Capital e não o contrário).
Com a chegada dos imigrantes (primeira leva, principalmente de italianos e espanhois, depois alemães, sírios, e dezenas de outros povos) o paulistano foi perdendo este sotaque. Em seus primeiros seculos a capital de São Paulo (capitania de São Vicente, depois Capitania de São Paulo) era uma Babel com dezenas de idiomas sendo falado por todos os cantos.
No interior permaneceu mais "virgem" devido a menor influência. Tanto é, que raras exceções, quanto mais interior, mais se estica o rrrrrrrrr.
entamoeba
O Paulistano em geral não tem problema algum com o interior. Muito pelo contrário, costumam ter orgulho de terem um interior rico, desenvolvido e próspero como o nosso. Haja visto que nos rankings de melhores cidades do Pais (IDH e etc.), entre as 30 primeiras do Brasil, 17 são de São Paulo.
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makumbator Moderador
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# jan/18 · Editado por: makumbator
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Lelo Mig
Então, mas o que o entamoeba comentou não é se aquele sotaque característico do interior de SP é ou não originário da capital, mas sim que aos poucos seu uso foi dando lugar ao sotaque que hoje se chama de paulistano em virtude de vergonha das pessoas da capital em parecerem caipiras.
Não sei se tem algum fundamento, mas me parece que o argumento dele é esse, e não se o sotaque caipira paulista surgiu ou não na capital e se foi antes ou depois do sotaque paulistano.
O Paulistano em geral não tem problema algum com o interior. Muito pelo contrário, costumam ter orgulho de terem um interior rico, desenvolvido e próspero como o nosso.
Pra te falar a verdade, eu sempre gostei mais de visitar as cidades do interior de SP do que a capital. Minha irmã por exemplo graduou-se em Rio Claro (Unesp), e ainda hoje adora a cidade. Conheço várias das cidades do interior paulista, e a maioria sempre me pareceu muito boa para os padrões brasileiros.
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JJJ Veterano
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# jan/18
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Esse negócio de sotaque é muito engraçado... às vezes tu anda 50 Km de uma cidade pra outra e o jeito de falar já é todo diferente.
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makumbator Moderador
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# jan/18
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JJJ Esse negócio de sotaque é muito engraçado... às vezes tu anda 50 Km de uma cidade pra outra e o jeito de falar já é todo diferente.
É bem bizarro mesmo. Sem contar as palavras e expressões diferentes. Quando eu fui com a família pra São Luís minha mãe preparou um pequeno "dicionário" de palavras e expressões locais. Era bem engraçado. No início eles não entendiam muito bem o que a gente falava e a gente também tinha dificuldade com o jeito local de falar.
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator
Eu entendi Makumba, mas o que estou dizendo é que não perdemos o sotaque "por vergonha" mas por influência.
Existe uma realidade aqui (lá na Capital, não moro mais lá....rs) que não é muito comum na maioria dos outros locais do Brasil, mas para voce ter uma ideia, quando era criança vivi por mais de 20 anos numa rua que tinha:
2 Familias portuguesas, 1 espanhola, 1 russa, 2 italianas, 1 japonesa, 2 afro decentendes, 1 egipicia, 2 alemãs e 1 ucraniana.
Estes eram meus vizinhos... Isto é SP Capital.
O interior se manteve mais preservado.
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makumbator Moderador
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# jan/18 · Editado por: makumbator
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Lelo Mig Eu entendi Makumba, mas o que estou dizendo é que não perdemos o sotaque "por vergonha" mas por influência.
Isso aí já não sei...
Mas e você? As pessoas que ficaram sem te ver quando se mudou e depois ao te reencontrar comentaram que sua maneira de falar mudou? Ou não aconteceu isso contigo?
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fernando tecladista Veterano |
# jan/18
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Haha uma amiga minha do interior de sp ficou uns 3 meses no sul e voltou falado leite quente
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator
"Mas e você?"
Não adquiri sotaque do interior não, falo igual o pessoal da capital ainda.
Mas creio que por dois motivos:
Vim para o interior com uns 36 anos, ou seja, foi muito tempo de capital.
Segundo, a cidade que vim (Vinhedo), é meio que uma "cidade dormitório", o pessoal nativo puxa o erre mas metade da população é paulistana, então a cidade não tem muito sotaque.
Mas, meu filho, nascido aqui, as vezes manda uns "porrrrrrta", "verrrrrde".......kkkkkkkkk.
Obs: Eu gosto de sotaque. De todo o Brasil, todas as diferenças.
Acho rico, bonito, da uma cor a cada região. E sou músico, gosto da sonoridade e da riqueza sonora.
Essa coisa de "não gostar de sotaques", achar um sotaque feio ou relaciona-los a defeitos de alguma região, geralmente tem um fundo bairrista, um "Q" de xenofobia... cheira a papo de "supremacias"...
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Ismah Veterano |
# jan/18
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makumbator
Eu tenho sotaque gringo naturalmente, aprendi a falar primeiro alemão - apesar de aparentar pouco na primeira impressão, só o porte é que entrega... Tu não é leigo, sabe que alemão é muito diferente de falar português, e ter português como segunda língua não ajuda... Eu nunca me adaptei bem a pensar em português! O curso de locução dá uma melhorada, mas me sinto mais confortável e seguro no alemão. Até me viro bem no hoch deutsch, mas também sofro com os sotaques regionais.
Lelo Mig Essa coisa de "não gostar de sotaques", achar um sotaque feio ou relaciona-los a defeitos de alguma região, geralmente tem um fundo bairrista, um "Q" de xenofobia... cheira a papo de "supremacias"...
Claro que é! Mas é muito difícil se desligar disso, tudo que é diferente a tendência natural e inicial é a rejeição... Quantos animais albinos são expulsos do grupo em que nasceram? A xenofobia, só é controlada porque somos sapiens sapiens...
Pode apostar que em pouco tempo eu viro o alemão, se morando num lugar de matriz não-alemã... Tenho relatos direto de que pessoas próximas viraram piada na faculdade...
O alemão se envergonha, má zá il 'taliano... Siamo tutti gringo loco! Esses mandam um palavrão, e se divertem...
https://www.youtube.com/watch?v=gicV285TRdI
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah
Muito bom este video!
"Quantos animais albinos são expulsos do grupo em que nasceram?"
Amigo, muito cuidado nesta hora. Não podemos justificar com um instinto primitivo um desvio de conduta de uma espécie que vive em sociedade há milênios.
O problema do Brasil nunca foram os brasileiros, muito pelo contrário. Por séculos aceitamos toda a sorte de fudidos do mundo inteiro, assolados por guerras, fome, doenças, desemprego e miséria, que vieram dar nestas terras em busca de uma chance.
Acontece, que principalmente o europeu, em sua arrogância e cultura predatória de explorador, aproveitou o que lhe foi dado, fez sua roça no fundo do quintal, só fala em sua lingua natal com o vizinho vindo do mesmo País e, nem a lingua portuguesa, fez questão que seus filhos aprendessem.
Não leve a mal, não é pessoal, tambem sou de familia européia.
Mas é necessário enxergarmos que este discurso do imigrante que se estabeleceu aqui, não voltou para seu País de origem, e ainda fala mal do Brasil e trata o povo nativo como inferior é uma cultura perigosa e mentirosa.
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Beto Guitar Player Veterano |
# jan/18
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Essa coisa de "não gostar de sotaques", achar um sotaque feio ou relaciona-los a defeitos de alguma região, geralmente tem um fundo bairrista, um "Q" de xenofobia... cheira a papo de "supremacias"...
Eeeeeeita sô, mar num é que a discussão chegou num alto nível?! (pergunta retórica)
Vou aproveitar e contar uma coisa que eu nunca contei a ninguém na minha vida... Sou baiano e me mudei pro interior de SP com quase dez anos (hoje tenho 31). Lembro até hoje que, quando entrei na escola, quarta série, ao me apresentar, eu já falei que eu tinha vindo da Bahia e tal (pra mim a coisa mais normal do mundo). A professora me adorou e sempre me elogiava em tudo que eu fazia, mas meus colegas me zoavam (nada de muito terrível, era mais coisa de criança tonta). Quando fui para a quinta série, mudei de escola novamente e a primeira coisa que fiz, foi esconder minha origem. Lembro que o abecedário que eu tinha aprendido, tinham algumas pronúncias diferentes, então comecei a estudar a forma com que as pessoas por aqui pronunciavam e me forcei a aprender o caipirês daqui do interior de SP. Assim mantive minha vida, nunca dizia de onde eu era realmente e quando dizia, alguém sempre falava "nossa, eu nunca imaginei, porque você não tem sotaque". A verdade é que eu sobrepujei meu sotaque raiz pelo "normal" daqui.
Hoje eu acho isso uma babaquice tremenda e se alguém quiser comprar briga comigo, é falar mal da minha terra natal. Esse lance de xenofobia acontece muito ainda, é como o famoso "preconceito" contra gente de cor "preta". Todo mundo fala que não tem, mas metade dessas pessoas têm sim, mas fingem que não.
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JJJ Veterano
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# jan/18 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig O problema do Brasil nunca foram os brasileiros, muito pelo contrário. Por séculos aceitamos toda a sorte de fudidos do mundo inteiro, assolados por guerras, fome, doenças, desemprego e miséria, que vieram dar nestas terras em busca de uma chance. Acontece, que principalmente o europeu, em sua arrogância e cultura predatória de explorador, aproveitou o que lhe foi dado, fez sua roça no fundo do quintal, só fala em sua lingua natal com o vizinho vindo do mesmo País e, nem a lingua portuguesa, fez questão que seus filhos aprendessem.
Concordo que, no princípio (e durante um bom tempo), praticamente só veio "fudido" pra cá, de todos os tipos. Mas no meu modo de ver, não existe "brasileiro". Existe uma mistureba...
Agora, quanto aos europeus (e vou ampliar pra judeus, indianos, turcos, sírios, libaneses e orientais em geral) terem essa "arrogância e cultura predatória", eu vou discordar fortemente... A imensa maioria dos europeus e demais que vieram pra cá, principalmente no início e até meados do século passado, veio como trabalhador, cara. Saiu do seu país de origem porque estava na merda, não pra ser dono de alguma coisa aqui e cagar regra, mas pra RALAR no "novo mundo", fazer a vida. Se não falavam português em casa, não era por "arrogância"; é porque não sabiam mesmo... kkkkkk (aliás, foi exatamente o meu caso: aprendi italiano antes do português).
Se você for morar fora, digamos, na China, com tua família, vais falar chinês em casa???
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Lelo Mig Membro
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# jan/18
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JJJ
O Brasil deu uma série de regalias, entre terras, isenção de taxas, terras e muitas outras coisas, vantagens que você não terá em lugar algum se sair daqui.
Dada as devidas proporções, foram bem acolhidos, com acesso a saúde e educação pública e não muitas exigências para trabalhar. Facilidades que voce não tera em lugar algum se sair daqui.
No geral, sofreram pequenos preconceitos e brincadeiras, mas foram acolhidos. Vai pra fora, numa comunidade do interior dos EUA, por exemplo, para ver o nivel de desconfiança que sua familia sofrerá.
Cara, trabalharam? Sim! Muito.
Do mesmo modo que os brasileiros trabalham lá fora quando tem oportunidade.
Do mesmo jeito que alemão não joga papel na rua lá na terra dele, mas joga aqui.
Cara, minha familia chegou ao Brasil por volta de 1900. Trabalharam pra caralho mas exploraram muito também. Sou neto deles, mas não posso fingir não ver "irregularidades" cometidas. Meu avô, por exemplo, era racista pra cacete...
Eu falo mal do Brasil, pra caraleo, mas não admito gringo que vive aqui fazendo isso.
Somos uma mistureba sim, concordo. Por isso mesmo não vou aceitar xenófobos racistas se achando sangue puro... Dou porrada mesmo...kkkk.
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JJJ Veterano
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# jan/18
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Lelo Mig Vai pra fora, numa comunidade do interior dos EUA, por exemplo, para ver o nivel de desconfiança que sua familia sofrerá.
Mas eles também tiveram seu período de acolhida fácil pra imigrantes. Hoje em dia, é outro papo... o mundo mudou muito.
Por isso mesmo não vou aceitar xenófobos racistas se achando sangue puro... Dou porrada mesmo...kkkk.
Valentão... uhauhauhauha
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francisco2004 Veterano |
# jan/18 · Editado por: francisco2004
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Jhenrique Vst Então, sou do interior de SP, hoje moro em Londrina, e, Deus lá sabe como, adquiri um sotaque caipira, muito muito caipira! Do tipo baiano/nordestino. De verdade. NÃO É EXAGERO.
Sério? Sotaque caipira para mim não tem nada a ver com sotaque baiano. Caipira pra mim é falar "cantarrrr", "os carrr-a cantarrrrr-am bem prrrr-a carrr-amba" ou "isso aqui tá bão dimais!". É o sotaque que eu generalizo como o sotaque do interior de São Paulo.
Aliás, como odeio sertanejo universitário, também não tenho a menor simpatia por esse sotaque. Cada vez que eu ouço alguém falando assim, tenho medo de que esse sotaque vá dominar o mundo.
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Lelo Mig Membro
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# jan/18
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JJJ
"Valentão... uhauhauhauha"
Es la sangre de español macho hablando fuerte en mis venas!
Kkkkkkkkkkk
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Buja Veterano |
# jan/18
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Nao sei se ja foi falado, mas sotaque tambem varia de pessoa pra pessoa, nao somente de localidade.
Tambem, tem pessoas que mal mal mudam de lugar e ja pegam o sotaque de la, e tem pessoas que passam anos morando numa lugar e jamais perdem o sotaque da terra de origem.
Tanto eu como meu pai, somos dificeis de pegar sotaque de fora. Ja trabalhei viajando muito, e ficando de tempos e tempos convivendo com pessoas de sotaque diferente, e nunca mudei meu jeito mineirez da capital de falar....que nao tem um "uai tão marcante", porem, nao é isento de sotaque.
Ja meu pai, do interior de minas, vem de uma cidade que lembra bem longuiquamente o sotaque de são paulo. Mas bem de longe mesmo. Os meus tios, primos, 90% da familia por parte de pai, sao de sampa capital e região, e augns tem sotaque diferente, principalmente os primos que nasceram em sampa mesmo, porem os tios, que vieram do interior de MG, nao tem tanto assim.
Tenho amigos que moraram 25 anos em maceio, viram pra ca, e pegaram o sotaque mineiro em 6 meses....depois voltaram pra la, e ja estão falando cuz-cuz-ense de novo. Da mesma forma, amigos sairam daqui e foram pra outros estados e ja falam de forma nada reconhecivel.
Sotaque é uma coisa tao estranha, que quando falo com um parente americano, ele diz que tenho sotaque da região do arizona, nevada....mas nunca estive nos states...venho aprendendo aqui mesmo. Entao, ou é o jeito mineirez enrustido na fala, ou tem ouvido muitos audios de gente daquela região e acabei achando que esse é o jeito correto de pronunciar....vai saber.
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Ismah Veterano |
# jan/18
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Lelo Mig Não podemos justificar com um instinto primitivo um desvio de conduta de uma espécie que vive em sociedade há milênios.
Não podemos justificar, mas podemos ver que a origem do problema, é bem além do que apenas ideias distorcidas sobre seu semelhante. Reafirmo: o que nos impede de sair matando quem não é exatamente como a gente, é sermos sapiens sapiens - ou seja, a capacidade de consciência, em aceitar que nem todo mundo tem 1,93, 90kg e pode se passar pela branca de neve de terno...
Mas é necessário enxergarmos que este discurso do imigrante que se estabeleceu aqui, não voltou para seu País de origem, e ainda fala mal do Brasil e trata o povo nativo como inferior é uma cultura perigosa e mentirosa.
Então, na época não tinha BR AQUI NA REGIÃO. Tanto que existiu uma lei, em que os alemães foram obrigados a rejeitar sua nacionalidade, e se tornar brasileiros - devido as guerras europeias e blá blá blá - coisa que é o maior agravante para conseguir a cidadania alemã (mesmo que eu atenda a TODOS os outros requisitos). Nosso argumento tem sido o óbvio: estávamos no interior, a notícia não chegou, logo ninguém abdicou de ser alemão - o que é verdade...
Mas quando falo em ser tratado mal, é BR nativo, vindo de uma mistura que nem ele sabe, tratando mal imigrantes com uma certa "pureza", que é o caso de toda minha região aqui, mas não é o meu caso, já que sou mezzo 'taliano, halbe Deutsch...
É sim fato que o preconceito e a arrogância embarcou junto... Eu sei de uma senhora de quase 100 anos, onde seu filho mais novo já tem mais de 60, e quase 40 de casamento, e ela NUNCA dirigiu a palavra a nora por ser negra - mesmo que vivam praticamente juntos. A noninha aí, não é exceção, mas veio aliviando ao longo dos anos... Todo modo, é difícil famílias negras principalmente no interior... Tanto de colonização alemã como de italiana - entre estes, o preconceito é mais exposto, alemão só torce o nariz, na pior trata mal...
A empresa que meu pai trabalhou de 98 até o dia da sua morte em 2014, tem quase 70 anos. Até onde eu sei NEGRO não tem, nem teve, e não tem planos de ter nenhum funcionário. Olha lá um mais moreno...
Coisas de aspectos culturais, séculos de ideias com "base científica" (da época), mas que vendo de DENTRO, existe um contexto para o Adolfinho ter chegado ao poder, e existe um bom motivo pra não querer ver isso de novo.
JJJ
Se não falavam português em casa, não era por "arrogância"; é porque não sabiam mesmo... kkkkkk (aliás, foi exatamente o meu caso: aprendi italiano antes do português).
Exatamente...!
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