Guerra de teclados

Autor Mensagem
J.Dionatan
Veterano
# jan/14
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amanhã poderia haver uma marca Edinho Keys
Quero um desse aí moço

Tecladista amador
Membro Novato
# jan/14
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Respondendo ao Ismah,

Ismah;

Pelo que eu vi em algumas páginas aqui da Internet (e pelo que já me disseram), a Peavey, ultimamente, só tem atuado na área de equipamentos de som (cubos, caixas amplificadas, amplificadores em geral, módulos de som, etc), e alguns instrumentos (guitarra, baixo, bateria, percussão, etc). Não sei se ela teria interesse em entrar no ramo de teclados que, como eu já disse numa das mensagens postadas aqui, é de altíssimo risco.

Quanto à questão dos controladores, as marcas que estão investindo forte nessa área (pelo menos as que eu vejo) são: M–Áudio, Behringer, e Alesis. Só não sei dizer se alguma delas tem algum teclado (workstation, sintetizador, ou arranjador) que chame a atenção.

Ainda sobre os controladores, alguns tecladistas já me disseram que a Roland, nesse ramo, também não fica por menos: ela oferece ao público o A–800 Pro e o A–88. Alguém aqui conhece estes controladores?

El_Cabong
Veterano
# jan/14
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Tecladista amador
Quanto à questão dos controladores, as marcas que estão investindo forte nessa área

Eu acho que estas marcas do tipo Fenix, Casio, ... que comprovadamente não conseguem fabricar teclados com bons timbres, como os da (Yamaha, Roland, Korg, Nord, Kurzweil, ...) deveriam então investir na fabricação de teclados controladores MIDI de 49, 61, e 88 teclas.

Por exemplo. O controlador de 88 teclas mais barato que tem no mercado é o M-Audio Keystation 88 es. Creio que a Fenix, a Casio, ... conseguiriam produzir um controlador midi de 88 teclas semelhante para concorrer com ele.

Tecladista amador
Membro Novato
# jan/14 · Editado por: Tecladista amador
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O que me chamou a atenção foi quando o Edson Caetano disse que algumas marcas de teclado (Medeli, Fênix, CSR, Groovin, e outras) são provenientes de uma mesma fábrica da China (e que estas mesmas marcas pagam para alguém fazer engenharia reversa e clonar aparelhos).

O problema é saber se esta mesma fábrica não estaria correndo o risco de responder a algum processo na justiça (ela poderia ser acusada de estar fazendo espionagem industrial). Já imaginaram como seria estranho, por exemplo, um teclado da CSR ter alguns sons (e alguns recursos) de um MOTIF (da Yamaha)? Com certeza a Yamaha iria ficar desconfiada!

Quanto à questão da tecnologia, o Edson Caetano tem toda razão. Desenvolvimento de produtos quase sempre exige um investimento muito alto, e são poucos os que se arriscam a apostar nessa área (ainda mais se for um ramo altamente concorrido). Eu garanto que nenhum empresário jamais faria isso (principalmente se este mesmo empresário não dispuser de capital de giro o suficiente para aplicar em investimentos, e a expectativa de retorno desta mesma aplicação for a longo prazo).

Torno a repetir o que eu disse num comentário anterior deste mesmo tópico: talvez seja devido a isso (essa alta concorrência) que alguns fabricantes nacionais (como Palmer e Giannini) simplesmente "sumiram" do ramo de teclados. E mesmo as marcas que foram citadas inicialmente (Medeli, Fênix, CSR, Groovin, e outras) sabem que os seus produtos são oferecidos somente para iniciantes (com certeza, eles também não entrariam numa "briga de cachorro grande" para quebrar a cara).

Enfim, resta saber o que estes "pequenos" farão para não serem "engolidos" pelos "grandes" (o trio KYR) nesta mesma guerra (que promete ser bastante acirrada daqui pra frente)!

fernando tecladista
Veterano
# jan/14
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Torno a repetir o que eu disse num comentário anterior deste mesmo tópico: talvez seja devido a isso (essa alta concorrência) que alguns fabricantes nacionais (como Palmer e Giannini) simplesmente "sumiram" do ramo de teclados.

sim e não
se você resolver ler sobre a hístória econômica do país na decada de 80 e 90 você fica louco e se muda para o tibet

uma montanha russa de planos e despirocadas com fatos como: com inflação de 80%, congelamento de preços, congelamento de dinheiro, trocas de moedas, tabelas de conversão de cruzado, cruzeiro, cruzado novo, cruzeiro novo, urv e etc... então quem sobreviveu a isso foi um heroi
juntando a tudo isso havia a reserva de mercado onde se há um produto fabricado por aqui o importado ou era proibido ou com taxas exorbitantes mais do que hoje
então nessa fabricantes nacionais viviam entre trancos e barrancos mas pagavam suas contas, fazendo o mesmo teclado de sempre já que não havia grana para pesquisa e investimento e conviviam com o conforto da reserva de mercado
mas um dia... chega um ai e diz a partir de amanhã acabou a reserva de mercado e o brasil está aberto para importações ai chegou teclado pra cá igual banana na feira

Rick Pac
Veterano
# jan/14 · Editado por: Rick Pac
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SIm , eu vivi estes tempos.
Inflação de + 80 % ao MÊS !
Na época, como engenheiro, ganhava 20 SM por Mês , que equivaliam a mais ou menos 800 dólares .
Hoje, 20 SM = 5.600 dólares.
Me lembro da dificuldade em comprar em 1987 um D-50 recém lançado nas mãos de um importrabandista por U$ 2.700 , o que valeria no poder aquisitivo de hoje algo em torno de R$ 47000. É um pensamento simplista que não reflete a realidade, mas serve apenas como exemplo das dificuldades nos tempos do Sarney(presente de grego que o Tancredo nos deixou como herança), o highlander do mal que nos assombra até hoje.
Tecladista na época usava era Casiotone, Diatron , Novatron, Saema , Caribbean ( este era o mais popular) e Piano Elétrico Suette( adorava !).
Raros aqueles que alcançavam um DX7, D-50,
Caribbean ! Este vintage o Fernando gosta , rsrsrs

Órgão Caribbean !

Maestron
Veterano
# jan/14
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fernando tecladista
Rick Pac

Também vivi nesses tempos... Sonhava com o D-50, vi Jean Michel Jarre fazer um álbum inteirinho com ele... Mas sabia que esse teclado era um sonho impossível, era algo fora da realidade de qualquer adolescente de classe média... Me contentei com meu Yamaha PSS 790 "importado" de Manaus, pra mim esse já era o máximo.

Na realidade atual, os atuais adolescentes podem sonhar muito mais longe...

El_Cabong
Veterano
# jan/14
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Tecladista amador
Enfim, resta saber o que estes "pequenos" farão para não serem "engolidos" pelos "grandes" (o trio KYR) nesta mesma guerra (que promete ser bastante acirrada daqui pra frente)!

Eu acho que os pequenos deveriam (como eu disse antes) investir na fabricação de Teclados Controladores MIDI.
Acho que os pequenos se dariam bem nessa área. Dependendo de seus preços é claro, pois se for mais caro que um M-Audio, um Behringer, ... logicamente não vai vender.

Tecladista amador
Membro Novato
# jan/14 · Editado por: Tecladista amador
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Vou responder por partes:

Fernando tecladista e Rick Pac,

Realmente, foi uma loucura viver esses tempos (mudanças de plano econômico, troca de moeda, congelamento de preços, etc). Eu diria que nós fomos verdadeiros heróis ao passarmos por tudo isso.

Não sei se vocês (e os demais) vão concordar comigo, mas eu vejo essa questão da reserva de mercado da seguinte forma: tem um lado positivo e um lado negativo. Vou dizer exatamente o que eu penso disso (me corrijam se eu estiver errado):

O lado positivo da reserva de mercado é que o fabricante nacional fica (teoricamente) protegido contra a "invasão" de produtos importados. E isso, indiretamente, é um estímulo para que a qualidade do produto nacional seja equivalente ao do similar importado. Em outras palavras: é uma forma de fazer com que as nossas empresas demonstrem que têm capacidade de disputar o mercado de igual para igual com outros concorrentes. Teoricamente, funcionaria assim a reserva de mercado.

O lado negativo é que, devido ao alto custo das pesquisas e dos investimentos, o preço do produto nacional fica muito caro (sem contar os impostos e taxas que são embutidos nesse mesmo preço). Embora haja (teoricamente) a idéia de se proteger o fabricante nacional, o alto preço dos seus produtos espanta o consumidor (sem contar que a qualidade desses mesmos produtos nem sempre é satisfatória).

Aí a nossa reserva de mercado, ao ser aberta, provoca a "invasão" dos importados anteriormente citada. E o pior disso tudo é que o produto importado, mesmo com todas as taxas e impostos, ainda assim sai por um preço mais em conta para o consumidor (sem contar que a qualidade dos importados ganha da goleada)! Comparar a qualidade de um Giannini com uma das marcas do trio KYR é o mesmo que querer comparar o desempenho de um Fusca com o de uma Ferrari (é uma diferença gritante)!

Abrindo a reserva de mercado, o que acontece? A nossa indústria nacional, mais uma vez, toma um murro na testa!

Não é exatamente isto o que acontece?

El_Cabong,

Este ramo (teclados controladores) poderia ser uma boa opção para os "pequenos" investirem. Só que eles teriam que apresentar produtos de qualidade para competir com os que já estão nessa área há mais tempo (Behringer, Alesis, M–Áudio). Sem contar que os preços também deveriam ser atrativos (para não espantar os clientes)!

Particularmente, não consigo imaginar CSR, Medeli, Fênix, Groovin (e até Palmer ou Giannini) fabricando teclados controladores. Creio que seria muito arriscado para eles entrarem nesse ramo.

É isto o que eu penso. Se quiserem se manifestar, estejam à vontade.

kokada
Veterano
# jan/14
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Maestron
como pode né, os artistas usarem esses teclados antigos como D-50 pra fazer album... tem que ter muito talento! E saber usar o equipamento que tem! Imagina o que ele faria com um mid level de hoje, ou até entry!

mauropsouza
Veterano
# jan/14
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Tecladista amador
Membro Novato

O problema é saber se esta mesma fábrica não estaria correndo o risco de responder a algum processo na justiça (ela poderia ser acusada de estar fazendo espionagem industrial). Já imaginaram como seria estranho, por exemplo, um teclado da CSR ter alguns sons (e alguns recursos) de um MOTIF (da Yamaha)? Com certeza a Yamaha iria ficar desconfiada!
quando se fala de China, meu amigo as leis do ocidente pouco importam, lá o regime é totalitário, partido único e copiar, espionar, desmontar e tentar fazer igual é mania nacional com respaldo governamental.. isso de indústri automobilística, eletrônica , espacial, médica e tudo mais.. os caras tão anos á frente do Brasil já com essa brincadeira... estão indo pra lua, pra marte, logo logo..tem inovações até na medicina... mas não é como cuba... aquela mentirada, não o governo investe na industrialização mesmo...

Rick Pac
Veterano
# jan/14 · Editado por: Rick Pac
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Maestron
Sonhava com o D-50, vi Jean Michel Jarre fazer um álbum inteirinho com ele
O artista que primeiro usou o D-50 em gravação foi o George Michael no CD Faith . Acho até que a Roland deve ter ajudado. Ele só usava presets, como o
11- Fantasia 14- Arco Strings 16- Living Calliope 28 - Synthetic Electric 31 -Breathy Chiffer 41 Shamus Theme 48 Piano-Fifty 61 Staccato Heaven 66 Shakuhachi entre outros

Escutem AQUI estes timbres

Seleção de D-50 no youtube

http://bobbyblues.recup.ch/roland_d-50/d-50_videos.html

Seleção de CD famosos com o uso do D-50 . Curiosamente não consta o do George Michael.

http://bobbyblues.recup.ch/roland_d-50/d-50_examples.html

A respeito do album Faith

Da Wikipedia :

"Faith é o álbum de estreia do cantor pop britânico George Michael, lançado em 1987. É considerado por muitos como um dos maiores álbuns da história do pop. O álbum ganhou o Grammy na categoria Álbum do Ano em 1989. Vendeu 20 milhões de cópias em todo o mundo, o que o fez ficar páreo ao álbum Bad do cantor Michael Jackson na época. Foi também o primeiro álbum de um artista branco a chegar ao topo dos chats de R&B, voltado para a música negra dos Estados Unidos. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame."

Aqui escutem o CD




El_Cabong
Veterano
# jan/14
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kokada
como pode né, os artistas usarem esses teclados antigos como D-50 pra fazer album... tem que ter muito talento! E saber usar o equipamento que tem! Imagina o que ele faria com um mid level de hoje, ou até entry!

Se pudéssemos levar, por exemplo, um Korg Kronos 61, lá para os anos 80, e apresentar a um músico da época o que este equipamento é capaz de fazer, acho que este músico dos anos 80 iria achar que o equipamento se trata de um artefato alienígena.

kokada
Veterano
# jan/14
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El_Cabong
é verdade!

Tecladista amador
Membro Novato
# jan/14 · Editado por: Tecladista amador
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Respondendo ao Kokada,

Kokada,

Se, mesmo antes de toda essa tecnologia, o Jean Michel Jarre já conseguiu fazer uma música de alta qualidade somente com o D 50 (que, para os dias de hoje, já é considerado um teclado ultrapassado), imagine o que ele faria com um "arsenal" atualizado (top de linha) do trio KYR!

O equipamento pode ser o mais fuleiro do mundo. Mas se o músico for bom, faz milagre (como se diz no popular, “tira leite de pedra")! Creio eu que a qualidade do músico, às vezes, é mais importante do que o instrumento em si. Tanto que já vi alguns tecladistas, com um simples Casio (que muita gente odeia), deixarem muita gente com Juno Stage "comendo poeira"!

Não estou dizendo que a qualidade do instrumento não influi (é óbvio que não tem como comparar a Roland com a Casio). Mas o problema é que nem sempre é possível unir o útil ao agradável (um bom músico com um bom instrumento).

mauropsouza
Veterano
# jan/14
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Rick Pac
Veterano

MUITO LEGAL ESTE POST JA TIVE UM D-50 usei por cerca de 2 anos, muito legal, o grande trunfo desses teclados eram os efeitos que davam a profundidade dos timbres, os samplers de pcm bem pequnininhos faziam milagres mesmo... muito boommm. da pra usar em um cd inteiro sim, com certeza...

El_Cabong
Veterano

Se pudéssemos levar, por exemplo, um Korg Kronos 61, lá para os anos 80, e apresentar a um músico da época o que este equipamento é capaz de fazer, acho que este músico dos anos 80 iria achar que o equipamento se trata de um artefato alienígena.

Concordo com você ...iria direito para as forças armadas e iam fazer uma dissecação cerebral em voce...kkkkk... legal cara.

kokada
Veterano
# jan/14
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Tecladista amador
Juno Stage não né, não força... rs

Tecladista amador
Membro Novato
# jan/14
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Respondendo ao Mauropsouza,

Mauropsouza

Se isso que você falou da China for realmente verdade, não seria nada absurdo se a CSR (ou qualquer outra marca "pequena") vier, algum dia, a apresentar algum teclado top de linha para concorrer com o trio KYR.

Eu ouvi dizer que a China tem um grande potencial no ramo de eletrônica (principalmente em desenvolver produtos). Não sei se seria exagero da minha parte, mas será que isso pode realmente acontecer algum dia (os "pequenos" brigarem de igual para igual com os "grandes")? Num primeiro momento, eu, particularmente, não seria tão otimista a esse ponto!

Já que a China está realmente apostando nesse ramo, não seria uma boa sugerir que os nossos fabricantes nacionais (Palmer e Giannini) entrassem em contato com essa mesma empresa? Eu não me espantaria se algum teclado de ambos fosse fabricado com tecnologia chinesa. O que acham da idéia?

Fica aí a minha sugestão!

Maestron
Veterano
# jan/14
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Rick Pac

Poxa cara, obrigado por tantas informações! Tenho um amigo da net que tinha um D-50 a até pouco tempo atrás e morria de inveja... Ele vendeu por dificuldades com a manutenção. Não sabia da história desse Álbum do George Michael nem que foi o primeiro a gravar com o D-50. Mas logicamente conhecia as músicas e foi bom relembrar tentando identificar os sons.

Muitos os sons do D-50 vieram no meu XP-80, são sons marcantes mesmo. Para mim esses sons têm um valor especial porque sempre fui fã de Jean Michel Jarre, e ao contrário do que ele sempre fazia, usava dezenas de sintetizadores em cada álbum que produzia, em 1988, um ano após George Michael, ele gravou o álbum "Revolutions" usando intensamente o D-50 em todas as faixas (mas não apenas o D-50 como pensaram acima).

Jarre praticamente virou o D-50 pelo avesso nesse álbum:

https://www.youtube.com/watch?v=qnggdB1xDog

Rick Pac
Veterano
# jan/14 · Editado por: Rick Pac
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A tempo : Não sou fã do George Michael , mas adoro CD's bem produzidos.
Tenho aqui em casa um CD importado do Pink Floyd -The Dark Side of The Moon remasterizado - comemorativo dos 30 anos de lançamento . Obra -prima de audição obrigatória. Aula de produção de teclados. Richard Wright - um músico nem tão reconhecido no Brasil , mas super hiper fera. Pouca nota, equilíbrio, uso de delay, reverb, pitch shifters e compressão.
AQUI vocês tem a lista de equipamentos que o fera tocou nos diversos albuns Floydianos.
Imperdível para quem gosta de história de Synths, órgãos e outros teclados.

waltercruz
Veterano
# jan/14
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Rick Pac

Já ia lincar esse documento que vc lincou. Pra mim, que toco num Pink Floyd cover, é referência. Agradeço muito ao autor dele.

Maestron
Veterano
# jan/14
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Rick Pac

Uau! Não conhecia esse material! Na verdade não sabia que o Pink Floyd tinha usado tanto equipamento que eu até já conhecia por outros artistas! Haja tempo pra processar tanta informação... Obrigado meu caro! Adoro esse tipo de referência! Se houver algo parecido de outros artistas, vamos postar aqui!

waltercruz
Veterano
# jan/14
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Alias, esse tópico valeu por desfazer uma confusão minha, o D-50 não foi usado em Thriller. Não sei pq eu tinha essa informação na cabeça.

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