Música: finita ou Infinita?

Autor Mensagem
Atum Bluesman
Veterano
# dez/07


Existe algum limite para a música? Poderemos compor melodias novas para sempre ou em algum momento começaremos a repetir algo já feito?

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07 · Editado por: Atum Bluesman
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Eae o que pensam sobre isso?

Dark Fallen Angel
Veterano
# dez/07
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Eu acho que cada vez fica mais dificil de compor... pq grande parte das ideias jah foram usadas.
Ai eh hora de criar um novo estilo !!! \o/ !!!

22222 oirartnoc oa
Veterano
# dez/07
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Progressivo. Tempos quebrados, oitavas seqüênciais e outra babozeiras

Rafael Walkabout
Veterano
# dez/07
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Creio que seja limitado.

naka.88
Veterano
# dez/07
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Isso é besteira. Nos ficamos ouvindo as mesma progressões , as mesmas melodias fas seculos. Musica dodecafonica que começou a explorar coisas mais novas ninguem quis ouvir. Ou seja as pessoas não procura por coisas novas.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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naka.88
Mas o fato de saber que algo é limitado já me desanima....

Rafael Walkabout
Se for ver por análise combinatória realmente é limitada....

B.Frusciante
Veterano
# dez/07
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Ilimitado, pois tanto as parcelas do tempo quanto as parcelas das vibrações sonoras são ilimitadas entre si.
Não intendeu?
Explicação:
Em uma música com 120 bpm, o que seria uma semínima? e metade dessa semínima? e metade da metade da mesma? e metade da metade da metade da metade.. e assim por diante..
Tudo bem, nos nunca iríamos usar 1/400 de uma semínima, mas só de pensar nas inúmeras combinações te tempo, harmonia e melodia rapaz.. Se for pensar cientificamente, realmente é e não é. Nos limites humanos não é, mas fora dos limites humanos é..

É como você colocar: um sobre infinito(1/infinito), consideramos sendo igual a 0(zero) mas se for pensar cientificamente, não é...

naka.88
Veterano
# dez/07 · Editado por: naka.88
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Atum Bluesman
Po Atum acho que todo mundo ja pensou nessa possibilidade.
Mas olha olha o Blues cara.

Alias no Harmonia do Schoenberg ele aborda esse tema , e propõe uma afinação que divide a oitava em 43 partes ( nosso sistema divide em 12). Eu ja ouvi algumas gravações de pianos nesse sistema e é algum beem estranho.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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naka.88
Sim, mas mesmo assim se levarmos por analise combinatória(não vou fazera conta hauahuahauhaua) existe um limte de possibilidades, mas se pensarmos nas vibrações que podemos conseguir tocando cada nota...

B.Frusciante
Cara não estamos falando da velocidade, mas da diversidade de melodias que conseguimos tocando, independente do andamento...

Penta_Blues
Moderador
# dez/07 · Editado por: Penta_Blues
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Boa noite!!!

Atum Bluesman
Existe algum limite para a música?
Na minha opinião, o limite para a música é o mesmo da nossa imaginação.

Poderemos compor melodias novas para sempre ou em algum momento começaremos a repetir algo já feito?
Certamente que se pode fazer sempre algo novo isso se comprova diariamente com novos músicos e novos compositores.
O que pode acontecer é fazer algo novo a partir do que se tem e daí poder acabar se tendo a equivocada noção de que se está repetindo algo já feito, mas mesmo assim, quanto se repetem licks, por exemplo, que no final, mesmo sendo algo já feito e refeito acaba ficando diferente?

Na minha opinião, o que vejo é uma crise de criatividade, principalmente entre a garotada nova que está mais preocupada em ser uma cópia de seu ídolo do que em aproveitar o que todo e qualquer músico tem, seja do gênero que for, pra criar algo novo e adquirir identidade própria.
Quantos "clones" de Vais, Satrianis e Malmsteens temos aqui mesmo?
A preguiça impera porque é mais fácil copiar do que criar e, pensando nisso, chego à conclusão que Música na verdade não tem limite; nós sim é que somos limitados...

Valeu!!!

lucas-sarmento
Veterano
# dez/07
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a música existe ai há milenios e ainda existe gente fazendo coisa boa, acho dificil as possibilidades se acabarem.

e mesmo assim existem milhares de progressões e melodias batidas e repetidas que ja foram usadas em milhares de músicas, mas cada banda, cada artista da seu ar na música, traz seu background, as culturas vão se misturando gerando novas possibilidades.

castanho
Veterano
# dez/07 · Editado por: castanho
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Vamos separar um pedaço de música...
Vamos pegar só o Rock and Roll...

Em quase um século de existência ele já foi banalizado e distorcido a ponto de ficar perdido, ao pensar em rock dá a impressão de que os músicos do século XX já fizeram tudo, em questão de rock tá difícil, mas a música em seu todo é quase impossível de chegar a um lugar em que estacione pra sempre, tem muita coisa pra inventar ainda, sempre vai ter.

Sharper
Veterano
# dez/07
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Atum Bluesman
Se for ver por análise combinatória realmente é limitada....

Como assim? Se vc tem uma melodia qualquer e enfia uma nota no meio, ou no fim, ou no início, já é uma NOVA. E vc pode enfiar quantas notas quiser. Mesmo que seja uma nota "repetida" a melodia vai ser outra. Dó Ré Mi Fá é diferente de Do Ré Ré Mi Fá.

Não tem nem o que pensar. É infinita, como os números. Só que ao invés de números, são notas musicais. É o mesmo conceito.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07 · Editado por: Atum Bluesman
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Seguindo a sua lógica, vai falar que Ice, Ice, baby do Vanilla Ice não é plágio de Under Preassure do Queen?:


Vanilla Ice(a musica começa aos 13 seg do video)


Queen:


A desculpa do Vanilla Ice era que não foi um plágio pois tinha uma nota a mais no riff..

Mega
Veterano
# dez/07
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Limite pra música? Matematicamente falando, não. A não ser que você dê um limite. Por exemplo: quero fazer um riff no tom de Sol utilizando apenas uma oitava e esse riff vai ter 5 notas escolhidas ao acaso. Aí você faz combinação de 8 5 a 5 e descobre quantas possibilidades você tem. aehaieuhaeiuhaeiuhaeuih
Mas perceba que a coerência melódica não está sendo levada em conta.
Conclusão: o limite da música é o mesmo de um ser humano. :P

Sharper
Veterano
# dez/07
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Atum Bluesman
Tudo bem, cara. A música, como um todo, não ficou MUITO diferente. Mas é diferente. Se ao invés dessa única nota, vc enfiar 20 delas. Aí já vai mudar totalmente. E ao invés de 20, vc pode colocar 5000 notas. Não vai ficar agradável, mas vai ficar diferente. Se depois das 5000 notas colocar mais 30, já é OUTRA... Portanto, é infinito.

Sir PH
Veterano
# dez/07
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Na boa, quantidade de notas não muda a musica... como ja foi dito estamos falando de coerencia musical (diz respeito à tempo, fórmula de compasso, harmonia e melodia)
No que diz respeito ao rock convencional a variação que pode causar a infinidade começa quando os compositores sairem dos famosos 4/4, 6/8, 12/8 vez em quando um 3/4. Não precisa nem mudar a harmona, só com isso as composições ja terão uma cara nova.
No caso do progressivo eu creio que uma frase resume muito bem "Nem tudo que vc gosta de tocar vc gostaria de ouvir". Numa Jam session vc é capaz de tocar horas em cima de uma harmonia meia boca com seus amigos e não se cansar, mas experimenta gravar e ficar ouvindo o q vc tocou depois (não no sentido de estudo, mas no sentido de apreciação) ninguém se aguenta(só pro comparação). Hahah.
Vejam bem, não estou dizendo que o progressivo tenha harmonias meia-boca, estou dizendo que, por causa da variação de compassos ou uma harmonia trabalhada de forma excessiva o cansaço auditivo chega logo (claro que isso diz repeito ao gosto de cada um)
Uma saida dessa convencionalidade que nós vivemos é o ATONALISMO. Procurem por "John Cage" e ouçam o que o cara escreve para orquestra e para outros instrumentos um tanto quento exóticos.
Deixo aqui minha resumida opinião, sem querer invadir nem depreciar a area de cada um, afinal cada um faz e trabalha em cima daquilo que lhe agrada. Abrass a todos!

Sharper
Veterano
# dez/07
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Sir PH
Na boa, quantidade de notas não muda a musica...

Veja em:
http://almanaque.folha.uol.com.br/musicaoquee.htm

A música, segundo a teoria musical, é formada de três elementos principais. São eles o ritmo, a harmonia e a melodia.

Inserindo notas, vc muda a melodia. Portanto, muda a MÚSICA!

Não me levem a mal, mas tem que ter uma visão e imaginação muito estreitas pra cogitar a possibilidade da música ser algo finito.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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Melodias inéditas vão terminar em 15 anos

"Cálculos feitos pelo supercomputador da IBM Deep Blue estimam que dentro de 15 anos não haverá mais combinações possíveis entre as notas musicais para a elaboração de novas melodias. Os complexos cálculos levaram em conta as leis que definem o plágio musical e a freqüência com que músicas são lançadas em todo o mundo. O resultado do estudo só deve ser publicado no segundo semestre deste ano, pois matemáticos e engenheiros da IBM querem refazer as equações para diminuir a margem de erro da previsão.

A preocupação sobre o futuro da música já tinha sido motivo de discussão em seminários internacionais de musicistas. Muitos teóricos alertavam a comunidade musical para o esgotamento das combinações, enquanto muitos artistas já vinham comentando sobre a dificuldade de criar novas melodias. "Nossos cálculos vêm confirmar uma suspeita antiga dos estudiosos da música. Sempre se soube que um dia as múltiplas combinações chegariam ao fim, afinal a base de tudo são apenas sete notas. Não podemos esquecer que há milênios o homem vem criando melodias", declarou o matemático americano Gerald Hirschof, chefe da equipe responsável pelo estudo da IBM.

O presidente da Associação Internacional de Música, Abrahan McPhills, um dos maiores estudiosos do tema, afirma que a situação piorou nas últimas décadas com o crescimento da indústria musical. "Desde a década de 80 a mídia criou um cenário que precisa ser constantemente preenchido por novidades. O mercado acelerou o processo de composição musical. Se fosse mantido o padrão das décadas anteriores, as combinações entre as notas e suas variações garantiriam séculos e séculos de novas melodias. Hoje em dia há uma constante demanda por novas músicas. A cada dia, centenas de combinações musicais são desperdiçadas em canções de baixa qualidade, que são descartadas como faixas usadas apenas para completar álbuns de artistas que só fazem sucesso por um ou dois anos", diz McPhills. O músico lidera uma corrente que sugere a mudança nas regras sobre a definição do que é plágio como forma de não estagnar o processo de composição. "Algo precisa ser feito para garantir o futuro dos músicos. Propomos mudanças nas leis para que artistas de talento possam pegar músicas já registradas, dar novos tratamentos a elas, alterar letras e entregar ao público uma nova obra", defende McPhills."

ana cris.
Veterano
# dez/07 · Editado por: ana cris.
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Atum Bluesman

eu acho que tem sempre algo à ser inventado, nem tudo ainda foi descoberto, ainda há tempo para inovar uma idéia. eu mesma escrevo poemas e canções, sempre tem algo à ser mudado, às vezes vc tem uma idéia melhor pra aquilo que não tá bom. em relação a melodia, eu sou baixista, e todo dia eu sei que posso criar um novo riff, hoje mesmo já inventei um!!!! ;) o importante é ter ideais.

ana cris.
Veterano
# dez/07
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Atum Bluesman
em relações as estatística, isso é procupante!!!! mas seja otimista, até lá a gente faz muita música!!! pra que se procupar com tanta antecedência?? ;*

shoyoninja
Veterano
# dez/07
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Matematicamente, infinita.

Ainda há muito a se explorar em áreas como a psicoacústica, instrumentos fora do padrão tradicional, percursão, ritmos e compassos.

Atum Bluesman
Esses cálculos foram feitos com base no sistema já milenar de 7 notas e por pessoas que defendem o direito de copiar e adaptar músicas registradas.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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up

AlbiereX
Veterano
# dez/07
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Velho... Sua pergunta é totalmente coisa de quem não pensa... ou não duvida denada...
Tss...

Pense que a música, envolve variáveis de valor, que são representadas suas quantidades com números.... Apartir disso, podes ter certeza, que música é infinita, pois os números são infinitos... Qualquer simples variação em algo já existente é considerado criação...Logo, você cria sempre quanto a parte física(som), mas quanto à parte artistica, você não criará, a menos, que seja um tanto independente de algo já criado...

Espero ter respondido sua questão, com maior objetividade Atum Bluesman

Você, que curte blues(imagino), imagine quantas maneiras diferentes de licks, em uma só pentatônica são possíveis?

São infinitezimais, com certeza... Pois o que não existe na música, ainda pode ser criado!

Penta_Blues
Moderador
# dez/07 · Editado por: Penta_Blues
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Boa noite!!!

Pois o que não existe na música, ainda pode ser criado!
Só esta frase valeu todo o post, pois, até hoje, computador nenhum no mundo foi capaz de criar!
Valeu!!!

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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AlbiereX

Velho... Sua pergunta é totalmente coisa de quem não pensa... ou não duvida denada...


Crianças...

Quem disse que eu penso que pode ser finita? Coloquei uma pergunta para abrir uma discussão, tanto que tentei me manter o mais neutro dentro do tópico quanto ao que penso.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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Sharper
Senão me engano para constituir plágio são nescessários 3 compassos iguais, ou quer dizer, você tem ai um limite de espaço portanto já podemos fazer analise combinatória e encontrar um limite, mesmo que seja grande(muito, muito grande mesmo) existe um limite vendo por esse ponto de vista.

Atum Bluesman
Veterano
# dez/07
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Sharper
Mas isso levando em conta a escrita músical, se não considerarmos ela e só trabalharmos apenas com o som ela é algo infinito, pois ai entram outros aspectos como o modo como você toca a nota, a velocidade a qual você toca essa nota, o timbre que você usa, a nota em si(quem disse que ela deve seguir a afinação padrão?)...

Curly
Veterano
# dez/07
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'O número de todos os átomos que compõem o mundo é, ainda que descomunal, finito, e como tal, somente capaz de um número finito (ainda que igualmente descomunal) de combinações. Em um tempo infinito, o número das combinações possíveis deve ser alcançado, e o universo tem que repetir-se. De novo nascerás de um ventre, de novo crescerá teu esqueleto, de novo chegará estas páginas a tuas mãos iguais, de novo atravessarás todas as horas até a de sua morte incrível.'

Jorge Luis Borges


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