Sobre a experiência de tocar em trio (guitarra, baixo e bateria)

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erico.ascencao
Veterano
# fev/16
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FELIZ NATAL: Qual a argumentação dele, quer dizer por que é interessante fazer isso? De certa forma não seria criativamente limitador, e anularia a possibilidade de dar novos rumos a uma canção por meio de outras interpretações?

O argumento principal é: se o David Gilmour foi lá e compôs "Another Brick in the Wall" com aquele solo de guitarra limpinho, com relativamente poucas notas, com uma bateria discreta de fundo... por que mudar tudo? A música fez um puta sucesso e virou um clássico do jeito que é, quem somos nós pra ir lá e mudarmos o arranjo?

Além disso, tem o que o Lelo Mig comentou. A galera vai na noite pra ouvir o que ela escuta nas rádios, no Spootfy, etc. No passado isso foi até mais crítico, pois a gente não tinha acesso a shows de grandes bandas aqui no Brasil, então o público na noite queria ver uma banda cover para suprir a necessidade de ver o artista original - eu mesmo gosto de ver o These Days, banda tributo do Bon Jovi, por não ter tido a oportunidade de ver o Richie Sambora ao vivo.

Agora, quando você opta por fazer releituras, aí a coisa muda de figura: o público tem que ser outro (talvez um público mais parecido com quem curte ouvir som autoral de bandas novas), o bar tem que ser outro, o cachê vai ser outro... Por isso mesmo concordo novamente com o Lelo Mig: "Não vejo sentido em fazer covers quando não se almeja tocar em bares por dinheiro ou ao menos diversão." Eu quero ter banda pra tocar em bares por uma graninha (pra sustentar o hobby) e por diversão, e ponto.

Lelo Mig
Membro
# fev/16 · Editado por: Lelo Mig
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erico.ascencao

E uma coisa é fato... quando se toca covers, literalmente, se aprende prá caramba, porque em releituras a tendência natural é facilitar o que é muito difícil, mas quando têm de tirar igual, necessita ficar em cima por horas, dias, até conseguir.

É um estudo muito mais eficaz do que com estes professores de guitarra metidos a maestro, que infestaram as escolas e o Youtoba. Quando você tira um solo como o de Higway Star, por exemplo, você tira, treina, treina, erra, treina, treina, acerta e toca, sem precisar se preocupar com aquelas merdas de "é uma pentatonica menor de sol, com empréstimo modal do cacete à quatro" e outras bobagens que podem até ser importantes depois que você toca, mas antes, só prestam prá fazer você se sentir um imbecil.

FELIZ NATAL
Veterano
# fev/16
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erico.ascencao

Compreendi com os posts teu e do Lelo que pegar um classico de algum estilo e deformá-lo para o publico do mesmo possa ser algo desapontante. Ja me senti assim em algumas ocasiões.

Porem acho irresistivel a ideia de pegar uma canção ( as vezes até alguma bem ruim ) e torná-la palatavel.

Smell Like Teens Spirit do Nirvana em um formato nu-jazz

Calling Dr Love ( basicamente, como to respeito aos fãs do Kiss, uma canção que detesto ) do Kiss em um formato metal-industrial com partipações ultra especiais de Tom Morello ( RATM ) e Billy Gould ( Faith No More )

Este é um blues do Robert Johnson nas mãos de Keith Richars e cia.

Este é funk setentita da galera do Clinton cheio de arranjos e corais, na mão dos meninos do RHCP ( hoje tiozões rehab ) ficou em minha opinião um som do caralho, simples, direto e objetivo que nem o bom funk pede.

Ismah
Veterano
# fev/16
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Fala mal...



erico.ascencao
Veterano
# fev/16
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Upando o "meu querido diário"...

A apresentação do dia 13/02 foi adiada para 27/02. Porém, não contente com este show pela manhã, pintou outro à tarde. Como este segundo já é uma pegada mais de show mesmo (moto clube, 4 horas de eventos, etc.), foi disparada uma sangria desatada para tirar músicas pra fechar um repertório de aproximadamente 40.

Com relação à experiência de se tocar em trio em si, tenho absorvido muitas dicas dos caras da banda para preencher os arranjos: violões, sons de teclado, sons um pouco diferentes de guitarra, pegada diferente...

erico.ascencao
Veterano
# fev/16
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Mais uma reflexão para o meu querido diário: nem dois meses de banda e 42 músicas no repertório. Parafraseando o episódio do Pica-Pau: "Em todos estes anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isso me acontece".

sebber
Veterano
# fev/16
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"Em todos estes anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isso me acontece".

kkkkkkk

Tem também "de volta ao planejamento..."

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# fev/16
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Ismah
https://www.youtube.com/watch?v=LkKBcEV75WE

Ismah
Veterano
# fev/16
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Mauricio Luiz Bertola

Com esse show ele ganhou meu respeito.

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