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jaen Veterano |
# set/12 · Editado por: jaen
E aí pessoal.
Acordei hoje com um questionamento. Depois do café sentei uns minutos pra compor e me veio esta ideia...
O que vocês avaliam, percebem ou julgam quando ouvem uma música? O que de modo geral consideram importante, ou ainda o que te cativa ao escutá-la?
Analizando a minha percepção e gosto musical, geralmente levo em conta na seguinte ordem:
1º Riffs e arranjos e feeling são os elementos que me chamam a atenção para uma audição mais apurada;
2º Timbres e sonoridade de instrumentos e da gravação em geral;
3º Voz bacana (geralmente fora do convenional);
4º Letra (sou um pouco desligado, as vezes escuto uma música a algum tempo e não prestei atenção... A não ser que seja escancaradamente ridicula e com uma voz patética a interpretá-la);
5º Harmonia (como esta é composta qual o campo hamônico) e técnica (músicos virtuosos, super afinação, ritmos complexos e estas coisas de músico...
Geralmente o que me cativa é isto. Mas a casos e casos. Tipo quando me é exigido tirar uma música, aí inverte tudo, ou tu estás a andar no supermercado e toca uma musica bem semvergonha, aí vem aquela letra...
Mas comentem aí vossas perspectivas musicais.
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jukkatolonen Veterano |
# set/12
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Acho que um pouco de tudo isso é importante. O riff inicial tem q ser muito bom pra pegar quem ouve logo de começo, é o cartão de visita da música. Depois dele, a melodia e harmonia que se segue deve manter a mesma qualidade.
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jaen Veterano |
# set/12
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O riff inicial tem q ser muito bom pra pegar quem ouve logo de começo, é o cartão de visita da música
Sim também acho que é isto que vai te prender, o problema é que diferente do que acontecia antigamente, onde creio eu, muitas músicas eram compostas a partir de um riff, hoje o que mais se ve são músicas sem riff algum!!
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alv2707 Veterano |
# set/12
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Análise bacana eu sou acho que a Harmonia devia ser primeiro. Todas as outras coisas analisadas dependem dela.
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jaen Veterano |
# set/12 · Editado por: jaen
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Harmonia devia ser primeiro. Todas as outras coisas analisadas dependem dela. Concordo que a harmonia é a base da música, e que o resto não vai existir sem esta. Só digo que é a ultima coisa que presto atenção, e só vou analisá-la se estiver tirando a música ou buscando alguma referência. Sei que isto empobrece o meu conhecimento do assunto e muitas vezes me limita como músico, mas é assim que levo. Preciso mudar.
Quando comecei a tocar, a minha falha foi a seguinte: aprendi muito pouco, então pra tocar uma música eu tirava os riffs e idéias principais, simplificava a harmonia, não necessariamente no tom da música em questão, mas num tom que eu achasse conveniente e mandava ver com a banda as nossas versões. E o pior é que faço isto até hoje. Se tirei umas cinco músicas na pinta é muito...
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leo2505 Veterano |
# set/12
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jaen Quando comecei a tocar, a minha falha foi a seguinte: aprendi muito pouco, então pra tocar uma música eu tirava os riffs e idéias principais, simplificava a harmonia, não necessariamente no tom da música em questão, mas num tom que eu achasse conveniente e mandava ver com a banda as nossas versões. E o pior é que faço isto até hoje. Se tirei umas cinco músicas na pinta é muito...
Mas acho que aí está o lance da música. Eu acho bacana tirar a música, mas quando é eu que vou tocá-la (principalmente o solo) coloco o meu jeito entre meio. Eu busco a idéia inicial, um meio para ligação e o fim da original, o preenchimento fica comigo hehe. Acho inválido "gozar com o pau dos outros" hehehe
Agora, é sempre interessante mandar bala "naquele solo" dentro da escala, se vc (igual comigo) sempre foi autodidata, usa uma penta e já eras hehehe
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OverZakk Veterano |
# set/12
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O que é mais importante na musica? A Musica!
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Lelo Mig Membro
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# set/12
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Uma música boa é uma música boa e pronto...
Não precisa ter algum ou nenhum desses elementos que você citou bem feitos.
A coisa é sobrenatural, funciona como mágica... atinge uma sensibilidade sua inexplicavelmente. Primeiro ela "pega", depois, no caso de quem é músico é que vamos analisar riffs, melodia, harmônia e etc.
Raramente alguém faz análise de música que não gosta.
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jaen Veterano |
# set/12
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Primeiro ela "pega", depois, no caso de quem é músico é que vamos analisar riffs, melodia, harmônia e etc.
Raramente alguém faz análise de música que não gosta.
Cara não sei com explicar... Talvez formulei errado.
É tipo assim: começou uma música com um bom riff, já vou dar uma atenção a ela. Ta tocando uma música que não tem riff, mas tem timbres muito bons, talvez demore mais um pouquinho, mas logo vou perceber ela. Entra alguem cantando com uma voz legal, vai me chamar a atenção. e assim por diante,,,
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jaen Veterano |
# set/12
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Uma música boa é uma música boa e pronto...
Concordo também. Mas quando analiso uma música que considero boa, geralmente ou ela tem um baita riff, ou timbres muito bons, ou uma voz bacana, ou todos estes elementos, e aí tem uma letra legal também, mas raramente harmonias complexas e virtuosismos exagerados
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jaen Veterano |
# set/12
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Sei lá, talvez enquanto todas as pessoas escutam uma música como um todo, para depois analisar os elementos que a compõe, ou jamais fazer isto, eu escuto primeiro os detalhes... Talvez por isso o que eu falei, de as vezes ouvir, ou até tocar uma música por algum tempo e não saber cantar nem o refrão. hehe. Tipo prestei atenção na voz, sei toda a melodia, arranjos vocais, mas não sei as palavras que são cantadas.hahhaha
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jaen Veterano |
# set/12
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Então queria saber de vocês qual é o primeiro elemento em uma música que chama atenção de vocês. Não vale dizer a " música como um todo".
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OverZakk Veterano |
# set/12
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Para eu é a melodia vocal, a forma que a musica é cantada, acho que uma boa melodia vocal acompanhada de uma voz poderosa da uma super diferença na musica, exemplos do que digo é o Van Halen em Dreams, ou Vortex em Sacrilegius Scorn.
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jaen Veterano |
# set/12
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Boa, era isto que eu queria
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cafe_com_leite Veterano |
# set/12
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Sei lá, é difícil definir oque me cativa em uma música, oque me chamava muito atenção era o virtuosismo e a complexidade da música, hoje me chama atenção aquelas músicas com harmônias emocionantes, estilo moonchild do king crimson, mas as músicas que eu mais gosto, não foi logo de cara que eu gostei, algumas a principio eu odiava.
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jaen Veterano |
# set/12
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mas as músicas que eu mais gosto, não foi logo de cara que eu gostei, algumas a principio eu odiava. Pois é já me aconteceu isto... mas geralmente com músicas que tem algo bem característico. Por exemplo a primeira vez que ouvi Hendrix não gostei nem um pouco, mas me forcei a continuar ouvindo até que passei a gostar demais.
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pianoid Veterano |
# set/15 · Editado por: pianoid
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O que vocês avaliam, percebem ou julgam quando ouvem uma música?
sobretudo harmonia e contraponto, como os diferentes elementos da trama sonora se relacionam (ou não)
O que de modo geral consideram importante, ou ainda o que te cativa ao escutá-la?
considero importante desenvolvimento e variação do material temático, não ficar só em exposição melódica, solinho ("riffs") e refrãozinho
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Casper Veterano
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# set/15
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O que é mais importante em uma música?
A) Riffs e arranjos B) Timbres e sonoridade de instrumentos C) Voz bacana D) Letra E) Harmonia e técnica
Engraçado, minha percepção é inversa: os itens de A até D são quase irrelevantes em relação ao item E. E como disse o pianoid, desenvolvimento e variação são muito importantes. Colocar Riffs em primeiro lugar é visão de guitarrista. Não estou generalizando, claro, somente 99% dos guitarristas pensam assim.
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lagger Veterano |
# set/15 · Editado por: lagger
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Bom, o que me chama atenção em uma música é ela ser diferenciada, criar um ambiente do qual o meu ouvido não esteja acostumado. Por exemplo, a primeira vez que escutei Sepultura, Kiss, System of a Down, The White Stripes, Rage Against the Machine, Royal Blood....Parei o que estava fazendo e perguntei: Cara, o que é isso?
Então, pelo menos para mim, é a questão de trazer uma proposta diferente, fugindo do convencional.
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Ismah Veterano |
# set/15
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Lembre-se que o mundo é pop... Comercialmente falando, tudo que foi dito é irrelevante...
- Música sem letra não é música - Se precisa ter visual bonito, corpinho sarado e tal (é o preço da fama) - Precisa-se de um bom produtor - Precisa-se de um ótimo assessor de imprensa
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pianoid Veterano |
# set/15
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Ismah - um bom leak de fotos íntimas
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Ismah Veterano |
# set/15
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Ah mas isso é desde os tempos da Monroe... Apesar que é preciso coragem para ver os filmes B dela...
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Casper Veterano
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# set/15
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Caro Ismah:
Lembre-se que o mundo é pop... Comercialmente falando, tudo que foi dito é irrelevante...
- Música sem letra não é música - Se precisa ter visual bonito, corpinho sarado e tal (é o preço da fama) - Precisa-se de um bom produtor - Precisa-se de um ótimo assessor de imprensa
A esmagadora maioria das músicas que eu ouço: - Não tem letra; - É feita por humanos desprovidos de boa aparência; - É produzida pelo próprio músico; - É distribuída por meio independente.
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Adler3x3 Veterano |
# set/15
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Bem. Música é música e ponto final como disse o Lelo.
Eu penso o seguinte tem vários pontos de vista.
- Foco em seguir as tendências -Comercial O Estilo determina os padrões gerais, e quem tem a técnica e vocação musical faz com mais qualidade. O mercado esta segmentado em inúmeros estilos. Mas a maioria segue a moda do momento, e vai com o tempo se adaptando para poder sobreviver no mercado. Muito embora seja limitado as vezes dá espaço para a inovação. Onde até se vestir é importante como já foi dito. Ter uma carreira musical comercial exige uma infraestrutura empresarial. A maioria das músicas do mercado são baseadas em canções, e a letra é importante. Já o mercado puramente instrumental tem o seu público próprio não tão abrangente como o da canção. Mesmo no ambiente comercial existe criatividade.
- Foco Não Comercial Aqui os músicos são mais livres para criar e tocar, mas isto requer independência financeira, e o foco esta mais em o músico se sentir bem com as suas obras, do que em tentar agradar os outros, e quando isto acontece é consequência do bom trabalho. Mas nada impede que o músico ganhe dinheiro com a sua música. E pode também se dedicar a estilos mais antigos que estão fora de moda.
Mas o mais importante é a música em si, desde a mais simples composta e executada para um único instrumento monofônico até as mais complexas. A teoria musical esta em constante evolução, mas não significa que não se pode inovar, mesmo com simplicidade. E não significa que tem seguir todas as regras teóricas preestabelecidas, a música é livre. Claro se você vai tocar para o público purista de determinados estilos tem que seguir as regras, mas mesmo assim na linha do tempo aparecem compositores que inovam e acabam criando novas regras e teorias.
Com bilhões e bilhões de músicas até certo ponto é natural e inevitável que apareçam até músicas bem semelhantes. Mas o que importa é que a cada dia o repertório aumenta, a cada dia fica mais rico para todos os gostos, muito embora nas novas adições tem músicas que não agregam muito.
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RafaelBernatto Veterano |
# set/15
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Pra mim a única palavra que traduz o que eu sempre busco numa música é: "uplifting" (e nem sei ao certo como traduzir isso) http://www.thefreedictionary.com/uplifting http://dictionary.reference.com/browse/uplifting
Tem a ver com inspirar/estimular/elevar nosso estado de espírito..
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cafe_com_leite Veterano |
# set/15
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que é mais importante em uma música?
Alguém ouvir.
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# set/15
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cafe_com_leite
Ué
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pianoid Veterano |
# set/15
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Casper - É feita por humanos desprovidos de boa aparência;
mas que preconceituoso opressor!
há beleza até no estrume
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entamoeba Membro Novato |
# set/15
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Adler3x3 Ótimo post.
Só discordo que a música seja livre! Se não houver regra, não é música. Na música não comercial o que se tem é liberdade para definir as regras.
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Adler3x3 Veterano |
# set/15 · Editado por: Adler3x3
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entamoeba escreveu Só discordo que a música seja livre! Se não houver regra, não é música. Na música não comercial o que se tem é liberdade para definir as regras.
Também penso assim, concordo parcialmente com você. A música é livre sim. Claro para entender o homem estuda até física para isto. Mas no seu recanto natural para fazer música não precisa de regras.
No sentido mais filosófico, claro a música tem que seguir certas relações matemáticas, mas alguém pode fazer música num simples assobio, e nem estar pensando em regras, pode compor e fazer música sem conhecimento teórico nenhum, pode cantar bem acompanhado de uma caixa de fósforos. E assim faz a música por instinto e inspiração numa forma de expressão. E o homem pode ter ouvido outro tocar certos ritmos, melodias e harmonias que ficam no seu subconsciente, e aflora quando vai tocar. Mas não segue nenhuma regra conscientemente. O cara pode pegar um caule de um vegetal mais flexível e fazer alguns buracos e criar um tipo de flauta com uma afinação única e produzir algo musical, mesmo sem conhecimento teórico. Um teórico pode estudar música por anos, mas mesmo assim não consegue tocar um instrumento de percussão, e o outro que nunca estudou nenhuma regra toca com a maior facilidade e tudo dentro do tempo, como explicar? O teórico não sabe controlar o tempo necessita do metrônomo, o prático não, traz uma noção de tempo dentro de si. Escuta alguém cantando bem e faz o mesmo e canta afinado, como explicar? E o Canto foi a primeira forma de expressão musical, hoje em dia existem inúmeras regras a respeito, claro quanto melhor conhecer as regras melhor, mas não é tudo.
E as regras vão aparecendo na medida em que alguém começa a estudar e criar algo e impor aos outros. Uma dança por exemplo tem regras.
Claro as regras são necessárias para se produzir a música moderna. As regras são para reger a convivência humana, numa espécie de protocolo para comunicação e que se possam se fazer entender.
Claro me refiro mais no sentido purista dado pelos teóricos, claro ter um mínimo de conhecimento sempre é bom, e quanto mais estudar melhor, mas não é tudo.
Mas se pensar purista como purista mesmo na essência dá para fazer música sem regras. Mas reflita no sentido mais puro, a música é livre, pois se assim não fosse não seria música.
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