Ideias para alternância sonoridades na música modal

    Autor Mensagem
    Zwipek
    Membro Novato
    # jan/22


    Olá galera. Tudo bem com vocês?

    Meu último tópico foi fechado e recebi advertência, sendo que mesmo nas pesquisas ou no tópico que me recomendaram como "parecido", não havia nenhuma relação com minha dúvida. Mas trouxe outra dúvida sobre outro assunto hoje.

    Gostaria de saber como vocês alternam modos em suas composições e que tipo de linha imaginam ao criar algo.

    É natural que muita gente fique condicionada a pensar que mesmo em um encadeamento de acordes clichê, estaremos trabalhando com diferentes sonoridades/modos.

    Mas não me refiro a música tonal comum ou os padrões básicos como I-IV-V e coisas do gênero.

    Penso em algo como uma intro construída em modo "x" e depois um riff que trabalha o modo "y" e partir paea um solo no modo "z".

    Que as possibilidades são infinitas já sabemos.

    Mas esses dias analisei uma composição do Vivaldi e ele trabalhou modo eólio com o lídio depois. Era outra época e outros tipos de composição mais sofisticados, porém foi um trabalho que considerei compatível.

    Parecia a tal fluidez que o Steve Vai menciona.

    O guitarrista as vezes não soa com fluidez, vai apenas entrelaçando modos freneticamente muitas vezes.

    Portanto gostaria de saber qual linha vocês seguem e quais modos acham que combinam?

    E se também não acham incrível como um Angus Young com uma técnica relativamente simples consegue alternar diferentes sonoridades, escalas e modos de forma mais dinâmica que guitarristas que muitas vezes são considerados amplos conhecedores de shapes e técnicas rebuscadas.

    Fica aqui a reflexão e abertura para o campo das ideias.

    Claro que música é questão de estética artística, intenções e formas singulares de interpretação e criação, mas gostaria de saber como vocês elaboram suas linhas melódicas e método criativo de composição e improviso.

    Schelb
    Veterano
    # jan/22
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    E aí Zwipek! Eu não exploro tanto essa ideia, mas com muita frequência alterno entre o modo eólico e o dórico. Gosto da sonoridade da sexta maior pra dar uma dramatizada em alguns trechos. Uma formas que uso isso com frequencia é quando estou usando mais pentatônica e lanço a sexta maior e ando um pouco no dórico e depois volto pra penta. Isso me lembra também a forma que gosto de improvisar na "have a cigar" do pink floyd, que na harmonia alterna entre o acorde da tônica menor (Em) e seu sexto grau bemol (C). A harmonia em si da dentro do campo harmônico natural, mas é bastante legal usar o Mi dórico em cima do Mi menor e alternar pra Mi Eólio (ou Dó lídio) quando vai pro Dó maior.
    Foram as situações que me ocorreram aqui.. Mas fica a ideia de que na maioria das vezes eu acabo não pensando tanto no modo e sim nos intervalos que quero ouvir naqueles trechos .. então as vezes quero o som da quarta aumentada no acorde maior e toco ela mas sem exatamente estar em lídio .. ela só faz uma aparição momentânea continuando no jônico saca? ... coisas do tipo.

    Zwipek
    Membro Novato
    # jan/22 · Editado por: Zwipek
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    Interessante você mencionar essa alternância entre eólio e dórico. Testei em uma backng track semanas atrás e ficou bem fluído. Acho que o segredo é tentar realmente encontrar intervalos que façam sentido e tornar isso tudo natural junto com a parte rítmica.

    Gosto de brincar com aquela sonoridade mixolídia com penta menor, fica um som incrivelmente rico, mas tem que tomar o devido cuidado para aplicar de forma que maior/menor não fique fora de contexto. Por essa característica é que cabe bem no blues, quase naturalmente.

    E os cromatismos passam a ter uma explicação mais profunda do que só "nota de passagem" pra lá e pra cá, sem saber o que está de fato fazendo.

    Entendi sua forma de incorporar essa ideia de forma mais voltada pro feeling do que pra teoria. E acho que funciona bem dessa forma também.

    Valeu por compartilhar sua opinião!

    fernando tecladista
    Veterano
    # jan/22
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    Penso em algo como uma intro construída em modo "x" e depois um riff que trabalha o modo "y" e partir paea um solo no modo "z".

    música é feita de padrões, trabalha com tensão e relaxamento...
    s a música começar em A, ir para B, depois C...Z.... pode se tornar cansativa e sem graça e tende a virar fritação depois de um tempo

    por mais que for progredindo, progredindo que ela queira ser...se vc ouvir algo mais progressivo vai ter uma hora que ela volta ao tema inicial e repete um trecho, (tencionou e relaxou)

    remember
    Membro Novato
    # jan/22
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    Acredito que compor é algo fácil. Mesmo nas posições.
    Quando o braço da guitarra é um mapa conhecido o instinto e não a intuição manda

    remember
    Membro Novato
    # jan/22 · Editado por: remember
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    Acredito que devemos confiar na teoria para que o ideal se transforme em excelência.
    E assim reflete em nossas ações, deixando o mito da genialidade de lado para que tenhamos ética e dignidade.
    O mais importante é a técnica, que só se desenvolve com a prática e requer teoria para a motivação nos exercícios técnicos.

    Ripadorde
    Membro Novato
    # jan/22
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    Zwipek

    Amigo, aconselho a assistir os vídeos sobre o Conceito do Lídio Cromático que o Michael está trazendo! É a teoria que fez o jazz modal!

    https://www.youtube.com/c/MichaelMachadoProf

    Estou fazendo o curso e já mudei completamente a forma pensar e analisar a música. Surreal, cara!

    remember
    Membro Novato
    # jan/22
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    A roda de ixis tem que girar ao contrário para atingirmos os sonhos, e como diz Freud e o islamismo, um sonho é um desejo realizado.
    Não devemos perseguir sonhos, mas o fati amor de niezcht e o epicurismo e o estoicismo.
    Segundo Aristóteles relativismo moral não é o bem e Nietzsche diz que devemos fazer o bem sem interesse e, assim, discorda do cristianismo pelas paixões carnais deste. O Carnaval é uma festa cristã...o corpo então vira vício num momento em que o prazer entra em um erro a ser devorado.
    Deve cuidar do corpo e o ceticismo entra aqui quando o corpo é fonte de genialidade e cuidar da alma para que essa atinja a perfeição ética. A alma não pode fugir da mente. Assim devemos estudar. Crianças não usem drogas façam sexo, é mais gostoso.

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