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Juninho Stanner Membro Novato |
# jul/17
Boa tarde rapaziada!
Estou começando agora a tocar fora com a banda e tal.. e já começo a ver as primeiras dificuldades aparecerem..
O próximo evento que vamos tocar é um lugar bem deserto em frente a um cemitério (sinistro hahah), o problema não é nem o cemitério hahaha, mas sim o lugar em si que tem uma fama de ser um pouco perigoso. E é ai que começam os problemas, o evento vai até de madrugada, e como no carro não cabe todos os equipos da banda optamos por alugar um Fiorino. Mas que motorista topa ir buscar a banda 3:00 da manhã num lugar deserto e com fama de perigoso?
Pois é, achamos um motorista, mas ainda não falei o horário que é pra buscar os equipos todos, e a banda ta na dúvida: será que ele vai topar ir lá essa hora por esse preço mesmo? Pode ser que ele aumente o preço, e como todos sabem começo de banda é sempre complicado, minha banda pelo menos não tem tanto poder financeiro assim, e também porque o transporte é por conta da banda :( E quanto o lugar ser perigoso existe também o medo de perder os valiosos equips que todos conquistaram com suor hahaha
Mas é isso, mesmo quando dificuldades aparecem não devemos jamais abaixar a cabeça, porque estamos fazendo o que gostamos! E se quer ter banda amigo, lhe adianto uma coisa: se prepara que vem muita responsabilidade e compromisso... ahh e outra coisa, valorize muito a amizade e o companheirismo entre os membros da sua banda, se vocês não se ajudarem nessas horas quem vai ?
Me conte sobre situações engraçadas, dificeis, ou que marcou vocês e suas bandas! Vamos compartilhar histórias hahah
Valeu ! Tamo Junto!!!
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# jul/17
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Juninho Stanner já tem alguns tópicos com historias de banda, onde vai encontrar diversas dificuldades que cada um passa. Vou recomendar algo, baseado em uma experiencia de 12 anos com banda, tenha bom senso. Quando for muito perigoso pense se vale o esforço de tocar e o risco de ser roubado, assaltado, etc. Ja quase levei uma facada no palco, por conta de brigas, depois disto eu e a banda decidimos escolher melhor. E nunca tivemos motorista, era busão mesmo.
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The Man Who Sold The World Veterano |
# jul/17
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Luiz_RibeiroSP fala mesmo, é aquela historia nenhuma empresa que organiza eventos faz loucura (eles só querem ganhar dinheiro), quando a proposta parece muito boa acredite, é furada... as vezes ficar sem um dinheirinho agora, pode ser um bom lucro lá na frente e nem é só a questão do assalto, pode ser o publico que não tem nada a ver com a banda, o técnico de som pode ferrar com o som da banda, falta de equipamento e estrutura pra banda talvez a banda esteja no começo ainda e tals, mas nem acredito que seja uma questão de orgulho pedir pelo menos o básico pra organização do evento, esse meio é forfunzero demais, povo aceita tocar por uma cerveja e assim esse mercado nunca vai crescer
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# jul/17 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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The Man Who Sold The World
Empresa que organiza eventos? técnico de som? dinheiro? lucro? hãm? To falando de som em bares de garagem, que é onde a maioria das bandas vai tocar no começo. Fui tocar em bares um pouco mais estruturados depois de 5 anos, mesmo assim sempre aparece furada. O máximo que ganhei de dinheiro foi 30R$, em um lugar em santos perto da rodoviária, que agradeço muito o antigo proprietário, pagou pelo menos nossas passagem de volta pra SP. Na boa, cara que começou a primeira banda ha 1 ano não vai ver cache, dificilmente vai estar a altura de cobrar um.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Luiz_RibeiroSP
Discordo veemente. A questão é ter quem vende, os contatos das casas boas... E obter esses contatos é difícil, as vezes eles nem abrem a porta, tem que ser algum interno, que puxa os de fora pra dentro...
Ainda tem que ver estilo, quanto menos genérica a banda, mais difícil ter vez. A maioria cai aqui, pois toca o que gosta, e cada doido tem suas manias... Não vira de tocar nada MUITO moderno na maioria, no máximo um ou dois... Tem lugar que rock nacional é tudo, e tem lugar que não é nada... Ter na manga 5 do Raúl, 5 do Legião, uma da Rita Lee, Titãs, Barão / Cazuza, Skank, Jota Quest, TNT, Cascavalletes, Ira, Biquini Cavadão e Blitz, salva muitas vezes a banda! E além disso, pra se tornar banda da casa, tem que: ser muito bom, saber se portar, não dar bola na trave... Ou seja, sem beber demais ou se chapar demais!
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# jul/17
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Ismah
" Na boa, cara que começou a primeira banda ha 1 ano não vai ver cache, dificilmente vai estar a altura de cobrar um."
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Juninho Stanner Membro Novato |
# jul/17
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Realmente as bandas de hoje não são valorizadas, já ofereceram um maço de cigarro pra banda do meu cunhado alegando que não tinham como pagar a banda, parece até brincadeira uma coisa dessa.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Cada um com suas opiniões...
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Julia Hardy Veterano |
# jul/17 · Editado por: Julia Hardy
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Vejo esse pessoal reclamando de dificuldades que uma banda enfrenta. Acho que hoje em dia é até fácil montar uma banda. As expectativas é que são altas demais, talvez.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Na verdade, as expectativas são baseadas em coisas erradas... Principalmente rock, onde a garotada se espelha em bandas grandes de 2000 para trás, e muitas vezes desconhece a história da banda...
Eu já fiz banda que tocou 5 vezes, e tem rider pronto. Excelente! Ao menos até que não haja EXIGÊNCIAS... Festival onde a lógica é montar e sair tocando - e até grandes nomes mundiais fazem isso (Kiko Loureiro tem alguns vídeos, onde o Megadeth não era headline) - o povo vem exigindo coisas absurdas... Tipo mapa de luz, mapa de palco... Quando isso sempre quem dita é o headliner... Pensam que dá para montar e desmontar tudo em 30min...
E o pior é que uma grande maioria se ofende ao se sugerir mudanças, que a estrada mostrou como saída...
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jul/17
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É que o povo monta banda e acha que vai ser tudo exatamente como um indivíduo quer, negligenciando todos os outros e o macroambiente, depois ainda tem esse sonho ingênuo já citado: "a garotada se espelha em bandas grandes de 2000 para trás, e muitas vezes desconhece a história da banda". Relações interpessoais são sempre complicadas, e é muito comum o povo tratar sua banda como algo muito "não profissional", o que deixa o negócio ou projeto mais complexo e difícil de se gerir. Não sei se me fiz entender, mas enfim...
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Paludo756 Membro Novato |
# jul/17
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Julia Hardy Vejo esse pessoal reclamando de dificuldades que uma banda enfrenta. Acho que hoje em dia é até fácil montar uma banda. As expectativas é que são altas demais, talvez.
Preciso concordar. As pessoas precisam entender que ninguém vai procurar uma banda pra tocar, é o contrário, as bandas tem que procurar lugares pra tocar, porque bandas tem aos montes, e o pior, muita banda ruim, mal preparada, e que toca a troco de nada. Assim as bandas sérias não conseguem espaço.
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Paludo756 Membro Novato |
# jul/17 · Editado por: Paludo756
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Juninho Stanner Realmente as bandas de hoje não são valorizadas, já ofereceram um maço de cigarro pra banda do meu cunhado alegando que não tinham como pagar a banda, parece até brincadeira uma coisa dessa.
Também você precisa enxergar os dois lados. Pra banda ser valorizada ela tem que ter algo que lhe dê prestígio, se não, como vai querer ganhar um bom cachê? Querer dinheiro é fácil, mas a banda vai conseguir público? Conheço vários bares aqui na minha cidade onde as bandas vão tocar de graça, e o público é as namorada e os amigo dos cara.
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Paludo756 Membro Novato |
# jul/17
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Ismah Discordo veemente. A questão é ter quem vende, os contatos das casas boas... E obter esses contatos é difícil, as vezes eles nem abrem a porta, tem que ser algum interno, que puxa os de fora pra dentro...
Aqui na minha cidade tem um bar conhecido por receber muitos artistas de fora, por exemplo, o próximo show que vou ver lá é com o Tim Owens, Cavalera Conspiracy tocou lá ano passado, assim o lugar ganha notoriedade. Já toquei no lugar 3 vezes, e tenho mais uma data agendada lá, e como funciona: O bar marca as bandas ruins que já passaram por lá e faz um filtro, banda ruim não toca lá duas vezes. Uma vez fui num evento com 8 bandas, uma se salvou, tem muita banda que não tá pronta ainda e quer colocar a cara pra bater, e só consegue se queimar. Mas como falei acima, o que o contratante quer é público pra consumir os produtos deles, também a banda pode ser boa, fazer um bom som, mas se ninguém ir assistir, de nada adianta. Vou colocar aqui o que um produtor me disse uma vez: "Se tu tem uma banda, e cada membro da banda não conseguir levar pelo menos 5 amigos cada num show, larga a banda e vai bater cartão."
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JJJ Veterano
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# jul/17
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Quem está começando passa por dificuldades e perrengues. Em qualquer carreira.
Mas certas situações devem ser evitadas. Nessa descrita, eu não iria...
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sandroguiraldo Veterano |
# jul/17
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O problema é que tem "contratante" que diz: "vou deixar você tocar no meu bar" e tem banda que aceita isso. Como se eles estivessem fazendo um favor em te deixar tocar.
Do outro lado da moeda, tem uns zé ruelas que se acham os reis da música pop e querem chegar no barzinho mequetrefe com tapete vermelho.
Dos dois lados falta bom senso.
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Pleonasmo Membro Novato |
# jul/17
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Banda é um modelo de negócio ultrapassado, vai ter bastante dificuldade.
O dono do bar "deixar" você tocar no espaço dele sem pagar nada, é de fato uma coisa comum em várias outras áreas onde você precisa criar um portifólio como design, marketing, etc. É uma consequência do mundo moderno, globalizado e com milhõessss de bandas.
Marketing, como disseram acima: "Se tu tem uma banda, e cada membro da banda não conseguir levar pelo menos 5 amigos cada num show, larga a banda e vai bater cartão.". É uma coisa que muitas vezes não vejo acontecer, tenho um amigo que participa de um grupo de umas 10 pessoas e ele é o único que sai fazendo chamada nas redes sociais, o restante fica lá esperando um milagre acontecer.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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acabaramosnicks é muito comum o povo tratar sua banda como algo muito "não profissional"
Eu acho esse o maior problema. Serve como desculpa para um monte de coisas... De tocar mal a usar uma pasta gigante no meio do palco.
Pleonasmo O dono do bar "deixar" você tocar no espaço dele sem pagar nada, é de fato uma coisa comum em várias outras áreas onde você precisa criar um portifólio como design, marketing, etc.
Pô, eu acho legal isso, mas tem que haver momento certo para isso acontecer. Aqui na região metropolitana de Porto Alegre, em São Leopoldo, existe um bar chamado Embaixada do Rock, que dois domingos por mês tem palco aberto, qualquer um pode entrar em contato, e agendar informando o tempo de show (geralmente 1h). É um baita espaço, que pode trazer a experiência do palco. Se fizer bonito, rola uma data...
Agora ele não vai atrás da banda, nessas datas é pra quem tá começando, mostrar serviço. Mas tem lugar que quer que tu vá mostrar serviço toda vez, isso já é sujeira...!
Tocou uma vez, o público aprovou e aplaudiu, a próxima o mínimo que deve haver é um cachê básico.
Paludo756 Pra banda ser valorizada ela tem que ter algo que lhe dê prestígio, se não, como vai querer ganhar um bom cachê? Querer dinheiro é fácil, mas a banda vai conseguir público?
Não é a banda que tem que conseguir público, isso é responsabilidade da casa. O dia que as casas de rock se espelharem nas casas de sertanejo, as coisas mudam de figura.
Mesmo na cena underground, tem que rolar promoção, um open bar 3 ou 4 vezes por ano vende muito bem uma casa. Uma tática muito boa é ir intercalando shows de bandas mais conhecidas, com o open bar. Digamos:
Jan -> Open Bar " summer vibe " Fev -> Show de banda garantida Mar -> Open bar " volta às aulas " Abr -> Show de banda garantida Mai... ... Dez -> Festival de verão, 5 bandas locais + banda grande
Só que a maioria que abre um bar, só sabe ser frequentador, não sabe nada de show business... Vira que o maior problema é uma casa que quer que a banda faça a divulgação e traga público, quando isso não é de nenhuma forma lógico. A casa tem que fazer o evento dar certo, a banda apenas presta o serviço de animar a festa - não que esteja isenta de ajudar com divulgação.
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Pleonasmo Membro Novato |
# jul/17
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Ismah Não é a banda que tem que conseguir público, isso é responsabilidade da casa. O dia que as casas de rock se espelharem nas casas de sertanejo, as coisas mudam de figura.
Ainda sim, todo mundo sai ganhando se ambos conseguirem público.
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jul/17
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Ismah Eu acho esse o maior problema. Serve como desculpa para um monte de coisas... De tocar mal a usar uma pasta gigante no meio do palco.
Daí entra em um problema-ciclo tostines, do tipo "vende mais pq tá sempre fresquinho, ou tá sempre fresquinho pq vende mais?". Neste caso é, "toco mal e não ligo pq me pagam mal" versus "não pago bem esse idiota pq ele toca mal". Aliás, ter uma cola no palco é pra amadores, mas de vez em vez é necessário, mas é muito feio ter aquela bíblia quase amassando o pézinho do apoio de partitura kkkkkk
Tocou uma vez, o público aprovou e aplaudiu, a próxima o mínimo que deve haver é um cachê básico.
Não é a banda que tem que conseguir público, isso é responsabilidade da casa. O dia que as casas de rock se espelharem nas casas de sertanejo, as coisas mudam de figura. Mesmo na cena underground, tem que rolar promoção, um open bar 3 ou 4 vezes por ano Só que a maioria que abre um bar, só sabe ser frequentador
Sobre esse ultimo ponto em negrito. Parece que é mal de brasileiro querer abrir "firma" (com R puxado do interior) sem saber absolutamente nada sobre empreendedorismo. Daí vem essas estatísticas horríveis como "Mais da metade das empresas fundadas no Brasil fechou as portas após quatro anos de atividade" (IBGE e Folha de SP, 2015). Tipo assim: gosto muito de carros, então vou virar mecânico sem estudar mecânica. Brasileiro é tudo "jenio", com J mesmo.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Não sei se tem como estudar mecânica no caso de um bar, as vezes a festa mais boba, é a que mais movimenta... Mas é preciso um pouco de lógica, e pensar com tu gostaria de ser atendido, o que festa tu iria... É preciso fazer uns agrados, valorizar o cliente que deixa seu salário toda vez que vem...
Na real mesmo, eu conheço a rodo bar que o cara não sabe fazer um pé sujo, um rabo de galo, ou um samba (tipos de drink)... Se facilitar ainda quebra o gargalo da garrafa na hora de abrir na quina da mesa...
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jul/17 · Editado por: acabaramosnicks
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Ismah Marketing. Definição segundo o google:
"Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro."
Essa é uma das várias "mecânicas" que empreendedor (e nisso se inclui o dono de bar) deveria saber muito bem, ou pelo menos manjar o suficiente pra contratar alguém que saiba muito bem.
É claro que se tratando de pessoas lidamos sempre com sistemas caóticos, ou seja, em parte imprevisíveis; porém, certas variáveis são previsíveis e podem gerar, com mais ou menos precisão, um trend/trending/tendência.
Quer dizer que, estatísticamente, o negócio provavelmente dá certo se for bem planejado, mesmo quando ocasionalmente ocorrem pontos fora da curva como a festa mais boba que mais movimenta, pois não é sempre assim.
Na prática, basta ter bom senso fazendo como você pensa agora, simplesmente usando um pouco de lógica (aka empatia): com tu gostaria de ser atendido, o que festa tu iria... É preciso fazer uns agrados, valorizar o cliente que deixa seu salário toda vez que vem...; depois jogar os dados e ver no que dá.
Na real mesmo, eu conheço a rodo bar que o cara não sabe fazer um pé sujo, um rabo de galo, ou um samba (tipos de drink)... Se facilitar ainda quebra o gargalo da garrafa na hora de abrir na quina da mesa...
Outra coisa que o empreendedor precisa ter, é o mínimo de conhecimento técnico do produto. Se o cara não manja nada de bebida, precisa, no mínimo, contratar alguém que manje.
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Acho que não fui claro... Quis dizer que a festa não precisa de altos graus de complexidade. Uma das festas que mais movimentou a região foi " Suíte 14 ", e não havia nada mais que bastidores de tecido branco, com luz interna com performers (sombra deles na real), e uma cama redonda no meio da pista principal... Em 15 anos de história, a casa bateu seu recorde de público com 2 800 e lá vai pessoas...
Outra que bombou foi a " Deu onda ", distribuição de picolé (?!) pros 200 primeiros, e rolou surf rock e eletrônica depois... Simples e eficiente...
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jul/17
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Agora fiquei sem entender se eu não te entendi ou se foi vc que não me entendeu, ou se foi as duas coisas kkkk vamos lá...
No teu post anterior: Não sei se tem como estudar mecânica no caso de um bar
Com isso, eu entendi que vc tá perguntando como é que se toca um negócio, ou seja, que tipo coisas vc tem que estudar/saber pra fazer dar certo um bar. Daí eu postei dizendo como fazer isso, que tipo de ferramenta se usa.
No teu ultimo post: Quis dizer que a festa não precisa de altos graus de complexidade.
Mas eu também não disse que a festa precisa ter altos graus de complexidade. O que eu to dizendo é que gerir um negócio (empreender) é uma coisa complexa, não que o produto (a festa) tem que ser complexa. Normalmente, se tratando de entretenimento, menos é mais (vende mais), ou seja, menos complexo é mais consumido. Os exemplos que vc citou agora são a prova viva disso que eu disse.
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bluesquare Veterano |
# jul/17
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Cara, tem tanta coisa que podem acontecer com bandas nesses shows.. da pra escrever um livro com essas histórias..
Uma que aconteceu com minha banda foi o tiozinho que "cuidava" do som no evento subiu no palco e tentou sair no soco com nosso vocalista no meio do show, pois segundo ele o jeito que estava segurando o microfone iria estragar o cabo... kkkk
Já em outro lugar que fomos tocar (uma chácara em Campinas), achamos que seria um baita showzinho legal, e chegando lá era maior boca de fumo.. inclusive tentaram esfaquear uma mulher na entrada .. foi tenso kkk
Resumindo, se for possível, escolha bem os lugares que vão tocar, procure conhecer os organizadores antes, trocar uma idéia.. pois show mal organizado tem sempre uma pequena (ou grande) probabilidade de dar alguma merda..
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Eu quis dizer mesmo que não existe um curso formal ou informal, para se tornar dono de bar ou promoter. Existe curso de garçom, bartender, barman, e ainda assim só uma minoria faz... Marketing, administração são cursos que contribuem, mas específico de gerernciamento na área de entretenimento, eu desconheço.
Usei o termo "mecânica" por causa do teu exemplo " gosto muito de carros, então vou virar mecânico sem estudar mecânica ".
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jul/17
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Ismah Eu quis dizer mesmo que não existe um curso formal ou informal, para se tornar dono de bar ou promoter.
Meio que existe. Empreendedorismo e gestão de projetos.
De novo, conceito do google p/ empreendedorismo: "disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços, negócios"
Um bar é um negócio, um evento de entretenimento é um projeto que conta com serviços, uma casa de show ou boteco com musica ao vivo é um negócio que conta com serviços. Está tudo contido em empreendedorismo! Administração não encaixa muito bem, é genérico demais pra agregar algo valioso pra área de entretenimento. Pode ajudar na parte do funcionamento interno do negócio, mas não agrega muito na parte do serviço prestado (produto).
Agora você pode contestar a eficácia deste tipo de estudo dizendo que fulano nunca estudou merda nenhuma e fez sucesso com tal casa de shows, ou que ciclano é organizador de mega eventos no Brasil inteiro e também nunca estudou. É uma meia verdade. Você mesmo manja mais de eletrônica que muito técnico que tem diploma (tipo eu), mas pra isso vc também teve que estudar, e até mais, e isso não é necessariamente estudo formal. A experiência é um estudo empírico, não tem como aprender sem estudar de alguma forma. O estudo formal nada mais é que métodos, rotinas e tópicos de estudo que normalmente dão certo pro indivíduo manjar do assunto, mas cabe a ele aplicar o conhecimento de maneira sábia pra chegar nos devidos resultados. Se vc estudar através de outros métodos, rotinas e tópicos, pode acabar chegando nos mesmos resultados.
Só pra complementar, entretenimento é produto também e movimenta muito dinheiro. Não faz o menor sentido vc dizer que não exista estudos ou cursos sobre coisas que dão dinheiro no mundo capitalista, não é verdade?
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Ismah Veterano |
# jul/17
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Olha, eu nunca ouvi alguém ser aprendiz de dono de bar, então aos meus olhos, o que conta é uma predisposição natural a entender como funciona e a prática...
Eu até concordo que empreendedorismo e gestão de negócios ajude (pra mim entrava na administração), mas a noite tem suas manhas...
Não vão te dizer que o melhor método para terminar uma noite bem, é raspar o caixa 15 minutos antes do show acabar, e sair de fininho, para se caso tentem assaltar no fim da noite, tu entregue o que tem lá... E de preferência mais uma vez no meio da noite...
Não vão te dizer que o cartão de crédito tu só recebe, quando compensar o boleto ou débito na conta do cliente... Não vão te dizer que a Ambev e semelhantes, muitas das vezes, é mais cara do que os mercados de atacado... Não vão te dizer que não se serve bebida aberta pra cliente nenhum, o correto é abrir na frente dele... Não vão te dizer que o chopp é mais caro para começar, mas mais barato a longo prazo, pois o custo é menor que a garrafa, e o lucro maior... Não vão te dizer que TODO fornecedor de bebidas costuma dar freezer, e plotar algum que tu tenha, mas é TU que tem que ter a iniciativa, e que ele "paga" em bebida... Aliás, freezer é tiro no pé, o negócio é uma câmara fria! Tampouco que vale sempre a pena re-fazer parte da instalação elétrica e operar em trifásico, ou até mesmo ter redes separadas para freezer e para o resto da casa (se tiver fritadeiras PRECISA ter duas redes), pois a tarifa do trifásico é menor, tende sempre a dar menos problemas (menos corrente total). E raramente quando dá problema de falta de energia é nas 3 fases, só com uma delas já dá para salvar uma noite de blecaute. Aliás, vale a pena ter um rolo de 30m de cabo PP 3 x 6mm e " jacarés ", para eventuais problemas.
Não tem escola nenhuma que dirá pra ti, que independente se a noite foi boa ou ruim, a banda e/ou Dj/Vj, os garçons, a equipe de limpeza e a segurança querem receber e essa grana tem que sair de algum lugar... Nem que é bom ter uma farmácia no bar, que isso pode cativar muitos clientes que venham a passar mal...
São coisas que não se aprende na escola, é o que se chama de esperteza...
Você mesmo manja mais de eletrônica que muito técnico que tem diploma
Pô bicho, eu nasci num lar bem colocado... Tenho lembrança de com 6 anos estar soldando cabos pro meu pai... Com 8~9 fui parar a primeira vez no hospital por causa de choque elétrico... Com 14 fiz a primeira instalação residencial, no segundo piso de casa, junto com meu finado pai... Meu primo 3 anos mais velho, tem formação na melhor escola do estado, eu tava querendo fazer um channel strip da SSL SL4000... O "TCC" do técnico dele, foi um projeto que usa a gravidade para gerar energia, enquanto já tava abrindo os Studio R Heavy Duty e as cópias que tinham na região... Então só tenho muito mais estrada, coisa que vem com o tempo...
E " os Carlos ", tanto o Adolphs como o Sossêgo, faziam manutenção em radar do exército, quando nenhum de nós era nem nascido. Nenhum deles que eu saiba, um dia cursou algo na área de elétrica...
Eu recebi felizmente um sábio conselho que aplico até hoje: nada vale o curso, se tu não estiver praticando... Meu primo possivelmente é mais estudado que tu, "os Carlos "
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acabaramosnicks Membro Novato |
# ago/17
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Ismah Gestão de negócios não, gestão de projetos. Um bar ou casa noturna é uma empresa e é envolve negócios, e um empreendimento é um projeto. Pra este tipo de negócio, o mais indicado seria gestão de projetos e não de negócios justamente por ter muitas variáveis que podem mudar os rumos do projeto.
O lance do caixa, por exemplo, poderia ser incluido na avaliação de risco do projeto. Estatísticamente é claro que roubos costumam acontecer próximo do final da noite. Sempre há metodos de mensurar possíveis prejuízos e métodos para se preparar pra isso. Cartão de crédito, qualquer um que vai abrir um negócio deveria saber como funciona, se não sabe, não deveria nem cogitar em abrir um negócio. E de todas as outras coisas que vc mencionou, as que tocam ao tratamento do cliente, cabe aos responsáveis por atender o cliente saberem como atender um cliente, se vc vai abrir um negócio e não manja de atender um cliente, contrate alguém que saiba, ou faça uma pesquisa a respeito. O fato de vc estar disponibilizando este tipo de informação prova que sempre tem gente que sabe. Ao que toca aquisição e estoque de produto, cabe à parte financeira e econômica e de infraestrutura do projeto. Pagar funcionário é o mínimo que se faz.
Então só tenho muito mais estrada, coisa que vem com o tempo...
É como eu disse, você é sim estudado, mas estudar não é só na escola ou nos livros. Se alguém quiser meter as caras e abrir um bar, eventualmente vai se deparar com todos esses problemas citados, se estudar sobre empreendedorismo, vai saber como se preparar pra buscar informações e fazer análises de risco de problemas que ele ainda não conhece. No final os dois chegam no mesmo lugar, e chega mais longe o que tiver mais empenho e sorte.
Os carlos podem não ser cursados, mais toda essa experiência conta como estudo. Estudo é "conhecimento adquirido à custa de se aplicar a inteligência sobre determinado assunto" (google, de novo). Não adianta nada estudar empreendedorismo nos livros e instutuições de ensino e nunca tentar empreender, bem como não adianta nada vc empreender e não estudar, isto é, aprender na prática aplicando a inteligência pra processar toda a experiência que se está sendo exposto.
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Ismah Veterano |
# ago/17
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Gestão de negócios não, gestão de projetos.
Foi o que eu disse! rsrs Ignore toda vez que usei o termo errado.
Cartão de crédito, qualquer um que vai abrir um negócio deveria saber como funciona, se não sabe, não deveria nem cogitar em abrir um negócio
Todos quase sabemos, mas do ponto de vista de comprador...
se vc vai abrir um negócio e não manja de atender um cliente, contrate alguém que saiba
Se tu mesmo não sabe onde quer chegar, o que espera, é meio difícil avaliar as capacidades do contratado... Não acha?
ou faça uma pesquisa a respeito
Tá de brincadeira... Aqui é Brasil, isso não rola... A maioria acha que trabalhar na noite é ir pra festa 3 a 5 dias por semana e ainda receber por isso... Eu não arranjo mais trabalho pra gente nova justamente por isso, e se tu manda estudar o cara não quer mais, te chama de grosso e faz um textão no facebook...
Pagar funcionário é o mínimo que se faz.
É o mínimo, mas não é assim que funciona a noite... Não te condeno, a maioria acha um absurdo isso, mas acontece com muita frequência... O contrato entre banda e bar, é na confiança do grito de cada parte. Também acho que não deveria ser, mas ninguém faz contrato no papel praticamente, nem toda banda de nível nacional faz isso... Se tu cobrar contrato, o cara chama outro. Simples assim.
Já aconteceu comigo diversas vezes ao longo dos anos coisas do tipo. Chegar no fim da noite, o dono ter sumido, junto com o dinheiro do caixa... Chegar pra tocar, e o dono dizer que marcou o show pro dia seguinte - e pior que tinha data agendada 250km dali pro dia seguinte... Esperar banda e ela não chegar... Recentemente uma banda regional de certa fama, chegou só 7hs atrasada...
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