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waltercruz Veterano |
# mar/13
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Sei lá, pessoal, na hora da crise que aparecem as grandes oportunidades.
Concordo!
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Adler3x3 Veterano |
# mar/13
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Como o MMI escreveu:
Não é tão simples resolver tudo sozinho.
Tem que buscar ajuda e orientação de um profissional qualificado. E tudo começa mudando para uma atitude positiva. Falar e escrever e dar conselhos é fácil, difícil é estar sozinho.
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Edson Caetano Veterano
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# mar/13
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Vou escrever... Resumido ao máximo
Comecei a tocar com 5, com 10 era o top na minha idade, já passava por mestres como Caracê, Zimbo Trio, com 15 tinha meia dúzia de bandas e era um dos melhores tecladistas da cidade, tocava muito mesmo, com 18 mãe vou fazer musica e ela: tá maluco te corto a boa vida e não te apoio com mais nada
Resultado, bom filho entrei na faculdade que a minha mãe quiz, conheci a cerveja, as mulheres, a vida adulta e muitas outras tretas, parei então pelo menos quase 10 anos longe das teclas que foi reiniciado em 2006 aqui no FCC
Hoje tenho uma certeza, meus companheiros de musica na época, nenhum está bem financeiramente, eu hoje sou uma sombra tecnicamente falando do que fui, mas consigo ter o instrumento top que eu quero sem nem precisar
Acho muito injusto isso mas é a vida, eu hoje faço por hobby a musica, minha profissão que não desgosto patrocina todo meu amor pela música e assim vai ficar, afinal chegando aos 35 não tenho como arriscar, ainda mais com dois filhos
Mas ver o que pequenas escolhas fazem, é injusto pessoas se dedicarem plenamente e passarem sufoco, não terem as ferramentas que são necessárias em sua plenitude a vencerem e não falo apenas de material
Mas é assim, meio jogado aqui, sou autônomo, venho passando por varias dificuldades, passei por crise de estresse em 2012 que quase me levou, padrão de vida a manter é pesado, e nem é de luxo muito pelo contrario
Mas conheci um curso de liderança, evolui muito, hoje sou practitioner em PNL e faz uma diferença estrondosa, as vezes pode ser um ponto de virada, uma nova filosofia, novos conhecimentos, para mim vem fazendo entender muitos porquês
O principal, manter o foco, o vencedor é aquele que tem mais convicção e começa a ter fé em sí mesmo, você é capaz, você é um campeão
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snd Veterano |
# mar/13
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Nunca achei que viver de música seria uma opção para mim, então sempre foi um hobbie.
Vou deixar aqui como conselho para o pessoal (mesmo sendo mais novo que a maioria) a visão da pirâmide de Maslow:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hierarquia_das_necessidades_de_M aslow.svg
Essa pirâmide representa as necessidades humanas e é impossível subir nela sem que você tenha os itens inferiores.
Reparem que antes de auto-realização vem a segurança. Viver de música como artista (e não como instrumentista), significa que você precisa (de algum jeito) resolver as questões de segurança, onde o principal peso é a segurança financeira.
Resumidamente: O problema de todo mundo que desiste da música por não conseguir viver dela é extremamente simples. Tais pessoas passaram a vida tentando alcançar um determinado estágio da pirâmide de Maslow sem se preocupar em construir a fundação dela. No final tudo colapsa sem esta fundação.
Meu conselho: "Going solo is going nowhere". Em quase todos os ramos profissionais é preciso de networking. Você precisa conhecer pessoas que você considera serem profissionais de sucesso e tentar seguir os mesmos passos. Claro que não existe fórmula mágica, mas também não é preciso reinventar a roda sempre.
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Edson Caetano Veterano
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# mar/13
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snd No Coucher a gente trata de 5 saúdes, praticamente os níveis da sua pirâmide, mas é isso, além da fundação solida, precisam estar em harmonia entre sí
O caminho para a reslizaçao pessoal é longo e díficil, mas POSSÍVEL para todos, basta ter certeza que é isso que quer
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rcorts Veterano |
# mar/13
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MMI
Fiquei lendo os relatos aqui... Pode até não ser a solução, mas o colega josecelso é publicitário. Poxa, um dos melhores trabalhos que eu já fiz na música, no sentido "grana por hora" foi exatamente nesse ramo, para um comercial de radio e TV e no qual o colega deve ter pelo menos muitos contatos. É interessante, mas esse ramo paga muito bem, ao contrário de alguns outros ramos da música. E seria uma forma de unir a música com a formação acadêmica, ou ao menos tirar proveito dela.
Não é bem assim meu caro MMI. Eu também sou publicitário e como o José Celso nunca atuei na área. Durante a própria graduação passei por uma situação muito discriminatória onde quem está em cima do muro como eu estava fica jogado pra escanteio e não consegue fazer bons contatos.
O relato dele é muito parecido com o meu. Hoje sou servidor público federal. Minha atuação na música também vive de quases e isso desanima muito. Mas vivo e sustento minha família (mulher e dois filhos pequenos) mesmo é com o salário de servidor público.
Não sou dos mais realizados na música, mas uma coisa tenho certeza, nem que seja daqui a 5 anos, mesmo que o que eu faça em música seja em bandas sem expectativa de retorno financeiro, ou apenas para ficar gravando vídeo aulas pra postar de graça no youtube e ajudar a galerinha mais nova, nunca vou desistir da música. Mas como profissão, já parei de cogitar essa possibilidade há muito tempo.
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rcorts Veterano |
# mar/13
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josecelso depois fui fazer publicidade, simplesmente nunca atuei nessa área. Quando me formei já estava atuando como músico e professor de piano/teclado
Eu também, me formei em Publicidade e nunca atuei na área. Quando me formei estava atuando como músico (amador, sem remuneração) e professor de guitarra. Na época da faculdade eu aproveitava a biblioteca da Universidade pra ler mais livros de música do que de publicidade. Detalhe.
Enfim, minha vida como instrumentista é cheia de "quases"
A minha também, a diferença é que não me sustento com música. Sou servidor público, e tenho uma banda de rock de trabalho autoral só por paixão mesmo.
Amigo, confesso que não li o restante do seu post a partir daqui, e nem mesmo fiquei lendo os outros comentários, que estão muito extensos e agora estou aqui no trampo.
Nem sei o que te dizer, ou melhor, como lhe aconselhar. Acho que você tem muito mais experiência como músico profissional do que eu. Essa realidade de dar aulas e ficar sem alunos nos períodos de férias letivas, acho que é assim pra todo mundo. Já cheguei a dar 20 aulas por semana e nessas épocas ficava com 8, às vezes um pouco mais, ou um pouco menos.
Então, vou falar apenas da experiência de um brother meu, baixista e de outros caras que tocam com ele (guitarristas, bateristas), ambos com bacharelado em seus instrumentos.
O fato de terem passado num banco de faculdade os fez realmente criar essa rede de contatos, esse Networking, o que os acabou levando a virarem free lances. Esse meu amigo baixista toca para várias duplas sertanejas, algumas de pop e já tocou até em bandas próprias de metal e pop, além de ter tocado por um tempo contrabaixo acústico em orquestra, mas o que o sustenta mesmo são os trabalhos de free lance. Eles ganham geralmente cerca de R$ 350,00 de cachê por show, livre de outras despesas. Normalmente rolam uns 18 shows por mês. Em outros 10, e assim a vida vai seguindo seu curso.
A respeito de conteúdos ele passou pela graduação em música e eu não. Mesmo assim, nós conversamos quase de igual para igual sobre música, harmonia, tonalidade, atonalidade e etc... Porque? porque eu sempre fui apaixonado por música e sempre estudei muito, por conta própria. Mas diferente deles, meu Networking é relativamente menor.
A grande pergunta que fica é: como você gostaria de atuar profissionalmente em música: com trabalhos autorais ou como free lance? se a resposta for a primeira opção, ainda mais pra você que já tem família formada, fica bem mais difícil e inseguro. Mas se sua opção de primeiro plano for a segunda, aí fica bem mais fácil, ainda que um pouco incerto e sazonal.
Mas essa dúvida que hoje te aflige, infelizmente só você mesmo poderá fazer suas ponderações e esclarecer melhor suas idéias.
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MMI Veterano
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# mar/13 · Editado por: MMI
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rcorts
Se fosse fácil, vocês dois estariam rindo disso tudo, eu sei. O que eu quis dizer é estar atento, tentar outros ramos. Talvez usar seus contatos, seus colegas de faculdade, quem sabe. Ou não, tentar outros caminhos mesmo, dentro ou fora da música.
A questão é que começa com uma atitude positiva, estar atento e usar o que tem, talvez até mesmo os contatos daqui do fórum. Eu não sou músico, me recuso a ganhar grana com música, mas já participei de CDs de grandes gravadoras, conheci grandes produtores e luthiers gringos, e como disse, já participei de trilhas para propagandas onde o valor pago era entre * mil por uma música de 1 a 2 minutos - que eu me recusei a pegar (os iniciais eram uns * mil para botar um violão/guitarra que se resolvia em 2 a 3 horas. Está bom, né?). Se apareceu para mim, batalhando e procurando pode aparecer para os outros, eu sei que não é simples assim nem muito menos fácil, mas existe. Odeio dar números, mas era isso...
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PigO Veterano |
# mar/13 · Editado por: PigO
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E eu aqui com 18 anos e meio, loco dia apos dia pensando se realmente vo a fundo na musica ou deixo de lado e vo cursar um curso tecnico ou faculdade. so depois do ano passado quando começei a trabalhar percebi q precisava de tempo pra me dedicar, antes disso ficava umas 2 a 6h por dia, ai de setembro pra frente quando sai do emprego começei a treinar serio, dai em diante foi entre 4 a 8h, em novembro voltei pro emprego, larguei no mesmo mes, e em dezembro começei em um outro que estou ate agora, nao me inscrevi em curso nenhum, nao fiz enem, vestibular. Apesar da minha mae nao concordar, amanha começo a fazer aulas de guitarra novamente, e isso, so toco a 2 anos e meio, ou seja, conseguir um retorno financeiro disso é complicado, pq nao toco praticamente nada.. quando se é evangelico e seguimos principios, tocar em baile e bares, sao opcoes que elimino..
no fim, acho que vo me dedicar o maximo pra aproveitar agora com a volta das aulas de guitar, e no meio do ano faze alguma coisa em outra area.. no fim, sei la..
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rcorts Veterano |
# mar/13
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MMI A questão é que começa com uma atitude positiva
Tá certo, entendi seu ponto de vista e concordo plenamente.
Se fosse fácil, vocês dois estariam rindo disso tudo, eu sei
Na verdade, apesar da minha vida musical não estar como sonhei há mais de 10 anos (tocando em uma megabanda de rock em um mega evento de música, ha ha) ainda consigo rir de tudo isso, mas porque eu não escolhi a música como profissão e sim como projeto paralelo, como hobby, senão estaria realmente desesperado. K k k.
Mas não quero nem fazer piada aqui, porque sei que a situação do nosso amigo José Celso é dramática mesmo.
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Rednef2 Veterano |
# mar/13 · Editado por: Rednef2
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Talvez eu esteja falando besteira, mas pode ter algum sentido.
Minha mãe é corretora de imóveis, e eu vejo uma certa semelhança com a vida de musico: você só recebe se vender o produto (No caso do Corretor o produto é os imoveis, e o do Musico é a musica).
Os corretores costumam trabalhar de domingo a domingo pra vender o peixe deles, sem mencionar que montam stands a luz do dia com cartazes gigantes "corretor de plantão".
Acho que nós musicos deveriamos fazer o mesmo, trabalhar de domingo a domingo, bolar estrategias pra vender nosso peixe, ser marketeiro, etc.
Mas talvez pelo fato de eu ser solteiro eu acho isso mais facil, ja a galera que tem namorada/esposa ai é outros quinhentos.
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rcorts Veterano |
# mar/13
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Rednef2 Acho que nós musicos deveriamos fazer o mesmo, trabalhar de domingo a domingo, bolar estrategias pra vender nosso peixe, ser marketeiro, etc.
Mas talvez pelo fato de eu ser solteiro eu acho isso mais facil, ja a galera que tem namorada/esposa ai é outros quinhentos.
Eu por exemplo, casado e pai de duas figurinhas que dão muito trabalho. O mais velho já tá começando a gostar de música, ha ha.
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josecelso Veterano |
# mar/13
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Amigos, fiquei impressionado com o número de respostas, eu não imaginava que tanta gente se interessaria em ler.
Agradeço muito por todas as respostas, muitas delas me fizeram refletir.
Fiquei impressionado também em constatar que muitas pessoas têm uma história parecida com a minha, ou tendo dificuldades dentro da música ou atuando na música em paralelo, tendo outra profissão que "garante" mais.
Eu gostaria de fazer comentários sobre vários posts aqui, achei muitos interessantíssimos, vou comentando aos poucos, pois tem muita coisa que eu gostaria de dizer!
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josecelso Veterano |
# mar/13
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volta e meia tem um tópico desse aqui no FCC. E sempre a questão 'financeira' é o ponto chave e maior problema da questão.
Nao sei quanto aos outros músicos (provavelmente deve ser parecido), mas de todos os guitarristas que 'deram' certo na música a única coisa que todos tem em comum ou pelo menos a maioria é o tempo de treino e dedicação ao instrumento e ao estudo da música . To falando em estudar 10 horas por dia durante 10 anos seguidos.
A segunda coisa que vejo em comum nesses caras é que eles tem um 'respaldo' financeiro durante anos (alguns até pra sempre), seja da onde for, ou em outras palavras - dependente dos pais ou familia ou no popular , sao 'filhinhos de papai'... porque nao tem como alguem gastar 10 horas por dia com musica e ainda dizer que ainda ganha dinheiro com outro trabalho.
Drive30, achei muito interessante seu post, em parte por que você falou uma verdade que poucos se dão conta. Muitos que "dão certo" na música têm um respaldo financeiro.
Eu mesmo vivi essa situação até certo ponto, no mínimo posso dizer que quando morava com meus pais, por mais que me frustrasse por ganhar pouco, a situação era muito diferente. Eu tinha cabeça para estudar, correr atrás de projetos, por que juntava o pouco que ganhava (sem precisar pagar contas) e dedicava e resto do meu tempo a estudar compor e gravar. Eu já tinha algumas crises por ganhar pouco, mas era bem mais ameno.
Eu acho estranho que parece que só na música voce precisa ser o fodasso, super profissional, reconhecido e tal , nas outras profissoes basta fazer o arroz com feijao que ta beleza. É tudo a mesma coisa, 99.9% das pessoas sao apenas bons profissionais sem nada de extraordinario e nao tem depressao com isso.
Essa parte do post me chamou atenção também, concordo que muitos músicos sentem que não são reconhecidos. Mas no meu caso, o que me desanima é principalmente a estabilidade. Nas épocas em que estou com muitos alunos, apesar de eu nem gostar muito de dar aulas, me sinto (no geral) satisfeito com a coisa toda. Ano passado mesmo, em Outubro, Novembro, estava uma maravilha. Eu tinha em torno de 20 alunos (até um pouco mais) e estava tirando em torno de R$3000 mensais. Estava ótimo, apesar da "pauleira". Mas de Novembro até Janeiro, esse número caiu (despencou) para menos de 10. De repente eu tirava menos de R$1000 por mês e ainda tive que gastar uns R$1500 para consertar meu velho carro. (sem o qual não trabalho).
Veja por exemplo: se eu perder meu carro, estou fudido (desculpe o palavrão), ao mesmo tempo preciso dele para trabalhar (muitas aulas dou em domicílio e não dá para ir de ônibus, são muitos lugares no mesmo dia). Vivo estressado, com medo de tomar uma blitz e ter o carro apreendido. Ao mesmo tempo não consigo pagar o IPVA dele a uns 2 anos.
O problema da música, é que ou você é um dos poucos fodásticos no topo da "pirâmide social da música", e aí se dá muito bem, ou então você trabalha como um profissional na média. Mas profissionais da média em outras profissões (muitas outras) conseguem ganhar a vida. Veja minha irmã, por exemplo, ela é formada em enfermagem. É uma área decente, não a área "top do top", mas ela ganha bem melhor do que eu. Ela trabalha muito, é verdade, mas o trabalho dela dá retorno imediato. O músico tem que "trabalhar para arrumar trabalho" (gastando) "trabalhar para se preparar para o trabalho" (gastando) e finalmente conseguir um trabalho que muitas vezes dura pouco. Na verdade é uma área onde a demanda é muito complicada para o profissional, quem está por cima fica muito bem, mas quem não está passa por muitas instabilidades.
Se eu conseguisse manter essa média de 20 alunos, por exemplo, e levar meus projetinhos aqui e ali mesmo sem ganhar muito com isso, eu já ficaria satisfeito. Conseguiria me organizar para pagar as contas, juntar algum dinheiro, ter alguma segurança. Mas é muito instável, no início do ano passado fiz várias dívidas no cartão de crédito, simplesmente fazendo supermercado, e acabei tendo que pedir para meu pai pagar a dívida. Muito chato isso, eu já tenho mais de 30 anos e não queria passar por isso a essa altura.
Eu não faço questão de ficar rico com a música, de ser megafamoso no Brasil inteiro, só queria pagar minhas contas, não ter gastrite no fim do mês, ter uma noção do quanto vou ganhar cada mês, comprar uma casa, um carro, assim como a maioria das pessoas em outras profissões qualificadas.
É como eu disse, eu não ganho tão mal, mas é muito incerto. Infelizmente as contas são sempre certas, o incerto é só o dinheiro que entra. Isso me causa muito estresse. Tem que ficar correndo atrás o tempo todo e isso cansa.
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josecelso Veterano |
# mar/13
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Ken Himura
Sua estória chamou muito minha atenção.
Acho que tem vários pontos em comum.
Dá para perceber também que você é um cara que tem "a música no sangue".
Eu mesmo admito que muito de minha frustração, quando penso em "largar" a música como profissão é pensar em tantas horas de estudo, e tantos anos que corri atrás de contatos. Ao mesmo tempo que se sente que o resultado não é satisfatório, é terrível pensar em "jogar fora" tanto esforço para chegar aonde se chegou.
Infelizmente eu não posso ajudar você a tomar decisões, sei o quanto é complexa essa "balança que pende para os dois lados ao mesmo tempo"
Mas gostaria de fazer vários comentários que me ocorreram ao ler seu texto, são várias pequenas idéias, talvez você aproveite algumas e outras não:
1 - aulas de outros instrumentos: Já pensou em abrir o leque ? Violino é um instrumento super específico, se você conseguisse dar aulas de piano, teclado e violão já aumentava bem seu público potencial. Uma das melhores maneiras de conseguir alunos é criar um bom site com informações sobre você, e anunciar na internet, com o tempo vai arrumando alunos. Sempre tem aquele problema de janeiro fevereiro, mas ao menos no meio do ano da pra fazer algum dinheiro.
2 - parceria-escola: Sabemos que muitos alunos não gostam de fazer aula em domicílio, eles querem ir no espaço do professor. Hoje em dia eu dou aulas em domicílio e em minha própria casa. Mas se você mora com seus pais, é inviável fazer isso. Mas você pode procurar uma parceria: quando eu morava com meus pais, eu dava aula em uma escola de música. Lá eu tinha combinado com o dono de levar meus alunos particulares (que quisessem) e eu pagava apenas uma pequena comissão pelo uso da sala (claro que ele liberou isso por que eu já era professor lá). No geral é melhor ser prof. particular, mas é bom ter um pézinho em ao menos uma escola.
3- continue tentando THEs Cara, te digo, de certo modo, por experiencia própria: Se um dia você conseguir o que realmente quer (ser um violinista de sucesso), a pressão só vai aumentar.
Tá certo, você fica nervoso nos THE, muito justo, dá nervoso mesmo.
Mas se você subir em um palco fodastico de uma orquestra fodástica, tocando para um público composto de 90% de músicos fodásticos, garanto que vai ficar muito mais nervoso ainda.
Cara eu já toquei (assim como você) em muitos lugares, muitos bares, já fiz festa piano solo, sossegado...
Quando chega o dia em que você consegue "aquele" palco, com "aquele" público, que você sabe que entende da coisa, que está lá realmente ouvindo cada nota que você toca e que vai ter um ouvido crítico, dá muito nervoso.
THE é como qualquer outra coisa na vida, quanto mais você faz, melhor fica nisso. O nervosismo faz parte do teste, aprender a controlar o nervosismo é parte da habilidade que você precisa adquirir. Meu conselho é: se exponha o máximo possível, faça quantos THE puder, e com isso tente "evoluir" nesse quesito, criando técnicas mentais para se concentrar apenas na música.
Uma vez, quando eu tocava em uma banda de eventos corporativos (aliás pagava muito bem, pena que durou pouco), nosso empresário na época fechou um evento para uma empresa grande (nem lembro qual agora), tivemos que tocar na frente da diretoria da empresa, fomos lá e fechamos com eles, se tivéssemos nos deixado levar pelo nervosismo, teria ido tudo por água abaixo. Aprender a lidar com isso faz parte. Mesmo artistas consagrados, muitos ficam nervosos e tremem as pernas antes de subir em um palco.
4- Bandas: Eu não tenho mais paciência para procurar bandas, quando me mudei de cidade perdi todos os meus contatos, e não estou muito disposto a recomeçar do zero. Mas quando eu toquei em muitas bandas, fiz muitos contatos por conta disso, cheguei a arrumar alguns trabalhos muito bons devido à contatos que foram se formando de banda em banda. No começo é um "mar de roubadas" mas com o tempo, da quantidade de ostras, vão aparecendo algumas pérolas.
5-Projetos-casamento: O mercado de casamentos é interessante, seu instrumento tem tudo a ver, você poderia tentar montar um quarteto de cordas para casamentos e anunciar, na internet e/ou outras formações também, como piano + violino. Se fizer um site bem feitinho e um trabalho redondo, você consegue ganhar algum dinheiro com isso. (e até toca algumas músicas legais no meio do repertório).
6-Pressões externas: Ken, outro conselho, cuidado com as pressões externas. Dá para perceber que muitas pessoas esperam X ou Y de você. Mas ninguém vai viver sua vida, você que vai passar pelas coisas que tem que passar ou deixar de passar. E outra coisa que aprendi: as pessoas adoram dar opinião, mas em geral são muito mal informadas. Tem muita gente que vive perfeitamente bem de música. Com o ensino se tornando obrigatório nas escolas, o mercado de ensino tende a aumentar, inclusive gerando demanda de ensino universitário, o que é uma oportunidade. Como você é um cara estudioso, creio que tem boas condições de evoluir em carreira acadêmica, o que realmente abre muitas portas. Alguns professores universitários que conheço, conseguem ótimas oportunidades de tocar, por que seu portfólio já melhora 200% por conta disso. É uma moral muito grande na hora de passar um projeto em um incentivo cultural, por exemplo. Eu não estou dizendo que você tem que seguir na música e viver disso. A decisão é sua, mas o que eu quero dizer é: você que sabe realmente as vantagens de viver disso e as desvantagens. E só você sabe se dá pé ou não para você e qual é o melhor caminho para tentar isso.
Veja minha mãe, por exemplo: ela disse que eu "não teria do que viver" quando eu quis fazer música, e por isso eu fui fazer outras faculdades.
Mas é muito irônico: eu nunca ganhei um tostão com computação, a única vez que fui fazer um estágio, fui despedido em 15 dias e não consegui ganhar nem meu primeiro salário.
Publicidade também, nunca ganhei um tostão, só está me ajudando agora a fazer especialização e tentar um mestrado.
Mas todo e qualquer dinheiro que já ganhei na minha vida até hoje foi com música, não seria muito melhor se eu tivesse me formado nela e hoje estaria fazendo um mestrado na área ?
Quando minha mãe disse aquilo, ela não fez nenhuma pesquisa a respeito, não consultou ninguém, sequer pensou direito. Foi algo que disse baseado na experiência e conhecimento dela na área, mas que conhecimento é esse ?
Pela história que você me contou, muitas pessoas te pressionam, seus pais, sua namorada, mas o conhecimento que eles têm da área é muito limitado. Não estou dizendo que não tem um fundo de verdade o que eles estão dizendo, a música é mesmo uma área difícil.
Mas fica mais difícil ainda quando a gente fica "dispersando" o esforço. Desculpa falar isso, mas (assim como eu), será que você não estaria muito melhor hoje se tivesse feito faculdade de música desde o início ? De que adiantou fazer computação, trabalhar alguns anos e ganhar dinheiro, mas depois largar e ficar "perdido" ? Não resolveu muito sua vida. Te disseram: "faz essa faculdade, pois se a música não der certo...", mas ninguém pensou: "e se essa faculdade não der certo por que não é a vocação dele ?". Isso também é um risco, tão devastador quanto (ou mais). Na verdade tudo na vida envolve risco. Quando tomamos nossas próprias decisões, sabemos os riscos envolvidos e estamos preparados para o melhor e para o pior. Quando deixamos os outros nos pressionarem a tomar decisões, nos "enganamos" achando que não há risco, mas é ilusório isso. (e se dá errado é pior ainda, por que acaba gerando um ressentimento, ou nos deixando em situações para que não estávamos preparados).
7-Outra profissão: Ken, eu não quero "puxar" você nem para um lado nem para outro. Se você quer mesmo viver de música, tente seguir meus conselhos anteriores ou mesmo ter outras idéias para "se mexer" e fazer contatos.
Mas outra coisa que você pode (e talvez deva) considerar é a possibilidade de uma terceira profissão.
Você não deu certo na computação pois achou a área estressante, na música está difícil de cavar oportunidades (é difícil mesmo), talvez exista alguma profissão por aí que possa lhe garantir o "pão nosso de cada dia" e te permita levar a música como hobby ou em tempo parcial.
Procure ponderar se existem outras possibilidades para você (e se você as quer, claro).
As vezes seu "lugar ao sol" está em alguma profissão que você nem tinha considerado antes... (tem muito professor de matemática de cursinho que tem banda, rsssss)
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josecelso Veterano |
# mar/13
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Ken Himura
Sua estória chamou muito minha atenção.
Acho que tem vários pontos em comum.
Dá para perceber também que você é um cara que tem "a música no sangue".
Eu mesmo admito que muito de minha frustração, quando penso em "largar" a música como profissão é pensar em tantas horas de estudo, e tantos anos que corri atrás de contatos. Ao mesmo tempo que se sente que o resultado não é satisfatório, é terrível pensar em "jogar fora" tanto esforço para chegar aonde se chegou.
Infelizmente eu não posso ajudar você a tomar decisões, sei o quanto é complexa essa "balança que pende para os dois lados ao mesmo tempo"
Mas gostaria de fazer vários comentários que me ocorreram ao ler seu texto, são várias pequenas idéias, talvez você aproveite algumas e outras não:
1 - aulas de outros instrumentos: Já pensou em abrir o leque ? Violino é um instrumento super específico, se você conseguisse dar aulas de piano, teclado e violão já aumentava bem seu público potencial. Uma das melhores maneiras de conseguir alunos é criar um bom site com informações sobre você, e anunciar na internet, com o tempo vai arrumando alunos. Sempre tem aquele problema de janeiro fevereiro, mas ao menos no meio do ano da pra fazer algum dinheiro.
2 - parceria-escola: Sabemos que muitos alunos não gostam de fazer aula em domicílio, eles querem ir no espaço do professor. Hoje em dia eu dou aulas em domicílio e em minha própria casa. Mas se você mora com seus pais, é inviável fazer isso. Mas você pode procurar uma parceria: quando eu morava com meus pais, eu dava aula em uma escola de música. Lá eu tinha combinado com o dono de levar meus alunos particulares (que quisessem) e eu pagava apenas uma pequena comissão pelo uso da sala (claro que ele liberou isso por que eu já era professor lá). No geral é melhor ser prof. particular, mas é bom ter um pézinho em ao menos uma escola.
3- continue tentando THEs Cara, te digo, de certo modo, por experiencia própria: Se um dia você conseguir o que realmente quer (ser um violinista de sucesso), a pressão só vai aumentar.
Tá certo, você fica nervoso nos THE, muito justo, dá nervoso mesmo.
Mas se você subir em um palco fodastico de uma orquestra fodástica, tocando para um público composto de 90% de músicos fodásticos, garanto que vai ficar muito mais nervoso ainda.
Cara eu já toquei (assim como você) em muitos lugares, muitos bares, já fiz festa piano solo, sossegado...
Quando chega o dia em que você consegue "aquele" palco, com "aquele" público, que você sabe que entende da coisa, que está lá realmente ouvindo cada nota que você toca e que vai ter um ouvido crítico, dá muito nervoso.
THE é como qualquer outra coisa na vida, quanto mais você faz, melhor fica nisso. O nervosismo faz parte do teste, aprender a controlar o nervosismo é parte da habilidade que você precisa adquirir. Meu conselho é: se exponha o máximo possível, faça quantos THE puder, e com isso tente "evoluir" nesse quesito, criando técnicas mentais para se concentrar apenas na música.
Uma vez, quando eu tocava em uma banda de eventos corporativos (aliás pagava muito bem, pena que durou pouco), nosso empresário na época fechou um evento para uma empresa grande (nem lembro qual agora), tivemos que tocar na frente da diretoria da empresa, fomos lá e fechamos com eles, se tivéssemos nos deixado levar pelo nervosismo, teria ido tudo por água abaixo. Aprender a lidar com isso faz parte. Mesmo artistas consagrados, muitos ficam nervosos e tremem as pernas antes de subir em um palco.
4- Bandas: Eu não tenho mais paciência para procurar bandas, quando me mudei de cidade perdi todos os meus contatos, e não estou muito disposto a recomeçar do zero. Mas quando eu toquei em muitas bandas, fiz muitos contatos por conta disso, cheguei a arrumar alguns trabalhos muito bons devido à contatos que foram se formando de banda em banda. No começo é um "mar de roubadas" mas com o tempo, da quantidade de ostras, vão aparecendo algumas pérolas.
5-Projetos-casamento: O mercado de casamentos é interessante, seu instrumento tem tudo a ver, você poderia tentar montar um quarteto de cordas para casamentos e anunciar, na internet e/ou outras formações também, como piano + violino. Se fizer um site bem feitinho e um trabalho redondo, você consegue ganhar algum dinheiro com isso. (e até toca algumas músicas legais no meio do repertório).
6-Pressões externas: Ken, outro conselho, cuidado com as pressões externas. Dá para perceber que muitas pessoas esperam X ou Y de você. Mas ninguém vai viver sua vida, você que vai passar pelas coisas que tem que passar ou deixar de passar. E outra coisa que aprendi: as pessoas adoram dar opinião, mas em geral são muito mal informadas. Tem muita gente que vive perfeitamente bem de música. Com o ensino se tornando obrigatório nas escolas, o mercado de ensino tende a aumentar, inclusive gerando demanda de ensino universitário, o que é uma oportunidade. Como você é um cara estudioso, creio que tem boas condições de evoluir em carreira acadêmica, o que realmente abre muitas portas. Alguns professores universitários que conheço, conseguem ótimas oportunidades de tocar, por que seu portfólio já melhora 200% por conta disso. É uma moral muito grande na hora de passar um projeto em um incentivo cultural, por exemplo. Eu não estou dizendo que você tem que seguir na música e viver disso. A decisão é sua, mas o que eu quero dizer é: você que sabe realmente as vantagens de viver disso e as desvantagens. E só você sabe se dá pé ou não para você e qual é o melhor caminho para tentar isso.
Veja minha mãe, por exemplo: ela disse que eu "não teria do que viver" quando eu quis fazer música, e por isso eu fui fazer outras faculdades.
Mas é muito irônico: eu nunca ganhei um tostão com computação, a única vez que fui fazer um estágio, fui despedido em 15 dias e não consegui ganhar nem meu primeiro salário.
Publicidade também, nunca ganhei um tostão, só está me ajudando agora a fazer especialização e tentar um mestrado.
Mas todo e qualquer dinheiro que já ganhei na minha vida até hoje foi com música, não seria muito melhor se eu tivesse me formado nela e hoje estaria fazendo um mestrado na área ?
Quando minha mãe disse aquilo, ela não fez nenhuma pesquisa a respeito, não consultou ninguém, sequer pensou direito. Foi algo que disse baseado na experiência e conhecimento dela na área, mas que conhecimento é esse ?
Pela história que você me contou, muitas pessoas te pressionam, seus pais, sua namorada, mas o conhecimento que eles têm da área é muito limitado. Não estou dizendo que não tem um fundo de verdade o que eles estão dizendo, a música é mesmo uma área difícil.
Mas fica mais difícil ainda quando a gente fica "dispersando" o esforço. Desculpa falar isso, mas (assim como eu), será que você não estaria muito melhor hoje se tivesse feito faculdade de música desde o início ? De que adiantou fazer computação, trabalhar alguns anos e ganhar dinheiro, mas depois largar e ficar "perdido" ? Não resolveu muito sua vida. Te disseram: "faz essa faculdade, pois se a música não der certo...", mas ninguém pensou: "e se essa faculdade não der certo por que não é a vocação dele ?". Isso também é um risco, tão devastador quanto (ou mais). Na verdade tudo na vida envolve risco. Quando tomamos nossas próprias decisões, sabemos os riscos envolvidos e estamos preparados para o melhor e para o pior. Quando deixamos os outros nos pressionarem a tomar decisões, nos "enganamos" achando que não há risco, mas é ilusório isso. (e se dá errado é pior ainda, por que acaba gerando um ressentimento, ou nos deixando em situações para que não estávamos preparados).
7-Outra profissão: Ken, eu não quero "puxar" você nem para um lado nem para outro. Se você quer mesmo viver de música, tente seguir meus conselhos anteriores ou mesmo ter outras idéias para "se mexer" e fazer contatos.
Mas outra coisa que você pode (e talvez deva) considerar é a possibilidade de uma terceira profissão.
Você não deu certo na computação pois achou a área estressante, na música está difícil de cavar oportunidades (é difícil mesmo), talvez exista alguma profissão por aí que possa lhe garantir o "pão nosso de cada dia" e te permita levar a música como hobby ou em tempo parcial.
Procure ponderar se existem outras possibilidades para você (e se você as quer, claro).
As vezes seu "lugar ao sol" está em alguma profissão que você nem tinha considerado antes... (tem muito professor de matemática de cursinho que tem banda, rsssss)
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rcorts Veterano |
# mar/13
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Nossa, depois de ler vários posts neste tópico pude perceber melhor como a discussão por aqui ficou rica. Teve pirâmide de Maslow, experiências pessoais e profissionais, dicas de superação, fé e tudo mais.
Hoje em dia, não tenho mais tempo pra ficar apostando em trabalho autoral acima de tudo na vida. Não depende só de mim, e ainda que dependesse, ainda depende de ter alguém pra apreciar e consumir. Tenho família, emprego fixo e que mantém minha família, planos de crescimento financeiro (quem disser que não tem é hipócrita).
Mesmo assim tenho minha banda autoral em paralelo com meu trampo. Se daqui mais um ano os caras da banda (tirando o baixista, que é muito obstinado) continuarem como estão, levando tudo com a barriga, com preguiça de gravar, com preguiça de melhorar as composições, com preguiça de fazer release, vou chutar o balde e estudar pra outros concursos públicos que remunerem melhor, de 5 mil pra cima.
E daqui há algum tempo, vou ficar na minha casa mexendo com produção e talvez monte uma banda de blues, ou se eu tiver condições contratarei músicos para trabalharem comigo no meu projeto próprio. Assim, ao mesmo tempo que faço o que amo, ainda terei certeza de que as coisas serão levadas a sério e estarei contribuindo com outros companheiros de luta na música.
Acho importante também saber encarar a vida com otimismo, saber aceitar mudanças e ter em mente várias alternativas possíveis. Isso diminui a angústia e às vezes até dá ânimo pra continuar, ou pra desistir, se for a opção mais oportuna.
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josecelso Veterano |
# mar/13
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saber aceitar mudanças e ter em mente várias alternativas possíveis.
Rcorts, acho que você realmente ressaltou um ponto chave aqui.
Tem momentos na vida em que precisamos ter flexibilidade e saber aceitar as mudanças que aparecem.
Estou aprendendo que muito de nosso caminho, temos que conciliar o que podemos fazer com o que queremos, da melhor forma possível.
Na verdade nessa vida ninguém tem garantia de nada, nem mesmo em profissões mais estáveis que a música, o que dizer nela. E para cada porta que se fecha abre-se uma janela em outro lugar.
Eu sei que sempre vou ter um pézinho na música, de uma forma ou de outra... mas acho bem difícil eu viver exclusivamente de música para o resto da vida, pode até acontecer (mesmo por que nem sei se vou conseguir me colocar em outra área), mas pelo menos meu esforço no momento é no sentido de abrir portas em outras áreas...
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Ken Himura Veterano |
# mar/13
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Adler Pelo menos, se rolar, vou conseguir poupar uma grana pro primeiro ano de mestrado. Se eu conseguir poupar uns 600$ por mês e ficar lá por volta de 1 ano, vou ter quase 8 mil Reais na mão. Se colocar isso pra render durante o ano, talvez eu tenha a cagada de fazer mais uma grana. Pra 1 ano letivo, 10 mil $ não é tão ruim, eu acho.
josecelso 1 - aulas de outros instrumentos: Já pensou em abrir o leque ? Pior que já. Piano eu até consigo dar a aula, consigo tocar um básico desde que parei de estudar (aliás, acho que é ótimo pra todo músico saber tocar piano como instrumento B). Mas pra outros, sem chance, mesmo de arco. Faço uma abordagem científica do ensino, vou atrás de estudos de ergonomia e biomecânica pra achar a postura mais natural possível pro aluno... pra isso acontecer bem, eu preciso conhecer direito o instrumento e sua técnica antese traçar as coisas daí. Nunca aprendi um instrumento de sopro, nem violão/guitarra (nunca me dei bem com o violão hehehe), nem percussões nem canto... na verdade, até estudei um pouco de canto e tenho vários livros que deveria já ter estudado sobre técnica vocal, mas ainda nem toquei neles.
O que faço é, também, dar aula de teoria, harmonia, percepção, composição... só que nunca vi ninguém afim de estudar só esta parte mais "teórica". Pensei em dar preparatório para concursos de música também.
2 - parceria-escola: Isso é verdade, sempre quis dar aulas aqui em casa, mas minha mãe não gosta muito do incômodo.
Mas atualmente eu dou aula em uma escola, até grande. Só não tenho alunos lá ainda, entrei pra lá final de dezembro e todo mundo sabe que esta época é uma fase de vacas magras... tinham me repassado um aluno na semana passada, mas o cara (uns 2 dias antes da primeira aula) pediu pra trocar de professor porque achou que fazendo aula com alguém mais novo que ele teria problemas de convivência. =/
3- continue tentando THEs Penso nisso, só não tenho agora um "pra onde" testar. Eu ia fazer uma pós em música de câmara, bem focada na prática, mas tive que declinar pela grana - já seria um prova pra fazer.
Mas tocar em público (a menos que seja de solista) não me dá tanto nervoso quanto em prova. Poxa, por exemplo, já toquei pruma platéia de mais de 2mil pessoas que manjavam de música por ser tradição da cidade de sempre ter bons concertos e este era um dos mais esperados da temporada do festival lá. Geralmente, quando eu fico nervoso, é quando eu me dou melhor porque fico mais focado. Mas com provas de instrumento, sei lá o que acontece, dá sempre tudo errado hahaha. É tipo uma diarreia mental.
4- Bandas No Rio, infelizmente, não vinga. E com o violino, só tenho de interessados bandas de metal e rock que não dão dinheiro algum. Atualmente, não tenho nem o tempo livre nem a paciência pra me dedicar a uma banda dessas, fora que nem tenho como dispor do dinheiro pros ensaios.
5-Projetos-casamento Já fiz isso, hehehe, até demais. Até arranjo pra casamento já fiz. Mas não dá muito certo. A cidade é dominada por uns 4 grupos bem grandes disso, eles tem conchavo com as Igrejas e, a menos que os noivos encham o saco pra levarem quem eles querem, a Igreja coloca músicos de um grupo desses já no pacote da cerimônia. E eles pagam mal pra quem é "de fora"(conheço muitas histórias de até calote!)... eu pulei fora porque tava só dando dor de cabeça. Hoje em dia, só faço casamento quando algum amigo meu tá organizando a coisa.
6-Pressões externas Desculpa falar isso, mas (assim como eu), será que você não estaria muito melhor hoje se tivesse feito faculdade de música desde o início ? De que adiantou fazer computação, trabalhar alguns anos e ganhar dinheiro, mas depois largar e ficar "perdido" ? Não resolveu muito sua vida. Sem dúvida que sim. Provavelmente, conheceria um pouco mais de pessoas da área (tá certo que vivo enfurnado no meio por anos, mas quanto mais melhor né) e teria mais disposição pra fazer as coisas também.
7-Outra profissão Já procurei algumas. Por exemplo, eu ia lidar com educação física, tinha ideia de mexer com treinamento com pesos pra luta ou algo do futebol pra crianças, que eram áreas onde eu tinha uma vivência. Comecei o curso e entrei em depressão, heheheh. Ainda procuro algo que gosto, mas não achei nada factível ainda.
O que eu ando considerando atualmente é pior em termos de estabilidade, mas é tipo aquele "vai que...". Ando pensando em inscrever obras em concursos nacionais e internacionais de composição. Alguns até não cobram inscrição e a maioria remunera os vencedores na casa de milhares de Euros. Pode ser mais difícil, mas se eu consigo ficar entre os vencedores de algum, já dou um largo passo a futuras encomendas de obras e vou cavando meu doutorado fora do país também. Ando também renovando meus blogs, principalmente o de música, e pretendo fazer um cd portfólio com minhas músicas voltadas pra trilha sonora pra deixar em algumas produtoras. Ando precisando de dinheiro pra construir um homestudio direito, assim eu poderia criar trilhas com mais qualidade em menor tempo - faz uma diferença enorme ter bons monitores de referência pra equalizar por exemplo... atualmente, uso fones de ouvido.
Penso também em daqui um tempo começar a dar umas palestras em temas que conheço bem, como música, ocultismo, informática, esportes...
Também tenho um rascunho de projeto cultural pra entrar em algum desses editais de cultura, mas só vou tocar à frente quando estiver no mestrado (acaba pesando na escolha pelo júri do concurso)
Daqui a pouco, pelo jeito que as coisas estão, vou começar a jogar na loteria porque não dá pra ter tanto azar assim hehehe.
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guizimm Veterano |
# mar/13
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que posts enormes
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rcorts Veterano |
# mar/13
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josecelso
Estou aprendendo que muito de nosso caminho, temos que conciliar o que podemos fazer com o que queremos, da melhor forma possível.
Existem vários exemplos assim. Tem cara que monta home estúdio, tem cara que monta estúdio de ensaio, outros vão fabricar instrumentos, pedais, amplificadores. Tem muito caminho nesse sentido que você colocou, com certeza. Um breve exemplo, o Paulo Acedo, que formou em Engenharia e foi fabricar Amps valvulados, aliando o curso superior com a música.
Na verdade nessa vida ninguém tem garantia de nada, nem mesmo em profissões mais estáveis que a música, o que dizer nela. E para cada porta que se fecha abre-se uma janela em outro lugar.
Por exemplo, sou publicitário e servidor público e uma galera que trabalha junto comigo é formado em profissões diversas como: advogado, contador, geógrafo, outro músico, pedagógo, psicólogo, jornalista, secretário executivo bilíngue, administrator, biólogo, biomédico, farmacêutico e se eu for continuar enumerando dá até preguiça. Só pra ter uma idéia, todo mundo trabalhando em atividades administrativas porque foi a melhor opção que tiveram.
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waltercruz Veterano |
# mar/13
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Ken Himura Faz um putz-putz pro Dance for Syria!
http://www.talenthouse.com/dance-4-syria#description
Apesar que no começo eu tinha achado que o prêmio era 1.500 dólares, mas o prêmio são produtos que valem 1.500 dólares... bom, já é alguma coisa... mas deve se inscrever gente do mundo todo. :)
Sei que não é sua praia, só tentando descontrair o clima. Pq eu to muito tenso hoje tb.
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Tiago Correia Veterano |
# mar/13
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Nossa curti muito os posts. Belas trocas de experiências. Não vou falar sobre mim mas sugerir.
A música pode ser ingrata e sua única recompensa é ela mesma. A arte em si seja qual for é muito agradável.
josecelso
Acho que 35 anos de idade você está novo. Ainda tem muita lenha para queimar. Aliás com qual idade se aposenta? 65!? Pô tem 30 anos ai cara é muita coisa.
Algo que me ajuda muito nos planejamentos é ficar antenado:
Concursos públicos
https://www.youtube.com/watch?v=JnpPFVllQWs (muito motivador)
Caso semelhante ao seu
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-gehringer/2013/02/19 /GOSTO-OU-DINHEIRO.htm
"Finanças" Dinheiro é o que você gasta e não o que você ganha.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/2012/12/20 /GOSTARIA-DE-AJUSTAR-MINHA-VIDA-FINANCEIRA.htm
Práticas financeiras - Casal
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mara-luquet/2012/12/07/O -CASAMENTO-FINANCEIRAMENTE-PERFEITO.htm
Carreira ou Empreendimento
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/carlos-julio/2013/02/28/ QUAL-E-A-DIFERENCA-ENTRE-ESTRATEGIA-E-PLANO-DE-CARREIRA.htm
Site: http://www.maisdinheiro.com.br/
São tópicos que já ouvi e selecionei para você ou alguém se interessar. São dicas atualizadas diariamente. E não abandone a música concilie-a para futuros ganhos extras ou para simples deleite da arte.
E o mais importante Fé em Deus: http://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/20
Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus.
Salmos 20:7
Que Paz esteja com você!
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Shadad Veterano |
# mar/13
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josecelso
-> Tem uma versatilidade que eu não tenho.
Esse é um dos principais empecilhos que as pessoas que querem viver exclusivamente de música enfrentam.
Acho que a partir do momento que o cara decide que vai viver de música ele tem que ter consciência que terá que fazer de tudo na música, e não somente o que ele gosta. Ganhar dinheiro com música instrumental, jazz, metal ou música gospel é uma coisa impensável em muitas regiões do Brasil.
Poucos são os músicos que vivem tocando o que gostam ou que tem a vida financeira estável. A maioria dos que tem são aqueles que são professores de escolas ou universidades públicas, tocam em orquestras sinfônicas ou possuem empregos paralelos em outras áreas.
O profissional da música deve estar onde o dinheiro está - mesmo se for uma nota de $100 e seja necessário tocar arrocha ou forró de plástico.
Eu, de besta que sou, ainda faço cu doce e rejeito alguns trabalhos. Nessa brincadeira, tenho alguns alunos (bem jovens) que também vivem exclusivamente de música e ganham mais que eu.
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Adler3x3 Veterano |
# mar/13 · Editado por: Adler3x3
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Todos.
Nestes dias estava pensando.
Outro ponto importante. Quem é que disse que o ser humano tem que ter na vida somente uma profissão?
Que necessariamente tem que ser músico, ou engenheiro , médico etc...
O acaso e, as vicissitudes da vida nos moldam. O ser humano sempre se adapta ao seu meio, é a lei da sobrevivência desde os tempos dos homens das cavernas, isto é aqueles que podiam ter cavernas. E assim tem que encarar com naturalidade e se dedicar a qualquer profissão que venha a exercer, seja até por não ter outras opções. Não pode ficar vendo o trabalho como um suplício, que na maioria das vezes tem mais partes chatas do que partes agradáveis. Assim temos que manter uma boa atitude mental para poder enfrentar os problemas do dia a dia. Se engana o jovem que pensa que na sua profissão escolhida só vai ter bons momentos. Sempre vamos ter algum tipo de problema. Assim o que acontece é normal. Nem sempre podemos fazer só o que gostamos. Para muitos música é trabalho para outros é lazer, e para outros no melhor ainda ambos.
Não sou muito adepto e nem acredito naqueles que quando são entrevistados, dizem que fariam na vida tudo igual como aconteceu. Somente alguns casos de vidas de seres muito especiais isto poderia ser verdade (um em um milhão e olha lá) Se pudesse voltar e refazer a vida, muitas coisas faria de forma diferente.
Mas primeiro temos que trabalhar e nos cansar para depois poder descansar, e não o inverso. E na música podemos confundir um pouco as coisas e querer ficar somente no bem bom, quando a realidade é outra.
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Rednef2 Veterano |
# mar/13
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rcorts Eu por exemplo, casado e pai de duas figurinhas que dão muito trabalho. O mais velho já tá começando a gostar de música, ha ha. É cara, a musica ta no sangue hehehe
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Marcos UNI Membro |
# mar/13 · Editado por: Marcos UNI
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Cara, eu acho o que falta pra você é botar as caras no mundo e ir em frente. Você tá muito acanhado, muito negativo... E negatividade é uma coisa que não combina com a música.
Acho que você está mal explorando os caminhos que a música tem. Com o gabarito que você tem, como você citou ai, você pode ser muito bem conceituado cara, tá faltando mais força e explosão nisso ai. Momentos ruins vão e vem na nossa vida, para ensinarmos a ser forte. E isso não é só na música, é em qualquer profissão. E a música não se tem idade pra se começar ou terminar, vamos morrer aprendendo música. Você citou o lance do mestrado lá, como se fosse uma perca de tempo, que já iria está velho pra tal coisa... O que isso cara? Agora te pergunto, nesses 5 anos o que você iria fazer da vida? Trampar em algum lugar ai pra sustentar a família sendo infeliz? Para com isso cara, vamos por as coisas pra frente, vamos ACREDITAR mais na música cara. Vamos mostrar que a música vai bem mais além disso, ou você vai se dar por vencido e deixar essas pessoas que falavam que música não da certo, e mimimimimi apontar pra sua cara e falar: '' ai tá vendo, num falei pra você que num dava certo?''!?
Cara, cada um segue o que quer, a vida é sua e talz.... Mas te digo uma coisa, LUTE! Corra atrás, não deixe que a má vontade te domine, e te tire do rumo certo.
Espero que teja me compreendido cara, abraços e FORÇA!
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waltercruz Veterano |
# mar/13
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Poucos são os músicos que vivem tocando o que gostam ou que tem a vida financeira estável. A maioria dos que tem são aqueles que são professores de escolas ou universidades públicas, tocam em orquestras sinfônicas ou possuem empregos paralelos em outras áreas.
O profissional da música deve estar onde o dinheiro está - mesmo se for uma nota de $100 e seja necessário tocar arrocha ou forró de plástico.
Eu, de besta que sou, ainda faço cu doce e rejeito alguns trabalhos. Nessa brincadeira, tenho alguns alunos (bem jovens) que também vivem exclusivamente de música e ganham mais que eu.
É um ponto importante Shadad. Eu inclusive saí daquele trampo lá por essas razões aí.. ahahaha
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rcorts Veterano |
# mar/13
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Rednef2 rcorts Eu por exemplo, casado e pai de duas figurinhas que dão muito trabalho. O mais velho já tá começando a gostar de música, ha ha. É cara, a musica ta no sangue hehehe
É, pelo menos por enquanto parece que sim. Vou ter certeza mais pra frente.
Abraços.
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Ken Himura Veterano |
# mar/13
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Adler3x3 Lembra aquele trabalho de T.I. numa empresa grande que falei que ia mandar currículo? O cara da seleção, segundo meu amigo que trabalha lá, só gostou do meu currículo e só encaminhou o meu pro setor de RH.
Conclusão: chamaram outro cara, que era protegido por alguém graúdo la dentro. A famosa peixada. Pra outros trabalhos de T.I. tá foda arrumar, não tenho como provar experiência (90% do que eu fiz na área foi freela, no mínimo 6 anos atrás; o resto foi estágio), nem arrumar carta de recomendação (contatos de 6 a 10 anos atrás, não falo com ninguém mais hoje!) e nem tenho mais um portfólio na área; perdi com meu pc antigo que queimou. Como nem mais ligava pra área, nem quis recuperar. Tá ruim pra mim ali também hehehe
Voltei à estaca zero, tô quase indo pro Mc Donald's.
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