O que as pessoas tem ouvido Nov/19

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Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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O rock está mal só pra quem vive de passado.

No pop, quem é o fenômeno do momento? Eu acho que não há. Ou talvez, haja. Billie Eilish? Pode ser. Mas, há vinte anos, havia muito mais.

Não é por nada, mas, tem um pessoal aqui que não consegue entender a situação atual. Música não dá tanto dinheiro assim. Anitta ganha mais dinheiro com publicidade (4 mi por comercial ). Pra ganhar a mesma quantia com show, ela tem que rebolar MUITO aquela bunda.

Bruna Marquezine ganha 60 mil por mês na globo. Ela ganha, mais ou menos, o mesmo valor pra bater ponto por duas horas numa festa. Não é a toa que ela não queira mais fazer novela.

Outra coisa: não vou falar de rock, mas, de heavy metal. Heavy metal não é mainstream. Botem isso na cabecinha de vocês. Não adianta subir em trio elétrico no carnaval, ter música em novela, isso é passageiro. Quem embarca nessa, acaba como o Edu Falaschi, o Thiago Bianchi ou Aquiles Priester. Bando de babaca que ficam xingando o público que eles nem tem.

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Eu citei o Aquiles. Segundo ele, entre outros motivos, a saída do Angra se deu por que ele ganha mais dinheiro com workshops e masterclasses que nas turnês da banda e que isso (a banda) estava atrapalhando os negócios dele. Daí, dá pra se ter uma ideia de como as coisas realmente são.

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/19
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Julia, concordo com vc parcialmente. Vou pegar o caso da Anita e da Bruna M. Veja bem, elas só podem ganhar tanto dinheiro assim com publicidade ou com sua presença na festinha por que são populares, e só são populares por causa da m´´usica e da novela. Tem gente que chega num patamar de popularidade que realmente nem precisa mais estar na tela ou no rádio pra ser popular, ele simplesmente o é, e parafraseando outros artistas, "saber a hora de parar é pra homem sábio", quer dizer, a linha traçada entre um patamar e outro não é explícita (obviamente). Então a pergunta é: será que a Anita ou a Bruna M conseguiriam se manter populares e ganhar absurdos dde dinheiro com publicidade e presença saindo fora de seu ofício original, ou será que ainda precisam dele para viabilizar o outro?

Agora pegando um caso análogo mas totalmente diferente: Ola Englund. Sim, aquele guitarrista sueco que testa um monte de amp. Certa vez perguntaram pra ele se ele ganha bastante dinheiro com os vídeos do YT, a reposta básica é "não", porém, ele ainda assim investe bastante nos vídeos porque, apesar de parecer uma grande perda de recursos a uma primeira vista, é esse canal que traz a ele a popularidade que viabiliza, quer dizer, faz funcionar, as outras fontes de renda: banda, turnê, venda de guitarras (ele tem uma marca própria de guitarras), venda de mercadoria própria, etc...

Claro que a dimensão é totalmente diferente, o sentido das coisas é outro, cada tipo de mercado tem suas nuances etc, mas veja que o mindset é o mesmo.

Lelo Mig
Membro
# nov/19 · Editado por: Lelo Mig
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Julia Hardy

"Não é por nada, mas, tem um pessoal aqui que não consegue entender a situação atual. Música não dá tanto dinheiro assim."

Não é por nada não, mas acho que você está um pouquinho por fora.

O cachê da Anitta é entre 200 e 500 mil reais (tô falando em shows).
Ela faturou este ano, algo próximo de 25 milhões de reais SÓ COM SHOWS, ou seja, ela rebolou aquela bunda muito mais do que você imagina.

4 mil por propaganda é dinheiro de pinga. Então porque ela faz? Porque aparecer na TV não têm preço e ganhando 4 mil, melhor ainda.

Ivete Sangallo tem um patrimônio perto de 600 Milhões de Reais... pelo menos 75% de receitas com música.

Desde 1920, quando a indústria musical começou a se profissionalizar, criar managers, empresários, promoters, gravadoras e demais cobras, até hoje o que dá dinheiro ao artista é show!. E um artista experto utilizará de todos os meios, até aparecer de graça, para lotar seus shows e ter muitos shows. Apenas isso. Disco nunca deu $, CD nunca deu $, Rádio menos ainda, TV neguinho pagava prá aparecer, Revistas não dão dinheiro... e propaganda até dá, mas só faz quem já é famoso. Mesmo um cara, tipo o Whinderson Nunes, o Youtuber com mais seguidores no Brasil, quando ficou famoso suficiente foi fazer o quê? Shows! E te garanto que ganha muito mais com os shows do que como Youtuber.

Música "não dá tanto dinheiro assim" e "nunca deu" para quem esta fora do mainstream, porque não consegue entrar ou porque não quer... isso não importa. Mas shows sempre deram dinheiro. E mesmo muitos artistas "fora do mainstream" ou que saíram dele, mas possuem um público fiel, continuam vivendo decentemente de shows. Conheço gente que esta fora das rádios e mídia há décadas e ganha 15, 30 mil por mês com shows.

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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acabaramosnicks

Também concordo parcialmente com o que você disse. Só que elas são produtos além de seus seguimentos. Vai ver os instagrams das duas. A Marina Ruy Barbosa ganha quarentinha "só" pra postar uma foto de divulgação de algum produto. A imagem delas por si só é um atrativo. Alguns artistas são diferentes. Marisa Monte, por exemplo. Ela é sucesso há trinta anos e não aparece mais que o seu ofício exige. Não tenho ideia do faturamento dela, mas, não deve ser pouco. Mas, o meu ponto é que somente música não responde por todo o faturamento desses artistas grandes.

Lelo Mig

Eu não disse 4 mil. Disse 4 milhões. Nem fodendo, ela fatura isso com um único show. Por isso, sim, ela tem que rebolar muito aquela bunda. 4 mil deve ser o que ela gasta com ração pro pet dela. qualquer forma, é muita grana. O meu comentário foi por notar um certo deslumbramento de algumas pessoas, inclusive daqui do fórum. No final , eu citei figuras como Edu Falaschi. O cara estava no lugar certo, na hora certa. Só que heavy metal é a série b ou c do mercado musical. A pessoa tem que se adequar a isso. Quando caiu a ficha do babaca, ele deu aquele chilique, mandou todo mundo tomar no cu pelo show dele estar vazio. Isso é a realidade.

Lelo Mig
Membro
# nov/19
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Julia Hardy

"Eu não disse 4 mil. Disse 4 milhões."

Eu sei disso.... o que eu quis dizer é que ela faz muito mais shows do que propaganda. E não faria propagandas se já não fosse tão famosa. Mesmo caso o Whinderson Nunes que citei no final.

Quanto ao pessoal do Metal brazuca e tipos como Edu Falaschi, é um problema mental recorrente em metaleiro. Achar que TODO brasileiro têm a obrigação de gostar de Metal porque "é melhor que pagode ou sertanejo".

Kiko Loureiro esta no Megadeth... que é a mesma coisa que o Zé ir jogar no Barcelona ou Real Madri... e têm metaleiro metendo o pau nele.

Vai entender esses caras?

Ismah
Veterano
# nov/19
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Lelo Mig
se dependesse de alguém apostar nela, tava passando fome até hoje.

Vai com calma, ela é o Chris Stapleton de saias... Sempre compôs, e se galgou nisso, até que pilharam ela tanto, que deu no que deu...

o que eu quis dizer é que ela faz muito mais shows do que propaganda

Faz porque ainda dá dinheiro... Mas é bem nítido que ela não liga muito, o trabalho pra ser digital influencer é bem profissional e assíduo...

O cachê da Anitta é entre 200 e 500 mil reais (tô falando em shows).

Ok, mas e o que sobra disso? Tem esse detalhe!
Eu chuto que ela não faz o seu show por menos de 100 mil só em pessoal, se é que ela não gasta isso tudo em efeitos...
Esse tipo de show não é tão rentável quanto o Caetano de voz e viola... Outro detalhe, é que quem paga realmente muita grana, são circuitos tipo SESC, SEBRAE, e por aí vai... Ali essa turma não pisa, por motivos óbvios...

o que dá dinheiro ao artista é show!

Por questões lógicas, o que volta da mídia física, não faz pro fumo... Tem muita gente tirando uma fatia dessa pizza... Show, por mais que tenha

Conheço gente que esta fora das rádios e mídia há décadas e ganha 15, 30 mil por mês com shows.

Mas rádio e TV é ilusão, a menos que tenha contatos lá dentro...
Indo tocar só, é o pay per view ao contrário... Sendo chamado, aí a história é outra... TV paga bem, tanto em direitos autorais, como de imagem são muito bem remunerados - em números, o LeandroP pode falar...

Só que na prática, isso só é importante pra quem quer ser massivo. Nem todos querem isso. E tem quem seja famoso dentro de uma mídia específica. Da internet lembro do Nervosa, Two Step Flow, Lindsey Stirling, Lord Vinheteiro, L.E.J., e por aí vai... Ou algumas vezes algum artista mais regional, o Garth Brooks que é um cantor do nível de Bon Jovi, Metallica, David Bowie, Bruce Springsteen, RHCP, Eagles, Julio Iglesias... O cara não tá nem aí pra sair dos States...

Del-Rei
Veterano
# nov/19
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Julia Hardy
O rock está mal só pra quem vive de passado.

Falo de mainstream, como já foi nos anos 80/90. Você ligava as rádios da galera jovem da época (aqui no RJ: Cidade, RPC, Transamérica...) e a programação tinha bastante rock. Claro que hoje se você for buscar por conta própria, vai achar na internet. Mas não é mainstream. No mainstream o rock está na cova já.


No pop, quem é o fenômeno do momento? Eu acho que não há. Ou talvez, haja. Billie Eilish? Pode ser. Mas, há vinte anos, havia muito mais.

Olha... Provavelmente porque a gente não acompanha, mas existem MUITOS pops do momento pelo mundo. Enchendo a burra de grana. Só que a gente não acompanha os meios que veiculam esse conteúdo, logo, não saberemos. Mas atualmente tem sim. Não sei se terão carreira longa, mas agora estão lá...

Não sei escrever os nomes direito, mas tem Rihanna, Beyonce, Taylor Swift, Selena Gomez, Miley Cirus.... Isso por baixo, pelo pouco que lembro, mas tem muito mais gente. E essa galera deve estar com o cachê na casa dos milhões..... de dólares.


Mas, há vinte anos, havia muito mais.

O que eu acho, é que há 20 anos havia MENOS artistas, porém artistas com carreiras mais concisas e duradouras. Madonna, Michael Jackson, etc, com suas décadas de sucessos. Teremos que ver daqui a uns 30 anos se esses artistas pop atuais ainda estarão na ativa... Mas creio que haverá uma reciclagem rápida.

Um aceno de longe!!!

Ismah
Veterano
# nov/19
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Menos pessoas para fatiar o bolo...

Del-Rei
Veterano
# nov/19
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Lelo Mig
Independente de bandas novas serem boas ou ruins, quase sem exceção, não há mais bandas capazes de surpreender. Tudo têm um Q de "já ouvi isso antes".

Justamente o que eu falei sobre a tal Greta Van Fleet.

Mas, se usar esse único argumento de surpreender, deverá valer para todos os gêneros.... E o que há de novo cenário musical em geral (seja pop, sertanejo, eletrônico....)? Pop deve ser o gênero mais batido da história, e o que vai continuar movimentando mais dinheiro - e com o mesmo formato básico de música. Esse sertanejo da mídia é, na verdade, um pop travestido de sertanejo.

Se duvidar, quem vai a esses eventos de "sertanejo" hoje em dia pra ouvir Marilia Mendonça, Maiara e Maraisa, Wesley Safadão, Michel Teló, Luan Santana, etc, provavelmente sequer conhecem Almir Sater ou Sergio Reis....


Prá que investir em alguém e arriscar dar errado?

Não existe investimento 100% garantido. Mas ainda assim a gravadora quer ganhar dinheiro. Cara, regra do capitalismo... Dinheiro gera dinheiro. Tem que investir pra aumentar sua fortuna. Obviamente a forma como as gravadoras produzem os artistas hoje é diferente dos anos 80, mas ainda investem sim, só que com muito mais critério e segurança.

Antes haviam os milhões das gravadoras prá torrar à vontade, hoje não têm mais este aporte por trás.

Lelo, eu não sei se você tem alguma informação sobre como de fato funciona atualmente, ou está supondo.

Mas pela experiência que eu tive com gravadora em 2007, o lance é que elas fazem uma proposta indecente. Eles "investem" como forma de empréstimo, sendo que posteriormente a banda terá que retornar esse valor à gravadora num período razoavelmente curto. E se a banda não "vingar" terá uma dívida contratual quase impagável pra quitar.

Isso no Brasil. Nos EUA, onde há muito mais grana, não duvido que a abordagem seja oldschool... Não duvido que continuem investindo pesado nos artistas.

Um aceno de longe!!!

Lelo Mig
Membro
# nov/19
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Del-Rei

"usar esse único argumento de surpreender, deverá valer para todos os gêneros...."

Sim, concordo. Mas, em gêneros de entretenimento como o sertanejo, forró de Wesley e Cia, funk de Anita, Ludmilla e etc, é tudo "Pop". Ninguém ouve isso por ouvir. É apenas música de fundo prá balada. Ninguém tá ligando prá alguma inovação ou surpresa.

"...como de fato funciona atualmente, ou está supondo.... o lance é que elas fazem uma proposta indecente. Eles "investem" como forma de empréstimo"

Sim, por isso eu disse "antes haviam milhões". Porque durante muito tempo o lucro era absurdo, dinheiro dentro de gravadora rolava como água, sobrava. Durante décadas meia dúzia de artistas de "sucesso mainstream", davam dinheiro suficiente para investir num monte de gente nova e experimentar prá caramba. De cada 20, 19 não dava em nada, mas mais 1 daria certo e faria milhões.

De que outra maneira você acha que foi possível gravar tantos discos experimentais como foram gravados no final dos 60 e início dos 70, músicas de 20 minutos, sem refrão, que nunca iriam tocar em rádios?

As pessoas não percebem que quando havia um mainstream forte, o underground era bem mais promissor também. É como animais que comem indiretamente as sobras de um banquete. Quanto mais rico o banquete, melhor as sobras.

André Perucci
Veterano
# nov/19
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Tudo isso aí que tu postou na lista e mais umas paradas diferenciadas





Del-Rei
Veterano
# nov/19
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Lelo Mig
Ninguém ouve isso por ouvir. É apenas música de fundo prá balada.

Rapaz... Discordo.
Acho que ouvem sim, tanto que vão a shows desses artistas e cantam tudo, do início ao fim, com os olhos fixos no palco e até choram de emoção em ver o ídolo. Só que é tudo pop, ou seja, música fácil de digerir, refrão chiclete. Vai ver o fã clube dessa galera.... Mesma receita que Madonna já usava décadas atrás.

Aliás, isso tem ligação com o que você comentou mais cedo, que a geração atual "não consome música como um "produto artístico", consome como entretenimento". Eu concordo com você, mas acho que o percentual de ouvintes assim sempre existiu em todas as gerações...

E vou te dizer mais, no início do movimento rock, a ideia era a transgressão que o rock representava na sociedade, e isso seduzia. Não tinha porra de apelo artístico nenhum, até porque as bandas estavam 100% do tempo chapadas, tanto quando compunham quanto quando faziam shows.

"Ah, mas o progressivo era arte". Arte minha rola. Tinha que estar muito chapado pra aguentar um show progressivo inteiro. E duvido que se não rolasse muita droga as músicas do Pink Floyd seriam as mesmas. Ou Led Zeppelin. Page mal sabia onde estava na maior parte do tempo. Falar de arte é balela.

Você pode até falar de técnica, mas arte... Pffffffffffff

As pessoas não percebem que quando havia um mainstream forte, o underground era bem mais promissor também.

Mas veja, Lelo... Se não houver investimento e produção de alguma gravadora, em regra ninguém chega no mainstream, cara. A não ser que venha de família rica, porque o jabá forte é necessário. A cada geração só um ou outro artista fogem dessa regra.

E acho mesmo que se investirem no rock (ainda que na pegada pop) da mesma forma que investem num sertanejo, vai ser criada uma cultura musical diferente. Claro que vai. A galera escuta o que entubam.

Agora, o porquê de não investirem.... Aí eu concordo com a frase do Ismah: "Talvez porque quem esteja disposto a investir em música, gostava de sertanejo". Aí fica mais rápido criar o artista, já que o terreno já está preparado. E logicamente o retorno vem mais rápido.

Acho que isso é muito mais aceitável do que o argumento de que "gravadora não produz ninguém porque não tem dinheiro". Acho que é falta de interesse, não de grana.

Um aceno de longe!!!

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Del-Rei

O rock como era no século passado pode estar na cova. O rock do século xxi, acredito que não.

Eu não acompanho tudo que sai de pop atualmente, mas, sou razoavelmente antenada. Sucesso e fenômeno não são a mesma coisa pra mim. Você citou Rihanna, Miley Cyrus, Serena Gomez, Taylor Swift, Beyoncé... Cara, todas elas tem mais de dez anos de carreira. Elas podem ser sucesso, mas, não são atuais. Atual é a Billie Eilish que tem 18 anos. Não a Beyoncé que tem quase quarenta.

Lelo Mig
Membro
# nov/19 · Editado por: Lelo Mig
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Del-Rei

Sei lá... quando eu falo em surpreender é independente de ser Pop, ou Rock, ou que raios for. Eu acho estranho, esse "novo" que vêm em lotes, em fornadas, sem individualismo. Parece um "conceito forjado em fábrica"... não sei explicar, mas algo me incomoda muito nisso.

Alguém falou em Billie Eilish... prá mim é só mais uma da fornada Sia, Lorde, Tove Lo e etc.... me parece trilha sonora do filme Crepúsculo, tá cheio destas adolescente fazendo o gênero "menina triste problemática" que canta lamentando.

Não estou falando em gostar ou não, nem em ser bom ou ruim, até porque no Pop mainstream não existe mais gente ruim (tecnicamente falando) há muito tempo, mas em surpreender. Em ter identidade.

Esses caras simpatiquinhos, bom moço, voz e violão tipo Shawn Mendes ou Ed Sheeran também são bons mas é um porrre.

Acho que o último ponto fora da curva, foi fazer sucesso Pop cantando jazz dos anos 50 repaginado, última surpresa, Amy Winehouse. Mas, talvez a Amy sirva de exemplo para o que você disse "Claro que vai. A galera escuta o que entubam."

Mas, não tô reclamando não, apenas opinando. Até porque tenho muita coisa interessante prá ouvir e não tenho obrigação de ouvir nada atual. Me mantenho razoavelmente antenado, apenas para não fechar as portas para o novo e, quem sabe, uma surpresa futura.

Del-Rei
Veterano
# nov/19 · Editado por: Del-Rei
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Julia Hardy
O rock como era no século passado pode estar na cova. O rock do século xxi, acredito que não.

Pé na cova foi o termo que usei pra dizer que não é mais mainstream. Qual rock, independente do século, que é mainstream? Que toca em rádio? Em programas de auditório? Trilha sonora de TV em horário nobre...? Digo, no Brasil. Porque lá fora, sim, ainda há.......


Elas podem ser sucesso, mas, não são atuais.

Entendi.
Na verdade, seu questionamento é sobre artistas novos se destacando. De fato não estou muito por dentro, mas mesmo assim dá pra listar alguma galera aí. Além dessa Billie, eu incluiria Halsey e Charlie Puth. Não acompanho, mas devem ter outros. O que não quer dizer que terão carreira promissora.... Talvez em 5 anos ninguém se lembre deles.

Mas.... Há 20 anos atrás quem eram os vários fenômenos que você consideraria (desconsiderando artistas que já tinham carreira)...?


Lelo Mig
Parece um "conceito forjado em fábrica"

É verdade.
Acho que chegamos num ponto que é difícil apresentar algo novo. E o problema é que o "novo", além de dar um mega trabalho pra criar, pode não funcionar. Pode não agradar. É um risco que não sei se artistas querem correr, principalmente as gravadoras, porque o "novo" é um terreno nebuloso.

E acho também que boa parte da galera cria um projeto musical (seja banda ou solo) com uma proposta de soar parecido com algo já existente. Aquele papo: as bandas acabam sendo suas referências, e não usando suas referências. Greta Van Fleet purinho... Que aliás, os moleques são bons. Mas a receita idêntica já existiu há quase 50 anos atrás.

Creio já estamos numa fase em que será difícil inovar daqui pra frente. E cada vez vai ser mais difícil.

Um aceno de longe!!!

Casper
Veterano
# nov/19
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Miranda, nessa entrevista, matou a pau.
Ouça o que ele fala sobre o rock, a partir de 2:15:

https://www.youtube.com/watch?v=mMBoMD-DvBU

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Del-Rei

Pegue o ano de 1999. Britney Spears, Christina Aguilera, Destiny's Child, Backstreet Boys, N'Sync, Five, Jennifer Lopez, Moby, etc.

BrotherCrow
Membro Novato
# nov/19
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Lelo Mig
Ninguém ouve isso por ouvir. É apenas música de fundo prá balada.
Eu achava isso. Mas essa semana tive que sair com o motorista pra um evento do serviço e fizeram a burrada de deixar a secretária escolher as músicas no carro. Foi meia hora ouvindo um show de horror que eu nem sabia que existia, umas músicas de sertanejo universitário com batida de funk, uns versos de rap brega no meio que parecia o flow dos anos 90... e ela sabe tudo de cor, e com certeza não é pelas baladas.

Ismah
Garth Brooks que é um cantor do nível de Bon Jovi, Metallica, David Bowie, Bruce Springsteen, RHCP, Eagles, Julio Iglesias...
Que isso mano, Garth Brooks é legal mas não tá nesse patamar de Bowie não!
Entretanto concordo com a questão de ter artistas que ficam fechados nos EUA. Meat Loaf, por exemplo, que tem um dos discos mais vendidos de todos os tempos mas se perguntar no Brasil ninguém sabe quem é. Ou por exemplo o Billie Joel, que até é bem conhecido no Brasil, mas nos EUA "Piano Man" toca toda noite no bar. Ou mais bizarro ainda, Selena Quintanilla, que nasceu no Texas, canta em espanhol e só faz sucesso com as comunidades latinas dos EUA.

Del-Rei
Veterano
# nov/19
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Julia Hardy
É... Lembro dessa galera aí. Mas de fato não tenho como contestar porque hoje estou por fora do mainstream pop. Não sei dizer quantos fenômenos há.

Casper
Acho que ele tem razão em dizer que o rock virou coisa de tiozão.

E isso foi consequência do rock ter perdido espaço no mainstream. Entretanto também acho que essa perda aconteceu porque em algum momento a indústria da música decidiu assim. A razão disso, eu me pergunto há tempos.

Um aceno de longe!!!

Lelo Mig
Membro
# nov/19
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Casper
Del-Rei

Cara, existem duas, ou até mais "visões" sobre música Pop. Uma delas é a visão do Miranda, ou mesmo de nosso amigo Ismah que "precisam" ver a música como um produto. A música é o ganha pão. Eu posso falar de cátedra porque toquei na noite durante anos e fui roadie. Se "Mc Fulano de Tal" me paga bem para ligar seu equipo, eu vou, recebo meu dinheiro e torço para que ele prospere e seus amigos também, e que ele me indique.

Miranda foi prioritariamente produtor musical, pagava suas contas com dinheiro de bandas que davam certo.

Citei tudo isso, porque não tenho nada contra música comercial, como mercado... isso nunca foi um problema prá mim. E assim como existe engenheiro ambicioso, existe artista ambicioso, e quem é ambicioso vai fazer o que dá muito dinheiro.

Também não sou o "tiozão do rock" que acha que no meu tempo era melhor e etc... até porque tem tanta coisa anos 80, 70, 60, 50 e prá trás para ouvir que não precisaria me importar com música moderna. Que se foda!

Mas, o que me incomoda de fato é a perda qualitativa. Acho ruim mesmo. Musicalmente ruim, ritmicamente ruim e as letras pior ainda. Não importa que os músicos são bons, inclusive bem melhores que os antigos. A música é ruim, é pobre e previsível.

Beatles ficaram milionários com música. Pink Floyd também. Michael Jackson também. Caetano Veloso idem. Frank Sinatra, Elvis, Madonna, Bob Marley, Iron Maiden, Queen, Bob Dylan, Elton John...


Alguém poderá dizer que Billie Eilish ou Ed Sheeran ou Coldplay ou Imaginary Dragons é tão bom quanto estes que eu citei...

... ok, pode ser até que seja. Mas eu não acho!

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Rock virou som de tiozinho pra quem é tiozinho. Vai no show do Ghost, Avenged Sevenfold, Bring Me The Horizon, Periphery, Sleeping With Sirens, Paramore(esses dois últimos mais da onda pop/punk/emo), Black Veil Brides, Project46, Nervosa, entre outros, pra ver se é só tiozinho que gosta. Isso só pra ficar nos mais óbvios.

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Eu citei a Billie Eilish como exemplo de popularidade, de algo mais próximo de um fenômeno. A música dela não me diz absolutamente nada.

Ismah
Veterano
# nov/19
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BrotherCrow
Que isso mano, Garth Brooks é legal mas não tá nesse patamar de Bowie não!

Em número de vendas de discos, são sim. Expressividade, é outra coisa.

Lelo Mig
É apenas música de fundo prá balada. Ninguém tá ligando prá alguma inovação ou surpresa.

Nunca vi algo novo no pop... Sempre pegaram a receita que funcionava bem, e misturaram com algo novo. Diferente o suficiente pra não soar como mais do mesmo, mas não ao ponto de soar estranho.

As pessoas não percebem que quando havia um mainstream forte, o underground era bem mais promissor também.

Já disse isso acho que no tópico... Uma entrevista com alguma banda de metal from hell dos anos 80, perguntaram o que achavam de uma banda farofa... E pra surpresa de todos, eles disseram que achavam bom. Enquanto havia a banda farofa fazendo caixa, a gravadora poderia continuar investindo neles.

André Perucci

Tudo isso aí que tu postou na lista e mais umas paradas diferenciadas

Cara, isso aí é o som que tu e talvez teus amigos escutam. Minha lista se baseia em execuções no país - logo o que mais tem sido vendidido - no mês atual.
Eu poderia ter citado o Lindemann, que é a banda paralela ao Rammstein, e talvez mais polêmico que eles. Estão de disco novo, mas não são expressivos, tampouco populares.

Del-Rei
Falar de arte é balela.

Imagino como que Ramones pensava nisso...

Ismah
Veterano
# nov/19 · Editado por: Ismah
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Casper

Que mega entrevista! Conheci o Miranda pessoalmente, e a coisa é outro nível... Se chegar ali, eu tô feliz!

"Sexo, drogas e rock'n'roll evolui para beijo, cachaça e sertanejo universitário." Miranda

Del-Rei
Veterano
# nov/19 · Editado por: Del-Rei
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Lelo Mig
Eu entendo seu ponto, porque você é um dos camaradas que interpreta e analisa música. Talvez pela sua trajetória no meio musical...

Mas eu diria que a maior parte dos ouvintes tem a música como entretenimento. Não enxergam música como produto de uma profissão ou algo que deva ser interpretado. Tanto é que existe aquela piadinha "Tá, você é músico, mas trabalha com o quê?". E eu chuto que essa é a maior parcela dos ouvintes. E essa galera canta a música do início ao fim, mas não faz ideia do que esteja sendo dito.


Julia Hardy
Eu citei a Billie Eilish como exemplo de popularidade, de algo mais próximo de um fenômeno. A música dela não me diz absolutamente nada.

Eu acho que entra um pouco de gosto pessoal aí também.

Não conheço muito essa Ellie, mas no pop, em geral, tende a ter letras mais brandas. Madonna nos seus maiores hits (like a virgin, like a prayer, vogue, etc) também não tinha mensagens profundas a transmitir. Era entretenimento... E os clipes e shows eram quase atos sexuais explícitos.


Ismah
Imagino como que Ramones pensava nisso...

rsrsrs.

Um aceno de longe!!!

Lelo Mig
Membro
# nov/19 · Editado por: Lelo Mig
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Del-Rei

Por volta de 1987, integrantes de um grupo famoso do cenário rock brazuca entraram numa discussão com alguns produtores da época afirmando que qualquer bosta de banda, se tivesse uma divulgação maciça, faria sucesso. Se fizesse letras apelativas, melhor ainda.

Com a ideia desta "discussão" na cabeça, chamaram uma integrante de uma outra banda famosa e uma figura carimbada da MPB, compuseram algumas músicas, lançaram e divulgaram no carnaval de 1989. Letras paupérrimas e grosseiramente apelativas fizeram parte do primeiro e único "trabalho" da banda. Um compacto simples com duas músicas: Pipi Popô e A Marcha do Demo, lançados com o pseudônimo: Pepino Carnale.

A música Pipi Popô foi uma febre no carnaval de 1989. E a banda descartável, após cumprir sua nobre missão desaparece. Nos créditos do compacto não constavam os nomes dos integrantes e suas identidades somente foram reveladas muito depois da banda já ter desaparecido e comprovado sua teoria, já que a música foi um sucesso.





Eram parte dos Titãs, Branco Mello, Arnaldo Antunes e Charles Gavin em parceria com Paula Toller do Kid Abelha, Jorge Mautner e Liminha.

Ismah
Veterano
# nov/19 · Editado por: Ismah
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Ainda bem que deixou o Liminha por último, teria parado de ler nele... O cara encosta num monte de bosta e aquilo vira ouro... É um dos melhores produtores do país pra mim... Uma puta velha, do nível dos seus colegas n'Os Mutantes - cada um em sua área.

Outro exemplo que cabe nessa circunstância, são meus conterrâneos do Comunidade Nin-jitsu. Os caras conseguiram unir 3 tribos rivais: rock, funk e RAP. As letras irreverentes, fariam certo sucesso hoje, ao fora dos meios politicamente corretos - leia-se a mídia tradicional...

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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O melhor exemplo disso é Mamonas. Antes disso, a banda se chamava Utopia e fazia um som dito sério. Aí, o Rafael Ramos (Bon adio é o caralho )ouviu e gravou a zoeira. O resto é história.

Julia Hardy
Veterano
# nov/19
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Eu lembro do Comunidade Ninjitsu. Detetive era legal. Do Sul, teve o Defalla também. Quem não lembra de popozuda rock'n'roll?

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