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Mensagem |
DoniDozh
Membro Novato |
# jan/17
Eae pessoal, belê?
Seguinte, estou a procura de um timbre de sintetizador pra tocar com meu teclado midi, porém sou leigo nesse assunto de synth.
Mas sei o timbre que eu quero, link do trecho do synth abaixo:
https://youtu.be/eRdqq9guOys?t=5s
Mesmo depois de uma pesquisa ostensiva, não encontrei nada que se aproxime disso (talvez porque procurei errado tbm :P ). Alguém tem ideia de algum VST que tenha mas ou menos esse som?
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Synth-Men
Veterano |
# jan/17
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Bom dia prezado!
Meu caro imagino que esteja falando do Lead Synth.
Para fazer um Lead não existe uma formula "correta". Pode fazê-lo com a forma de onda que quiser. O Lead depende muito também do filtro e do envelope do filtro. É a segunda parte mais importante d a personalidades deste timbre.
A referencia universal do timbre Lead são os sintetizadores da marca Moog. Outros fazem em níveis altíssimos, mas nada é igual.
Para fazer um Lead gordo semelhante aos do Moog em qualquer outro Synth eu partiria da Onda Triangular testando-as junto com outras (acredito eu que TRI+SEN poderia aproximar mais). A sonoridade da Onda Triangular se assemelha com a Senoidal, mas a primeira tem mais harmônicos. Um Lead do tipo Moog também pede o efeito Glide.
Com isto, no Filtro teremos o que tirar ou colocar, reluzir ou ofuscar.
Olha! Para falar a verdade, acabei de fazer um teste com um Synth no iPhone e as ondas Triangular junto a Senoidal foi a que mais se assemelhou com o timbre demonstrado.
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Lelo Mig
Membro
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# jan/17 · Editado por: Lelo Mig
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DoniDozh
O que eu poderia acrescentar, depois que um parceiro de fórun com o nick de Synth-Men deu a deixa? Poha nenhuma!
Siga o conselho dele camarada, só não esqueça que há um piano elétrico em primeiro plano ok? e que ele não tem nada a ver com o Lead em questão.
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Filippo14
Veterano |
# jan/17
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Completando o Synth-Men quanto a esse synth. Uma Triangle da uma definição (ao meu ver) boa para o som, daria bem certo nesse synth, quanto a outra onda, ai eu nao saberia dizer, mas testaria uma Saw e uma Sine, eu acredito que as duas serviriam bem. Fora isso, em timbres Leads, os segredos nesse caso é aumentar o glide/time, que serve para atrasar a "chegada" na proxima nota, deixar o som monofonico e em legato ou legato trigger. Isso serve para fazer esse som "grudado" entre as notas. Nesse caso acho que não teve, mas as vezes uma distorção leve ajuda a deixar o lead mais quente também.
Abração
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Teclista
Membro Novato |
# jan/17 · Editado por: Teclista
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DoniDozh
Esse é o clássico timbre Sine Lead, usado em vários estilos principalmente para solos. É muito fácil de montar, basta usar uma onda tipo Sine, mudar para o modo monofônico/legato e aumentar o Tempo do Glide, como Filippo14 disse acima, habilitando estes parâmetros as notas vão "grudar".
Na música que você linkou também é usado um delay bem curto, e a pitch weel também é bastante utilizada.
Fora isso, acho que é tudo que tem neste timbre. Se você não conseguir montar o timbre assista esse vídeo que é um tutorial de como faze-lo.
Abraço
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TrebleH
Veterano |
# jan/17
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A propósito, já que entramos nesse tópico... gostaria de tirar algumas dúvidas muito básicas.
Eu editava alguns sons no meu Juno Di e tal, mas eram parâmetros mais básicos, nada de mais, só que agora com o Korg M50 tem uma chuva de opções que eu não faço a menor ideia de como usar.
Minhas dúvidas são:
* O que os osciladores fazem exatamente no timbre?
* Os envelopes ADRS fazem apenas as mudanças na dinâmica do timbre?
* Qual a diferença entre MFX, IFX, TFX?
* O que exatamente fazem os filtros (PB, PA, PF, RF, LFO) no timbre?
* Ele tem opções pra usar até 4 multisamples internos, mas parece que cada um fica numa região e não dá muito efeito ao se alterar, alguém sabe me falar o que é isso?
Eu já mexi e muitos desses parâmetros, mas queria saber um pouco mais ao invés só de fuçar. Tem algum material, livro, blog, matéria que eu possa ler a respeito?
Valeu gente!
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Blueman
Membro |
# jan/17
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Pessoal,
no vídeo tem vários sintetizadores ao mesmo tempo.
Especificamente aos 5s, o som mais característico é aquele do não menos famoso Yamaha DX7, som conhecido como E.PIANO ou FULL.TINES, ou hoje mais conhecido como Piano DX na maior parte do teclados. Este som tem feito muito sucesso dentro da música Gospel.
Este video é de um cara que sampleou esse som fez um biblioteca enorme. Mas o som vem originalmente do Yamaha DX7 com síntese aditiva FM que foi uma revolução em relação à síntese subtrativa. Hoje em dia tem um emulador de DX7 chamado DXED que permite você chegar no som original carregando os patch do E.PIANO ou as centenas de variações deste som que criadas na época.
Samples de DX
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Blueman
Membro |
# jan/17
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Tem outros dois sons que aparecem que aí corroboro com o que foi comentado já acima e podem ser feitos através de síntese subtrativa:
1. Um que é um arranjo de melodia que pode ser feito conforme já comentou o teclista.
2. Outro que cria um efeito de ambiência lembrando violinos. Esse pode ser feito partir da onda triangular ou dente de serra, defasando os osciladores e até aplicando um pouco de reverberação.
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Insufferable Bear
Membro |
# jan/17
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TrebleH
Essas dúvidas parece ser mais coisa de ler o manual mesmo.
algum material, livro, blog, matéria que eu possa ler a respeito?
Depende de quanto de matemática você sabe e se você lê inglês...
O primeiro que li foi esse aqui, tem uma matemática complicada se tu curte mas dá pra pular, ou ainda dá pra usar só como referência pra tirar o que você quer...
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Blueman
Membro |
# jan/17 · Editado por: Blueman
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TrebleH
acho que você ja respondeu sua pergunta: "você pulou de um Uno Mille pra um SUV, que tem uma chuva de opções". Lendo por cima as especificações do M50, parece que ele mistura síntese subtrativa e multi amostragem.
Serei bem sucinto nas respostas das tuas perguntas, porque daria pano pra várias aulas pra explicar cada um deles. Espero que minha breve explicação te dê pelo menos um norte...
*Oscilador é o que define a altura básica de um determinado timbre em relação à escala do teclado. Um só oscilador vai deixar o som muito pobre, sem presença (tudo ficaria com som de flauta, mais ou menos). Quando você mistura dois osciladores é que o timbre começar a ficar mais interessante, cheio de harmônicas.
*O envelope é que dá a dinâmica de como a nota se comporta quando você toca uma determinada tecla do teclado: no Ataque inicial, depois o Decaimento, na etapa que você ainda fica com a tecla pressionada (Sustain) e o quanto de tempo que ele fica audível depois que você solta a tecla (Release). Cada uma das iniciais das letras que deixei em negrito, definem o famoso acrônimo ADSR.
*O M50 tem vários efeito que podem ser encadeados como se fosse um grande mixer. Esses acrônimos (MFX, IFX, TFX) são os mesmos usados dentro da parte de roteamento de efeitos de uma mesa de som.
*Em poucas, palavras todos esses parâmetros são filtros que distorcem a forma de onda original para deixá-la com mais harmônicas, deixando-mais interessante. De novo, sem os filtros, todos os sons ficariam com aspecto de flauta ou som de botão de telefone.
*O multisample surgiu da necessidade de guardar amostras diferentes para cada etapa do ADSR. O piano emite sons diferentes (para a mesma tecla do teclado) no ataque inicial, no decaimento, no sustain e no release. Isso permitiu que finalmente se emulasse com mais fidelidade um som de piano, coisa que a síntese subtrativa ou aditiva nunca chegou nem perto.
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DoniDozh
Membro Novato |
# jan/17
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Galera, só tenho que agradecer vocês pelas respostas. Muito completas! Consegui encontrar o timbre certo, me deram realmente uma aula de sintetizador, deu até vontade de estudar mais a respeito heheh
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Insufferable Bear
Membro |
# jan/17
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Blueman
Tem umas coisas erradas aí, apesar da intuição estar certa.
Um oscilador gera um sinal periódico e pode ter tantos harmônicos quanto você quiser. Como 2 ou mais osciladores interagem depende do sintetizador (modulação de frequência, amplitude, chorus, etc...).
Filtros atenuam e intensificam certas frequências já existentes no sinal de entrada, mas nunca acrescentam harmônicos, a menos que sejam filtros não-lineares, coisa que até onde sei não existe nas implementações dos synths produzidos em massa.
E só pra complementar, o ADSR te permite ajustar os parâmetros:
A - tempo entre o início da nota e seu pico de amplitude
D - tempo entre o pico de amplitude e a amplitude a ser mantida no sustain
S - amplitude entre o fim do decaímento e o momento em que você solta a tecla (percebe que aqui você não controla a duração deste evento na programação do seu synth, esse é o momento que a nota soa quando você fica segurando uma tecla)
R - tempo entre o momento que você solta a tecla e o silêncio (respectivo à nota tocada)
Tem tudo isso no livro do link que eu linkei alí, mas com gráficos.
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Teclista
Membro Novato |
# jan/17
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TrebleH
Se você gosta de assistir vídeos assista o Intro to Synthesis, é um vídeo antigo porém o conteúdo engloba os principais componentes de um sintetizador é bem completo e bem explicadinho, Abraço.
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Synth-Men
Veterano |
# jan/17 · Editado por: Synth-Men
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TrebleH
* O que os osciladores fazem exatamente no timbre?
* Os envelopes ADRS fazem apenas as mudanças na dinâmica do timbre?
* O que exatamente fazem os filtros (PB, PA, PF, RF, LFO) no timbre?
Compre urgentemente o livro SINTETIZADORES A BRASILEIRA. É um breve estudo sobre síntese na visão de um dos maiores pesquisadores da área no Brasil. Uma linguagem simples e técnica, que mesmo que não toca teclado entende. Esse investimento é para sempre e não passará de 40,00 temers.
MFX, IFX, TFX?
Esta é a seção de efeitos da Korg desde o M1 se não em engano. Para cada tipo de combinação de timbres, os famosos COMBIS, é usado uma seção de efeitos destas. podem ser utilizados 5 simultâneos. (Nada ainda superou a Korg nisto)
O I é efeito de inserção, o M é efeito da master e o, T é o efeito total. São três seções diferentes.
Vou te dar o exemplo:
- Você montou um timbre. Você pode inserir 5 efeitos no momento da confecção do timbre. IFX.
- Depois na saída master, o volume geral da saída destes timbres, você pode inserir mais dois efeitos. MFX.
- Após a saída master você ainda pode inserir mais um efeito que engloba todos os efeitos inseridos no timbre mais a saida master. TFX.
Dentro de cada seção, você pode rotear estes efeitos (não sei se é o caso do M50)
Para gravar trilhas também, funciona deste jeito, como rack de estúdio.
Ele tem opções pra usar até 4 multisamples internos, mas parece que cada um fica numa região e não dá muito efeito ao se alterar, alguém sabe me falar o que é isso?
Meu caro pode ser que esteja faltando um pouco mais de conhecimento profundo da sua maquina. Neste caso sugiro ler o manual de todos os ângulos possíveis.
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Blueman
Membro |
# jan/17
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Blueman
Tem umas coisas erradas aí, apesar da intuição estar certa.
Insufferable Bear,
grato por corrigir. Me empolguei com a questão das harmônicas e acabei saindo dos trilhos pra explicar os filtros. E no oscilador tentei sair do tecniquês mas acabei não explicando direito.
Boa dica, a da compra do livro do Pakito...
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TrebleH
Veterano |
# fev/17
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Galera, muitíssimo obrigado.
Curti de mais suas respostas... vou ler bastante sobre os assuntos :)
Acho que finalmente vou entender alguma coisa hehehehehe
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TrebleH
Veterano |
# fev/17
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Esse livro é bem complexo.
Tô me sentindo nas aulas da Engenharia kkkkkkkkkkkkkkkk
#FourierInfinito
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Blueman
Membro |
# fev/17 · Editado por: Blueman
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Como bom rato de biblioteca que sou, não resisti e comprei o livro. MUITO BOM
A didática do Pakito é muito boa e é cheio de tiradas com bom humor do tipo: TODO CARRO POSSUI RODAS E TODO TECLADO POSUI TECLAS.
Se você precisa de literatura em português, este É o livro pra ser ter.
Mesmo pra quem não tem dificuldade com o inglês, posso dizer que o livro é comparável em conteúdo com o que se encontra lá fora.
Os pontos pra melhoria são os seguintes:
-Ele não entra no mérito nos sintetizadores usando o computador. Mesmo ele citando que tem tipos de sínteses que somente são factíveis de colocar dentro do computador.
-Na parte prática, ele entra no mérito só da síntese subtrativa. Alías isso é de praxe de maior parte da literatura.
Um dos pontos altos:
-Ele explica os harmônicos dedicando várias paginas ao tema. Ele mesmo diz que é uma palavra difícil de entender no começo e concordo em gênero e grau. Ele se esmera bastante em esmiuçar o tópico.
Conclusão: recomendo fortemente o livro Sintetizadores à Brasileira
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