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lambdadude Membro Novato |
# mai/19
Qual a opinião de vocês sobre o que está sendo disseminado como "música" propriamente dita na mídia nos dias de hoje? O que eu vejo é que até tem alguns talentos lá e cá, porém raras exceções alcançam a fama de fato. Tem um MC brasileiro que de tempos pra cá, comecei a até gostar devido ao fato de o cara ter realmente talento (na minha opinião)
Segue vídeo
Isso já seria o mainstream do nosso cenário atual, mas no cenário "underground" temos coisas legais pra caramba também. Dia 09 agora vai ter um show do Terno Rei aqui em Florianópolis, os caras fazem uma sonzeira.
Temos também Não ao Futebol Moderno com um puta potencial de ser uma banda legal.
O foda é que meio que essa cultura mais "underground" nunca chega nem chegará ao cenário do popular, por mais que as bandas tenham talento e etc. Tem tantas bandas brasileiras que a minha vontade era de sustentar os cara de tão foda que eu acho bom o som deles, mas se eu sustentasse ou não, isso não ajudaria eles a crescer pois estamos no Brasil. Me deixa triste.
Mas, aquele Rincon Sapiência ali tem talento de fato. É mainstream e bom.
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Buja Veterano |
# mai/19
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Tem talento tem. Mas rebola? Tem $$empresario$$? Tem contatos? Popozão? Musica pura no brasil no faz sucesso. Tem que vim com recheios.
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Lelo Mig Membro
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# mai/19 · Editado por: Lelo Mig
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lambdadude Cara, não vou entrar no mérito do que é bom ou ruim ok? Até porque isso é subjetivo.
Vamos falar em quem "têm alguma preocupação/ideal artístico" e quem apenas faz entretenimento, ok?
Com a queda das grandes gravadoras e a midia tradicional despencando ladeira abaixo o "espaço mainstream" ficou muito pequeno, só cabem "meia dúzia" de gatos pingados.
Então, cederam este espaço a quem faz arte ou a quem faz entretenimento (repito, sem julgo de valores, melhor ou pior)?
Claro que para o entretainer! Entretenimento dá lucro alto e rápido com pouco investimento. Arte não.
Pegue por exemplo uma banda como Faust e tantas outras bandas experimentais, que nos anos 70 gravavam álbuns só com experimentações e barulhos por grandes gravadoras. Isso nunca mais vai se repetir.
Música é uma arte morta!
Hoje é só entretenimento... inclusive ninguém mais OUVE música. As pessoas FAZEM qualquer coisa, alguma coisa, com "música" de fundo.
Ahhh... e sem esse papo de "no Brasil".... isso é no mundo todo.
Sempre haverá quem faça arte.... mas quem quer arte tem de ir atrás... não bate mais a tua porta.
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Felipe Stathopoulos Membro Novato |
# mai/19
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Caramba, num gostei de nada.
Até reconheço o trampo.
Mas o primeiro é um rap/funk como tem um zilhão por aí.
A Terno Rei é até legalzinha, mas um rock no estilo anos 80. Datado. Só quem é saudosista daquela época vai curtir.
A terceira é uma tentativa de Cold Play, com uns laivos de U2. Beeeeem tentativa mesmo. E pra piorar a gravação é sofrível, pra dizer o mínimo, com um vocal tão baixo que nem dá pra entender o que o cara tá cantando.
Enfim, a música de qualidade no Brasil tem que se reinventar. Tem que ser vanguarda. Senão vai sempre ficar restrita ao underground.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# mai/19
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Esse Terno Rei é imitação do Cabine C...
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Ismah Veterano |
# mai/19 · Editado por: Ismah
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Do outro lado... A tal da Jojo Todinho fez uma série de shows... Ainda que "Que tiro foi esse" seja muito pobre e com tendência ao bizarro, é preciso compreender o porque que todas as artes, e não só a música, tenderam ou ao bizarro, ou a parecer mais do mesmo...
Surpreendeu um pouco negativamente ouvir de um professor universitário "Esse (...) é imitação do". Longe do politicamente correto, e mais longe ainda de dizer se é ou não imitação... O ponto é que se ninguém tocar um gênero ou um estilo, tanto faz se as antigas ou compor novas, a tendência é que ele suma! É o caso do jazz feito na Europa, nas 4 primeiras décadas do século passado. Isso não tem rádio que toque... Muito raramente se vê/ouve algo sobre, e nem disco se acha... É um nicho, dentro do nicho que o jazz já virou a muito tempo...
Isso é o mesmo que tange o Greeta Van Fleet. Eu não sou já tão tão novo assim, e nunca vi Zeppelin ao vivo e nem verei. Tive contato só quando a mídia digital se popularizou, se não só conheceria coisas pontuais. Mas bem, antes de Zeppelin existiu o Willie Dixon, Muddy Waters e quem veio antes já se perdeu praticamente... Já pararam pra pensar a última vez que ouviram falar do Robert Johnson?
A arte em si, está bastante presente, mas é curioso que há uma parcela enorme de jovens (15~25 anos) extremamente interessados, e seus pais estão cagando pra isso... Claro que existem pontos fora da curva, mas ainda há uma grande parcela de pessoas que conseguem fazer da arte entretenimento, sem banalizar... Acompanho a alguns meses uma cantora baiana, radicada aqui perto. Ela canta algo entre samba, soul, bossa e black. Tem uma voz marcante e de um volume impressionante. Ela canta em uma penca de festivais, todos com uma audiência de nicho, e financiados pelo dinheiro público em grande maioria.
Esqueçam achar que Beatles tocando nos puteiros de Hamburgo. Isso é uma forma de arte que funcionava naquela época, hoje o caminho é outro. No caso citado, uniu-se a inteligência para achar os caminhos pela burocracia, a uma boa artista - tanto como intérprete, como autoral...
Não importa se é igual, influenciado ou não. A arte é viva, e vai mudando com o tempo - as chamadas tendências! Agora, se o que para nós precisa ser preservado for abandonado, enquanto apedrejamos o que o outro acha que deva ser preservado, vai sumir simplesmente.
Os artistas em questão, bem... Nenhum cabe na caixa, do que eu queira preservar de arte. Todavia, os jovens de uma periferia se identificam com o primeiro muito bem, tanto pela linguagem e vocabulário, como pela mensagem... É meio (sic) bizarro, mas "quem não tem virtudes, acaba por ser escravo". O brasileiro médio, ainda é um analfabeto funcional, então faz todo sentido que não consiga compreende Kant. Tampouco, chegar na mesma reflexão que ele... Comentei de Brubeck, Carosone com uma conhecida européia, e ela deu uma aula...
Nesse contexto, tentar re-escrever "Mr. Crowley" ou "For whom the bells tolls" faz sentido para preservar esse gênero/estilo de fazer música. Porém, é esperar demais que o brasileiro médio compreenda Aleister Crowley e por quem os sinos dobram... Vimos isso na " ejaculação " do Rammstein em Porto Alegre no ano de 99, em Another brick in the wall, e mais recentemente ainda, no cancelamento da tour do Dead Kennedys. Se a arte não for compreendida, ela não vende. Se não vende, a mídia não tem interesse. A equação é essa.
Indo mais além, o erro mor que eu vejo, é que se quer SER o novo Zeppelin, o novo Sabbath, o novo Ozzy, o novo Ramones... Não! Faça o som que achar que deve, como achar que deve, e siga... Isso é arte... O sucesso fácil, vem se moldando a demanda, e ignorando a arte. Kiss acho que teria feito e faria qualquer coisa pela arte. Motorhead cagou pra isso a vida toda, entre um gole de Jack D' e um Marlboro vermelho... E ao citar grandes nomes, muitas vezes é difícil saber se realmente chegaram onde chegaram com esse objetivo, ou se foi mero acaso... No começo de carreira, os Beatles se parecem muito com outras bandas do período... Depois do 3º ou 4º disco é que a coisa muda... Bastante coisa a ver com Dylan e marijuana...
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TendTudo
Membro Novato
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mai/19
Ismah Cala a tua boca, mané, enquanto vejo Amora Mautner em capa de jornal, (esqueça a ofensa), tem gente ralando em puteiro pra tocar pra playboy com baratinho e tudo mais, tocar em puteiro é o único jeito. Essa cantora que citais com dinheiro público é regionalismo "falsa carola"...
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Buja Veterano |
# mai/19
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O.o eita
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Casper Veterano
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# mai/19
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O último álbum nacional que eu ouvi e gostei mesmo foi esse:
Elza Soares é excelente.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# mai/19
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Ismah Sei o suficiente, escutei o suficiente e trabalhei o suficiente para saber quando uma banda imita a outra. Aliás... Eu nem falei que a banda era ruim, ou que preferia ouvir Jojo Todinho à essa banda aí... Eu apenas escuto e toco o que gosto.
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BrotherCrow Membro Novato |
# mai/19
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Não acompanho o cenário brasileiro hoje em dia, mas quando acompanhava (e aliás vejo a mesma coisa nos EUA), sempre foi assim: a vanguarda no underground, a grande mídia divulgando o que é acessível e tem retorno garantido... e uma vez por década aparece um sujeito talentoso e carismático que consegue pegar um som que já rola no underground há um tempo e levar pro mainstream (queira ou não foi o que aconteceu com Nirvana ou mesmo Elvis).
Até o Chico Buarque foi podado no último disco porque disseram que era machista. Porra, o Chico Buarque. O cara mais "assimilado" da MPB. Pra ser mainstream, tem que ser cada dia mais inofensivo. Por isso mesmo muitas bandas quando fazem sucesso passam a impressão de ter se vendido: elas precisam adequar o som a um molde que é o "aceitável".
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Buja Veterano |
# mai/19
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A mesma coisa pra Marcelo D2, Emicida, Annita e vários outros. São extremamente criticados pelo meio de onde vieram. Ficar na caixa é bom, é raíz. Sãos as origens. Mas pra ganhar dinheiro tem que sair da caixa. E quem fica na caixa critica. É assim, não so na musica, mas em tudo. Ou voce se adequa, e ganha dinheiro, ou vive do amor, na pobreza. Quem escolhe a grana, escolhe e pronto.
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makumbator Moderador
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# mai/19
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BrotherCrow
Claro que o Chico Buarque é machista. O cara é homem, cis, branco e velho. Ele aos olhos das feminazis é basicamente mais um estuprador opressor de minorias.
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BrotherCrow Membro Novato |
# mai/19
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Ismah Nesse contexto, tentar re-escrever "Mr. Crowley" ou "For whom the bells tolls" faz sentido para preservar esse gênero/estilo de fazer música. Porém, é esperar demais que o brasileiro médio compreenda Aleister Crowley e por quem os sinos dobram... Verdade, mas também não acho que o público em geral do Ozzy na época conhecia Aleister Crowley... ou que os headbangers da Bay Area estavam todos lendo Hemingway. Discordo que seja necessário compreender a referência para gostar da música. Eu mesmo ouvi muito Nightfall in the Middle Earth sem nunca ter lido o Silmarillion.
E reescrever essas músicas pra quê? Pra soar como um throwback de metal oitentista? Essas músicas eram relevantes na época porque era o metal moderno no momento em que foram lançadas. Se alguém fizer igual hoje em dia, vai ser música para saudosistas (nada de errado com isso), mas com um valor artístico bem questionável.
Só pra ficar no metal, quem está estourando hoje são as bandas que botam em perspectiva a influência do passado e criam algo inovador. Mês passado fui num show de uma banda chamada Zeal and Ardor, que mistura metal com cantos de escravo (os "negro spirituals"). Que puta show, cara.
O "fan service" aos saudosistas é uma coisa muito característica da nossa geração. É legal, é confortante. Faz a galera de meia idade se sentir reafirmada, quando vê moleques de 15 anos curtindo bandas que soam como o que eles ouviam quando eram jovens.
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vinibassplayer Veterano |
# mai/19
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O "fan service" aos saudosistas é uma coisa muito característica da nossa geração. É legal, é confortante. Faz a galera de meia idade se sentir reafirmada, quando vê moleques de 15 anos curtindo bandas que soam como o que eles ouviam quando eram jovens.
pq o problema de toda geração é achar que tudo da dela é melhor...
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MMI Veterano
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# mai/19
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Por mais que gravadoras e produtoras afundaram miseravelmente, a indústria mantém suas engrenagens. Queira ou não, no carnaval todo, Anitta e Pablo Vittar estavam na primeira página dos principais sites de notícias nacionais (só para citar um "fato" para que a engrenagem gire e funcione a fábrica).
Falando nisso, achei engraçado este vídeo, kkkkkk.
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TendTudo Membro Novato |
# mai/19
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É que a Globo perdeu um terço de audiência nos últimos 15 anos e a galera veio aqui pro fórum. Rs
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Buja Veterano |
# mai/19 · Editado por: Buja
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MMI Eu vi esse video quando lançou. Sou seguidor do canal faz anos. Tambem odeio funk. Mas vou ser bastante franco na minha opinião:
Perdi na graça na hora quando ele lançou esse video, com tamanho preconceito e mente pequena. Nao gosto do estilo, mas ele falou mal das pessoas. Tem muita gente séria por tras do cenário funk. Nada vem de graça. Até a mulher que rebola tem que se quiemar na academia todo dia pra aquilo. E treinar muito o rebolado. Que nao é facil.
Nao é simplesmente chegar la, ligar o autotune, falar "eu to tarado...eu to tarado" e ganhar milhoes nao. A caminhada é longa tambem, e árdua, como em qualquer estilo, seja bom ou ruim. A diferença é que estilo mais aceito no povão, vai mais rapido. Por isso, mc medoly's nao precisam de muita idade pra subir na vida.
Mas o comentário dele depreciando a capacidade cerebral das pessoas foi no minimo absurdo de ridiculo. Poooo, em comparação, nao é porque sou hetero que eu detesto homo. Simplesmente nao sou homo e pronto. Nao gosto. Mas falar mal das pessoas? De poder a um homem e saberá quem ele é. Ele foi longe demais.
Mas reforço, tambem detesto o estilo funk. Mas nao detesto um funkeiro nem acho que ele tem massa cinzenta menor do que a minha.
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BrotherCrow Membro Novato |
# mai/19
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Não consigo escutar o Vinheteiro falando e não pensar no Boça do Hermes e Renato.
Mas enfim... acho uma visão fechada demais. Eu pessoalmente gosto de algumas coisas de funk, apesar de ter crescido ouvindo rock, e de gostar muito de blues e jazz. E sou músico, então consigo enxergar a "pobreza harmônica" a que ele se refere, mas isso não me incomoda. É como punk: se enfeitar demais deixa de ser punk.
Será que o Vinheteiro gosta de Tom Waits, que intencionalmente usa barulho e desafinação pra criar um determinado efeito? Ou de Diamanda Galas, que apesar de tocar piano bem e ter um vocal treinado faz músicas intencionalmente "feias" porque serve à mensagem que ela quer passar? Captain Beefheart? Edgar Varèse? Botar critério objetivo é válido mas engessa a arte no status quo.
Sei lá. Cada um na sua, tenho certeza que muita gente de gabarito deve achar o Vinheteiro ruim também.
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TendTudo Membro Novato |
# mai/19 · Editado por: TendTudo
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Bujinha Um pelo poder Dois pela grana Tem muito Nego Que entrou Pela fama
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Buja Veterano |
# mai/19
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kkk +1
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Ismah Veterano |
# mai/19
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BrotherCrow Por isso, mc medoly's nao precisam de muita idade pra subir na vida.
Precisa... Legalmente ela e o Brinquedo, voltaram pra pré-escola. O Thomas Machado (vencedor The Voice Kids também - e parece que o programa rendeu um processo para a emissora, mas puseram um pano quente)... Até a maioridade, eles não podem trabalhar MESMO... Acompanho mais o Thomas Machado, e todos os shows foram cancelados... O pai da Melody, tem feito de tudo pra deixar a peteca no alto, mas não creio que segure a onda pelo tempo suficiente...
Discordo que seja necessário compreender a referência para gostar da música.
Se pareceu, não era a ideia! Quis dizer de forma subjetiva, que não temos um público habituado, quiçá capaz, de interpretar uma letra/música muito complexo. Novamente, veja o que aconteceu ao Roger Waters, e ao Dead Kennedys...
Por exemplo, "que mulher ruim, jogou minhas coisas fora, disse que em sua cama eu não deito mais não (e segue)... " é uma que muita gente vem a se identificar. Isso facilita que as pessoas gostem, ouçam e consumam outras músicas da banda. O Metallica, lançou o disco "Hardwire to self destruction" todo em clipes, e ainda que nenhuma seja tão boa como o "Black album", todas tiveram audiência bem semelhante aos do disco, e uma meia dúzia se destacou tanto quanto... Saca?
Não precisa necessariamente entender, sei de algumas músicas que a ideia original é bem outra, do que a forma como ela foi interpretada... Porém, se a pessoa conseguir interpretar e se identificar, melhor... Ainda vale lembrar, que boa parte dos europeus fala inglês, além da língua nativa de seu país, enquanto o nosso país representa quase metade da Europa, SEM falar inglês... O idioma vira uma baita barreira...
E reescrever essas músicas pra quê? Pra soar como um throwback de metal oitentista? Essas músicas eram relevantes na época porque era o metal moderno no momento em que foram lançadas. Se alguém fizer igual hoje em dia, vai ser música para saudosistas (nada de errado com isso), mas com um valor artístico bem questionável.
Podemos perguntar qual a importância do Museu Nacional, e bem... Diretamente não tem nada de valioso, mas a cultura e a história de nós mesmos estava lá. Isso é em parte o que tem matado o rock, e é o que faz uma canção de 300 anos atrás ainda sobreviver... E sim, interpretação e releitura (musical) também é arte, ainda que poucos queiram admitir...
Um álbum de inéditas e inovadoras canções é lindo, mas se ninguém interpretar, aquilo que já foi feito se perde... É o ciclo natural das coisas! Ninguém pode ser forçado a ouvir Motorhead, e virar fã... A banda acabou! E isso está acontecendo com a grande parte dos artistas... Se "ninguém" toca a música deles, depois que se foi a figura central do Lemmy, terminou também e o legado deles vai se perder...
O rock é um capítulo importante da nossa história, em 20 anos as principais bandas que ainda flertam no mainstream, tendem a ter acabado... E o legado deles vai sumir? É uma escolha, existem os dois lados, com seus motivos e suas razões...
Mauricio Luiz Bertola
Não foi pessoal, mas tudo bem... Não é questão de "gostar", mas de compreender... Vale o que disse acima, não existe um retorno direto na existência do Museu Nacional, além da curiosidade sobre coisas que se guardaram lá... A música, sem intérpretes, sem mais do mesmo - vai se perdendo... Preservar ou não, é escolha do povo que tem os itens em mãos...
O rap - e o funk aqui - é a nova forma de chutar o sistema... Não sei se é eficaz, mas é a forma que tem se usado... Ainda que não represente muito musicalmente, a Toddynho lá representa bastante para muita gente... Não sei se isso define cultura, mas creio que tudo que represente um povo ou parte, possa ser tido como cultura... Você é o historiador, deve saber responder essa questão...
makumbator E existem estudos, que a tendência é achar pelo em ovo mesmo... Quem torce pra time A, vê notícias que favoreçam B, e vice-versa... Quem é neutro, não vê essa tendência...
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# mai/19
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Ismah Cara, música representativa socialmente, como veículo de contestação e afirmação social é algo que existe no mundo capitalista, mas que atualmente está em baixa. As razões são muitas. Não importa o gênero, importa a intenção. Jojo Todinho pode "representar" para muita gente, mas o que interessa é perguntar "o que" e "porque". Representar em sí não quer dizer nada. É cultura? É. É Cultura estética e socialmente crítica e representativa? Não. Há uma discussão muito grande sobre o papel "contestador" do Funk (iniciada no Brasil pelo Hermano Vianna). Eu tenho minha opinião sobre isso, mas como não estudo isso, não importa muito (não tenho base científica para tal). Abç
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Ismah Veterano |
# mai/19
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Era aí que eu queria chegar... Obrigado pelas respostas...!
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BrotherCrow Membro Novato |
# mai/19
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Ismah Quis dizer de forma subjetiva, que não temos um público habituado, quiçá capaz, de interpretar uma letra/música muito complexo. Ué, mas tem tanto letrista bom no Brasil... e tem público pra isso.
O Metallica, lançou o disco "Hardwire to self destruction" todo em clipes, e ainda que nenhuma seja tão boa como o "Black album", todas tiveram audiência bem semelhante aos do disco, e uma meia dúzia se destacou tanto quanto... Saca? Não cara! Nem de longe! Eu gosto do Hardwired, até comprei em vinil, mas não passou nem perto da repercussão do Black Album. Pô, eu era moleque em 92, foi o primeiro disco do Metallica que eu ouvi, e foi uma coisa que se infiltrou no mainstream de um jeito descomunal. Nenhuma música do Hardwired teve o destaque de uma Enter Sandman da vida. E de qualquer forma não entendi o que isso tem a ver com teu argumento.
Um álbum de inéditas e inovadoras canções é lindo, mas se ninguém interpretar, aquilo que já foi feito se perde... Não se perde, porque o disco tá lá gravado e hoje em dia quase todo mundo tem acesso a quase tudo. Não vejo muita banda influenciada por Rudimentary Peni, mas se eu quiser ouvir os discos é só ir lá e ouvir. Essa é a graça do mundo moderno, a música antiga está gravada e arquivada, ela não deixa de existir. Ou você acha que o Greta Van Fleet está tirando o Led Zeppelin do ostracismo? hehehe...
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Ismah Veterano |
# mai/19
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Tem, mas o público pra isso, não assiste mais TV, e não consome mais isso da forma tradicional... Senhorita do duo Victor e Leo é um exemplo, mas ainda assim, é simples, e pensada para que todas as pessoas possam compreender...
Nenhuma música do Hardwired teve o destaque de uma Enter Sandman da vida.
Também não disse isso. Disse que tem audiência semelhante - em números absolutos, claro. Acho que eles mesmos sabem que não farão nada igual ao "Black Album"... E isso tem a ver, que é uma banda que continuou gerando mais do mesmo, e está sustentando aquilo que acredita... Até onde sei, nenhum artista de renome, tinha entregado o disco de bandeja - e numa época de vacas magras, o disco vendeu...
o disco tá lá gravado e hoje em dia quase todo mundo tem acesso a quase tudo Sem marketing, sem ser visto, não é lembrado... Se não é lembrado, não é consumido... Esse é o ponto! A briguinha do Ace Frehley e Gene Simmons no Twitter, não trouxe o Kiss de volta ao auge, mas trouxe o assunto a tona, gerou uma certa audiência, e isso refletiu nos números certamente. Sem os dois vivos e brigando, Kiss teria passado mais um ano na gaveta, sendo lembrado apenas por seus saudosistas. Assim, ainda que meia dúzia, de novos ouvintes podem ter sido gerados... E estar na boca do povo, pro artista é tudo...
Ou você acha que o Greta Van Fleet está tirando o Led Zeppelin do ostracismo?
Não sei se do ostracismo, mas desde muito tempo, não ouvia o nome Zeppelin... Ouvi desde adolescentes tentando parecer com a Vandinha, até dois caras bêbados brigando de garrafa sobre o tema...
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Julia Hardy Veterano |
# mai/19
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A questão do Metallica é que eles falam para uma bolha muito grande. O Black Album quando foi lançado foi um acontecimento. As músicas e os videoclipes bombavam nas rádios e mtv. O nome deles estava em toda parte: capa de revistas, jornais, posters, etc. O Hardwired repercutiu, como eu disse, dentro dessa bolha enorme que o Metallica vive. Fora dela, não.
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fernando tecladista Veterano |
# mai/19
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Tem um MC
MC ou rapper é um cara que não sabe cantar
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lambdadude Membro Novato |
# mai/19 · Editado por: lambdadude
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Lelo Mig Sempre haverá quem faça arte.... mas quem quer arte tem de ir atrás... não bate mais a tua porta.
Lelo, gostei muito da tua maneira de pensar. Concordo contigo, música tem de ser corrida atrás.
Felipe Stathopoulos A terceira é uma tentativa de Cold Play, com uns laivos de U2. Beeeeem tentativa mesmo. E pra piorar a gravação é sofrível, pra dizer o mínimo, com um vocal tão baixo que nem dá pra entender o que o cara tá cantando. É característico do gênero musical que a banda toca, shoegaze com meio que um emo revival. Shoegaze é assim mesmo, instrumentos no máximo, voz mesclada e inaudível praticamente. Parece que faz parte da instrumentação.
A Terno Rei é até legalzinha, mas um rock no estilo anos 80. Datado. Só quem é saudosista daquela época vai curtir. Não necessariamente. Tá tendo uma grande onda de jovem alternativo curtindo, inclusive sou e vou no show deles quinta-feira agora que vai ter em Florianópolis.
Mauricio Luiz Bertola Esse Terno Rei é imitação do Cabine C... O conceito não é o mesmo, mas saquei a similaridade sonora. Inclusive nunca tinha ouvido Cabine C, gostei até.
fernando tecladista MC ou rapper é um cara que não sabe cantar
Música não é só o que você considera como música não, amiguinho. Abre a tua mente. Não é porque ele não canta cover de Tool que ele deixa de ser um cantor, etc etc etc.
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Casper Veterano
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# mai/19
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Caro lambdadude:
Teve uma época em minha vida que eu fui fortemente intolerante com alguns gêneros musicais. Uma espécie de Vinheteiro uns 20 anos atrás.
O Vinheteiro, falando nele, me parece uma vítima das circunstâncias. Como ele passava a infância em salas de concerto na Áustria e seus amiguinhos eram do coro de Viena, ele é incapaz de enxergar outras possibilidades.
Hoje nem perco tempo tentando mostrar coisas diferentes para quem é incapaz de ver outras possibilidades. Deve ser a maturidade.
E SIM: existem muitas coisas intressantes, em todos os lugares do mundo, musicalmente acontecendo.
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