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Lelo Mig
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# mar/13 · Editado por: Lelo Mig
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Ken Himura
Cara, nunca pensai que ia falar isso no FCC, não pretendo entrar em detalhes.....mas preste atenção!
Eu tive 3 lojas de CDs, durante 10 anos. Ganhei dinheiro como nunca ambicionei na minha vida. Casa feita por arquiteto em condomínio, carros zero na garagem, plano de saúde top, filho na melhor escola da cidade, reserva para qualquer lazer ou luxos.
Um pouco antes do ramo de CDs degringolar, eu deixei as lojas e entrei em outra empreitada,,,,Por erros meus e algumas sacanagens de outros, o que eu tinha foi se transformando em dívidas.
Resumindo...Num domingo à noite, deixei minha casa de luxo em condomínio, para acordar num quarto e cozinha alugado de fundos, somente com um colchão.....sem dinheiro, sem conforto e sózinho, porque meu casamento havia acabado.
Cheguei a ficar 3 dias sem comer por falta de dinheiro para tal luxo e por ser orgulhoso demais para pedir um prato de comida para minha mãe ou irmãs.
Mas estou aqui... vivo e recomeçando em muitos aspectos.
Detalhe, quando isso aconteceu eu tinha 45 anos.......você só têm 26!
Levanta essa cabeça cara....arruma uma luta pra ir.......teus anos vão passar rápido e sem volta, não os desperdice, por mais difícil que pareçam ser.
Desculpe o desabafo e a história... mas pense nela, pode te ajudar a encarar mais de frente teus temores.
Faça teu caminho, nem que seja à tapas!
Boa sorte.......
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Adler3x3
Veterano |
# mar/13
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Ken Kimura
É difícil comentar e ajudar.
Como já disse num post anterior é fácil dar conselhos.
Mas tenha Força e Coragem, mas com calma e lucidez.
Pior do que esta não pode ficar e você ainda conta com o apoio da família.
Pense nisto.
Combata o imobilismo, não desanime.
Tem que ter a mente clara para saber o que pode ser o melhor caminho.
E tem que procurar, seja um novo emprego ou reiniciar a sua atividade voltada a música, mas com mais energia.
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Buja
Veterano |
# mar/13
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Meu conselho, talvez nao tao aplicavel, e de certo duvidoso. Mas, pare um pouco com a musica e enxergue outros coisas, maneiras de sustentar bem a familia e ganhar dinheiro.
Faça da musica um hobby.
Nao te conheco, sei da historia inteira da sua vida por um topico so, e nem mensuro a quantidade de problemas e insegurancas que voce tem.
Tenho certeza absoluta que nao sao poucas.
Mas a musica nao é mais importante que sua vida nem sua familia e seus projetos futuros.
Sabe, eu sou programador de sistemas, que passa todo santo dia fazendo calculos, calculos e calculos, digitando linhas e linhas e linhas de codigo de programacao que pra quem nao é da area, é complexo e puramente grego. Mas isso me sustenta. Faz com que eu possa me casar e sustentar minha familia. Nao ganho dinheiro, de forma nenhuma. Mas o futuro é certo.
Meu sonho sempre foi fazer matematica. Mas tenho relatos de muita gente que fez licenciatura, sofreu, batalhou, lutou e hoje trabalha em 3 periodos fora a madrugada varias vezes, pra ganhar nao mais do que o pao com manteiga de cada dia. É deprimente. Deixei a matematica pra quando eu tiver 50 anos. Quem sabe um dia eu nao realize este sonho.
Meu conselho é: batalhe por algo que de a voce e sua familia meios de viver. E deixe que a sua siga seu curso no seu sangue, na sua alma, mas nao dependa dela pra viver. De fato, é dificil viver de musica boa por ai.
Que Deus lhe abencoe, e sucessos amigo. So desista das coisas quando a morte te vencer. Antes disso voce ainda pode! Se nao puder voar, nade! Talvez é o meio de fazer as coisas é que nao está dando muito certo.
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josecelso
Veterano |
# fev/14
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Galera, faz quase um ano que postei esse tópico.
Hoje por coincidência caí aqui de novo.
Ao ver tantas respostas, pessoas dando apoio, conselhos, contando suas próprias experiências, comecei a me sentir no dever de dar uma certa continuidade. Dar uma breve explicação do que se passou nesse ano de 2013 até aqui.
Bom, em 2013, eu tentei desistir da música. Tentei fazer várias coisas diferentes nesse ano que passou:
Tentei estudar para mestrado em outra área, mas não tive paciência. Até cheguei a falar com meu pai para que ele me ajudasse a pagar o curso de mestrado e ele concordou. Mas eu mesmo acabei desistindo, comecei a me sentir um "peixe-fora-da-água" e não consegui dar continuidade.
(nem comecei o mestrado, isso foi ainda no pré-projeto, rsss)
Também não terminei o curso de docência, acabei interrompendo no meio, mas quero terminar assim que eu tiver um tempo disponível, ele é útil para qualquer área.
Tentei estudar para concurso de novo, mas também não deu certo, na verdade não passei da primeira semana estudando, admiro demais os concurseiros - estudam horas e horas aquela teoria toda - pra mim não dá pé não. (eu tentei, juro)
Tentei abrir um pequeno negócio junto com minha esposa. Nos empenhamos muito nisso, investimos um bom dinheiro (uns R$5000 somando tudo). Resolvemos vender Acarajé e Bobó de Camarão nos finais de semana. Para resumir a história: também não deu certo, o trabalho é pesado demais e o retorno é incerto, minha esposa chegou a ficar doente - fisicamente mesmo - de tanto esforço. Teve dias que lucramos R$300 em apenas um dia, mas também dias que não vendia nada e perdíamos dinheiro, pois o produto é perecível e se não vende acaba indo para o lixo. Abrir negócio não é para qualquer um não. Eu acabei decidindo que não dava pé pra gente aquilo e também desisti.
(essa história tá bem resumida tá pessoal, foi muita ralação até eu decidir que não dava pé).
(vocês precisavam ver a cara de alívio da minha esposa quando eu falei que aquilo não dava pé e era pra gente desencanar, rsssss)
Bom, aí eu cheguei a algumas conclusões:
1 - O que eu sei fazer é música.
2 - Para migrar para outra área, eu preciso estudar (e muito) e não tenho paciência pra isso.
3 - Música é uma área que tem muitos problemas. Mas é o que eu sei fazer, na verdade é o que CONSIGO fazer.
4 - Acabei percebendo que NADA é fácil. Não adianta eu querer sair da música pensando "ok, essa outra profissão é mais fácil", nenhuma profissão é fácil, principalmente quando você começa do zero.
Percebi que eu tentei um monte de coisa diferente, gastei tempo dinheiro e esforço com essas coisas todas diferentes e nenhuma delas vingou para mim.
Então chegou uma hora que comecei a questionar: "será que não era melhor eu investir meu tempo e esforço na música mesmo ? Pelo menos nessa já tenho meio caminho andado e já conheço as pedras do caminho."
Cara, para todas as coisas que tentei fazer, eu tive que vencer milhares de barreiras. Tive que lutar contra várias dificuldades pessoais minhas para me adaptar a situações e atividades novas...
Percebi que: "é muito mais fácil eu tentar vencer as barreiras que me travam dentro da música do que ficar tentando coisas diferentes que no final das contas acabam tendo muito mais barreiras, só que eu não tinha ciência delas.".
Em 2014, resolvi me perdoar...
Me perdoar por ser músico.
Percebi que não é minha culpa. Eu realmente tentei de TUDO nessa vida e não me adaptei a nada. Meu lance É música mesmo.
Então resolvi me conformar mesmo, com a vida de músico. Me conformei com minha decisão de ser músico pois percebi que era a única que eu poderia ter feito mesmo.
Eu ia acabar chegando aqui, mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro. Minha sentença já estava dada.
Percebi que vou mesmo viver de música para o resto da vida (a não ser que eu ganhe na loteria ou algo assim). Simplesmente não vou conseguir migrar de área.
Então decidi o seguinte:
"já que música é o que sei fazer, já que é o que consigo fazer, já que é isso mesmo. Então vou me dedicar a ter o melhor retorno que eu puder dentro dessa área e dentro da minha realidade."
"Vou me esforçar para derrubar as barreiras que me atrapalham dentro da música, vou tentar me aprimorar no meu instrumento o máximo que eu puder."
"Vou investir meu tempo, esforço, dinheiro, vontade, pensamento e ação na profissão que eu já tenho ao invés de buscar outra."
...
Eu não vou ficar rico. Não vou ficar famoso no Brasil inteiro ou ganhar o mesmo que um advogado ou engenheiro bem sucedido.
Mas que dá para melhorar, dá. Não dá para melhorar absurdamente, mas dá para melhorar um pouco. Dá até para ter mais estabilidade com o tempo se eu der os passos certos.
Esse ano vou "sair mais da garagem" e tentar ganhar dinheiro tocando além das aulas. Esse ano vou tentar me aprimorar e ficar mais conhecido como professor e pianista aqui no bairro.
Quanto à grana e às coisas que faltam...
Resolvi me conformar. Vou simplesmente fazer o melhor que eu puder e pronto.
O retorno financeiro é instável, mas eu tento nem pensar nisso mais. Toda profissão tem seus prós e contras. Toda profissão exige muita ralação para se "chegar lá". Não é só música que é difícil. As dificuldades são diferentes, mas toda profissão é difícil em algum aspecto.
Não adianta eu ficar me torturando com o lado ruim das coisas, por que eu não tenho outra opção. O jeito é me adaptar e seguir em frente.
Então é isso gente.
Eu sinto que essa é uma decisão definitiva na minha vida.
Eu vou definitivamente ser músico. Vou fazer o que for possível para melhorar a instabilidade e vencer minhas barreiras (inibição) e parar de me culpar pelas coisas que não tenho.
Arrumei uma gigzinha de quinta, estou estudando bastante piano esses tempos, ando conhecendo outros músicos, enfim... mesmo nesse início de 2014 a coisa já está lentamente melhorando.
De resto - seja o que Deus quiser.
Se você se sente agoniado com sua profissão de músico, meu conselho é:
"Tente fazer/estudar outras coisas por um tempo. Se der certo, migre. Mas se você começar a perceber que música é a ÚNICA profissão na qual você se encaixa, então desencana, tenta aproveitar o lado bom e se acostumar com os espinhos da coisa."
Pelo menos é o que estou tentando fazer.
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josecelso
Veterano |
# fev/14 · Editado por: josecelso
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opz, postei duas vezes por engano.
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Ismah
Veterano |
# fev/14
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TODO profissional autônomo é instável. Não tem férias, 13º salário, e demais regalias. E vc deve ter em mente que se aposentar é nescessário, para tanto precisas pagar seu INPS (ou alguma previdência privada) como autônomo (gira em torno de 135 reais aqui no RS). A segurança é que com a carteira assinada em caso de acidente vc tem uma chance ao menos, de (tentar) se "encostar".
Pessoalmente não me acho apto a falar muito mais, pois dos que postaram acima todos estão a mais tempo que eu no ramo (creio ao menos) como profissionais.
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Julia Hardy
Veterano |
# fev/14
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Chocante alguns relatos aqui. Mas, serve de alerta.
Nessa mundinho que vivemos, temos que escolher as profissões que pagam a vida de verdade. As que existem de verdade e não alimentam ilusões. Tem que ser assim, com a música como “plano b”. Pra daí largar do trampo “ingrato” e viver de música… mesmo que no mundinho imaginário.
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Ismah
Veterano |
# fev/14
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Julia Hardy
Não te compreendi bem, mas pessoalmente, eu morro de fome, aguento o que for, mas não dou "pra trás nem pra pegar impulso" (Clóvis de Barros Filho) na música, pois ela me trás felicidade. Quero ser feliz e não rico.
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Julia Hardy
Veterano |
# fev/14
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Ismah
Não falei em ser rico. Falei em ter um trampo que pague as contas e banque o hobby caro.
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Ismah
Veterano |
# fev/14
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Julia Hardy
Sim sim, tinha entendido errado. Com "cerveja", mas pode ser algo relacionado a música... Um dos melhores bateras que conheço concerta alto-falante, outro guitarrista dá aulas, eu to começando a fabricar pedais, e operador/técnico de iluminação e som
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gpeddino
Veterano |
# fev/14
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Parabéns ao josecelso, pelo relato e pelas decisões. Sucesso!
E adicionando ao debate, a Julia Hardy resumiu bem. O risco em se apostar todas as fichas na música é altíssimo. O esquema ideal seria dividir-se entre a música e algo que pague as contas.
Meu caso tem um pouco a ver com esse esquema. Tenho 28 anos, sempre gostei de música (sou cantor e toco vários instrumentos, estudei harmonia por conta, etc), mas fui estudar Letras. Sei que é um curso que não garante muita coisa, mas senti que era a minha praia e que poderia me ajudar a ter uma carreira, pra assim, me dedicar à música.
Hoje faço tradução como freelancer e dou aulas particulares de inglês, francês e de canto. Pra ajudar no orçamento, abri uma produtora com um amigo que tem um estúdio. Já fizemos muita coisa, desde gospel até funk e hip-hop. Nada que seja muito do meu agrado, mas dá algum dinheiro. Já trabalhei com tradução financeira em escritório. Quase tive uma crise nervosa com tanta pressão e tão poucos benefícios.
Muitos amigos meus dão risada de mim, tendo que rebolar por grana enquanto eles desfrutam de estabilidade. Só que no meu tempo vago, consigo investir em meus projetos pessoais. Posso não ter como viajar pra Europa todo ano, comprar videogames e jantar em lugares caros, mas em 2011, consegui juntar grana pra gravar um disco autoral e estou sempre indo atrás de oportunidades de shows aqui e ali.
Sei lá, talvez isso possa parecer uma vida "pobre" e sofrida pra muita gente, mas sou feliz e vou levando. Vejo muita gente se comparando com os amigos, se pressionando... Pra mim aí que mora o grande problema. Ver a grama do vizinho como a mais verde, na maioria das vezes só serve pra tirar nosso próprio foco dos objetivos e pra dar margem pra frustração.
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rcorts
Veterano |
# fev/14
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Ismah
Quero ser feliz e não rico.
Quero ser muito rico, e daí pra frente só alegria! .... he he he!
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rcorts
Veterano |
# fev/14
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josecelso
Cara, fico realmente feliz pelo fato de você ter resolvido seu problema, aliás, por ter se resolvido. Independente das opiniões que qualquer um de nós possamos ter aqui, você precisava lutar contra seus fantasmas para conseguir seguir em frente.
Já que optou pela música mesmo, tente diversificar ao ponto de nunca faltar um beco pra onde correr, ou de se especializar tanto ao ponto de não servir outra pessoa pra fazer o seu trabalho. Eu sei que isso é um conselho meio vago, mas de uma forma geral todas as pessoas que conheço bem sucedidas ou foram pelo plano A, ou pelo plano B.
E boa sorte aí meu velho!
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Marquezin
Veterano |
# fev/14
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Hum... o tópico é antigo, mas ele foi revivido antes mesmo, então vamos lá...rs
Eu parei com a música!
Mas eu o fiz não por que eu estava com problemas financeiros, mas por causa de um dos piores pesadelos de um músico... saúde.
Toquei durante anos em bandas de baile e em tudo o que eu pudesse fazer um som e rendesse algum, ganhei um bom dinheiro nesse período não posso negar.
Mas um dia eu acordei bêbado e tremendo na porta de um Hotel em que a banda estava hospedada, em uma cidade que eu nem sabia qual era, meu ombro direito estava latejando e eu não conseguia fechar a minha mão esquerda, o show da noite anterior iniciou-se as 21 e terminou as 5:30 da manhã.
Tendinite, aquilo que eu passei anos alertando e ensinando aos meus alunos como evitar... irônico, e vexaminoso também... mostrou meu desrespeito comigo mesmo, com meus alunos e com a música...
Eu me recuperei disso, por incrível que pareça, demorou quase dois anos mas curou... ou quase...
Foi aí que coloquei em prática meu "Plano B", aquele que eu nunca quis aceitar, por que foi imposto pela minha mãe e que eu consegui milagrosamente manter vivo junto com a música durante muito tempo, eu era um profissional formado de informática que teimou em seguir um caminho incerto.
Hoje eu sou um profissional de TI em uma empresa, que me paga o bastante pra sobreviver e manter minhas contas em dia.
Meus instrumentos estão sempre nos seus devidos suportes, algumas guitarras estão guardadas em cases mas sempre tenho uma plugada a um ampli, meu violino e Cello sempre "a postos", o teclado é só apertar um botão e sempre tenho um violão sobre a cama.
Eu parei com a música, mas não deixei de ser músico, não penso em ter banda ou "projeto". Jamais voltei a dar aulas, mais por que acredito que de uma certa forma, eu falhei como professor ao não dar o bom exemplo.
Se me perguntarem se eu queria viver de música, eu vou responder:
É claro! Quem não quer viver de música?
Mas eu não consegui superar meus medos como músico, e por causa disso, digo que tive sorte em saber fazer outra coisa, eu queria ter tido a mesma coragem do criador desse tópico em realmente encarar de frente e lutar contra todas as adversidades pra fazer realmente aquilo que gosto.
Mas eu não sou assim e sei que alguns de vocês também não são (jovens músicos), muitos vão "pedir o penico" na hora em que a coisa ficar feia, assim como eu pedi e assim como o criador quase pediu, mas diferente dele, alguns não vão ter a coragem de prosseguir.
Aqueles que estão começando na música agora acredite, não é um mar de rosas, tenha sempre o "Plano B", passe mais tempo escutando sua mãe do que assistindo vídeo aulas no youtube, por que com as dicas dos vídeos, você poderá futuramente até ser um bom músico, mas somente com as dicas dessa senhora, você será mais do que somente outro músico.
Um Abraço!
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rcorts
Veterano |
# mar/14
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Marquezin
Interessante seu depoimento cara. Ao contrário do seu relato, nunca passei por uma situação assim. Mas também sempre tive um plano B. No entanto, mesmo tendo outra profissão, nunca deixei de dar aulas e ainda penso em fazer muito na música (lógico, sem aquelas pretensões adolescentes de ser o próximo mega-rockstar).
Sei que você não pediu minha opinião, mas como vc postou aqui é porque de algum modo sentiu necessidade de compartilhar experiências. E na minha interpretação você, ainda que sob circunstâncias diferentes das do autor do tópico, precisa de um tempo para lutar contra os fantasmas que você próprio criou.
Penso que se realmente a música estivesse totalmente acabada para você, nem interesse em postar neste tópico você teria hoje. Enfim, é possível aprender com os erros, e o fracasso só existe realmente quando aceitamos uma situação difícil como um fardo irreparável.
Um abraço.
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Ken Himura
Veterano |
# mar/14
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Quase um ano se passou da minha última postagem aqui.
Continuo mais ou menos na mesma. Com a diferença de ter passado pro mestrado em primeiro lugar e, como temia, não ter bolsa no primeiro ano. Meu curso começa oficialmente em julho, mas já fui absorvido e estou cursando algumas matérias neste semestre pra cortar créditos.
Conclusão: aumentou a "pressão", a necessidade de ter coisas feitas, mas dinheiro que é bom não pingou ainda.
Pelo menos, tem seu lado bom: veio um professor estrangeiro que está me dando aulas num projeto bem interessante, pode resultar num intercâmbio futuro. Mas o que mais me preocupa é agora, preciso de um computador novo pro trabalho e tal. =/
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mvrasseli
Veterano
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# mar/14
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As histórias desse tópico dariam um novela de Manoel Carlos.
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